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Preço do diesel ultrapassa o da gasolina pela primeira vez em 12 anos

Nos primeiros seis meses do ano, o preço do diesel acumulou alta de 36,4%, para o diesel comum, e 37,3% para o diesel S-10. E, pela primeira vez em 12 anos, o preço deste combustível ultrapassou o da gasolina. Segundo o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), o preço do litro do diesel comum fechou o mês de junho com média de R$7,87, valor 9,8% mais caro se comparado a maio. Já o diesel S-10, comercializado a R$ 8 nos postos de abastecimento do País, registrou alta de 9,9%. A gasolina, por sua vez, fechou a R$ 7,56 o litro, nos 21 mil postos analisados. No comparativo com a primeira quinzena de junho, os dois tipos de diesel já aumentaram mais de 2% em poucos dias. eldquo;Desde o dia 17 de junho, data em que passou a valer o último reajuste no repasse às refinarias para o diesel, o valor do litro do combustível disparou nos postos de abastecimento do Paíserdquo;, afirma Douglas Pina, diretor-geral de mainstream da divisão de frota e mobilidade da Edenred Brasil. Vale lembrar que no mês passado, a Petrobras reajustou o preço médio de venda do diesel para as distribuidoras. O valor passou de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro endash; uma alta de 14,26%. eldquo;No comparativo com o levantamento do IPTL referente a primeira quinzena de junho, o tipo comum aumentou 6,1% e o S-10 ficou 6,3% mais caro nesses poucos dias, segundo o IPTLerdquo;, completa. Estados Todas as regiões apresentaram aumento no preço do diesel. No entanto, assim como no mês anterior, as maiores médias foram registradas nas bombas no Norte. O tipo comum teve alta de 3,63% em relação ao mês anterior e fechou a R$ 7,70. O S-10 avançou 3,05%, R$ 7,79. Não houve recuo no valor dos dois tipos de diesel e o Acre apresentou o maior preço médio para o comum, comercializado a R$ 8,05, com alta de 3,64%, no comparativo com o mês passado. E o acréscimo mais expressivo para esse combustível foi identificado nas bombas de abastecimento do Amapá (5,40%), que passou de R$ 7,52 para R$ 7,93. O estado também registrou o diesel S-10 mais caro: a R$ 8,17, com alta de 4,05%. Já o Sul liderou o ranking das menores médias e comercializou o tipo comum por R$ 7,02 e o S-10 a R$ 7,10. O Rio Grande do Sul se destacou com o menor preço médio (R$ 6,96), porém com aumento de 4,33%. O Rio Grande do Sul também registrou a menor média para o S-10, a R$ 7,05, porém, apresentou o acréscimo mais significativo para esse combustível, de 4,83%.

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Preço do etanol cai 8% em junho em São Paulo, diz Cepea

Os preços do etanol hidratado e do anidro caíram cerca de 8% nas usinas do estado de São Paulo, pressionados pelo baixo volume de negócios, em meio a mudanças tributárias, e também por pressão sazonal da safra de cana-de-açúcar, disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta segunda-feira (4). eldquo;A pressão veio sobretudo do baixo volume de negócios ao longo do mês. Distribuidoras se mostraram cautelosas em fechar novas compras, tendo em vista as vendas desaquecidas de combustíveis e também o cenário que se desenhava com a possibilidade de mudança tributária do etanol e da gasolina, que se consolidou somente no final do mês, por meio da Lei Complementar nº 194, de 23 de junhoerdquo;, disse o Cepea. Considerando-se as semanas cheias de junho, a média mensal do indicador Cepea/Esalq foi de R$ 3,0419 por litro, recuo de 8,34% frente à de maio (média nas usinas, sem impostos). No caso do etanol anidro (considerando-se somente o mercado spot), a média das semanas cheias de junho do indicador foi de R$ 3,5630 por litro, queda de 8% em relação à do mês anterior. Na última semana do mês, eldquo;mesmo com a maior presença de compradores e com o consequente aquecimento no volume de etanol hidratado negociado entre distribuidoras e usinas, o preço do biocombustível caiu no estado de São Paulo, com o avanço da safra. eldquo;Esse cenário se deve ao fato de algumas usinas terem elevado a oferta, devido à necessidade de fazer caixa neste início de mêserdquo;, afirmou. Na semana, o etanol fechou a R$ 2,9634 por litro, baixa de 3,3% frente à do período anterior. No caso do anidro, houve recuo de 1,29%, a R$ 3,5232 por litro. O Cepea também destacou o volume de etanol hidratado vindo de Mato Grosso para as bases de São Paulo, que foi maior na semana passada. Usinas de Goiás também enviaram maior quantidade de etanol aos estados do Nordeste.

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Rio: governador pede para denunciarem postos que não baixarem gasolina

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, pediu que a população denuncie postos que se negarem a baixar o preço dos combustíveis. O apelo foi feito nesta segunda-feira (4), dois dias após entrar em vigor a redução do ICMS sobre a gasolina e o álcool, de 32% para 18%. Como resultado, 45 postos que não baixaram os preços foram autuados, com multas que podem chegar a R$ 500 mil. eldquo;O Rio de Janeiro foi um dos únicos que foi às ruas fiscalizar e o estado tem feito um grande esforço fiscal e financeiro para que a população não perca o poder de compra. Reforço que o próprio consumidor pode e deve ajudar na fiscalização, denunciando aqueles postos que não reduzirem o valor dos combustíveis. Essa diminuição na bomba tem tudo para gerar um aumento no consumo. Temos que diminuir as margens de lucro e ganhar na quantidadeerdquo;, disse o governador, em coletiva no Palácio Guanabara. Durante a manhã, as equipes se espalharam pelas cinco regiões do estado e encontraram estabelecimentos com preço sem redução, que diminuíram o valor apenas de um produto e até postos em que funcionários trocaram faixas de preço ao avistarem a chegada dos fiscais do Procon Estadual e das secretarias de Estado de Defesa do Consumidor e Fazenda. Também foram encontrados postos sem informações na placa de tributos e estabelecimento com produto vencido, o que resultou na condução do gerente para a Delegacia do Consumidor (Decon). Os 45 postos flagrados sem reduzir os valores dos combustíveis foram autuados e terão 15 dias para apresentar uma defesa. A multa é calculada de acordo com a irregularidade encontrada na ação e o faturamento da empresa. Ela poderá ser aplicada ao final de um processo administrativo e o valor da punição pode chegar a R$ 12 milhões. A operação seguirá durante a semana fiscalizando postos em todo o estado. Com a alíquota passando para 18%, a expectativa do governo é que haja uma redução no preço da gasolina de até R$ 1,19 na bomba, reduzindo o valor médio do litro para R$ 6,61. Denúncia Segundo o governo do estado, o cidadão poderá indicar os postos que não cumprirem a decisão por meio dos três canais do Procon-RJ: o aplicativo, o site do órgão e uma linha exclusiva para denúncia via WhatsApp (21) 98104-5445. Na coletiva, o governador disse que a fiscalização e a punição estão amparadas em lei de proteção ao consumidor, pois a redução do ICMS é um recurso que deixa de entrar no caixa do estado, em prol de beneficiar diretamente o cidadão. eldquo;Não há tabelamento de preços. Não há nem mexida na margem de lucro dos postos, dos distribuidores e das refinarias. Por isso a gente entende que temos todo o direito de fiscalizar e multar sim, para que não haja uma vantagem excessiva por parte desses empresários frente ao consumidor final. Então isso fere o direito do consumidor, o que nos dá total possibilidade, mesmo que se trate de livre mercado. É uma redução na carga tributária, que se tem obrigação de repassar para o consumidorerdquo;, sustentou Castro.

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Etanol segue mais competitivo do que gasolina em GO, MT, MG e SP

O etanol manteve-se mais competitivo do que a gasolina em quatro estados, na última semana: Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo. É o que mostra levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso. Em Goiás, a paridade é de 65,2%; em Mato Grosso, de 60,88; em Minas Gerais, de 65,69%, e em São Paulo, de 65,58%. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol está com paridade de 66,27% ante a gasolina, portanto mais favorável do que o derivado do petróleo. Executivos do setor afirmam que o etanol pode ser competitivo com paridade maior do que 70% a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

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Guedes tenta destravar com Moraes e Gilmar reduções de IPI e ICMS sobre combustíveis

O ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu com os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes num movimento para tentar destravar duas reduções de tributos que dependem de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF): a da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do ICMS dos combustíveis por todos os Estados. Segundo apurou o Estadão, as conversas aconteceram, na semana passada, quando as atenções dos agentes econômicos estavam voltadas para as negociações no Congresso para a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) "Kamikaze", que aumenta o Auxilio Brasil e cria novos benefícios sociais até o fim do ano. Há 60 dias, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu decreto do presidente Jair Bolsonaro, que reduziu em 35% as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A medida vale apenas para produtos que são produzidos em todo o País e são concorrentes dos itens fabricados na Zona Franca de Manaus e atendeu um pedido do partido Solidariedade. O impasse em torno do IPI tem causado grande confusão jurídica entre as empresas. Elas alegam que não têm clareza de como aplicar a decisão do STF já que não contam com informações seguras sobre os itens que são produzidos na Zona Franca de Manaus. Gilmar Mendes está em Portugal, mas tem mantido reuniões virtuais. O ministro é o relator da ação apresentada pelo governo pedindo para sejam suspensas todas as leis estaduais que tratam do ICMS incidente sobre combustíveis. Uma forma de garantir a fixação do teto da alíquota. Na ação, a União pede ao Supremo que estabeleça como regra a obrigatoriedade de todos os Estado e o Distrito Federal obedecerem o critério da essencialidade, não podendo ser fixadas alíquotas em patamar superior ao das operações em geral. Mendes tenta construir um acordo entre União, Estados e Legislativo. Uma primeira reunião de conciliação ocorreu na semana passada. Em outro processo, relatado pela ministra Rosa Weber, um grupo de 12 governadores pediram que seja suspensa a lei complementar que fixou um teto entre 17% e 18% das alíquotas dos combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte urbano. Com a lei, esses bens e serviços passaram a ser considerados essenciais. Daí, a fixação do teto da alíquota para a cobrança do ICMS. Os Estados, porém, se dividiram e muitos passaram a adotar o teto, entre eles São Paulo, que conta com a maior arrecadação do ICMS do País. Há uma preocupação na área econômica que a tensão política entre o presidente Bolsonaro e o Congresso com o STF se alastre entrando no território da economia. O presidenta da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), também tem conversado com o ministro Gilmar Mendes, que deu sinais que quer manter o diálogo aberto para encontrar uma solução para o ICMS que não comprometa as finanças dos Estados e municípios no futuro. Em despacho, Mendes chamou atenção para o impacto da mudança no ICMS, que pela lei aprovada será permanente. eldquo;O direito constitucional não repudia medidas excepcionais, como já foi reconhecido em outros momentos, mas não tolera que aquelas se transformem em permanentes, as quais necessitam ter um termo final, não podendo assumir caráter de definitividadeerdquo;, escreveu o ministro no despacho, publicado no último dia primeiro. No texto, o ministro destaca que a lei contém lacunas eldquo;ou incompletudeserdquo;, que demandam aprimoramentos legislativos. Com esse despacho, a expectativa é de um acordo para que o teto das alíquotas fique em vigor até o final de dezembro. Depois, seria negociada uma modulação gradual para a queda das alíquotas ao longo dos próximos anos a depender do cenário econômico.

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Economia tenta barrar inclusão de novos benefícios

O Ministério da Economia não vê espaço para a elevação de gastos com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta as despesas com auxílios sociais até dezembro. A estratégia é tentar segurar a inclusão de novas concessões na votação da Câmara com apoio das lideranças governistas. Na Câmara, a proposta do relator, deputado Danilo Forte (União-ce), é criar um auxíliogasolina para os motoristas de aplicativo. Essa medida, no entanto, é considerada de difícil implementação por causa da ausência de um cadastro e riscos de fraudes. Forte avalia que há espaço para subir o custo da eldquo;PEC Kamikazeerdquo; para até R$ 50 bilhões. Uma mudança da PEC na Câmara obrigaria uma nova votação no Senado. O governo quer garantir o aumento do Auxílio Brasil e do vale-gás já neste mês, o que é considerado difícil pela área técnica. O texto da PEC aprovada pelo Senado já prevê R$ 41,2 bilhões em aumento de despesas fora do teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação. O relator, ao falar do limite de R$ 50 bilhões dado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para o pacote que turbina os benefícios sociais a menos de três meses da eleição, esqueceu de colocar na conta a perda de arrecadação com a desoneração da gasolina e do etanol. Com a perda de receita de R$ 17 bilhões com a redução a zero do Pis/cofins sobre a gasolina e o etanol, o impacto do pacote nas finanças do governo é de R$ 58,2 bilhões, valor acima do teto fixado por Guedes. Como mostrou o Estadão, o governo conta o aumento da arrecadação extra em torno de R$ 54 bilhões a R$ 56 bilhões para turbinar os benefícios sociais, incluindo R$ 17 bilhões de reforço adicional de pagamento de dividendos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). ebull;

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