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Mais de 70% do preço da gasolina é composto por impostos e parcela da Petrobras

A Petrobras lançou uma plataforma que mostra como os preços dos combustíveis são formados até chegar ao consumidor final. O preço médio do litro da gasolina no Brasil entre 22 e 28 de maio era de R$ 7,25, segundo a página da estatal. Deste total, 72,4% são de impostos e da parcela da Petrobras. De acordo com os dados fornecidos, o preço do litro da gasolina é dividido em cinco partes: Distribuição e Revenda, Custo Etanol Anidro, Imposto Estadual, Impostos Federais e Parcela Petrobras. Composição do preço do litro da gasolina - Média do Brasil Categoria Percentual Preço Distribuição e Revenda 13,3% R$ 0,96 Custo Etanol Anidro 14,3% R$ 1,04 Imposto Estadual (ICMS) 24,1% R$ 1,75 Impostos Federais 9,5% R$ 0,69 Parcela Petrobras 38,8% R$ 2,81 Total 100% R$ 7,25 Fonte: Petrobras A empresa informou que há anos divulga os valores cobrados em suas refinarias e a composição média do preço final, que é um tema de grande interesse do público em geral. eldquo;Nos últimos seis meses esta foi a informação mais acessada, com quase 1,5 milhão de visualizaçõeserdquo;, informou, em nota. Após serem produzidos, os combustíveis são vendidos para os distribuidores, e, nesse momento, são adicionados os impostos. O imposto federal sobre a gasolina é formado por CIDE, PIS/PASEP e COFINS. Além deles, ainda é adicionado o imposto estadual, o ICMS, que é incorporado ao valor cobrado nas refinarias seguindo a regra de substituição tributária e considerando o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) definido pelos estados. O ICMS sobre a gasolina varia de estado para estado, sendo cobrado de 25% a 31%, com média nacional de 24,1%. A estatal descreve dessa forma a chamada "Parcela Petrobras": "Esse trabalho precisa de profissionais qualificados, de tecnologia de ponta e de muito investimento para continuar oferecendo sempre o melhor para você e para todos os brasileiros. Para isso tudo ser realizado, nós recebemos um valor a cada litro de gasolina vendido". Autoesporte entrou em contato com a Petrobras para entender melhor o que envolve a "Parcela Petrobras. Segue abaixo, na íntegra. "O preço percebido pelo consumidor é o preço praticado nas bombas para a eldquo;gasolina Cerdquo;, popularmente conhecida como eldquo;gasolinaerdquo; somente, que é uma mistura de 73% de eldquo;gasolina Aerdquo;, produzida nas refinarias, e 27% de etanol anidro, conforme determinado por lei. Dessa forma, para composição do preço final ao consumidor há a parcela referente à eldquo;gasolina Aerdquo;, produzida nas refinarias; ao etanol anidro; aos custos e margens de distribuição e revenda; e aos tributos. Hoje a cada litro de eldquo;gasolinaerdquo; vendido nas bombas, a Petrobras recebe em média R$ 2,81. Dessa forma, os preços praticados pela Petrobras, que buscam o equilíbrio com o mercado internacional, respondem por apenas uma parcela do preço ao consumidor final". Composição do preço do diesel Ao contrário de que acontece com a gasolina, no litro do diesel não há mais impostos federais, conforme determinação da Lei Complementar nº 192/2022, que congelou os tributos federais para o diesel até 31 de dezembro de 2022. Deste modo, com média nacional do litro em R$ 7,05, a composição do preço do diesel é feita a partir de quatro categorias: Distribuição e Revenda, Biodiesel, Imposto Estadual e Parcela Petrobras. Composição do preço do litro do diesel - Média do Brasil Categoria Percentual Preço Distribuição e Revenda 15% R$ 1,06 Biodiesel 10,6% R$ 0,74 Imposto Estadual (ICMS) 11,6% R$ 0,82 Parcela Petrobras 62,8% R$ 4,43 Total 100% R$ 7,05 Fonte: Petrobras

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Diretor da ANP diz que agência trabalha para garantir abastecimento de derivados

Durante cerimônia de posse de quatro novos integrantes da diretoria colegiada Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Rio de Janeiro, o diretor-executivo da agência, Rodolfo Saboia, reconheceu que o cenário de oferta de derivados de petróleo e complexo e desafiador. A declaração ocorreu nesta segunda-feira (6), uma semana depois de ter se tornado pública uma carta do presidente da Petrobras, José Mauro Coelho Ferreira, dirigida ao comando da agência, na qual menciona eldquo;elevado risco de desabastecimento de diesel no mercado brasileiro no segundo semestre de 2022erdquo;. eldquo;O abastecimento de derivados é hoje um desafio global. Na ANP, temos trabalhado com muito afinco para honrar o nosso compromisso com a sociedade, de garantir o abastecimento e proteger os interesses dos consumidores. Por outro lado, as preocupações com a segurança energética reforçam o nosso posicionamento estratégico de aumentar a atratividade brasileira como produtor de petróleo e gás naturalerdquo;, afirmou Rodolfo Saboia. O diretor-executivo da agência não fez projeções e não estabeleceu prazos, mas mencionou que o cenário internacional tem modificado as escolhas feitas pelo mercado e revertido um panorama que parecia claro até outubro do ano passado, quando ocorreu a COP-26, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021, em Glasgow, na Escócia. eldquo;Enfrentamos um contexto internacional bastante complexo e desafiador. Que está impactando profundamente os mercados de energia no curto prazo e, ao mesmo tempo, provocando revisão nos cenários de médio e longo prazos. Se até bem pouco tempo atrás os debates sobre as estratégias de descarbonização se impunham de maneira incondicional, agora o mundo se dá conta de que a transição não pode acontecer sem levar em conta a segurança energéticaerdquo;, afirmou. Castro quer nova discussão sobre ICMS Governador do Rio de Janeiro, estado que sedia a agência, Cláudio Castro (PL) esteve presente à posse da nova diretoria e reiterou a importância do setor de óleo e gás para o estado, que abriga mais de 80% das reservas brasileiras provadas de óleo e mais de 60% das de gás natural. Castro destacou a importância de se chegar a um acordo sobre os preços dos combustíveis. Atualmente, o governo avalia a possibilidade de torná-los produtos essenciais, o que reduziria a alíquota máxima para 17%. O Rio de Janeiro pratica a mais alta alíquota do país para a gasolina: 34%. A mudança a reduziria à metade. eldquo;E penso que temos que fazer uma grande discussão sobre os preços do combustível e da energia. Penso que um ou outro órgão ser diminuído não é a solução para o país. Mas a grande solução é uma grande discussão de toda a cadeia, desde aquele que produz até a bomba, passando pelos governos. Essa discussão fará muito bem ao país, ao estado do Rio de Janeiro, e, principalmente, fará bem a nossa população tão guerreira, e que já paga altíssimos impostoserdquo;, avalia o governador.

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Não é só no posto: como gasolina cara já afeta até o preço do delivery

O impacto do aumento do preço do combustível fica evidente para os brasileiros a cada parada no posto, mas a alta pode pesar ainda mais em outros serviços. Entre maio de 2021 e abril de 2022, o preço da gasolina subiu 31,22%, do etanol, 42,11% e do diesel, 53,58%, de acordo com dados do IBGE. Por outro lado, o transporte por aplicativo ficou 67,18% mais caro no mesmo período. As passagens aéreas subiram até 62% desde janeiro e o custo das entregas de delivery chegou a dobrar de preço em abril. Já as tarifas de ônibus estão passando por ajustes em todo o país. O economista Igor Lucena explica que o impacto do preço do combustível não impacta, necessariamente, somente os serviços que utilizam a commodity diretamente. "No Brasil, o combustível está atrelado a toda a cadeia de comércio e serviços, porque é por meio terrestre que a maioria dos produtos é transportada. De uma maneira geral, a bomba de gasolina e diesel impacta em toda a nossa cadeia e chega na inflação como um todo", alerta. Christianne Bariquelli, superintendente de educação da B3, explica que na economia, o preço dos combustíveis afeta diversas cadeias de produção. "Isso significa que, quando a gasolina e o diesel sobem, inúmeros produtos e serviços que fazem uso desses materiais sobem junto. O resultado é que, independentemente de você ter ou não um carro próprio, provavelmente sua vida financeira será impactada pela alta recente. A maior parte dos produtos que consumimos chega até a nossa mesa trazida por veículos pesados, movidos a diesel", explica. Como fica mais caro movimentar os produtos, é natural que os custos sejam repassados ao consumidor final. "Nem os alimentos básicos costumam escapar. É o caso de frutas, verduras e até os pães, que são afetados pelo preço do trigo. Não é à toa que muita gente tem se assustado ao fazer feira ou supermercado." Reação em cadeia Entre maio de 2021 e abril de 2022, a inflação acumulada no transporte por aplicativo, de acordo com o IBGE, foi de 67,18%. Já em março, os entregadores de delivery reivindicaram aumento da renda aos aplicativos.Como resposta, o iFood, maior plataforma de delivery do país, concedeu um aumento de 50% no valor mínimo por quilômetro rodado, de R$ 1 para R$ 1,50, e outro de 13% no valor da rota mínima (a menor quantia que recebem por uma entrega), de R$ 5,31 para R$ 6. Os preços médios dos bilhetes de ida e volta de passagens aéreas para os destinos nacionais mais procurados subiram até 62%, de acordo com o site de busca Kayak. De acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), os aumentos do diesel em 2022, já gerou um impacto acumulado nas tarifas de ônibus de 15,4% O combustível é o segundo maior custo do setor de transporte coletivo urbano por ônibus, segundo a NTU, respondendo por 32,8% no custo total do setor, ficando atrás somente do custo de mão de obra, que é de 50% em média. Consumo de combustível deve baixar A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) reduziu a projeção de crescimento do mercado de combustíveis para 2022. De acordo com a pesquisa, o consumo deve retornar este ano aos níveis de 2019, antes de ser impactado pela pandemia. No entanto, o aumento nas vendas será contido pela escalada de preços do combustível. A EPE estima que o mercado do Ciclo Otto (veículos que rodam a gasolina e/ou etanol) crescerá 0,6%, ante a estimativa anterior de 1,9%, enquanto a previsão de crescimento da comercialização de diesel segue mantida em 0,8%, de acordo com a edição de abril das Perspectivas para o Mercado Brasileiro de Combustíveis no Curto Prazo.

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Etanol volta a ser mais competitivo que a gasolina em 4 estados

O número de estados em que o etanol é mais competitivo do que a gasolina aumentou de dois para quatro em uma semana, aponta levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Agora, além de Goiás e Mato Grosso emdash; onde a comparação já era favorável ao biocombustível na semana anterior emdash;, Minas Gerais e São Paulo também entraram para a lista. O preço do etanol tem de ser no mínimo 30% mais barato que o da gasolina para ser considerado vantajoso. Em Goiás, a paridade é de 66,76% atualmente; em São Paulo, de 69,14%; em Mato Grosso, de 69,44%; em Minas Gerais, de 69,92%. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol está com paridade de 70,42% em relação à gasolina, portanto ligeiramente menos favorável do que o derivado do petróleo. Apesar do cálculo padrão para definir qual combustível é mais vantajoso abastercer, executivos do setor dizem que o etanol pode ser competitivo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. Etanol mais barato Os dados da ANP também mostram que o preço médio do etanol hidratado recuou 1,99% nos postos pesquisados em todo o país, de R$ 5,186 para R$ 5,083 litro, uma queda de R$ 0,103 na semana passada em relação à anterior. Os preços médios caíram em 19 estados e subiram em 9 estados e no Distrito Federal.

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Preço da gasolina já acumula defasagem de 20%, calcula entidade

Há 87 dias sem reajuste, o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras já registra uma defasagem de 20% em relação aos valores praticados no mercado internacional. É o maior patamar desde meados de maio. A diferença de preços está sendo impactada pela alta do barril de petróleo endash; puxada pelos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia endash; e pela desvalorização do real frente ao dólar. Já o diesel, reajustado no dia 10 de maio pela estatal, é comercializado no Brasil com uma defasagem média de 14%. Com a demora do reajuste, principalmente da gasolina, a necessidade em tese de aumento de preços fica cada vez maior. Se a Petrobras quiser alinhar hoje seus preços aos do mercado internacional, terá de elevar a gasolina em R$ 0,95 por litro e o diesel, em R$ 0,78. A empresa vem sendo pressionada pelo presidente Jair Bolsonaro a manter os preços congelados, com o objetivo de segurar a inflação e, no plano político, diminuir o desgaste no momento em que o presidente disputa a reeleição. Na Bahia, única refinaria de grande porte privatizada no País, os reajustes têm sido semanais. No último sábado, a Acelen, que controla a Refinaria de Mataripe, elevou o preço da gasolina entre 3,2% e 4,6% e o diesel, entre 10% e 11%, dependendo do mercado. eldquo;A situação está muito difícil. Além de inviabilizar as importações, os preços artificialmente baixos prejudicam os demais produtores dos combustíveis fósseis e pressionam os combustíveis alternativos, como o etanolerdquo;, disse o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo. VAREJO. Sem novos reajustes, o litro da gasolina vem registrando ligeira queda de preço nos postos de abastecimento, mas ainda assim se mantém acima dos R$ 7 na maioria dos mercados e continua sendo encontrada em alguns municípios por até R$ 8,50. É a mesma situação do diesel, também na casa dos R$ 7 na média nacional. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro da gasolina no País fechou a semana de 29 de maio a 4 de junho em R$ 7,218, 0,4% abaixo da semana anterior e com queda de 1% desde 14 de maio. O maior preço encontrado foi de R$ 8,490, e o menor, de R$ 6,180, ambos na região Sudeste. O diesel também cedeu de preço no mesmo período, com queda de 0,5%, sendo negociado, em média, a R$ 7 o litro do S10, o menos poluente. ebull;

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Governo pressiona Estados com lista de 11 países europeus que reduziram tributos

Numa lista apresentada às lideranças políticas, o governo contabiliza que 11 entre 14 países da Europa optaram por reduzir os tributos sobre combustíveis como mecanismo para enfrentar o impacto da alta de preços de petróleo na economia. Nos Estados Unidos, vários estados, entre eles Nova York, estão suspendendo ou congelando a cobrança dos tributos que incidem sobre os combustíveis. A estratégia de redução dos impostos foi defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião com Jair Bolsonaro na semana passada, na qual foi cobrado pelo presidente a dar uma solução para o problema no Brasil ainda essa semana. Na lista dos 11 países europeus que cortaram tributos estão a Bélgica, Croácia, Alemanha, Hungria, Irlanda, Itália, Holanda, Polônia, Portugal, Suécia e Reino Unido. A França e Espanha deram um subsídio e a Grécia adotou um pagamento direto às famílias de baixa renda. Além desses 14 países, a Eslovênia adotou um limite de preço de combustível. Essa lista está sendo apresentada pela área econômica para mostrar a importância da aprovação do projeto que desonera o ICMS. Aliados políticos do presidente defenderam na reunião a edição de um decreto de calamidade para suspender as regras fiscais e afastar restrições da lei eleitoral para poder gastar mais e fazer um subsídio ao diesel. Guedes e sua equipe passaram, então, a desenhar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para compensar os Estados pela perda de arrecadação para zerar o ICMS e o gás de cozinha. Transportes públicos também foram incluídos na compensação nas discussões feitas durante o fim de semana. A negociação está sendo feita num "combo" com o projeto que fixa um teto de 17% do ICMS para bens e serviços essenciais, como combustíveis, energia elétrica, gás e transportes públicos. A PEC permitiria uma compensação pela União aos Estados da redução adicional de 17% para zero, que vigoraria temporariamente até dezembro. Ela é necessária para que o repasse dos recursos seja feitos aos Estados fora do teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas à inflação. O ministro, segundo apurou a reportagem, aceita compensar R$ 22 bilhões para zerar o ICMS até dezembro, mas os Estados alegam que a perda será muito maior. O presidente Bolsonaro e seus ministros pressionam os governadores a ceder na redução dos tributos. Eles alegam que o governo já abriu mão de tributos e que os Estados estão com cofre cheio dando reajuste aos servidores e que precisam dar a sua eldquo;contribuição para reduzir os preçoserdquo;. Os Estados, por outro lado, argumentam que já abriram mão de R$ 17 bilhões entre novembro de 2021 e maio de 2022 com o congelamento da alíquota do diesel e da gasolina. Se não houver acordo em torno da redução adicional e compensação aos Estados via PEC, o governo acredita que o projeto com o teto do ICMS será votado e aprovado. Um integrante da equipe econômica disse ao Estadão que o teto do ICMS para os bens essenciais como combustíveis (incluindo gasolina), energia, gás de cozinha e telecomunicações eldquo;veio para ficarerdquo;. Toda a argumentação para a aprovação do projeto está sendo feita com base no Código Nacional de Defesa do Consumidor. Os Estados, no entanto, estão inflexíveis e não aceitam essa redução. Para a área econômica, a redução dos tributos via PEC é um caminho melhor do que subsídio direto.

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