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Petróleo volta a cair, pressionado por dólar forte

Os contratos futuros do petróleo passaram a cair nesta manhã, retomando a tendência de queda das duas sessões anteriores, em meio à valorização do dólar. Às 7h54 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para setembro caía 0,50% na Nymex, a US$ 88,10, enquanto o do Brent para outubro recuava 0,38% na ICE, a US$ 93,76. No mesmo horário, o índice DXY do dólar - que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes - tinha alta de 0,25%, a 105,95 pontos.

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Governo pressionou Petrobras para reduzir preço do diesel; ministro comemora

O Palácio do Planalto e integrantes do governo Jair Bolsonaro, especialmente a Casa Civil, vinham pressionando a Petrobras para reduzir o preço do óleo diesel, de acordo com fontes do Executivo, após a empresa ter mexido nos valores da gasolina duas vezes. A empresa anunciou nesta quinta-feira uma redução de R$ 0,20 por litro do diesel nas refinarias. A partir desta sexta-feira, o preço médio de diesel vendido pela Petrobras será reduzido em R$ 0,20 por litro, de R$ 5,61 para R$ 5,41, informou há pouco a estatal. É uma queda de 3,56%. É a primeira vez que o preço do diesel é reduzido desde que o novo presidente da estatal, Caio Paes de Andrade, assumiu o comando da empresa. Ex-secretário do Ministério da Economia de Paulo Guedes, Andrade é mais alinhado ao Palácio do Planalto que seus antecessores (três presidentes da Petrobras caíram sob Bolsonaro por conta da alta dos preços dos combustíveis). Mesmo alinhado ao governo, Andrade vinha sendo cobrado internamente por ainda não ter reduzido o preço do diesel emdash; a gasolina já caiu duas vezes na sua gestão. Para integrantes do governo, esse anúncio é necessário para consolidar um clima mais favorável ao presidente Jair Bolsonaro na economia em meio à campanha presidencial. Auxiliares do presidente veem a inflação como uma das maiores pedras no sapato para a reeleição do presidente. Por isso, houve um trabalho intenso nos últimos dias para tentar reduzir o preço dos combustíveis não só via Petrobras, mas também com a redução de impostos emdash; neste ponto, o governo federal criou uma conta aos estados com a redução obrigatória do ICMS, principal tributo estadual. Com a queda do preço do diesel, o governo quer fortalecer a retórica de que Bolsonaro teria agido para reduzir o preço dos combustíveis e agradar principalmente os caminhoneiros, categoria simpática ao presidente. Nos bastidores, o governo criticava a Petrobras por não reduzir o preço, mesmo com o patamar inferior dos valores do petróleo. Auxiliares de Bolsonaro afirmavam que a Petrobras estava segurando o preço do diesel para eldquo;fazer caixaerdquo;. Nas últimas semanas, lideranças de caminhoneiros próximos ao Planalto vinham insistindo recorrentemente para reduzir o preço diesel, mesmo após essa categoria ter sido beneficiada com um vale mensal de R$ 1.000 válido até dezembro (criado a partir da PEC Eleitoral). Cálculos da Abicom (associação de importadores) mostram que o diesel estava 10% mais caro aqui do que no mercado internacional. Isso é causado essencialmente pela queda do preço do barril de petróleo, que baliza as decisões de preço da estatal, junto com o dólar. Técnicos da Petrobras afirmam recorrentemente, porém, que é preciso haver uma redução consolidada do petróleo antes de uma decisão de preço. O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, comemorou a decisão da Petrobras nas redes sociais. Ele assumiu o cargo após a saída de Bento Albuquerque causada justamente pelo preço dos combustíveis. eldquo;Redução no preço do Diesel!!!!! Redução de 20 centavos no preço do litro do diesel! Passo a passo e com a graça de Deus os resultados vão aparecendo! Brasil porto seguro do investimentoerdquo;, afirmou. Segundo a Petrobras, o reajuste acompanha a evolução dos preços de referência, ou seja, da cotações no mercado internacional, que se estabilizaram num "patamar inferior". Em nota, a empresa afirma que a decisão "é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio". "Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 5,05, em média, para R$ 4,87 a cada litro vendido na bomba", informou a estatal. Na semana passada, a Petrobras anunciou redução nos preços da gasolina e dos combustíveis de aviação. Anunciou ainda o pagamento recorde de dividendos para um trimestre.

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Gasolina e diesel ainda têm amplo espaço para reduções de preços

O petróleo caiu ao menor patamar dos últimos seis meses, e, na mesma comparação, o dólar ficou praticamente estável. Isso quer dizer que a gasolina e o diesel ainda têm grande espaço para redução de preços pela Petrobras. Pelas contas da Abicom, a associação dos importadores, o preço da gasolina no Brasil está 10% mais caro do que a cotação internacional. Isso significa R$ 0,32 acima. Já o diesel endash; antes da redução de hoje endash; estava 9% mais caro, ou R$ 0,46. O banco Credit Suisse, por sua vez, calcula que a gasolina brasileira está 13% mais elevada do que a cotação internacional, cerca de R$ 0,42, e o diesel, 7%, ou R$ 0,36, já descontada a queda de preço hoje. Como a Petrobras não divulga a sua política de preços, cada entidade faz a sua conta. O barril do tipo brent recuou para US$ 93 nesta quinta-feira, a menor cotação em seis meses, desde 3 de fevereiro. Já o dólar está cotado em R$ 5,20, também abaixo dos R$ 5,28 dessa mesma data. Ou seja, por esse recorte, há queda tanto do câmbio quanto do petróleo, o que possibilita, tecnicamente, a redução do produto. A dúvida é como será o comportamento da nova diretoria da Petrobras em caso de reviravolta, já que esse mercado tem mostrando alta volatilidade este ano. A queda do petróleo está ligada ao risco de recessão no mundo, provocado pela inflação em alta que obrigou os principais bancos centrais a subirem as taxas de juros. Com menor expectativa de crescimento, o preço da commoditie cai.

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Privatizar a Petrobras (PETR3;PETR4) é uma escolha da sociedade, diz Adolfo Sachsida

O Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse nesta quinta-feira (4) que cabe à sociedade escolher se a Petrobras (PETR3;PETR4) será uma empresa estatal ou privada. eldquo;Não dá para achar petróleo no pré-sal e a empresa dizer que é pública para ter prioridade, mas justificar que é privada quando o preço da gasolina aumentaerdquo;, afirmou Sachsida, durante o painel eldquo;O Desafio Energético do Brasilerdquo;, na Expert XP 2022. eldquo;Eu tenho a minha preferência e quero ela privadaerdquo;, complementou o ministro. Ao assumir o MME, em maio deste ano, uma das primeiras iniciativas de Sachsida foi encomendar estudos para a privatização da petrolífera. Questionado se há chances da proposta de privatização ser enviada ao Congresso ainda este ano, ele afirmou que ministério estuda essa possibilidade. eldquo;Mas um projeto deste tamanho, você precisa ter muita segurança para gerar competição e acima de tudo ter consensos para poder avançarerdquo;, disse Sachsida. O ministro criticou a demora da petrolífera em vender suas refinarias. eldquo;Tem um termo de ajuste de conduta, tem que ser feitoerdquo;, disse. eldquo;Não dou palpite na Petrobraserdquo; Sachsida evitou comentar a atual política de preços da petrolífera. eldquo;Nós não controlamos o preço do barril, mas se o dinheiro vier para o Brasil, o câmbio valoriza e vamos conseguir uma redução estrutural correta no preço dos combustíveiserdquo;, disse. O ministro acredita que essa dinâmica se beneficiaria de uma realocação de portfólios de investimentos globais, buscando um porto seguro no Brasil. eldquo;Vamos aprovar marcos legais, criar um ambiente favorável pra investimentos e o preço [dos combustíveis] vai cair naturalmenteerdquo;, afirmou. Sachsida diz que não dá palpite na Petrobras e seu papel foi levar um presidente para a companhia que estivesse acostumado com competição. eldquo;Eu prefiro mais competição, porque você dilui o podererdquo;, disse o ministro. eldquo;Enquanto ministro de Minas e Energia, saibam de uma coisa: eu vou gerar competição no setor é bom que ela [a Petrobras] aprenda a competir, porque vai ter competição. Essa é a única maneira de protegermos os consumidores brasileiroserdquo;, complementou. Mesmo afirmando que o melhor a se fazer pela Petrobras é não intervir, Sachsida foi parabenizado pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, pela redução de 3,6% no preço do diesel para as distribuidoras anunciada hoje pela Petrobras. eldquo;Parabéns pela queda de 20 centavos no preço do diesel hoje. Mais uma ação do governo federal na boa direção de olhar o consumidor em primeiro lugarerdquo;, disse Leite. Sem competição, sem transição O ministro disse ainda que a falta de competição no setor inviabiliza que a Petrobras tenha uma agenda ESG. Ele usou o exemplo de players globais que estão caminhando para uma transição energética, como Shell e BP. eldquo;E a Petrobras? Será que alguém vai colocar um elsquo;xisersquo; que ela tá indo?erdquo;, indagou Sachsida. eldquo;A Petrobras pode ser um grande player das energias renováveis e esse é o caminho. O Brasil tem que pressionar para criar uma economia verde e neutra em emissões até 2050ePrime;, afirmou Joaquim Leite. Sachsida disse que, como toda empresa grande e responsável no mundo, a Petrobras precisa ter um programa social desenvolvido pelos próprios executivos da empresa. eldquo;Eu não ganho R$ 210 mil por mês, é o presidente da Petrobras. É ele e os diretores que tem de desenvolver programas sociaiserdquo;, afirmou. eldquo;O Brasil tem que ser o Canadá da mineraçãoerdquo; Durante o painel, Sachsida afirmou que está fazendo mudanças no MME para fortalecer o segmento de mineração. eldquo;O nosso norte em mineração é o Canadá. Um país com respeito à sustentabilidade, que é exemplo do mundo, e uma potência mineradoraerdquo;, disse o ministro. Sachsida afirmou que aumentar tributos no setor é um eldquo;erro brutalerdquo;. eldquo;Temos é que explorar essa riqueza de uma maneira ambientalmente sustentável e socialmente justa. Com isso, vamos beneficiar o meio ambiente, a população brasileira e os próprios estados e municípios vão crescererdquo;. O ministro do meio ambiente defendeu a mineração regular, dizendo que a atividade tem baixa impacto nas florestas. eldquo;Mineração cuida de floresta. Você tem casos de áreas na Amazônia de impacto de menos de 3%. Quando você faz a cava para minerar, você traz riqueza para a região que protege os outros 97%erdquo;, disse Joaquim Leite.

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Após queda do diesel, Bolsonaro diz esperar 'outras reduções' nos preços da Petrobras

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que espera que "outras reduções aconteçam" na Petrobras após a queda do preço do diesel em 3,56%. A estatal diminuiu em R$ 0,20 por litro, de R$ 5,61 para R$ 5,41. -- Então, a Petrobras, com a nova direção, com novo presidente agora, anuncia a primeira redução no preço do diesel. Parabéns aí à Petrobras. Já haviam reduzido nas últimas duas semanas R$ 0,35 no preço da gasolina lá na refinaria. A gente espera que outras reduções aconteçam aí na nossa Petrobras -- afirmou Bolsonaro durante live nesta quinta-feira. É a primeira vez que o preço do diesel é reduzido desde que o novo presidente da estatal, Caio Paes de Andrade, assumiu o comando da empresa. Desde maio do ano passado, o preço do diesel só era reajustado para cima. O Palácio do Planalto e integrantes do governo Jair Bolsonaro, especialmente a Casa Civil, vinham pressionando a Petrobras para reduzir o preço do óleo diesel, de acordo com fontes do Executivo, após a empresa ter mexido nos valores da gasolina duas vezes. Nas últimas semanas, a cotação do petróleo no mercado internacional vem recuando, após forte alta no início do ano por causa da Guerra na Ucrânia. Em meio ao temor de uma recessão nos EUA e diante de uma forte desaceleração no crescimento econômico global, o preço do barril do tipo brent recuou do patamar de US$ 120 no início de junho para próximo de US$ 95 agora. É uma queda de quase 21% em dois meses. Segundo a Petrobras, o reajuste acompanha a evolução dos preços de referência, ou seja, das cotações no mercado internacional, que se estabilizaram num "patamar inferior". Reajuste no IR Bolsonaro também voltou a afirmar que está "garantido com a equipe econômica" uma correção na tabela do Imposto de Renda. O presidente, no entanto, não deu detalhes sobre o percentual porque ainda não houve uma definição. -- Agora está garantido com a equipe econômica. Vamos conversar. Não vou dizer o percentual ainda porque ainda não batemos o martelo. Mas vamos corrigir a tabela do Imposto de Renda, que, cada vez mais, vem se transformando não em tabela de Imposto de Renda, mas sim em redução de renda A isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até cinco salário mínimos é uma promessa de campanha de Bolsonaro, até agora não concretizada. No início deste mês, ele já havia afirmado que estava "acertado" a correção da tabela para o próximo ano. Durante o seu mandato, o presidente reforçou diversas vezes a promessa, dizendo que queria estabelecer a isenção no mínimo em R$ 3 mil, mas não cumpriu o compromisso até agora. Durante a campanha eleitoral de 2018, o então candidato falou em estabelecer a isenção para quem ganhasse até cinco salários mínimos emdash; o que, na época, equivalia a quase R$ 5 mil. Atualmente, a isenção é de R$ 1.903,98. Depois do início do governo, Bolsonaro passou a falar que gostaria reajustar a tabela para no mínimo R$ 3 mil, mas mesmo assim não cumpriu a promessa. A defasagem da tabela no governo Bolsonaro está acumulada em 26,6% até junho de 2022, de acordo com estudo feito pelo Sindifisco Nacional, que representa os auditores-fiscais da Receita Federal.

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Brasil reforça maior juro real do mundo com alta da Selic

A alta da taxa básica de juros na quarta-feira (3) reforçou a posição do Brasil como líder do ranking mundial de juros reais, posição que ocupa desde a reunião de maio do comitê monetário do Banco Central, segundo levantamento do portal MoneYou e da gestora Infinity Asset Management. Para chegar ao juro real emdash;taxa nominal descontada a inflaçãoemdash;, o estudo considerou projeção de alta dos preços ao consumidor para os próximos 12 meses, assim como as taxas negociadas no mercado de juros com vencimento também em 12 meses. Esse cálculo apontou que os juros efetivos brasileiros estão em 8,52%, mais do que o dobro do segundo colocado, o México, cuja taxa é de 4,2%. Referência para o rendimento de títulos de renda fixa, os Estados Unidos aparecem na 25ª posição com um retorno negativo de 3,25% ao ano. O ranking tem 40 países. A Argentina é 11ª da lista, com uma taxa efetiva de 0,57%, embora ostente juros nominais de 60% ao ano, os mais altos do planeta. Considerando as taxas nominais, o Brasil possui a a terceira maior, de 13,75% ao ano, atrás da Turquia (14%) e da Argentina. O relatório também destaca a tendência mundial de aumento dos juros, uma necessidade observada por muitos bancos centrais diante da disparada da inflação global neste ano. Entre os 40 países que fazem parte do ranking, 33 deles (82,5%) elevaram suas taxas e apenas 1 (2,5%) cortou. Seis (15%) não fizeram alterações. Juros altos dificultam o acesso ao crédito, inibindo o consumo e freando a atividade econômica de modo geral. Mas a relação entre uma taxa significativamente elevada a ser mantida nos próximo meses e a expectativa de desaceleração da inflação posicionam o Brasil como um destino promissor para investimentos estrangeiros, segundo Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset. É o que no jargão do mercado costuma ser chamado de diferencial de juros. Além do retorno sobre a inflação, investidores também avaliam fatores como estabilidade institucional e riscos de calote do país e de suas empresas. "Esse é um ponto importante para o diferencial de juros do Brasil, pois é um dos países mais seguros, em termos de mercados emergentes, para se aplicar neste momento por ser um lugar seguro, institucionalmente falando", comenta Vieira. "Também existe a vantagem do Brasil, nesse contexto de rendimento, obviamente, com a melhor taxa real do mundo", afirma. Ao elevar a Selic em 0,50 ponto percentual nesta quarta (3), a 13,75% ao ano, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) indicou que irá desacelerar o aperto ao crédito, avaliando um ajuste de 0,25 ponto em setembro. Parte do mercado considerou que a atual taxa ficará, no mínimo, estável até o primeiro trimestre do próximo ano. Como há perspectiva de desaceleração da inflação, a leitura que se faz é de um diferencial de juros ainda maior nos próximos meses. O ponto mais importante a ser considerado para essa queda da inflação é a desaceleração da economia americana, cuja segunda queda trimestral do PIB (Produto Interno Bruto) acendeu o alerta para risco de recessão. Com a maior economia do mundo caminhando um pouco mais devagar, o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) também deve diminuir a velocidade do aumento da sua taxa de juros. Essa será a deixa para investidores tirarem dólares do Tesouro americano e buscarem opções mais rentáveis em países emergentes. Vieira ressalta que riscos internos e externos podem, evidentemente, prejudicar esse contexto favorável ao Brasil. O descontrole de gastos do governo brasileiro no período eleitoral e questões internacionais, como a Guerra da Ucrânia, seguem no radar do mercado. "A impressão é que, se ajustando a esse cenário de curto prazo e às questões geopolíticas, o Brasil pode se tornar um receptor de investimentos internacionais, o que pode ajudar no câmbio e na inflação, que já está declinante", conclui Vieira.

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