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Motorista de carro menos potente deve evitar o sistema GNV

O kit GNV é uma adaptação realizada no motor que, quando utilizado, resulta na perda de rendimento. Nesse contexto, motores com a cilindrada muito pequena ou potência muito baixa devem ser evitados. Outro aspecto observado é o relevo da região em que o motorista mora. Cidades planas não costumam oferecer grandes problemas, porém em regiões com número elevado de serras é recomendável a instalação do sistema somente em motores mais potentes. A afirmação é de Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK, multinacional japonesa especialista em velas e cabos de ignição. O especialista ressalta alguns pontos de atenção indispensáveis para os condutores de carros com GNV. eldquo;Para veículos equipados com sistemas flex fuel original, o recomendável é fixar um combustível líquido, seja ele gasolina ou etanolerdquo;, alerta Mori. eldquo;Com o combustível líquido fixado, deve-se, então, realizar a regulagem do kit gás. Caso o usuário queira substituir o combustível líquido, será preciso efetuar uma nova regulagem no kit gás.erdquo; Mori aconselha o usuário a seguir os planos de inspeção e homologação específicos dos veículos a gás: eldquo;Algumas inspeções, como teste de cilindros e homologação da instalação, são obrigatórias para a legalização do kit. Já a manutenção do redutor, injetores de gás, válvulas de abastecimento e cilindro dependem da qualidade do gás e postos de abastecimentoerdquo;. Os veículos a gás devem ter a sua manutenção abreviada, principalmente os utilizados para transporte individual, como táxis e carros de aplicativo e de entrega. eldquo;Essas condições são classificadas como de uso severo, o que exige uma manutenção mais detalhada do veículo realizada por profissionais especializadoserdquo;, explica o consultor. Apesar do sistema gerar economia de combustível, a forma como o motorista utiliza o veículo interfere diretamente nessa questão. Boas práticas na condução, como evitar acelerações muito bruscas e velocidades incompatíveis com a via, devem ser incluídas no dia a dia de quem dirige. Outro cuidado fundamental é a manutenção: conservar o carro em boas condições, com pneus calibrados e alinhados, também gera economia para o bolso dos condutores. Atenção para os desgastes nas velas de ignição Uma das grandes vantagens dos carros a gás é a economia gerada por utilizarem esse combustível. Para a implementação do sistema é necessário fazer uma adequação no motor para que ele possa trabalhar com o combustível líquido e/ou o gás. Como o motor não foi construído especificamente para trabalhar dessa forma, o rendimento é um pouco menor do que no combustível líquido, quando comparado aos motores que trabalham exclusivamente com gás. A desvantagem é que esta mistura mais pobre quando comparado com o combustível original, provoca um desgaste maior nas velas de ignição, sendo necessário um ajuste na recomendação da troca dos componentes. eldquo;Por se tratar de uso mais severo do motor, a indicação geral é cortar o plano de manutenção pela metadeerdquo;, sugere Mori. eldquo;O uso do GNV requer um ajuste do kit gás com uma boa calibração da injeção. Esse cuidado evita danos ao sistema de válvulas, principalmente as de escapamento, que sofrem maior influência da temperatura. No segundo semestre de 2021 quase 80% dos veículos abastecidos com gás natural veicular (GNV) estavam irregulares. Esse índice revela que a grande maioria dos motoristas não realiza nem mesmo a primeira inspeção veicular, que é obrigatória na instalação do cilindro endash; fator que interfere diretamente nos acidentes envolvendo veículos com sistema a gás.

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Brasil poderá ser líder mundial na produção de combustível renovável de aviação

O Brasil poderá ser o maior produtor global de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) nos próximos anos, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). Porém, o país deverá alinhar suas regras ao modelo mundial. A associação apresentou hoje (6), dados sobre projetos da aviação comercial brasileira durante o 2º Fórum ITL (Instituto de Transporte e Logística) de Inovação do Transporte endash; Fontes alternativas de Energia no Transporte. A avaliação da Abear está alinhada aos estudos divulgados recentemente pela Boeing, que prevê que o Brasil conta com capacidade para assumir a liderança na produção de SAF de origem vegetal. Todavia, uso de SAF no Brasil ainda depende de uma política pública e regras de compensação ambientais alinhadas com os modelos que estão sendo adotados internacionalmente. eldquo;Temos defendido o alinhamento do mercado brasileiro de SAF com as regras internacionais. É preciso que haja uma regulamentação do mercado de crédito de carbono, com o alcance de metas pela captura de carbono, certificação, qualidade e, principalmente, segurança, um princípio das empresas aéreas brasileiraserdquo;, destacou Jurema Monteiro, diretora de Relações Institucionais da Abear. Segundo a Abear, atualmente o SAF representa, globalmente, 65% das medidas para zerar emissões de carbono no transporte aéreo até 2050, seguido de medidas de compensação, como captura de carbono, com 19%, enquanto o surgimento de novas tecnologias pode representar 13% das ações e outros 3% serão relacionadas as mudanças em infraestrutura e operações. eldquo;Temos que trabalhar em algumas frentes. A primeira delas é otimizar as rotas das nossas aeronaves e temos hoje um esforço nesse sentido para reduzir as distânciaserdquo;, avaliou o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio. O Brasil ainda mantém um modelo de gestão de tráfego aéreo que não otimiza rotas diretas e o desempenho de cada modelo de aeronave. A previsão é que um estudo permita usar de melhor forma o espaço aéreo brasileiro, reduzindo distâncias e tempo de voo. Quando ao uso de SAF o Brasil deverá alinhar as necessidades do setor aéreo com políticas públicas realistas e que permitam um avanço no uso de combustíveis alternativos na aviação. eldquo;Acima de tudo, é necessário que haja um diálogo com o governo para que possamos construir conjuntamente políticas públicas de SAF no país. Temos diversidade de rotas tecnológicas e disponibilidade de biomassa, condições que podem levar o país a ser pioneiro e o maior produtor de SAF em todo o mundoerdquo;, afirmou Jurema.

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Por que a Petrobras (PETR4) precisa elevar os preços dos combustíveis

Nos últimos dias, o preço do petróleo subiu por causa do corte de 2 milhões de barris por dia na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) a partir de novembro. Com isso, os preços do petróleo tipo Brent (referência internacional) atingiram a máxima em três semanas e podem ultrapassar os US$ 100/barril. A Petrobras (PETR3; PETR4) precisa aumentar o preço dos combustíveis para acompanhar os valores internacionais. Mas a empresa enfrenta resistência do governo de Jair Bolsonaro, que quer segurar os preços baixos até o segundo turno. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem no preço da gasolina, em relação ao valor praticado no mercado internacional; a diferença no diesel é de -8%. Na conta dos importadores Caso a estatal opte por segurar o reajuste, quem deve ser mais impactado são as importadoras, destaca Rafael Passos, analista da Ajax Capital. eldquo;É importante monitorar essa questão, considerando que essa defasagem tem impacto relevante aos importadores, que suprem em torno de 30% da demanda nacional por combustívelerdquo;, afirma. Basicamente, a conta não fecha: se os preços lá fora estiverem mais altos do que no Brasil, as companhias deixam de importar. Afinal, elas vão pagar mais caro para comprar e não vão ter o retorno na venda. Isso coloca em risco o abastecimento do país. Histórico de reajustes A última vez que a empresa subiu os preços foi no dia 18 de junho endash; na época, o litro da gasolina nas distribuidoras passou a valer R$ 4,06 e o diesel R$ 5,61. A política de preços da estatal sempre foi criticada por Bolsonaro, tanto que ele trocou o CEO da empresa quatro vezes. Caio Mário Paes de Andrade assumiu o cargo em 28 de junho e, desde então, a Petrobras anunciou reduções de preços nove vezes endash; respaldadas na queda do petróleo. A última queda no preço da gasolina foi anunciada há pouco mais de um mês, no dia 1º de setembro, quando o litro passou de R$ 3,53 para R$ 3,28. O reajuste do diesel, por outro lado, é mais recente. O anúncio foi feito no dia 19 de setembro e o preço passou de R$ 5,19 para R$ 4,89.

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Aprovadas consulta e audiência públicas sobre revisão do cálculo do Preço de Referência do Petróleo

A Diretoria Colegiada da ANP aprovou hoje (6/10) consulta e audiência públicas para revisar a Resolução ANP nº 874/2022, que estabelece os critérios para fixação do preço de referência do petróleo, adotado no cálculo das participações governamentais (royalties e participação especial). O objetivo é aprimorar a regulação e tornar os preços de referência do petróleo estabelecidos pela ANP mais aderentes aos preços atualmente praticados no mercado internacional. Os preços de referência do petróleo e do gás natural são adotados pela ANP para calcular as participações devidas à União, estados e municípios pelos produtores de petróleo e gás, junto com outras variáveis, como a produção dos campos petrolíferos e o câmbio do momento. Para mais informações sobre esse cálculo, acesse https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/royalties-e-outras-participacoes/preco-de-referencia-do-petroleo. O Decreto nº 11.175/2022 alterou o Decreto nº 2.705/1998 para permitir a revisão da metodologia de cálculo dos preços de referência utilizados para calcular as participações governamentais aplicáveis às atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural (EeP). A proposta de revisão foi motivada pela atual conjuntura geopolítica global, com destaque para os efeitos do recente conflito no leste europeu sobre o mercado internacional de petróleo e da alteração da especificação dos combustíveis marítimos no âmbito da Organização Marítima Internacional (IMO), que determinou novos limites máximos de teor de enxofre dos produtos. Saiba mais sobre royalties e outras participações: https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/royalties-e-outras-participacoes.

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Petróleo fecha em alta, apoiado em corte da Opep+ e EUA no radar

O petróleo fechou com ganhos, nesta quinta-feira, estendendo o movimento do dia anterior. O corte de ontem na oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) ainda influía, com analistas em geral prevendo que a commodity siga apoiada no curto prazo, embora os Estados Unidos ameacem adotar medidas para contrabalançar a ação do grupo de produtores. O contrato do petróleo WTI para novembro fechou em alta de 0,79% (US$ 0,69), em US$ 88,45 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro subiu 1,12% (US$ 1,05), a US$ 94,42 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). O governo dos Estados Unidos voltou a criticar hoje a decisão da Opep+, no momento em que o país trabalha para reduzir a inflação. Além disso, o preço mais alto do óleo é fator positivo para a Rússia, que continua a travar uma guerra na Ucrânia, resistindo a sanções. O presidente americano, Joe Biden, declarou estar eldquo;desapontadoerdquo; com a decisão da Opep+ e que seu governo avalia alternativas. Questionado sobre se relaxar sanções com a Venezuela seriam uma alternativa, ele disse que há eldquo;várias alternativaserdquo;, mas que não houve uma decisão. Por outro lado, o presidente americano disse que a Venezuela teria de fazer eldquo;muitoerdquo; para as sanções serem revertidas, sem especificar. A Rystad Energy avaliava, em relatório, que o corte da Opep+ na prática não deve ser de 2 milhões de barris por dia (bpd), mas de 1,2 milhão de bpd, já que alguns países enfrentam dificuldades em sua produção. A consultoria acredita, de qualquer modo, que a postura do grupo colabora para apoiar os preços e diz que o Brent deve bater US$ 100 o barril até o fim deste ano. O UBS, por sua vez, diz que o mercado de petróleo deve estar eldquo;mais apertado nos próximos meseserdquo;, portanto com perspectiva positiva para o preço. O banco acredita que o Brent superará a marca de US$ 100 o barril eldquo;nos próximos trimestreserdquo;.

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Cade volta a suspender julgamento sobre distribuição de combustível de aviação em Guarulhos

O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) voltou nesta quarta-feira a suspender julgamento em que as distribuidoras de combustível Vibra (VBBR3), Raízen (RAIZ4) e Air bp são acusadas de criarem barreiras e dificuldades de acesso de novos entrantes à infraestrutura de abastecimento de aeronaves no aeroporto de Guarulhos (SP). O caso foi aberto em 2014 pela distribuidora Gran Petro e o julgamento havia sido suspenso em março deste ano após pedido de vista do conselheiro Luis Henrique Braido, que na sessão desta quarta-feira votou pela imposição de multas às empresas e criação de medidas que facilitem o acesso a novos entrantes interessados no mercado de distribuição de combustível de aviação no maior aeroporto do país. Braido, porém, citou acordo recente acertado pelas empresas com a Gran Petro, mediando sua decisão da multa a ser aplicada às distribuidoras e à concessionária do aeroporto, GRU Airport. Com isso, o conselheiro votou por imposição de multa total de 152,8 milhões de reais às empresas. A Superintendência-Geral do Cade havia recomendado em 2020 multa total que poderia chegar a 3,6 bilhões de reais. eldquo;A multa seria proporcional ao faturamento das empresas no ramo da atividade, incluindo todos os combustíveis em todas as regiões do paísehellip;.e isso é uma definição bastante ampla, considerando que a conduta ocorreu em Guarulhos apenas em combustível de aviaçãoerdquo;, disse Braido ao ler seu voto. O conselheiro Luiz Augusto Hoffmann já havia votado pelo arquivamento do caso em março, considerando que não houve comprovação de que ocorreu violação da competição e voltou a reafirmar o entendimento nesta quarta-feira. Na sequência, a conselheira Lenisa Prado pediu vistas ao processo para analisar dados trazidos pelo voto de Braido e o julgamento foi novamente suspenso. Na semana passada, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou estudo realizado em parceria com o Cade que calculou que o ganho para os consumidores de eventual aumento no número de distribuidores de combustível de aviação em aeroportos do país poderia atingir 1,3 bilhão de reais nos próximos 10 anos. Por volta de 12h40, as ações da Vibra reduziam perdas do início da sessão e mostravam queda de 0,1%, enquanto os papéis de Raízen perdiam 0,9%. O Ibovespa (IBOV) tinha avanço de 0,8%.

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