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Cade adia analise de venda da refinaria da Petrobras

A Petrobras conseguiu mais quinze dias para tentar a aprovação no Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) para a Ream Participações, do grupo Atem. O Tribunal está dividido sobre o caso, que começaria a ser julgado ontem mas foi adiado à pedido da relatora, conselheira Lenisa Rodrigues Prado. Com o intervalo de duas semanas até a próxima sessão, a empresa tem possibilidade de tentar negociar remédios (condicionantes) e, assim, formar uma maioria favorável ao negócio, segundo estimam fontes próximas à autarquia. A falta de consenso entre os conselheiros também foi apontada por fontes como risco à operação. Já havia a expectativa de que o julgamento fosse suspenso por um pedido de vista, pela multiplicidade de entendimentos no Tribunal. Um dos pontos indicado por algumas fontes foi que os conselheiros não haviam debatido o tema antecipadamente, mas mesmo assim o caso entrou em pauta. De acordo com uma das fontes, o adiamento vai permitir que seja aprofundada a discussão sobre o uso dos terminais portuários e, assim, chegue-se a uma tentativa de acordo. A Ream é considerada estratégica na região, inclusive porque o ativo engloba acesso a navios de importação de combustível. A venda da refinaria faz parte de compromisso assumido pela Petrobras em acordo firmado em 2019 com o Cade. A estatal assinou um Termo de Compromisso de Cessação (TCC) de conduta em que se comprometeu a vender oito refinarias, incluindo os ativos relacionados a transporte de combustível, entre elas a Isaac Sabbá, no Amazonas. O objetivo do TCC foi estimular a concorrência no setor de refino de petróleo, até então explorado quase integralmente pela Petrobras. Apesar de a venda da refinaria ter sido aprovada sem restrições em maio pela Superintendência-Geral (SG), o caso chegou ao tribunal à pedido da conselheira Lenisa Rodrigues Prado (por meio da chamada eldquo;avocaçãoerdquo;). O parecer favorável da SG não vincula o Tribunal, que pode propor um desfecho diferente. A agência Nacional de Petróleo (ANP) opinou pela aprovação da operação com a adoção de restrições. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Preço do petróleo cai a nível anterior à Guerra da Ucrânia

O preço de referência do petróleo chegava ao final desta quarta-feira (3) com a menor cotação diária desde a antevéspera da invasão da Ucrânia pela Rússia. No mercado de ações do Brasil, as petrolíferas resistiram à queda da commodity, apesar da sessão volátil para a Petrobras. No final da tarde, o barril do Brent caía 3,72%, a US$ 96,87 (R$ 511,49), o menor valor desde os US$ 96,84 do fechamento de 22 de fevereiro, a dois dias do início da guerra. Na mínima do dia, a commodity cedeu a US$ 96,50, perto do menor valor intradia durante o conflito na Europa, de US$ 94,50, em 15 de julho. A desvalorização da matéria-prima ocorre após relatório do governo americano reportar queda na demanda por combustíveis, reportou o The Wall Street Journal. Ao mesmo tempo, houve aumento dos estoques no país, explicou Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos O noticiário sobre desaceleração na demanda americana esfriou os preços após uma alta no começo do dia provocada pela decisão do cartel de países produtores de petróleo e aliados, conhecido pela sigla Opep+, de elevar sua produção em apenas 100 mil barris por dia no próximo mês. "É um acréscimo muito pequeno", disse Arbetman. A proposta da Opep está abaixo das expectativas dos Estados Unidos, que gostariam de uma ampliação significativamente maior. A queda dos preços dos combustíveis ajudaria o governo do presidente Joe Biden a controlar a maior inflação no país em 40 anos.

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Ultrapar tem resultado acima do esperado no 2º tri, impulsionada por Ipiranga

A Ultrapar teve lucro líquido de R$ 460 milhões no segundo trimestre, praticamente em linha com o desempenho dos três primeiros meses do ano e revertendo resultado negativo de um ano antes, impulsionada pela unidade de postos de combustíveis Ipiranga. A companhia teve um resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente de R$ 1,12 bilhão de abril ao fim de junho, 45% acima do obtido um ano antes. Analistas, em média, esperavam um Ebitda de R$ 992,3 milhões para o grupo no período, segundo dados da Refinitiv. O lucro veio mesmo com um aumento nas despesas financeiras de R$ 50 milhões no segundo trimestre do ano passado para 510 milhões no mesmo período deste ano. O faturamento cresceu 31%, a R$ 37,4 bilhões, sobre o segundo trimestre de 2021, ante expectativa média do mercado de R$ 37,8 bilhões, segundo dados da Refinitiv. A empresa afirmou que o Ebitda recorrente da Ipiranga disparou 157% ante o segundo trimestre do ano passado, para R$ 754 milhões, impulsionado por margens melhores e maior volume de vendas, que subiu 1% na comparação anual e 5% ante o primeiro trimestre. A receita líquida da Ipiranga avançou 41% sobre o segundo trimestre do ano passado, para R$ 33,7 bilhões, "devido aos repasses dos aumentos de custo dos produtos derivados de petróleo e do etanol". Ante os três primeiros meses do ano, o faturamento da rede cresceu 18%. A Ultrapar terminou junho com uma alavancagem de 2,2 vezes ante 2,8 vezes no fim do primeiro semestre do ano passado. A dívida líquida recuou no período de R$ 10,9 bilhões para R$ 8,2 bilhões.

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'Quando nos perguntam se violamos o teto de gastos, a resposta é sim', afirma Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que havia muito pessimismo sobre a situação fiscal do Brasil, mas o governo está conseguindo o primeiro superávit primário anual desde 2013 e o teto foi violado por questão emergencial da pandemia e não será furado toda hora. A relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB), que os analistas previam que fosse superar 100%, agora está em 78,2%, afirmou Guedes para um auditório lotado no evento da XP nesta quarta-feira. eldquo;Vamos usar dividendos [estatais] e manter o superávit primárioerdquo;, afirmou o ministro. eldquo;Quando nos perguntam se violamos o teto, a resposta é sim, porque o teto impede o governo de investirerdquo;, disse Guedes, afirmando que isso ocorreu por causa dos gastos extras exigidos pela pandemia, uma situação não prevista. eldquo;Nós não vamos morrer por um princípio de austeridade, vamos respeitá-loerdquo;, afirmou o ministro. eldquo;Não vamos furar o teto toda hora.erdquo; Guedes disse que é de uma geração onde se levava 15 anos para resolver uma crise fiscal no Brasil. Agora, em cerca de um ano e meio se resolve. eldquo;Fizemos um fiscal forte; não demos subsidio à gasolina, reduzimos impostoserdquo;, afirmou.

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Unicamp desenvolve reator que viabiliza a produção de hidrogênio a partir do etanol

Pesquisadores do Laboratório de Otimização, Projeto e Controle Avançado (LOPCA) da Faculdade de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (FEQ Unicamp) desenvolveram um reator químico compacto (microrreator) que viabiliza a produção de hidrogênio a partir do etanol. A tecnologia, patenteada com o apoio da Inova Unicamp, pode ser embarcada em veículos e também acoplada a células combustíveis para mover carros elétricos. Alguns dos carros elétricos movidos com esse combustível já carregam o gás pressurizado em tanques, porém, como a pressão de estocagem é alta, essa opção requer cuidados especiais e a montagem de uma infraestrutura adequada, fatores esses que podem ser proibitivos em um país com as dimensões do Brasil, afirmam os pesquisadores. eldquo;Nossa proposta é a produção de hidrogênio embarcada nos carros a partir do etanol. Esse hidrogênio pode alimentar as células combustíveis, possibilitando a eletrificação de forma mais fácil e barata, com a utilização de tecnologia desenvolvida no país e reduzindo a emissão de CO2erdquo;, explicou Rubens Maciel Filho, professor e pesquisador da FEQ Unicamp ao jornal da universidade. O microrreator pode ser usado em diferentes áreas, desde a indústria farmacêutica até a automotiva. Nesses dispositivos, as reações químicas ocorrem em um espaço confinado, tendo a vantagem de intensificar os processos, maximizar as transferências de calor e massa e, portanto, propiciar altas conversões em um tempo muito reduzido. O protótipo, projetado e construído na Unicamp, é do tamanho de um smartphone e seu núcleo, o coração do sistema, tem apenas 5 centímetros de comprimento. eldquo;Devido a essas características, a eficiência e o controle das reações são melhores quando comparados aos de reatores convencionaiserdquo;, destacou Maciel Filho. Outra vantagem é o modelo de produção do microrreator. As placas, uma malha de microcanais, são feitas por impressão 3D em dispositivos específicos para metais. Alinhada com a Indústria 4.0, a manufatura aditiva permite o emprego de softwares de otimização topológica e de design. Assim, a impressão 3D facilita a produção e também o desenvolvimento de novos protótipos mais rapidamente, oferecendo flexibilidade para a criação de geometrias que melhoram a eficiência do sistema, o que permite atender melhor às expectativas do mercado. O material empregado também é relativamente comum e disponível na indústria, o que evita a extração e uso excessivos de minerais raros, aspecto importante do ponto de vista da sustentabilidade. eldquo;Além disso, para a obtenção do protótipo, foram utilizadas técnicas de otimização e simulação, o que possibilitou um rendimento bem elevado na obtenção do hidrogênioerdquo;, completa. Para mover um veículo, o hidrogênio produzido pelo reformador deve passar por uma célula combustível que transforma o gás em eletricidade, que faz o motor funcionar. De acordo com os inventores, o processo já está em escala para uso. A quantidade necessária de microrreatores para mover um veículo, no entanto, vai depender das especificações do carro. Nessa proposta, a fim de escalar até a potência necessária para movimentar um determinado veículo, multiplica-se o número de módulos reacionais. Embora a reforma do etanol para a obtenção do hidrogênio gere uma certa quantidade de carbono, essa emissão pode ser zerada quando considerada toda a cadeia agroindustrial. eldquo;Esse carbono não vem de uma fonte fóssil, como é o caso do hidrogênio produzido a partir do gás natural. Trata-se de um processo reversível, pois esse carbono é capturado pela cana-de-açúcar quando ela cresceerdquo;, defende Maciel Filho. Além disso, o etanol usado no processo é menos concentrado quando comparado com o etanol hidratado e anidro comercializados atualmente, uma vez que a reação depende da presença de água. Portanto, o abastecimento do tanque poderia sair por um preço menor, pois eliminaria parte dos custos envolvidos na obtenção do etanol nas especificações exigidas atualmente para os motores a combustão ou para ser misturado com a gasolina. eldquo;Nós estamos falando de andar com o veículo praticamente com metade da concentração de etanol que se tem hoje no posto de combustívelerdquo;, diz Maciel Filho. A pesquisa que originou a patente foi realizada entre 2009 e 2013. O invento foi protegido pelo programa Patentes Verdes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O serviço identifica novas tecnologias voltadas para a produção de energias alternativas que possam ser rapidamente usadas pela sociedade, a fim de estimular o licenciamento e a inovação no país. A Unicamp procura, agora, parceiros comerciais para implantar a tecnologia, continuar com seu desenvolvimento para usos específicos e permitir a fabricação de reatores em escala industrial.

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Nova usina da BSBIOS tornará Porto Alegre autossuficiente na produção de etanol

A BSBIOS anunciou na última semana, que pretende tornar o Rio Grande do Sul autossuficiente no setor da produção de etanol com a sua nova usina instalada, na cidade de Passo Fundo. O diretor-presidente da companhia BSBIOS, Erasmo Carlos Battistella, ressaltou que, a cidade de Passo Fundo já foi considerada a Capital Nacional do Trigo, na década de 50, e que com essa nova planta da usina, o município voltará às suas origens, voltando a produzir o trigo de forma competitiva novamente. Ainda de acordo com o empresário, o estado do Rio Grande do Sul produz mais que consome para a indústria de alimentos. A expectativa da empresa é usar o trigo como fonte de combustível para a produção de etanol. Dessa forma, com a nova usina de etanol da empresa, o produtor vai ter outro mercado que consegue absorver trigo, cevada e outros cereais que por muitas vezes são barrados em um padrão de alimentação ou exportação, garantindo o uso sem que seja desperdiçado. O presidente da companhia também salientou que, a partir do ano que vem, a BSBIOS contará com sementes com variações específicas. Além disso, a empresa também fará um trabalho semelhante a incentivar a produção direta com a indústria, por meio de uma integração. O combustível necessita ser abastecido de forma recorrente, o ano todo, por isso é necessário ter sempre a matéria-prima, caso o estado gaúcho eleve a produção de milho utilizando novas tecnologias e irrigações, por exemplo, a usina de etanol estará preparada para o usar o cereal na produção do combustível. eldquo;O Rio Grande do Sul é um estado importador de etanol e nós, que estamos na cadeia produtiva, com esse investimento, vamos ampliar nossa capacidade de produção de biocombustíveis aqui na Região Sul, aderindo ao Pró-Etanolerdquo;, afirmou Battistella. Atualmente, o estado importa 99% da sua demanda de etanol e, a nova fábrica, vai suprir 23% dessa demanda, tornando o estado autossuficiente na produção do produto.

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