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ANP deixa de divulgar preços de combustíveis após ataque cibernético

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) informou nesta sexta-feira (5) que seus sistemas, entre eles o de levantamento semanal de preços, estão temporariamente fora do ar, devido a um ataque cibernético ocorrido na véspera. "Como medida de segurança, todos os sistemas foram retirados do ar para avaliação dos riscos à segurança cibernética da agência", afirmou a reguladora em nota. Com isso, o levantamento semanal sobre os preços dos combustíveis nos postos do país deixará de ser divulgado nesta sexta-feira. Na última pesquisa, realizada entre os dias 24 e 29 de julho, o preço médio da gasolina havia caído pela quinta semana seguida nos postos. O litro passou de R$ 5,89 para R$ 5,74, ou seja, houve queda de 2,5%. Desde que entrou em vigor a redução de tributos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nos estados, o combustível foi o que mais recuou, ficando 22,3% mais barato. Nesta sexta-feira, começou a vigorar a redução de R$ 0,20 no preço médio do diesel nas refinarias às distribuidoras. O valor do litro passa de R$ 5,61 para R$ 5,41, o que configura uma queda de 3,56%, que não é repassada imediatamente ao consumidor. É a primeira redução desde o início de maio do ano passado. Já a gasolina teve duas reduções pela Petrobras no mês de julho.

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Produção de veículos tem maior volume em 20 meses

No maior volume em 20 meses, a produção da indústria de veículos fechou o mês de julho marcando crescimento de 33,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Se comparada a junho, a alta registrada foi de 7,5%, conforme balanço divulgado ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Entre carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, caminhões e ônibus, 219 mil unidades foram produzidas no mês passado, número mais alto desde novembro de 2020 (238,2 mil). A irregularidade no fornecimento de peças persiste, sendo responsável no mês passado por paralisações, de parte ou até mesmo de toda a produção, em fábricas de marcas como Volkswagen, Nissan, Renault e Mercedesbenz (caminhões). A reabertura do porto de Xangai, após restrições que, entre abril e maio, congestionaram o transporte internacional de mercadorias, trouxe, porém, um alívio ao fluxo de peças. De acordo com os dados da Anfavea, no acumulado desde o primeiro dia do ano, a queda de produção nas montadoras foi reduzida a 0,2% na comparação com igual período de 2021, somando agora 1,31 milhão de unidades. ebull;

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Tesouro ameaça retaliar Estados que forem contra o corte no ICMS

O Tesouro Nacional deflagrou uma operação para evitar um efeito cascata de liminares obtidas por governadores no Supremo Tribunal Federal (STF) que buscam compensação imediata para a perda de arrecadação com a redução do ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações. O STF tem dado essa garantia via abatimento das prestações das dívidas dos Estados com a União. A ação do Tesouro marca uma escalada na tensão entre o governo Jair Bolsonaro e os Estados em torno da desoneração do imposto estadual. Em documentos enviados aos governadores de Alagoas, Maranhão e Piauí, aos quais o Estadão teve acesso, o Tesouro afirma que a nota de crédito desses Estados, chamada de capacidade de pagamento, poderia ser eldquo;reclassificada em decorrência da declaração, no âmbito de processo judicial, de dificuldades financeiraserdquo;. A medida foi recebida pelos secretários estaduais de Fazenda como uma retaliação do governo federal. No Tesouro, a avaliação nos bastidores é de que não seja retaliação, e sim cumprimento da lei; e que, pela norma, o Tesouro não poderia autorizar novos empréstimos com garantia para Estados que não estão pagando a dívida com a União. Na semana passada, Maranhão, Alagoas, Piauí e São Paulo conseguiram liminares no STF com a previsão de abater dívidas com a União como compensação pela queda de receitas decorrente da fixação de teto para o ICMS endash; entre 17% e 18%. O impacto calculado só para este ano é de R$ 8,1 bilhões. A legislação, aprovada pelo Congresso e sancionada por Bolsonaro, faz parte da ofensiva do Planalto para frear a alta dos combustíveis em ano eleitoral. Ela prevê compensação aos Estados quando a perda de arrecadação passar de 5%. Procurado, o Tesouro afirmou que, por enquanto, nenhuma nota de crédito foi alterada, e que eldquo;os ofícios foram emitidos com o propósito de colher informações atualizadas junto aos Estados acerca da sua real situação financeiraerdquo;. O órgão também esclareceu que, no caso de São Paulo, o STF proibiu a União de adotar procedimentos que prejudiquem a classificação de pagamento do Estado. ebull; Para tomar crédito com garantia do governo federal, nota que distingue bons pagadores não pode ser inferior a B Em meio à queda de braço entre o governo federal e os governadores em torno da desoneração do ICMS, o possível rebaixamento da nota de crédito pelo Tesouro Nacional dos Estados que venham a pedir compensação pela perda de arrecadação no Supremo Tribunal Federal (STF) poderia fazer com que até 15 governadores perdessem a garantia da União para fazer empréstimos. São Estados que hoje têm a classificação B e, se rebaixados, passariam para a C. A nota de crédito, também chamada de Capacidade de Pagamento (Capag), funciona como uma espécie de selo de bom pagador concedido pelo Tesouro. Ela avalia a saúde financeira de um Estado e qualifica se ele pode ou não receber empréstimos com garantia da União. As notas vão de A, para os Estados em melhor situação fiscal, aD, em pior situação. Estados com notas AeBpodemt omar crédito com garantia do governo federal. Hoje, há 15 Estados com nota B, entre eles, os quatro que já obtiveram liminares no STF coma previsão de compensação da perda de arrecadação do ICMS porme iodo abatimento do pagamento de parcelas da dívida coma União( Maranhão, Alagoas, Piauí e São Paulo). O rebaixamento da nota poderia, então, ser prejudicial a esses Estados, que perderiam a garantia da União e teriam maior dificuldade para tomar crédito no mercado. elsquo;ENFRENTAMENTOersquo;. O secretário da Fazenda de Alagoas, George Santoro, questiona o fato de o Tesouro justificar a possível reclassificação da nota de crédito pela declaração de dificuldades financeiras por parte dos Estados. eldquo;Em momento algum, o Estado alegou que estava em situação difícil. A gente só pediu ao Supremo para cumprir o que está na lei complementarerdquo;, diz. eldquo;É uma posição de enfrentamento aos Estados que tiveram essas decisões liminares. Parece que é uma retaliação do governo federal.erdquo; Ele afirma que o Estado de Alagoas já consta como inadimplente no Cauc, uma plataforma do Tesouro, e foi notificado de prestação vencida e não paga em operação com o Banco do Brasil endash; que tem a União como garantia. eldquo;Pararam as nossas operações de crédito e, agora, tememos o bloqueio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) no próximo dia 10, que é a contragarantia nessa operaçãoerdquo;, diz ele. O Estado já apresentou requerimentos sobre o caso ao ministro do STF Luís Roberto Barroso. Já o secretário da Fazenda do Piauí, Antônio Luiz Santos, questiona o entendimento do Ministério da Economia de que a compensação para as perdas dos Estados só poderia ser feita em 2023, ao comparar a perda de arrecadação do exercício de 2022 com a de 2021. eldquo;Querem que termine o ano fiscal para apurar as perdas. Seria como esperar o paciente entrar na UTI para depois agir para salvá-lo, em vez de tratar logo no começo da enfermidadeerdquo;, diz. Ele avalia que a redução do imposto sem dispositivos claros para a compensação vai comprometer o serviço público. eldquo;Os Estados estão equilibrados, porém tendem a entrar em desequilíbrio no curto prazo. Improvável que consigam prestar os mesmos serviços na educação, saúde e segurança, sem falar em outras ações sociais, se for mantida essa situação de forçarem a redução de impostos estaduais importantes, como o ICMS, sem um mecanismo de compensaçãoerdquo;, diz Santos. GATILHO. Esse movimento de contestação dos Estados junto ao Supremo se intensificou depois que representantes estaduais sinalizaram ao Tesouro que o texto da lei aprovada no Congresso Nacional abriria uma brecha legal para requerer uma compensação maior do que a que exceder os 5% de perda de arrecadação com o ICMS. Esse gatilho para acionar a compensação da União aos Estados foi aprovado com o projeto que fixou um teto entre 17% e 18% para o tributo sobre bens considerados essenciais, como combustíveis e energia elétrica. Com base nessa interpretação, o governo teria de compensar toda a queda de receita quando a perda ultrapassar o gatilho dos 5%. Ou seja, se a receita cair 5%, a obrigação do governo seria compensar não somente o excedente, mas, sim, a totalidade das perdas. ebull;

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Ultra começa a colher resultados de ajustes na Ipiranga

O trabalho de recuperação de resultados que está em curso na Ipiranga apareceu com mais força nas margens do segundo trimestre e, até o fim do ano, a distribuidora de combustíveis do grupo Ultra deve reduzir ainda mais a diferença de rentabilidade em relação a suas principais concorrentes, Raízen e Vibra (antiga BR Distribuidora). De abril a junho, a Ipiranga alcançou margem Ebitda ajustado recorrente de R$ 134 por metro cúbico, comparável a R$ 52 um ano antes também em base recorrente, acima do esperado. Condições favoráveis de mercado, as mudanças em curso na empresa e ganhos com estoque explicam esse desempenho. eldquo;O desempenho das margens ficou acima das expectativas e os ganhos de estoque (não quantificados) parecem ter sido um fator positivo no trimestreerdquo;, escreveram os analistas Frank McGann e Leonardo Marcondes, do Bank of America (BofA). A margem reportada ficou 15% acima da estimativa do banco. Em teleconferência para comentar os resultados no intervalo, o presidente do Ultra, Marcos Lutz, disse que os trabalhos na Ipiranga envolvem muitas variáveis, que somadas fazem diferença importante no desempenho operacional da distribuidora. eldquo;Difícil ressaltar um tema. A Ipiranga amadureceu rapidamente em precificação, mas há uma soma de múltiplas atividades que estão em processoerdquo;, afirmou. A ambição, reiterou Lutz, é chegar ao fim do ano com qualidade operacional considerada de alto nível. eldquo;O ano de 2022 é o ano em que queremos fazer o elsquo;catch-upersquo; operacionalerdquo;, disse. Para ler esta notícia na íntegra, clique aqui.

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Petróleo volta a cair, pressionado por dólar forte

Os contratos futuros do petróleo passaram a cair nesta manhã, retomando a tendência de queda das duas sessões anteriores, em meio à valorização do dólar. Às 7h54 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para setembro caía 0,50% na Nymex, a US$ 88,10, enquanto o do Brent para outubro recuava 0,38% na ICE, a US$ 93,76. No mesmo horário, o índice DXY do dólar - que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes - tinha alta de 0,25%, a 105,95 pontos.

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Governo pressionou Petrobras para reduzir preço do diesel; ministro comemora

O Palácio do Planalto e integrantes do governo Jair Bolsonaro, especialmente a Casa Civil, vinham pressionando a Petrobras para reduzir o preço do óleo diesel, de acordo com fontes do Executivo, após a empresa ter mexido nos valores da gasolina duas vezes. A empresa anunciou nesta quinta-feira uma redução de R$ 0,20 por litro do diesel nas refinarias. A partir desta sexta-feira, o preço médio de diesel vendido pela Petrobras será reduzido em R$ 0,20 por litro, de R$ 5,61 para R$ 5,41, informou há pouco a estatal. É uma queda de 3,56%. É a primeira vez que o preço do diesel é reduzido desde que o novo presidente da estatal, Caio Paes de Andrade, assumiu o comando da empresa. Ex-secretário do Ministério da Economia de Paulo Guedes, Andrade é mais alinhado ao Palácio do Planalto que seus antecessores (três presidentes da Petrobras caíram sob Bolsonaro por conta da alta dos preços dos combustíveis). Mesmo alinhado ao governo, Andrade vinha sendo cobrado internamente por ainda não ter reduzido o preço do diesel emdash; a gasolina já caiu duas vezes na sua gestão. Para integrantes do governo, esse anúncio é necessário para consolidar um clima mais favorável ao presidente Jair Bolsonaro na economia em meio à campanha presidencial. Auxiliares do presidente veem a inflação como uma das maiores pedras no sapato para a reeleição do presidente. Por isso, houve um trabalho intenso nos últimos dias para tentar reduzir o preço dos combustíveis não só via Petrobras, mas também com a redução de impostos emdash; neste ponto, o governo federal criou uma conta aos estados com a redução obrigatória do ICMS, principal tributo estadual. Com a queda do preço do diesel, o governo quer fortalecer a retórica de que Bolsonaro teria agido para reduzir o preço dos combustíveis e agradar principalmente os caminhoneiros, categoria simpática ao presidente. Nos bastidores, o governo criticava a Petrobras por não reduzir o preço, mesmo com o patamar inferior dos valores do petróleo. Auxiliares de Bolsonaro afirmavam que a Petrobras estava segurando o preço do diesel para eldquo;fazer caixaerdquo;. Nas últimas semanas, lideranças de caminhoneiros próximos ao Planalto vinham insistindo recorrentemente para reduzir o preço diesel, mesmo após essa categoria ter sido beneficiada com um vale mensal de R$ 1.000 válido até dezembro (criado a partir da PEC Eleitoral). Cálculos da Abicom (associação de importadores) mostram que o diesel estava 10% mais caro aqui do que no mercado internacional. Isso é causado essencialmente pela queda do preço do barril de petróleo, que baliza as decisões de preço da estatal, junto com o dólar. Técnicos da Petrobras afirmam recorrentemente, porém, que é preciso haver uma redução consolidada do petróleo antes de uma decisão de preço. O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, comemorou a decisão da Petrobras nas redes sociais. Ele assumiu o cargo após a saída de Bento Albuquerque causada justamente pelo preço dos combustíveis. eldquo;Redução no preço do Diesel!!!!! Redução de 20 centavos no preço do litro do diesel! Passo a passo e com a graça de Deus os resultados vão aparecendo! Brasil porto seguro do investimentoerdquo;, afirmou. Segundo a Petrobras, o reajuste acompanha a evolução dos preços de referência, ou seja, da cotações no mercado internacional, que se estabilizaram num "patamar inferior". Em nota, a empresa afirma que a decisão "é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio". "Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 5,05, em média, para R$ 4,87 a cada litro vendido na bomba", informou a estatal. Na semana passada, a Petrobras anunciou redução nos preços da gasolina e dos combustíveis de aviação. Anunciou ainda o pagamento recorde de dividendos para um trimestre.

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