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Alta de gastos do governo com PEC leva dólar a R$ 5,32

A preocupação dos investidores com o aumento de gastos do governo a três meses das eleições deu o tom ontem no mercado de câmbio. Depois de chegar a R$ 5,33 (elevação de 1,98%), o dólar fechou o dia em alta de 1,65%, cotado a R$ 5,32 endash; maior valor desde 4 de fevereiro. Já o Ibovespa, principal indicador da B3, registrou alta de 0,42%, num movimento de correção de preços após as perdas em junho. A atenção do mercado se volta para a PEC aprovada no Senado que amplia benefícios e cria novas despesas, como bolsa-caminhoneiro. Até agora, o pacote já soma R$ 41,2 bilhões endash; valor fora do teto de gastos endash;, e o receio é de que a Câmara inclua outras medidas. A Casa deve votar o texto na próxima semana. eldquo;A três meses das eleições, os investidores reforçam demanda defensiva por dólar para proteção de capital diante das medidas de aumento de gastos e com vários escândalos do governo Bolsonaro pipocando. Esse ambiente deve reforçar a volatilidade do câmbioerdquo;, afirmou Jefferson Laatus, estrategista-chefe do grupo Laatus. Já o analista de câmbio da corretora Ourominas Elson Gusmão disse que o aumento das despesas fora do teto terá como consequência o repique da inflação, o que vai obrigar o Banco Central a manter a Selic alta por mais tempo. eldquo;As questões políticas no Brasil não ajudam, com preocupação principal com o fiscal. A gastança continua. Depois, em 2023, quem pagará a conta?erdquo;, questiona Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença. Além das preocupações com as contas públicas no País, o mercado também reagiu à divulgação de novos indicadores sobre a inflação no exterior. Na Zona do Euro, a inflação em 12 meses atingiu o recorde de 8,6% até junho. Com isso, cresce a percepção de maior alta dos juros. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, já reconheceu que o processo de aperto monetário envolverá eldquo;alguma dorerdquo; do ponto de vista econômico.

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Lira dá aval para unir PECS e acelerar a tramitação

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já assinou o despacho para apensar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição à PEC dos Biocombustíveis, que já tramitava na Câmara. O aval foi formalizado em documento interno obtido pelo Estadão/broadcast e foi dado pelo presidente da Câmara na última sexta-feira. Dessa forma, a tramitação do pacote de medidas sociais será mais rápida. Ao unir as duas propostas, os deputados farão com que a PEC dos Benefícios pule etapas, já que a tramitação da PEC dos Biocombustíveis já está avançada. A articulação para unir as propostas foi antecipada pela Coluna do Estadão na quinta e confirmada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Arthur Maia (União Brasil-ba), na sexta. REUNIÃO. Hoje Lira vai se reunir com líderes partidários para acertar os detalhes do texto, que será relatado pelo deputado Danilo Forte (União Brasilce). O parlamentar já é relator da PEC dos Biocombustíveis, que mantém a competitividade do etanol frente à gasolina, e foi o autor do projeto de lei que determinou um teto de 17% para o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. eldquo;Aceitei com muita tranquilidade a missão de relatar a PEC dos Benefícios, e dar um alento à população neste momento delicado. A fome tem pressaerdquo;, afirmou Forte. A PEC que amplia benefícios sociais foi aprovada na quinta-feira no Senado com amplo apoio dos senadores. No primeiro turno da votação, foram 72 votos favoráveis e 1 contrário. No segundo, o placar foi de 67 a 1. O único senador a votar contra foi José Serra (PSDB-SP). Na visão dele, as medidas ferem a credibilidade fiscal do País. O custo da proposta ficou em R$ 41,25 bilhões fora do teto de gastos endash; a regra que limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior. ebull;

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Diesel e etanol caem menos que gasolina, após teto do ICMS

Os preços dos combustíveis recuaram na semana de 26 de junho e 02 de julho, liderados pela gasolina aditivada, que baixou em média 3,61%, para R$ 7,216 por litro, em relação à semana retrasada. A gasolina comum ficou 3,56% mais barata e é oferecida, na média, por R$ 7,127 por litro. Os combustíveis mais usados pelos brasileiros, contudo, apresentaram quedas menores. O etanol hidratado baixou 3,08%, para R$ 4,723 por litro. Já o óleo diesel, fonte de atritos entre os caminhoneiros e o presidente Jair Bolsonaro, recuou bem menos. Afago de Bolsonaro a caminhoneiros não reduz preço de diesel O diesel comum ficou apenas 0,18% mais barato, sendo encontrado nos postos brasileiros por um preço médio de R$ 7,554 por litro. Já o diesel S10 baixou somente 0,12%, para R$ 7,669. Com isso, esse combustível segue acima do preço médio da gasolina no país. O GNV (Gás Natural Veicular), visto como uma alternativa para motoristas de frota e aplicativos, barateou apenas 0,85%, e é oferecido nos postos por um valor médio de R$ 5,268 por metro cúbico. Os dados são do levantamento semanal da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e foram divulgados neste domingo (3). Esta foi a primeira pesquisa da ANP que analisou uma semana completa, desde que o presidente Jair Bolsonaro sancionou, em 23 de junho, a Lei Complementar 194/2022, que limita a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de combustíveis, energia elétrica, comunicações e transportes coletivos. A lei é resultado do projeto de lei complementar (PLP) 18/2022, aprovado neste mês por senadores e deputados. O texto limita a cobrança do ICMS sobre produtos e serviços essenciais à alíquota mínima de cada estado, que varia entre 17% e 18%. Governo espera queda de 20% no preço dos combustíveis O Ministério de Minas e Energia prevê uma redução de até 20,9% no preço médio da gasolina para os consumidores, no melhor cenário possível com as medidas de desoneração dos combustíveis ainda em andamento, embora Estados contestem as ações por conta da perda de arrecadação com o ICMS. Os números foram apresentados na última quinta-feira (30) pelo secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do ministério, Rafael Bastos, durante audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a Proposta de Emenda à Constituição 15/2022, que visa à manutenção da competitividade dos biocombustíveis. Na melhor estimativa, de quase 21% de redução, o preço médio do litro da gasolina passaria de R$ 7,39 para R$ 5,84, com base em dados da ANP. Veja quanto a gasolina, etanol, diesel e GNV recuaram na última semana no Brasil, segundo a ANP. Combustível Variação (%)* Preço médio (R$) Gasolina aditivada -3,61 7,216 por litro Gasolina comum -3,56 7,127 por litro Etanol hidratado -3,08 4,723 por litro GNV -0,85 5,268 por m3 Diesel comum -0,18 7,554 por litro Diesel S10 -0,12 7,669 por litro

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ANP anuncia que vai intensificar monitoramento das importações de óleo diesel

Apesar de ressaltar que o abastecimento de combustíveis está regular em todo o país, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou que vai intensificar o monitoramento das importações de óleo diesel S10. Chamado de Sobreaviso no Abastecimento de Combustíveis, este é o segundo comunicado do tipo em menos de quatro meses. Segundo a ANP, a medida tem como pano de fundo eldquo;a situação geopolítica mundial atualerdquo;. O sobreaviso foi aprovado no último dia 30 e publicado no dia 1º de julho. Com ele, os produtores e distribuidores listados vão precisar informar os contratos firmados para importações do diesel que ainda não chegaram ao país, com detalhamento do itinerário completo e previsões das operações endash; sejam elas realizadas com o mercado externo diretamente ou por meio de terceiros. O documento foi publicado no momento em que a agência aprovou a realização de uma consulta e audiência pública para discutir a proposta que prevê ampliar o estoque mínimo de diesel S-10 no Brasil. A intenção é estender o prazo para nove dias, também no intuito de, segundo a ANP, evitar o desabastecimento do combustível no país. Atualmente, o prazo do estoque é de três a cinco dias. A proposta de mudança na reserva gerou críticas de um dos maiores players do setor no país, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). A entidade entende que a medida, caso aprovada de fato, pode gerar ainda mais aumentos no preço na bomba dos postos de combustíveis. Técnicos do IBP avaliam que, com isso, as distribuidoras protagonizariam uma corrida às importadoras para aumentar seus estoques, cumprir a regra e evitar multa. Esse movimento geraria preços mais caros na ponta. Segundo divulgado pela ANP em seu último boletim, o preço médio do diesel S10, tipo menos poluente, é de R$ 7,66. Já o S500 custa, em média, R$ 7,55 no país. Somente neste ano, o diesel já sofreu quatro reajustes: 8% em janeiro, 24,9% em março, 8,87% em maio e 14,26% em junho. Em maio, o então presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, enviou ofício à ANP, emitindo um alerta oficial sobre o eldquo;elevado risco de desabastecimento de diesel no mercado brasileiro no segundo semestre de 2022erdquo;. No dia 27 do mesmo mês, o Ministério de Minas e Energia informou que o país tinha estoque de óleo diesel S10 equivalente a 38 dias de importação. Já na semana passada, o governo federal divulgou que a atual reserva passou para 46 dias. Mesmo com a situação aparentemente mais controlada e o risco reduzido, ainda há a preocupação dos impactos de fatores externos no abastecimento do combustível no Brasil, como a guerra na Ucrânia e a temporada de furacões no Golfo do México. Já aqui no país, no segundo semestre, segundo a ANP, costuma ser registrado um aumento na demanda por conta do escoamento das safras.

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Redução no preço médio do diesel será de 2%

Segundo estudo do governo federal, o preço médio do litro do diesel S-10 terá redução de 2% no país. O relatório da União prevê que, em média, o diesel vendido saia de R$7,68 para R$7,55. Apenas o estado do Mato Grosso do Sul não terá alteração no preço médio. O maior valor será o do Acre, com R$8,23. Já o preço médio mais baixo por estado será o de Sergipe, com R$7,23 em média por litro do diesel S-10. Veja quanto cada estado cobrará pelo diesel ESTADO PREÇO ANTIGO PREÇO NOVO REDUÇÃO ACRE 8,42 8,23 2% ALAGOAS 7,68 7,5 2% AMAPÁ 7,74 7,65 1% AMAZONAS 7,58 7,4 2% BAHIA 8,14 8,01 2% CEARÁ 7,95 7,76 2% DISTRITO FEDERAL 7,74 7,59 2% ESPÍRITO SANTO 7,51 7,42 1% GOIÁS 7,69 7,54 2% MARANHÃO 7,83 7,69 2% MATO GROSSO 7,95 7,78 2% MATO GROSSO DO SUL 7,42 7,4 0% MINAS GERAIS 7,69 7,54 2% PARÁ 7,91 7,76 2% PARAÍBA 7,62 7,43 3% PARANÁ 7,59 7,51 1% PERNAMBUCO 7,5 7,37 2% PIAUI 7,75 7,57 2% RIO DE JANEIRO 7,54 7,43 1% RIO GRANDE DO NORTE 8,07 7,86 3% RIO GRANDE DO SUL 7,49 7,37 1% RONDÔNIA 7,99 7,82 2% RORAIMA 7,92 7,73 2% SANTA CATARINA 7,55 7,46 1% SÃO PAULO 7,57 7,43 2% SERGIPE 7,54 7,36 2% TOCANTINS 7,6 7,48 2%

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Replan tem alta nas produções de gasolina e gás de cozinha

Maior refinaria da Petrobras, a Replan registrou em maio aumento nas produções de derivados como gasolina e gás de cozinha (GLP), mas o volume produzido de diesel pela planta em Paulínia (SP) foi o menor para um mês no ano, e 8,3% inferior ao registrado no mesmo período de 2021. Volume de diesel produzido na Replan Jan/22: 876.034 m³ Fev/22: 845.326 m³ Mar/22: 909.144 m³ Abr/22: 883.687 m³ Mai/22: 842.040 m³ Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que a Replan refinou 1.901.309 metros cúbicos (m³), alta de 4,1% na comparação com maio do ano passado. No geral, o volume processado só é menor que o registrado em 2015 (1.955.303 m³). Refino de petróleo e produção de derivados na Replan Dados comparativos referentes ao mês de maio Metros cúbicos (m³) 1.955.3031.955.303 1.800.1501.800.150 1.723.5091.723.509 1.762.7281.762.728 1.610.9191.610.919 1.121.7881.121.788 1.825.1121.825.112 1.901.3091.901.309 2.067.5492.067.549 1.891.4161.891.416 1.793.7911.793.791 1.198.5681.198.568 1.969.3161.969.316 2.020.1062.020.106 Petróleo refinado (m³) Produção de derivados (m³) Mai/2015 Mai/2016 Mai/2017 Mai/2018 Mai/2019 Mai/2020 Mai/2021 Mai/2022 1.000k 1.250k 1.500k 1.750k 2.000k 2.250k Fonte: ANP Apesar da alta no refino e produção de derivados na Replan, que atende a 30% do território brasileiro, houve a oscilação no total de diesel que saiu da refinaria, justamente o produto de maior volume da planta. Produção de derivados na Replan - maio Gás de cozinha (GLP) Maio/2022: 140.034 m³ Maio/2021: 134.392 m³ Maio/2020: 77.583 m³ Maio/2019: 83.699 m³ Maio/2018: 103.307 m³ Maio/2017: 119.722 m³ Maio/2016: 103.206 m³ Maio/2015: 118.663 m³ Maio/2014: 135.333 m³ Maio/2013: 147.603 m³ Diesel Maio/2022: 842.040 m³ Maio/2021: 918.482 m³ Maio/2020: 575149 m³ Maio/2019: 753.627 m³ Maio/2018: 887.121 m³ Gasolina Maio/2022: 516103 m³ Maio/2021: 502.505 m³ Maio/2020: 243.867 m³ Maio/2019: 369.816 m³ Maio/2018: 462.582 m³ Maio/2017: 525.411 m³ Refinaria da Petrobras replan, em Paulínia (SP) emdash; Foto: Júlio Cesar Costa/g1 Refinaria da Petrobras replan, em Paulínia (SP) emdash; Foto: Júlio Cesar Costa/g1 Maior do Brasil Maior refinaria da Petrobras, a Replan tem capacidade para processar 69.000 m³ de petróleo por dia, o equivalente a 434 mil barris, e atende a 30% do território brasileiro. Na planta são produzidos derivados como gasolina, diesel, querosene de aviação, gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha), óleo combustível, asfalto, propeno e bunker, entre outros. A produção de Paulínia é escoada para os seguintes locais: Interior de São Paulo - recebe a maior parte da produção, 55% Sul de Minas Triângulo Mineiro Mato Grosso Mato Grosso do Sul Rondônia Acre Goiás Brasília (DF) Tocantins

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