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Inovação é marca do setor de petróleo e gás

O setor de petróleo e gás brasileiro pega a dianteira quando o assunto é inovação tecnológica. Por meio de processos e sistemas, empresas brasileiras conseguem garantir mais agilidade, segurança, e eficiência no processo de produção do óleo com menos emissões e redução de custos. Para se ter uma ideia, até o início dos anos 1980, o mundo só dispunha de tecnologia capaz de operar a uma profundidade máxima de 400 metros. Com a descoberta de uma acumulação gigante de petróleo a mais de 2.000 metros de profundidade, o Brasil foi pioneiro em criar tecnologia capaz de atuar em águas mais profundas. eldquo;Naquela época, era inimaginável operar tanta profundidade. Isso mostra como inovação sempre esteve no DNA da companhiaerdquo;, afirma o gerente-geral de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras, Anderson Rapello dos Santos. Santos cita a completação inteligente como um dos exemplos de tecnologias recentemente aplicadas para desenvolvimento do polo pré-sal da Bacia de Santos. Essa tecnologia permite o melhor gerenciamento do reservatório de petróleo a partir das informações de produção obtidas em tempo real, por meio da capacidade de acionamento e controle dos intervalos produtores a partir de centros de operação a distância. É uma tecnologia que tem contribuído para aumentar a produção e o desempenho dos campos da região. Além disso, tecnologias de automação e robotização das atividades em plataformas produtoras, que permitem a redução da exposição da força de trabalho a situações de risco, já são uma realidade. Essas tecnologias associadas à utilização intensiva de sistemas de processamento submarino, estendendo a planta de separação para o leito marinho, prometem transformar a realidade do setor. eldquo;Queremos minimizar a exposição de pessoas a eventuais riscos nas operações principalmente nas unidades off shoreerdquo;, afirma o gerente-geral de Tecnologia e Inovação da Shell Brasil, Olivier Wambersie. eldquo;Trabalhamos sempre com um olhar em projetos sustentáveis e em tecnologias que tragam maior segurança, menor custo e soluções de baixo carbono. Desta forma, garantimos a excelência de nossa produção e a aceleração do desenvolvimento de toda a cadeia de Exploração e Produçãoerdquo;, afirma Isabel Waclawek, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento (PeD) da TotalEnergies EP Brasil. A redução das emissões de carbono é um dos objetivos principais das empresas que atuam no setor. Segundo Anderson Rapello dos Santos, da Petrobras, eldquo;com o uso intensivo de tecnologia e inovação, acreditamos conseguir reduzir a pegada de carbono em nossas operações. Anunciamos o netzero alinhado ao Acordo de Paris até 2050, com metas intermediárias de redução de emissões e de redução das emissões absolutas operacionais totais em 25% até 2030. Operamos o maior projeto de CCUS offshore do mundo. Somente em 2021, reinjetamos 8,7 milhões de toneladas de CO2 e, até 2025, teremos capturado 40 milhões de toneladas CO2ePrime;, afirma Rapello. Isabel Waclawek destaca que a meta da TotalEnergies é fornecer ao maior número possível de pessoas uma energia confiável, acessível e limpa. eldquo;Nossa meta é atingir mundialmente a neutralidade de carbono até 2050, com desenvolvimento e aplicação de sistemas híbridos de baixa emissão de carbono.erdquo; O Brasil é o nono maior produtor mundial de petróleo, com 2,9 milhões de barris/dia e o setor de petróleo e gás representa 15% do PIB industrial brasileiro. Por outro lado, o Brasil é o oitavo maior país consumidor de petróleo (2,3 milhões de barris/dia) e também o oitavo maior exportador de petróleo e derivados (1,6 milhão de barris/dia). Em 2020 e 2021, o saldo positivo da balança comercial de petróleo e derivados foi, respectivamente, de US$ 14 bilhões e US$ 19 bilhões. Em 2022, até abril, o superavit da balança comercial de petróleo e derivados já atingiu US$ 7,9 bilhões.

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STF aprova acordo de Estados e União sobre ICMS dos combustíveis

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) homologaram, por maioria, o acordo feito entre União e Estados a respeito da cobrança do ICMS sobre combustíveis nesta 4ª feira (14.dez.2022). A Corte julga ações que tratam sobre perdas de arrecadação alegadas pelas unidades federativas em razão de mudanças na tributação. O julgamento é realizado em sessão virtual extraordinária, com duração de 24 horas. No acordo, as secretarias dos Estados reconhecem a essencialidade do diesel, do GLP e do gás natural e estabelecem o ICMS uniforme e monofásico para os combustíveis, exceto a gasolina, até 31 de dezembro de 2022. O ministro Gilmar Mendes, relator de ações na Suprema Corte sobre a limitação do tributo e a adoção de alíquota única do imposto pelos Estados, foi acompanhado pelos ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Roberto Barroso, Nunes Marques, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux e Dias Toffoli. Até a publicação desta reportagem, não constavam no plenário virtual os posicionamentos dos demais ministros. Eis a íntegra (160 KB) do voto do relator. Gilmar Mendes abriu um grupo de trabalho para que governo e as unidades federativas negociassem sobre o tema. Em especial, a compensação pela perda arrecadatória causada pelas mudanças na cobrança do ICMS sobre os combustíveis, mas esse ponto ficou de fora do texto firmado (leia a íntegra endash; 110 KB). No último dia da comissão, em 2 de dezembro, as partes decidiram criar um novo grupo de trabalho para tratar a compensação, com prazo de 120 dias. Um dia antes, em 1º de dezembro, o ministro André Mendonça deu prazo de 30 dias para que os Estados adotassem o regime monofásico e a alíquota uniforme do ICMS sobre combustíveis em todo o território nacional. Eis outros pontos acordados pela comissão: necessidade de eldquo;aperfeiçoamento legislativoerdquo; para reconhecer o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) como órgão legítimo para implementar a cobrança do ICMS sobre combustível por meio de alíquota ad rem (incide por litro) ou ad valorem (incide sobre o preço médio); União concorda em encaminhar proposta para revogar trecho que estabelece alíquotas ad rem para combustíveis; discussão sobre tarifas de energia elétrica dos serviços de transmissão e distribuição continuam em grupo de trabalho para conclusão em até 120 dias; Estados e o Distrito Federal, por meio do Confaz, reconhecerão, de imediato, a essencialidade dos seguintes combustíveis: diesel, GLP e gás natural. A secretária de Fazenda do Ceará, Fernanda Pacobahyba, que representava as demais secretarias estaduais no grupo de trabalho, disse no último encontro que a perda estimada de julho a dezembro em razão da falta de arrecadação soma cerca de R$ 40 bilhões. O valor cai para R$ 19 bilhões quando consideradas as liminares concedidas pelo STF a 8 Estados endash;Acre, Alagoas, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e São Pauloendash; de compensações. No Congresso Nacional, o tema do ICMS sobre os combustíveis foi tratado pela proposta que unifica e padroniza o imposto no país, aprovada em 10 de março (Lei Complementar 192/2022); e pelo texto que limita o ICMS sobre produtos considerados essenciais, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em 23 de junho (Lei Complementar 194/2022).

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Executivo assina acordo que pacifica disputa por ICMS de combustível com estados

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, já assinaram o acordo fechado no STF com representantes de estados, União e Congresso para resolver o impasse do ICMS sobre combustíveis. A informação foi confirmada por um secretário de Fazenda à coluna. Segundo ele, o acordo agora está na mesa do advogado-geral da União, Bruno Bianco. Se for assinado, seguirá para homologação do Supremo. Como noticiou o Painel S.A., os governadores concordaram com os termos definidos por seus representantes técnicos nas reuniões do Supremo. Onze estados recorreram à Suprema Corte questionando a constitucionalidade da lei que reduziu e unificou as alíquotas do imposto em 17%. Antes ela era definida pelos estados. Uma comissão especial foi criada pelo ministro Gilmar Mendes para tentar uma solução antes que o caso fosse para julgamento do plenário. Mendes é o relator de duas das mais importantes ADIs (Ações Diretas de Inconstitucionalidade). Com o acordo, será preciso fazer um convênio entre estados e o Distrito Federal para que a cobrança do ICMS seja feita com uma única alíquota a ser cobrada somente na comercialização dos combustíveis. Esse prazo vence em 31 de dezembro deste ano. O acerto, no entanto, não vale para a gasolina emdash;que será objeto de uma negociação à parte.

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'Nós cometemos erros de condução', disse Haddad sobre preços de combustíveis

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apontou erros na condução econômica na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em entrevista ao canal Globonews nesta quarta-feira, Haddad criticou a política de controle de preços da Petrobras, adotada em contexto de escalada inflacionária no custo dos combustíveis. emdash; Nós cometemos erros de condução de política... no começo da década passada, quando nós passamos a fazer uma política de preços de combustível que prejudicou o etanol emdash; aponta. Segundo o próximo ministro da Fazenda, o governo de Dilma Rousseff (2011-2016) foi equivocado ao "achar que a crise da economia não era estrutural", o que impactou no desempenho. Ele disse que governos, às vezes, cometem erros de diagnósticos. Haddad falou também em medidas de controle da inflação no longo prazo e defendeu ações pontuais em contexto inflacionário para ajudar as famílias mais impactadas. Nesta quarta-feira, as ações de Petrobras chegam a cair mais de 10%, refletindo a preocupação com interferência após a aprovação na Câmara de mudança na Lei das Estatais.

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Petróleo fecha em alta, apoiado por dólar fraco com Fed e projeções da AIE

O petróleo fechou em alta nesta quarta-feira, 14, seguindo a fraqueza do dólar na maior parte da sessão, cujo foco ficou no Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). O BC americano confirmou a esperada moderação em seu ritmo de aperto monetário nos EUA, ao elevar o juro básico em meio ponto porcentual nesta quarta. Além disso, o mercado da commodity reagiu a um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), que elevou suas projeções para oferta e demanda globais em 2022 e 2023, e dados de estoques semanais do óleo e derivados nos EUA. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para janeiro fechou em alta de 2,51% (US$ 1,89), a US$ 77,28, e o do Brent para fevereiro avançou 2,50% (US$ 2,02) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 82,70. O petróleo resistiu ao ganho de força do dólar logo após a decisão do Fed, movimento que não se sustentou à medida que o presidente da entidade. Jerome Powell, discursava em coletiva de imprensa após a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). De qualquer forma, a divisa americana operou em baixa ante rivais em boa parte do dia, o que deu fôlego ao óleo em um dia de drivers positivos para a commodity energética. Mais cedo, a AIE divulgou seu relatório mensal sobre o mercado de petróleo, em que elevou sua projeção para a demanda global pela commodity em 2022 em 140 mil barris por dia (bpd), a 2,3 milhões de bpd, e em 2023 em 100 mil bpd, a 1,7 milhão de bpd. Também houve mudanças nas projeções para a oferta neste ano e no próximo, com acréscimo de 100 mil bpd em relação às previsões anteriores. De volta aos EUA, o Departamento de Energia (DoE) informou que os estoques de petróleo no país subiram mais de 10 milhões na semana, contrariando a previsão de queda. Já os estoques de gasolina subiram bem além do previsto. Segundo a Capital Economics, a reação do mercado foi amena, já que o foco está nas projeções para oferta e demanda da AIE e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). "Embora ambas as organizações tenham reduzido suas previsões para os próximos meses, ambas esperam que a demanda se mantenha bem. Concordamos amplamente e pensamos que o crescimento da demanda por petróleo estagnará, não entrará em colapso", diz a casa. Ainda no noticiário do setor, segundo afirmaram fontes à Reuters, a Rússia vendeu petróleo à Índia a um preço abaixo do máximo de US$ 60 estabelecido pelo teto adotado pelo G7 e nações aliadas, que não inclui o país da Ásia Meridional.

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Elétricos empatam pela 1ª vez com carros só a gasolina no Brasil

O comércio de veículos leves híbridos e elétricos atingiu um patamar histórico no Brasil endash; um eventual eldquo;ponto de viradaerdquo;, como se diz no jargão do mercado. Pela primeira vez, ele empatou com as vendas de modelos de carros movidos somente a gasolina. Dados colhidos pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), e compilados pelo site eldquo;Use Elétricoerdquo;, mostram que tanto os eldquo;eletrificadoserdquo; (os híbridos mais os 100% elétricos), quanto os veículos a gasolina, detinham 2,5% de participação de mercado nacional no acumulado do ano até novembro. No caso, foram 2,1% de híbridos, a grande maioria, e 0,4% de elétricos. Embora a participação do mercado tenha emparelhado, os volumes vendidos ainda apresentam uma pequena diferença a favor do combustível de origem fóssil. Foram para as ruas 44.333 unidades a gasolina, ante 43.675 eletrificadas na soma dos onze primeiros meses do ano. No fechamento de 2021, os carros a gasolina amealharam 2,7% de participação e os eletrificados, 1,7%. Isso quer dizer que os primeiros perderam 0,2 ponto percentual em um ano e os eletrificados avançaram 0,8 ponto percentual no mesmo período. Os modelos somente a gasolina no Brasil são, em geral, importados e ocupam o topo das linhas das montadoras. Assim, sob o ponto de vista de preço e perfil de consumidores, disputam um espaço similar com os híbridos e elétricos. Na análise do site eldquo;Use Elétricoerdquo;, os modelos a diesel também perderam espaço nas ruas. Eles caíram de uma cota de 13,4% no fechamento do ano passado, para 11,7% até novembro deste ano. No mercado nacional, 83,3% dos motores são do tipo flex.

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