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ZEG Biogás e Aroeira levam biometano a Minas Gerais

A ZEG Biogás, que tem entre seus acionistas a distribuidora Vibra Energia (ex-BR Distribuidora), com 50% de participação, além do grupo ZEG e da consultoria FSL, com os outros 50%, acertou com a usina sucroalcooleira Aroeira um investimento para a construção de uma planta de biometano a partir da biodigestão de resíduos da fabricação de etanol. O aporte pode chegar a cerca de R$ 120 milhões. A unidade, que ficará no município mineiro de Tupaciguara, será a primeira de biometano do Estado. Esse é também o primeiro investimento industrial da ZEG Biogás desde que a Vibra se tornou sócia da companhia. Na primeira etapa do projeto, a planta terá capacidade para produzir 4 milhões de metros cúbicos de biometano por ano e demandará aporte de R$ 30 milhões. Mas a unidade poderá ser ampliada em eldquo;móduloserdquo;. O plano para a parceria com a Aroeira é que o empreendimento alcance uma capacidade total de 16 milhões de metros cúbicos anuais, o que deverá demandar, no total, os R$ 120 milhões estimados. eldquo;Com a nossa tecnologia modular, que permite o desenvolvimento do potencial da usina em fases, podemos crescer de acordo com o avanço do mercado local. No caso da usina da Aroeira, é possível expandir a produção em até quatro vezeserdquo;, diz Daniel Rossi, conselheiro da ZEG Biogás. A ZEG Biogás quer enquadrar o projeto no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura (Reidi). Essa possibilidade surgiu com a criação do programa Metano Zero pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em março, que permitiu que investimentos em biometano solicitem isenção de PIS/Cofins para novos aportes. Substituição da frota O principal destino do biometano da unidade será para a substituição do diesel na frota agrícola da Aroeira. No segmento sucroalcooleiro, esse uso tem sido um dos principais chamarizes de investimentos para a tecnologia, que elimina um importante componente de custo das usinas de cana, o diesel. No último ano, o combustível de origem fóssil passou a pesar mais no custo de produção com a transmissão da volatilidade internacional ao mercado doméstico. Além disso, a troca do diesel pelo biometano reduz significativamente a pegada de carbono da produção, o que no caso das indústrias de etanol pode favorecer a nota de eficiência energético-ambiental das usinas no programa RenovaBio. O programa permite que produtores mais eldquo;limposerdquo; emitam mais Créditos de Descarbonização (CBios) por quantidade de biocombustível produzido. Segundo a Aroeira, apenas a primeira fase do projeto, que prevê produção de 4 milhões de metros cúbicos de biometano ao ano, evitará a emissão de 10 mil toneladas de gás carbônico equivalente na atmosfera. Isso equivale ao plantio de cerca de 1 milhão de árvores. Parte da produção de biometano também será comercializada de forma comprimida para indústrias da região. Gabriel Feres, CEO da Aroeira, ressalta o caráter de eldquo;economia circularerdquo; do projeto, já que há aproveitamento da vinhaça para fins próprios e comerciais.Para ler esta notícia, clique aqui.

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Vendas de etanol em junho, antes das mudanças na tributação, cresceram 3,3%

Em junho, quando as negociações sobre redução tributária no setor de combustíveis avançavam em Brasília e o etanol hidratado estava competitivo em relação à gasolina, as vendas do biocombustível tiveram um pequeno crescimento no país. As distribuidoras comercializaram 1,349 bilhão de litros no mês, volume 3,3% maior que o de maio e 5,5% superior ao de junho do ano passado, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em São Paulo, que representa metade do consumo nacional de etanol, o volume comercializado aumentou 5,4% em comparação com o mês anterior, para 671,9 milhões de litros. eldquo;Em junho, a competitividade [do etanol hidratado em relação à gasolina] estava boa, [com um correlação de preços] entre 67% a 66% em São Paulo, então as vendas foram relativamente boaserdquo;, avaliou Martinho Ono, diretor da SCA Trading. Mas, na segunda quinzena de junho, conforme tomava forma o projeto de lei que impôs um teto ao ICMS sobre os combustíveis e os isentou de PIS/Cofins e Cide, as distribuidoras começaram a se desfazer de seus estoques e a comprar eldquo;da mão para a bocaerdquo;, observa o analista. Para ele, eldquo;as vendas [das distribuidoras] que ocorreram não refletem o volume que efetivamente aconteceu, porque houve redução de inventárioserdquo;. O projeto foi aprovado na última semana de junho. Os dados das vendas de etanol ao mercado consumidor em julho só serão divulgados no fim de agosto. Para Ono, os números das vendas das usinas do Centro-Sul da primeira quinzena de julho, divulgados na última semana pela União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), já indicam que distribuidoras e revendedores passaram por uma recomposição de estoques no período. O mercado consumidor de etanol, porém, viveu situação inversa, já que as alterações tributárias retiraram a competitividade do biocombustível. eldquo;Houve uma reposição grande de compras com uma saída menorerdquo;, disse o analista. Desaceleração em julho Para julho, a expectativa é que as vendas tenham apresentado desaceleração. Embora a eldquo;PEC das Bondadeserdquo;, que incluiu a previsão de diferencial tributário aos biocombustíveis, tenha sido aprovada na metade do mês, os Estados têm aplicado a nova regra de maneira paulatina. São Paulo e Minas Gerais divulgaram suas reduções de alíquota no dia 18, pouco depois da promulgação da PEC, mas Mato Grosso e Rio Grande do Norte, por exemplo, só anunciaram a medida na última sexta-feira. De acordo com Ono, o mercado de etanol passou eldquo;todo esse período de forma não-competitivaerdquo; em relação à gasolina. Outro fator que reduz a competitividade do etanol é o congelamento do preço médio ao consumidor final emdash; definido pelos Estados emdash; ao valor de novembro de 2021.Para ler esta notícia, clique aqui.

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Diesel fecha julho com alta de 4,8%, diz Ticket Log

O preço médio do diesel comum terminou o mês de julho em alta de 4,84% comparado à junho, a R$ 7,78 por litro, marcando uma sequência de elevações que se estende desde dezembro de 2021, mostraram dados do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) nesta sexta-feira (29). O diesel S-10, na mesma linha, aumentou 4,75% e foi comercializado a R$ 7,88 nas bombas de abastecimento do país. A gasolina e o etanol, em contrapartida, registraram baixas nos preços deste mês. eldquo;O preço do diesel já está mais caro que o da gasolina e, desde dezembro de 2021, mês do último recuo identificado, o IPTL não registra nenhum respiro no preço do combustívelerdquo;, disse em nota o diretor geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas Pina, sobre o combustível mais consumido nacionalmente. eldquo;Quando analisamos a paridade com o mercado internacional, ainda temos uma situação de preço nacional de 10 centavos acima da paridade para o diesel, de acordo com entidades do setorerdquo;, acrescentou o executivo. As médias de preço mais altas para os dois tipos de diesel foram registradas na região Norte, a R$ 8,07 por litro para o comum e R$ 8,19 no S-10, com acréscimos de 4,78% e 5,08%, respectivamente. O litro com o preço médio mais baixo foi registrado no Sul, a R$ 7,38 para o diesel comum e R$ 7,47 no S-10, ambos com altas de 5,14%, de acordo com o levantamento. Gasolina e etanol Para a gasolina, o IPTL indentificou queda de 14,01% no preço médio de julho, na variação mensal, para R$ 6,50 por litro, na esteira de uma mudança na tributação anunciada pelo governo e recuos no valor do combustível vendido às distribuidoras pela Petrobras. eldquo;Com a redução da alíquota do ICMS, anunciada no início de julho, o preço da gasolina já registrava baixas de 5,46%, em relação a junho, nos primeiros dias do mês, segundo o levantamento da Ticket Logerdquo;, disse Pina. No fechamento da primeira quinzena, o recuo no valor da gasolina já chegava a 10,22%, mostraram os dados. Em 19 de julho, a Petrobras anunciou corte de 4,9% no preço médio da gasolina vendida para as distribuidoras, de R$ 4,06 o litro para R$ 3,86. Foi a primeira redução feita pela petroleira desde dezembro do ano passado e levou à retomada do patamar médio de preços das refinarias que era praticado entre maio e junho. O diretor da Edenred Brasil avaliou que este recuo nos preços praticados pela estatal contribuiu para o desempenho da gasolina registrado nos postos em julho. Agora, a partir desta sexta-feira entrou em vigor uma nova redução nos preços pela Petrobras, anunciada na véspera, de 3,88%. eldquo;Vamos aguardar os reflexos da nova redução de 3,88%ehellip; que deve impactar no preço bomba nos primeiros dias de agostoerdquo;, afirmou Pina. O etanol, por sua vez, fechou julho cotado em média de R$ 5,50 por litro, queda de 8,34% se comparado ao mês anterior, de acordo com o IPTL. A Ticket Log é uma marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil. Já o IPTL é um índice de preços de combustíveis mensurado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que administra 1 milhão de veículos ao todo, com uma média de oito transações por segundo.

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Veículos híbridos e elétricos chegam a 100 mil unidades no Brasil, diz Abve

O número de veículos híbridos e elétricos ultrapassou a marca das 100 mil unidades em circulação no Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (Abve). No total, desde 2012, são 100.292 veículos que funcionam apenas com motor elétrico, como o Nissan Leaf, ou com uma combinação entre motor elétrico e tradicional, a combustão, como é o caso do Corolla, da Toyota. eldquo;Esses 100 mil são um grande destaque e mostram que o Brasil está no rumo certo, mas ainda falta muita coisa para a eletrificação avançarerdquo;, diz, em nota, Adalberto Maluf, presidente da Abve. O executivo defende uma política nacional de eletromobilidade para incentivar a transição para veículos elétricos. De acordo com dados da associação, os emplacamentos de veículos eletrificados no país neste ano chegaram a 23.303, ou 31% acima dos primeiros sete meses do ano passado. Em 2021, o crescimento nas vendas globais de veículos eletrificados em relação ao ano anterior foi de 109%, estima a Abve. No Brasil, são vendidos veículos eletrificados como o XC40, da Volvo, o E-Tron, da Audi, e o Fiat 500e, da Stellantis.

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Preço do diesel não deve cair, diz Petrobras

O diretor de Comercialização e Logística da Petrobras, Cláudio Mastella, disse não esperar queda no preço do diesel até o fim do ano, diante do cenário de problemas na oferta e proximidade com o inverno no hemisfério Norte. Nas últimas semanas, a empresa reduziu duas vezes o preço da gasolina, que já vinha sendo fortemente impactado pelos cortes de impostos aprovados pelo Congresso. O diesel, por outro lado, já tinha impostos federais zerados e ICMS (imposto estadual) abaixo do teto estabelecido e não baixou nas bombas. "Vemos um cenário de manutenção dos preços dos derivados parecidos com os atuais, em especial no caso do diesel, que tem um impacto da aproximação do inverno no hemisfério norte", disse o executivo, em teleconferência com analistas para detalhar o balanço do segundo trimestre. "A expectativa é que o diesel fique nesse cenário ou até mais forte, a menos que se confirme expectativa de grande recessão global", completou, ressaltando que a demanda pelo produto continua aquecida e há problemas de oferta após o início da guerra na Ucrânia. O diesel é um problema para o esforço do governo para baixar os preços dos combustíveis às vésperas das eleições. Desde a aprovação dos cortes de impostos no Congresso, o preço médio do combustível caiu apenas 1,2% nas bombas, contra queda de 20,3% no preço da gasolina. Sem possibilidade de reduzir mais os impostos, o governo contaria apenas com eventuais cortes de preços na Petrobras. Em outra frente, aprovou no Congresso a distribuição de um auxílio para caminhoneiros. Mastella disse que a Petrobras vê hoje menos risco de desabastecimento de diesel no país, mas o cenário ainda é de cautela em função do aumento da demanda por países do Hemisfério Norte, menor oferta da Rússia, paradas previstas em refinarias e riscos com a temporada de furacões nos Estados Unidos. "Hoje, em particular, não há dificuldade para adquirir diesel dos fornecedores habituais", disse o executivo. A empresa vem antecipando compras para aumentar seus estoques e busca operar suas refinarias com níveis elevados para produzir mais o combustível. Mastella afirmou que a nova diretriz da política de preços da companhia, aprovada no início da semana, não altera a busca pela paridade com as cotações internacionais dos produtos. Pelo contrário, afirmou, dá ao conselho atribuição de cobrar o cumprimento dessa política. "O conselho passa a ter atribuição de cobrança de resultado. O foco fica mais claro, mais robusto, em benefício da companhia", afirmou. No segundo trimestre de 2022, a Petrobras registrou lucro de R$ 54,3 bilhões, o segundo maior de sua história. Pelo resultado, a companhia aprovou a distribuição de R$ 87,8 bilhões em dividendos, um recorde.

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Preços dos combustíveis nos postos voltam a recuar nesta semana; gasolina cai ao menor valor em mais

Os preços da gasolina, do diesel e do etanol voltaram a recuar nos postos de combustíveis esta semana, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta sexta-feira (29). De acordo com o levantamento da ANP, o preço médio do litro da gasolina caiu de R$ 5,89 para R$ 5,74, uma diminuição de 2,5%. Trata-se do menor patamar desde a semana encerrada em 3 de julho do ano passado (R$ 5,686). O valor máximo encontrado nos postos foi R$ 7,49. Foi o quinto recuo seguido do preço da gasolina, segundo a agência. Nesse período, a queda acumulada é de 22,3%. Já o valor médio do litro do diesel passou de R$ 7,44 para R$ 7,42, redução de 0,3%. O valor mais alto encontrado pela agência foi R$ 9. O preço do diesel também caiu pela quinta semana seguida, mas a queda é bem menor. Foi de apenas 2%. No mês passado, os preços do litro do diesel e da gasolina alcançaram os maiores valores nominais pagos pelos consumidores para os combustíveis desde que a ANP passou a fazer levantamento semanal de preços, em 2004. Por fim, o preço médio do etanol passou de R$ 4,32 para R$ 4,21, uma queda de 2,5%. O levantamento chegou a encontrar oferta do etanol pelo máximo de R$ 6,99 A ANP coletou preços em mais de 5 mil postos de combustíveis no Brasil. Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende não só dos valores cobrados nas refinarias, mas também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores. Queda da preços A redução dos combustíveis sente o efeito da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) adotada pelos estados depois que foi sancionado o projeto que cria um teto para o imposto sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Pelo texto, esses itens passam a ser classificados como essenciais e indispensáveis, o que impede que os estados cobrem taxa superior à alíquota geral que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade. Até então, os combustíveis e outros bens que o projeto beneficia eram considerados supérfluos e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS. Além disso, na quarta-feira da semana passada, a Petrobras realizou a primeira redução do ano do preço de venda da gasolina para as refinarias. Nesta sexta-feira, a estatal reduziu novamente o valor do litro do combustível. A queda foi de 3,88%. "Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio", destacou a companhia.

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