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FMI corta previsão de crescimento global e alerta para risco de recessão

O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou a previsão de crescimento global para este e o próximo ano e alertou que o mundo está no limiar de uma recessão. As projeções apontam para uma expansão da economia internacional de 3,2% em 2022, praticamente metade do registrado em 2021, quando o PIB mundial estava em trajetória de recuperação do baque da Covid e avançou 6,1%. O Fundo vem cortando suas estimativas nos últimos relatórios, intitulados Panorama Econômico Mundial (World Economic Outlook, em inglês). Em janeiro, a previsão de crescimento global para 2022 era de 4,4% e já havia caído a 3,6% no documento divulgado em abril. O baixo crescimento das maiores economias do mundo (EUA, China e zona do euro), a alta da inflação e o consequente movimento de elevação de juros estão por trás desse cenário. A esses fatores se somam o prolongamento da guerra na Ucrânia e novas ondas de Covid. "A perspectiva se agravou significativamente desde abril. O mundo pode estar, em breve, cambaleando em direção a uma recessão global, apenas dois anos depois que a última (recessão)", disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, no blog do Fundo. Para 2023, a previsão de crescimento global é de 2,9% (a previsão anterior era de + 3,6%), como reflexo da alta dos juros em série. Nesta quarta-feira, o banco central americano, o Fed, deve elevar a taxa em 0,75 ponto percentual, para combater a maior inflação em quatro décadas nos EUA. O FMI estima que os EUA vão crescer 2,3% em 2022, uma revisão para baixo de 1,4 ponto percentual, e apenas 1% em 2023. Já a zona do euro deve avançar 2,6% em 2022 e 1,2%, em 2023. A China, por sua vez, deve crescer apenas 3,3% neste ano e 4,6% no ano que vem, segundo o FMI. O país tem sofrido com a crise do setor imobiliário e com novos bloqueios sanitários, decorrentes da sua estratégia de eldquo;Covid zeroerdquo;. Quanto à Rússia, o FMI informou que mesmo com sanções ocidentais contra o país de Vladimir Putin, encabeçadas pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), a economia russa está melhor que o esperado. Brasil: previsões mais otimistas Para o Brasil, as previsões são mais otimistas para 2022, na contramão dos países ricos. Em abril, a projeção era de crescimento de 0,8% e, agora, de avanço de 1,7% em 2022. Para 2023, porém, a projeção para expansão do PIB brasileiro foi revisada para baixo, de 1,4% para 1,1%. O Fundo demostra preocupação com a inflação global. A estimativa é de alta de 8,3% em 2023, o que seria a maior desde 1996. Em abril, a previsão era de avanço de 7,4%.

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Setor de energia e recursos naturais prevê reduzir em 28% suas próprias emissões de CO2

Vitrine do processo de transição energética, o setor de energia vê a própria descarbonização como prioridade máxima. Pesquisa realizada pela consultoria Bain e Company com mil executivos globais do setor de energia e recursos naturais mostrou que 88% deles disseram ser fundamental para suas organizações reduzir as emissões dos escopos 1 (que envolve a própria operação da companhia) e 2 (com fontes de energia usadas, como elétrica). Os dirigentes pertencem aos quadros de 125 das principais organizações do setor, sendo 20 brasileiras, que foram alvo do levantamento e atuam nas áreas de óleo e gás, utilities (energia elétrica e saneamento) e energias renováveis, mineração, agronegócio e químicos. Na visão dos executivos, as empresas que dirigem conseguirão reduzir as emissões de CO² em 28% até 2030. Ao mesmo tempo, 96% esperam que o setor siga avançando em direção ao net zero (zerar as emissões) até 2030, mas os dirigentes acreditam que o mundo só conseguirá alcançar net zero (fim das emissões de GEE) em 2057. Os dados do levantamento estão compilados no segundo relatório anual de Energia e Recursos Naturais da companhia. Como parte do estudo, a Bain também analisou a alocação de recursos das 125 companhias e verificou que, em vários segmentos, elas têm destinado 23% de seu capital para novos empreendimentos, principalmente para atender à transição energética. Esse percentual era de 16% em 2020. A consultoria também apurou para onde esse dinheiro está indo. De acordo com o levantamento, as concessionárias de serviços públicos têm investido na geração de energia renovável e na exploração de novos negócios em serviços e sistemas distribuídos, enquanto companhias de petróleo e gás estão se concentram em energias renováveis, captura de carbono, hidrogênio e combustíveis de baixo carbono. Ao mesmo tempo, as companhias de produtos químicos se voltam para ações em circularidade e produtos de base biológica, enquanto as mineradoras investem em recursos necessários à descarbonização como lítio, cobalto, níquel, cobre e atém quartzo de alta pureza, segundo Carlos Libera, sócio e responsável pelo setor automotive da Bain. Por fim, o agronegócio direciona investimentos em proteínas alternativas e plataformas digitais para apoiar a rastreabilidade da cadeia de suprimentos de alimentos. -Essas novas áreas são direcionadas para eventualmente proporcionar a substituição do core business da empresa - afirma Libera. De acordo com ele, a pesquisa ainda mostra que as companhias estão agindo independentemente da legislação, mas também aponta que, em algumas regiões, como nas Américas, a insegurança jurídica retarda sim as ações dos executivos. Eólica offshore A jornada rumo à descarbonização ganhou um novo impulso com a guerra entre Rússia e Ucrânia, segundo Marcos Ganut, sócio-diretor e líder da área de Infraestrutura e Investimentos de Capital da consultoria Alvarez e Marsal. Nessa busca, ele destaca os esforços para a produção de hidrogênio verde e as discussões envolvendo geração eólica em alto mar, ou offshore. Para ele, o principal obstáculo hoje para a instalação de um parque eólico no oceano é o custo. -Ativos como usinas eólicas e solares, e mesmo de térmicas a gás, têm uma complexidade construtiva menor, um licenciamento ambiental menor do que geração eólica offshore e, consequentemente, um tamanho de cheque menor - afirma, acrescentando:. -Porque, no fim das contas, o que vamos assistir aqui é a uma competição por dinheiro, pois ainda existem ativos de potencial elevado [em terra] que podem atrair capital mais barato para essa construção. O que pode fazer a diferença nesse cálculo é o hidrogênio verde, pois o Brasil pode se tornar um exportador do produto. Neste caso, a eólica offshore passaria a ser fundamental, segundo o consultor. Ele lembra que a geração de energia para suprir uma planta de hidrogênio verde não precisa estar conectada a uma linha de transmissão e que esse tipo de negócio precisa ser instalado em locais onde há o maior potencial de geração de energia, água e espaço para fazer a transformação da água em hidrogênio. Há necessidade de elevada quantidade de eletricidade para fazer a eletrólise, operação que separa a molécula de água em oxigênio e hidrogênio, e a geração offshore tem maior capacidade de geração. A localização de uma planta próxima ao mar também facilitaria a exportação de hidrogênio verde pela rota marítima, tornando-se logisticamente interessante. Aquecimento solar A transformação energética, no entanto, não é exclusiva do mundo corporativo, mas também passa pelas residências, ainda que em uma escala muito menor. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Térmica (Abrasol), com o acréscimo de 1,81 milhões de metros quadrados de coletores solares para aquecimento instalados em 2021, o Brasil atingiu a marca de 21 milhões m² em funcionamento, representando um crescimento de 28% sobre o ano anterior. No mundo, o aumento foi de 3%. Segundo a entidade, o setor emprega 42 mil pessoas no país. O presidente da Abrasol, Luiz Antonio dos Santos Pinto, diz que o segmento residencial responde por 76% do mercado, enquanto comércio, hotéis e restaurantes representam 20% e a indústria, apenas 4%. No mundo, o Brasil ocupa a quinta colocação, em termos de m² instalados, superado por Alemanha, Turquia, China e Índia. Mas fica em 31º lugar quando se considera a relação entre o total instalado e a população. Atualmente, somente 5% a 6% dos domicílios brasileiros têm aquecedor solar instalado, de acordo com a Abrasol. - Os chuveiros elétricos respondem por 7% de toda energia elétrica consumida no país -, diz Pinto. Os números dão uma ideia do potencial de crescimento do setor, que faturou entre R$ 600 milhões a R$ 700 milhões no ano passado e, no entanto, está com 55% de sua capacidade ociosa. - O programa Minha Casa Minha Vida (sic) [atual Casa Verde e Amarela] diminuiu muito [os novos projetos] - diz, referindo-se ao impacto causado na contratação de aquecedores, pois os imóveis do programa eram entregues com o equipamento. E cobra uma política de estímulo ao setor, lembrando que o crescimento de 28% do Brasil em 2021, só foi superado pelos 83% de aumento da Itália, que contou com estímulo governamental, por meio de financiamento para a aquisição dos equipamentos.

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Inadimplência chega ao maior nível desde julho de 2020

A taxa de inadimplência do mercado, considerando os recursos livres, chegou em 3,53% em abril deste ano, o maior nível desde julho de 2020, quando estava em 3,57%. As estatísticas foram divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira. Pesquisa divulgada este mês aponta que a quantidade de brasileiros com dívidas atrasadas nunca foi tão alta. Os dados estão defasados por conta da greve dos servidores do Banco Central, que paralisou as divulgações recorrentes, como o relatório Focus e as notas do setor externo e crédito. A greve foi encerrada no início deste mês. A trajetória de alta na inadimplência está ocorrendo mês após mês desde julho do ano passado, depois de atingir uma mínima histórica durante a pandemia com as medidas do BC e dos bancos de extensão e renegociação de pagamentos. Apesar dessa trajetória, a inadimplência continua abaixo do patamar de 4% registrado antes da pandemia. A elevação foi mais forte entre as pessoas físicas, de 4,4% para 5% de dezembro a abril, mas também subiu para empresas, de 1,5% para 1,7% no mesmo período. Elevação dos juros Parte da explicação é pela alta nos juros médios cobrados no mercado. Em abril , a taxa média no sistema financeiro chegou a 38,1% ao ano, alta de 4,3 pontos percentuais (p.p) no ano. Para pessoas físicas, a alta aconteceu em um patamar maior. A taxa média estava em 45% ao ano em dezembro do ano passado e chegou a 50,3% em abril. Já o crédito para empresas subiu de 19,7% ao ano para 22,4% no mesmo período. As taxas cobradas no mercado sofrem impacto direto da trajetória de alta na taxa básica de juros, a Selic, que vem subindo desde março de 2021 em uma tentativa do BC de controlar a inflação. A Selic é utilizada como base para cálculo de outras taxas no mercado e subiu de 2% para 13,25% ao ano, com expectativa de no mínimo mais uma alta na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana. Cheque especial mais caro Acompanhando a alta nos juros médios, a modalidade mais cara disponível no mercado, do cartão de crédito rotativo, também subiu no ano. Em dezembro, estava em 347,4% ao ano e subiu para 364% em abril. A procura por esse tipo de crédito, no entanto, aumentou 59,4% nos primeiros quatro meses deste ano contra o mesmo período do ano passado. Como exemplo, em abril foram concedidos R$ 26,9 bilhões no cartão de crédito rotativo. Em abril de 2021, o número foi de R$ 17 bilhões. No caso do cheque especial, que tem um limite estabelecido pelo Banco Central, os juros também subiram. De 127,9% ao ano no final do ano passado para 132,7% em abril. A modalidade de capital de giro para empresas, muito procurada por dar mais liberdade para os gastos do empréstimo, também ficou mais cara. De 20,7% em dezembro para 22,5% em abril. Concessões resilientes Apesar da alta de juros e inadimplência, as concessões de crédito não diminuíram o ritmo neste ano. Segundo as estatísticas do BC, a alta no ano foi de 29,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. Só em abril foram concedidos R$ 421,1 bilhões em crédito, sendo R$ 222,7 bilhões para pessoas físicas e R$ 198,4 bilhões para empresas.

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Estoque de diesel do Brasil é menor do que o dito pelo governo, segundo consultoria

Os dados de estoque de diesel apresentados pelo governo são tecnicamente falhos e minimizam os reais riscos de desabastecimento no mercado doméstico. Esta é a avaliação do sócio-diretor da Leggio Consultoria, Marcus D´Elia, que critica a forma como o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) gerenciam os riscos de escassez do combustível neste segundo semestre. De acordo com a consultoria, a cobertura de estoque atual do país é de 15 dias, e não 50 dias como o informado pelo Ministério de Minas e Energia. Dersquo;Elia explica que os critérios utilizados pelo governo, no cálculo, são distorcidos, porque consideram apenas a relação entre os volumes estocados e a média de importação do derivado. eldquo;Ao considerar apenas os riscos de importação, o governo trabalha com um número [de demanda] significativamente menor e, efetivamente, estabelece uma cobertura de estoque maior. Mas tecnicamente não é o correto. No fundo, quando falamos de estoque, ele deveria cobrir qualquer interferência de movimentação de produto, não só importação. É mais uma questão de como interpretar o risco, e não se temos efetivamente ou não estoques. Os estoques estão lá, mas a retórica [das autoridades] está ruimerdquo;, afirma o consultor. O outro lado O MME reforçou que o Brasil possui, efetivamente, estoques operacionais equivalentes a 50 dias de necessidade de importação e que os dados se baseiam na consolidação de projeções de demanda, produção, importação e estoques dos agentes e entidades do setor. O Ministério destacou, ainda, que coordena o Comitê Setorial de Monitoramento do Suprimento Nacional de Combustíveis e Biocombustíveis, que visa a gerenciar as questões inerentes ao suprimento nacional e monitorar eldquo;a conjuntura energética corrente, em face da situação geopolítica mundial, com impacto nos fluxos e nas cotações das principais commodities energéticaserdquo;. Estoques, por si, não resolvem o problema Segundo Dersquo;Elia, a gestão dos riscos deveria ir além do monitoramento de estoques, em si. Na avaliação do consultor, o mais importante, hoje, seria mapear os pontos de maior risco, identificar alternativas de suprimento e planejar rotas para movimentar produto até os locais mais vulneráveis. De acordo com a Leggio Consultoria o risco de desabastecimento de diesel existe endash; mas, se faltar combustível, provavelmente será em locais específicos mais vulneráveis, em regiões mais distantes dos centros de produção e dos estoques, que estão concentrados no Sudeste. Para Dersquo;Elia, falta um planejamento público de como manter o suprimento em todas as regiões em caso de ruptura. eldquo;O direcionamento é ruim. Primeiro, [o governo] quer mostrar que tem um estoque grande e, segundo, que ele resolve o problema. E não é nenhum dos doisehellip; Não é que haja um risco iminente de interrupção generalizada, mas a forma como a informação está sendo passada dá a entender que estamos muito mais robustos em termos de estoque do que temos. E estamos muito preocupados com a questão do estoque em sierdquo;, comenta. eldquo;Deveríamos é estar preocupados em traçar um plano de contingência para levar produto a lugares onde possa faltar. Estoque não garante suprimento, é só o primeiro passo. Estudar o risco de ruptura e a capacidade de resiliência das cadeias logísticas é fundamental para se preparar para eventos imprevistos, como o atraso de uma embarcação em algum ponto do país ou um acidente em um terminal, entre outroserdquo;, complementa. ANP quer ampliar estoques, mas empresas são contra A diretoria da agência reguladora vota, nesta terça-feira (26/7) a minuta de resolução que trata dos procedimentos de formação de estoques nas hipóteses de sobreaviso no abastecimento; e uma outra sobre formação de estoques de óleo diesel A S10 nessas situações. Petrobras e líderes do mercado de distribuição de combustíveis (Vibra, Raízen e Ipiranga) são contra a proposta. As empresas veem risco de aumento dos preços do derivado, com a medida.

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ANP flexibiliza proposta que amplia estoque obrigatório de diesel

O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Fernando Moura, apresentou nesta terça-feira (26/7) pedido de vistas sobre a minuta de resolução proposta pelo órgão regulador, para aumentar temporariamente o volume obrigatório de estoques de diesel S10 no país. O item ainda não tem data confirmada para voltar à pauta da diretoria colegiada. Após críticas das empresas afetadas pela medida, a agência recuou em alguns pontos da proposta original. Com as mudanças, a ANP espera atingir um estoque da ordem de 1,54 bilhão de litros emdash; 6,6% a menos que os 1,65 bilhão de litros almejados inicialmente. A essência da proposta, contudo, se mantém. O que mudou na proposta Os maiores refinadores do país (Petrobras e Acelen) e os líderes do mercado de distribuição de combustíveis (Vibra, Raízen e Ipiranga) emdash; os cinco agentes afetados pela medida emdash; são contra a proposta. As companhias alegam que a manutenção de estoques traz custos financeiros e veem risco de aumento dos preços do derivado, com a medida. A ANP decidiu mudar alguns pontos da proposta original. Em resumo: as empresas terão que comprovar o equivalente a nove dias de estoques, na média, quinzenalmente, e não mais semanalmente; a contabilização dos estoques passa a incorporar não só os estoques próprios mantidos nas refinarias, bases e terminais em território nacional, mas também aqueles a caminho do país, em navios de traders; o trader poderá armazenar diesel em base de distribuição, a partir de acordo de cessão de espaço homologada pela ANP. Como votaram os diretores da ANP Ao pedir vistas, Moura alegou que ainda não é possível avaliar com clareza eldquo;os benefícios e sacrifícioserdquo; que a medida trará. Para ler esta notícia na íntegra, clique aqui.

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IBP vê melhora na oferta de diesel, mas alerta para pequeno déficit no fim do ano

O IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural) prevê um cenário melhor de oferta de diesel S-10 A (puro) no Brasil, mas com pequeno déficit no final do ano, segundo boletim divulgado nesta terça-feira (26). Segundo o instituto, a oferta no Brasil -considerando-se produção e importação- será superior à demanda neste mês de julho, em agosto e em outubro. Já para os meses de setembro, novembro e dezembro, há uma estimativa de déficits de 82, 57 e 75 milhões de litros, respectivamente. Esses volumes, no entanto, podem ser supridos pelos estoques do país, segundo o IBP. As previsões atuais para novembro e dezembro são bem melhores que as do boletim anterior, de 12 de julho, que estimava déficits de 261 e 243 milhões de litros de diesel S-10 no país. Para setembro, no entanto, o déficit previsto era menor, de 69 milhões de litros. Por outro lado, para outubro houve a reversão de um déficit de 99 milhões de litros para um superávit de 88 milhões de litros, em função do aumento da oferta pelo lado da importação. O instituto destacou que, além dos importadores, as projeções de produção refletem "o esforço das refinarias para melhoria da oferta". Números divulgados nesta terça-feira pela reguladora ANP mostram que em junho a produção de diesel no Brasil cresceu 11,2%, tendo o S-10 avançado 20,4%. "Vale ressaltar que este cenário representa a fotografia do momento atual. Variações na demanda, produção e importação efetivamente realizadas podem levar a resultados diferentes", disse o instituto, no boletim. Considerando todo o ano de 2022, o IBP revisou o crescimento do volume de vendas de diesel B (considerando-se a soma do S-10 e do S500 e o biodiesel a eles adicionado) para baixo. Agora, prevê um aumento de 1,1% em relação a 2021 ante a um aumento de 1,3% previsto no boletim anterior. Também recuou a estimativa em relação especificamente à demanda do S-10, de um crescimento de 12,4% em relação a 2021, previsto no boletim passado, para um avanço de 12,2%. A produção de diesel nas refinarias do Brasil em junho foi de 3,671 bilhões de litros, uma alta de 11,2% em relação ao mesmo mês de 2021, segundo dados divulgados pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Fonte: Reuters

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