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Sudeste o maior recuo na gasolina em julho, diz pesquisa

A região com o maior recuo no preço da gasolina em julho foi o Sudeste, segundo levantamento da empresa de gestão de frota Ticket Log. O valor do combustível fechou o mês em R$ 6,18, cerca de 18% abaixo de junho. O resultado acontece após a queda de 4,9% no preço repassado para as refinarias, anunciada no mês passado, o que reduziu em 14% a média nacional acumulada. Na contramão, o diesel comum e o S-10, no Sudeste, tiveram os maiores aumentos de julho, fechando em R$ 7,56 e R$ 7,70, respectivamente. O corte de 3,6% no preço do diesel nas refinarias foi anunciado pela Petrobras no início de agosto. O etanol registrou queda de 12% na região, segundo maior recuo, atrás somente do Centro-Oeste. O combustível foi comercializado a R$ 4,90.

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IPCA registra deflação de 0,68% em julho com queda nos combustíveis

Pressionado pela queda nos preços dos combustíveis, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, que mede a inflação, ficou em -0,68%. Segundo os dados divulgados nesta terça-feira (9/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esta é a primeira vez em que o índice fica no campo negativo, menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 1980. No ano, a inflação acumulada é de 4,77% e, nos últimos 12 meses, ainda é de 10,07%. No dia 20 de julho, a Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,20 no preço médio do combustível vendido para as distribuidoras. Além disso, a Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, que reduziu o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações também impactou no resultado. Essa redução afetou não só o grupo de transportes (-4,51%), mas também o de habitação (-1,05%), por conta da energia elétrica (-5,78%). Outro grupo que contribuiu para a deflação foi vestuário, com uma desaceleração de 1,67% para 0,58%, após apresentar a maior variação positiva entre os grupos pesquisados nos meses de maio e junho. Também registrou queda o grupo de saúde e cuidados pessoais (0,49%) devido à variação inferior dos valores dos planos de saúde (1,13%), na comparação com o mês de junho (2,99%), e à queda de 0,23% dos itens de higiene pessoal, frente à alta de 0,55% em junho. Leite longa vida Em contrapartida, o setor de alimentação e bebidas teve mais uma vez a maior variação, de 1,30%, impacto positivo 0,28 pontos percentuais no índice do mês. O resultado foi puxado pelo leite longa vida, que subiu mais de 25%, e pelos derivados do leite como queijo (5,28%) e manteiga (5,75%). A alta do leite contribuiu especialmente para o resultado da alimentação no domicílio, que acelerou de 0,63% em junho para 1,47% em julho. Outro destaque foram as frutas, com alta de 4,40% e impacto de 0,04 p.p. no IPCA de julho. eldquo;Essa alta do produto se deve, principalmente, a dois fatores: primeiro porque estamos no período de entressafra, que vai mais ou menos de março até setembro, outubro, ou seja, um período em que as pastagens estão mais secas e isso reduz a oferta de leite no mercado; além do fato de os custos da produção estarem muito altoserdquo;, explicou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov. Regiões Todas as áreas pesquisadas tiveram variação negativa em julho. A menor variação foi registrada em Goiânia (-2,12%), onde pesaram as quedas de 21,57% nos preços da gasolina e de 14,90% na energia elétrica. A maior variação, por sua vez, ocorreu em São Paulo (-0,07%), única região a apresentar alta de energia elétrica (0,37%) no mês. Adicionalmente, contribuíram também para o resultado da área as altas do leite longa vida (21,95%) e do aluguel residencial (1,85%).

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Petrobras cede, paga mais, e Bolívia retoma fornecimento de gás para o Brasil

Após ter a importação de gás da Bolívia reduzida desde maio, a Petrobras decidiu renegociar as condições de contrato com o país vizinho. De acordo com analistas do mercado e fontes do setor, a estatal brasileira concordou em pagar mais caro pelo metro cúbico de gás vendido pela boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), que também é controlada pelo governo. Em maio, a YPFB cortou o fornecimento de gás para a Petrobras em cerca de 30%. Na ocasião, a estatal boliviana optou por vender seu gás para a Argentina a um preço maior por causa do aumento da demanda gerada pelo inverno no país vizinho, o que gerou críticas por parte da Petrobras e do governo brasileiro. Em seu comunicado, divulgado na sexta-feira à noite, a Petrobras disse que celebrou novo aditivo com a YPFB para restabelecer o fornecimento de gás para o Brasil. Com a nova negociação, a YPFB passa a disponibilizar um volume de 20 milhões de metros cúbicos por dia para a estatal. A Bolívia, através do gasoduto Brasil-Bolívia, já chegou a enviar 30 milhões de metros cúbicos por dia ao Brasil. Segundo Rivaldo Moreira Neto, sócio da Gas Energy, o acordo com a Bolívia é essencial, pois o país vizinho ainda é relevante no fornecimento de gás. Dados da Petrobras apontam que o gás oriundo da Bolívia responde por cerca de 30% da oferta de gás no Brasil, ao lado da importação de GNL (gás natural líquido, em estado líquido) e do que é produzido nos campos pela estatal e seus parceiros. emdash; O gás da Bolívia é importante, pois a nova rota 3 de gasoduto do pré-sal está atrasada e só deve entrar em operação no ano que vem. Além disso, o preço do GNL é bem maior que o da Bolívia emdash; explica Neto. Segundo ele, com as negociações, a Petrobras teve de ceder e pagar mais caro pelo gás da Bolívia. Estimativas de mercado apontavam que a Petrobras pagava entre US$ 6 e US$ 7 por milhão de BTU (a medida internacional do gás). GNL chega a até US$ 50 Em maio, o ministro dos Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia, Franklin Molina, afirmou que o preço vigente no contrato com a Petrobras estaria provocando prejuízos à YPFB. Ele afirmou ainda que empresas privadas no Brasil estariam interessadas em comprar o gás da Bolívia por até US$ 18 por milhão de BTU. Ainda assim é um valor bem inferior ao preço do GNL, que atualmente está entre US$ 26 e US$ 50 por milhão de BTU, sem considerar o preço do frete, de acordo com cálculos da Gas Energy. Segundo a Petrobras, o aditivo prevê, agora, a manutenção do volume contratado eldquo;com flexibilização de entrega e recebimento de acordo com a sazonalidade e a disponibilidade da ofertaerdquo;. Em geral , dizem especialistas, a demanda na Argentina, por exemplo, aumenta muito no inverno. Haverá uma garantia de eldquo;fornecimento em equilíbrio contratual para as empresaserdquo; e o aditivo vai trazer maior segurança e previsibilidade de suprimento de gás ao mercado atendido pela Petrobras, destacou a estatal em nota. Em maio, o corte gerou críticas por parte do presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que o corte seria eldquo;um negócio que parece orquestrado para exatamente favorecer vocês sabem quemerdquo;.

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Auxílio Brasil de R$ 600 começa a ser pago hoje

O pagamento do novo benefício do Auxílio Brasil, de R$ 600, começa a ser pago nesta terça-feira, dia 9, conforme o governo federal já havia antecipado. A ampliação do valor da transferência de renda foi possível após a promulgação da PEC Eleitoral, que instituiu um estado de emergência que driblou regras fiscais e eleitorais e autorizou o governo a gastar R$ 41,2 bilhões para conceder benefícios a menos de três meses da eleição. No caso do Auxílio Brasil, são dois movimentos: ampliar o valor do benefício, que passar de R$ 400 para R$ 600, e aumentar o número de famílias que recebem a ajuda mensal. O objetivo é zerar a fila, que em julho chegou a quase 1,6 milhão, como mostrou o GLOBO. Técnicos do governo estimam que essa expansão possa atender a 20 milhões de famílias. A manutenção do benefício de R$ 600 já é assunto de campanha. Pela PEC, o benefício mais polpudo acaba em 31 de dezembro. No final de semana, o presidente Jair Bolsonaro já afirmou que quer manter o valor superior em 2023. A mesma sinalização já foi feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tire as principais dúvidas sobre o Auxílio Brasil Quem tem direito ao novo Auxílio Brasil? O Auxílio Brasil é o programa de transferência de renda do governo federal, voltado a famílias em situação de vulnerabilidade social. Podem receber o benefício: - Famílias em situação de extrema pobreza, que tem renda mensal por pessoa até R$ 105, independentemente da composição familiar; - Famílias em situação de pobreza, que tem renda mensal por pessoa entre R$ 105,01 e R$ 210 válido para famílias que possuem gestantes, mulheres que estão amamentando, adolescentes ou jovens até 21 anos,; - Famílias que estão na regra de emancipação (estavam em situação de pobreza ou extrema pobreza, mas obtiveram rendimentos fixos e estão deixando o programa, em processo que leva dois anos). Para receber o Auxílio Brasil, as famílias precisam estar inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), e com cadastro atualizado há menos de 24 meses. Quando começa a pagar o Auxílio Brasil de R$ 600? O calendário foi antecipado e o pagamento começa nesta terça-feira e seguirá a divisão feita a partir do número de inscrição social (NIS) de cada beneficiário. Neste mês agosto, os pagamentos ocorrerão nas seguintes datas: NIS 1: 9 de agosto NIS 2 10 de agosto NIS 3: 11 de agosto NIS 4: 12 de agosto NIS 5: 15 de agosto NIS 6: 16 de agosto NIS 7: 17 de agosto NIS 8: 18 de agosto NIS 9: 19 de agosto NIS 0: 22 de agosto O calendário antecipado para agosto vai valer para os próximos meses? Ainda não há definição se haverá antecipação do calendário dos próximos meses. O governo divulgou as datas dos demais meses seguindo o calendário tradicional, com pagamentos da metade para o final do mês. Em setembro, os pagamentos seriam feitos entre os dias 19 e 30. Para outubro, os beneficiários recebem o auxílio entre os dias 18 e 31. No mês de novembro, o calendário prevê pagamentos entre 17 e 30. Já em dezembro, os benefícios serão pagos entre os dias 12 e 23. O pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 está garantido para o período de agosto a dezembro de 2022. Não há definição de que o aumento será permanente. Quantas pessoas serão beneficiadas? Em julho, 18.134.548 receberam o Auxílio Brasil. De acordo com o Ministério da Cidadania, a fila de espera pelo benefício no mesmo mês era de 1.568.728. Portanto, ao menos 19.703.276 famílias devem receber o Auxílio Brasil de R$ 600, mas o governo já trabalhava com um patamar de 20 milhões de famílias beneficiadas. De onde virão os recursos para pagar o novo Auxílio Brasil? O governo diz que a ampliação do benefício do Auxílio Brasil e outros pagamentos, como os auxílios para taxistas e caminhoneiros, serão pagos com receitas extraordinárias, como a decorrente da privatização da Eletrobras, de R$ 26 bilhões, e dividendos de estatais (especialmente Petrobras e os bancos públicos), em valores que giram entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões. Para viabilizar este pagamento, o Congresso aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição que colocou estes valores fora do teto de gastos, regra fiscal do governo que limita o crescimento das despesas do governo á inflação. Sem isso, ou não haveria margem no orçamento ou o governo teria que fazer muitos cortes em outras áreas. Como saber se tenho direito ao Auxílio Brasil? É possível fazer uma consulta ao site do CadÚnico (meucadunico.cidadania.gov.br) ou pelo aplicativo. Ali, é possível fazer três tipos de consulta: por CPF, simples ou completa, que vão detalhar informações de cadastro e informar a quais benefícios aquela pessoa tem direito. O acesso nessa plataforma também é feito por meio do login gov.br, que unifica serviços do governo federal. Quem não possui inscrição no CadÚnico tem a opção de fazer m pré-cadastro online, disponível no mesmo site. Nesta opção, é preciso fazer o login por meio do gov.br. Após a finalização dessa etapa, o responsável familiar tem 120 dias de prazo para ir até o posto de atendimento do Cadastro Único e completar o cadastro. Caso não seja possível fazer o pré-cadastro on-line, a família terá de procurar um posto de atendimento presencial em sua cidade. Preciso fazer o recadastro no CadÚnico para receber o Auxílio Brasil? Para receber o Auxílio Brasil, as famílias precisam estar com os dados atualizados há menos de 24 meses. O texto da PEC Eleitoral, promulgada em julho, determinava que receberiam o benefício de R$ 600 e seriam incluídas no programa as famílias que estivessem na fila até aquela data. Serão adicionadas 2,2 milhões de pessoas. Consegui um emprego com carteira assinada. Vou perder o Auxílio Brasil? As famílias que recebem o Auxílio Brasil e tiverem um aumento de renda, que ultrapasse o valor da linha de pobreza (R$ 210 mensais por pessoa), se enquadram na Regra de Emancipação. Nesse caso, a família pode permanecer no programa por até dois anos, desde que a renda familiar per capita não ultrapasse em duas vezes e meia o valor da linha de pobreza, o que equivale a R$ 525.

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Energia e combustível já são segundo maior gasto das famílias, revela pesquisa

Os gastos dos brasileiros com energia elétrica e combustível já ocupam a segunda colocação em um ranking que mostra o nível de preocupação dos consumidores em relação às contas que mais pesam no orçamento doméstico. Pagar a conta de energia e combustível é um dos maiores desafios dos brasileiros, segundo pesquisa inédita da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace) com o instituto Ipespe, antecipada ao GLOBO. Esse gasto, de acordo com o levantamento, perde apenas para a alimentação. Para 94% dos entrevistados, os preços dos produtos relacionados ao setor energético estão impactando mais o orçamento neste início de semestre, na comparação ao início do ano. Além disso, para nove em cada dez entrevistados, a conta de energia está pesando mais no bolso agora do que há 5 anos. Esta é a primeira vez que uma pesquisa avalia a percepção dos brasileiros em relação a temas do setor de energia. E a conta de luz mereceu críticas e a desconfiança da maioria. Para 47% dos entrevistados, o preço da conta é ruim ou péssimo. E 60% dos consumidores admitiram desconhecer o que está sendo lançado na conta, embora acreditem que impostos e encargos façam parte dessa equação. Um outro estudo publicado recentemente pela Abrace mostrou que a energia representa 23,1% do preço final da cesta básica, considerando ainda pescados, laticínios e farináceos. Impostos como vilão Para os que responderam que a conta de energia estae#769; muito cara ou cara, o principal motivo são os impostos, encargos e taxas embutidos. A falta de gerenciamento dos reservatórios de água e o domínio do setor por poucas empresas também são fatores citados pelos consumidores, mais ainda que a falta de concorrência e escassez de chuvas. A afirmação com maior nível de conhecimento entre os consumidores de energia ee#769; a de que eldquo;o Brasil tem muito vento, sol e rios, e por isso deveria ter a energia mais limpa e barata do mundoerdquo;. Em segundo lugar em conhecimento estae#769; a frase eldquo;a energia ee#769; cara porque mais da metade do custo são impostos, taxas, encargos e subsídioserdquo;, também com elevado grau de concordância. O preço da energia elétrica e dos combustíveis, como gasolina e diesel, foi uma das maiores preocupações do Congresso e do governo Jair Bolsonaro neste ano, às vésperas da eleição. Foram aprovadas medidas que limitam a cobrança de impostos estaduais e promovem outras mudanças pontuais no regramento dos setores para tentar segurar os preços neste ano. Esse movimento do governo, porém, parece não ter sido sentido pela população. Segundo a pesquisa, 66% das pessoas acreditam que as opiniões e necessidades da população com relação ae#768; energia elétrica não são levadas em consideração nas decisões sobre esse setor. A pesquisa também avaliou a percepção dos brasileiros em relação às questões de sustentabilidade e energia limpa. Sete em cada dez entrevistados concordam que com a afirmação de que proteção do meio ambiente deve ser priorizada, mesmo correndo o risco de limitar a quantidade de suprimentos de energia emdash; como petróleo, gás e carvão, nuclear emdash; que o Brasil produz. Por outro lado, 60% dos entrevistados não aceitariam pagar mais caro para usar uma energia mais limpa e sustentável. Ou seja, as pessoas estão, nesse momento, se preocupando mais com o custo da energia, e não se ela ee#769; limpa ou poluente. A pesquisa ouviu 2.000 entrevistados entre os dias 22 de junho e 10 de julho de 2022.

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Julho registra recorde de 78% de famílias endividadas e 29% inadimplentes, diz CNC

O País iniciou o segundo semestre com novo recorde de brasileiros endividados e inadimplentes, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em julho, 29% das famílias tinham algum tipo de conta ou dívida atrasada, o maior patamar de inadimplência desde 2010, quando teve início a série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Segundo a CNC, o aumento da inadimplência indica que as medidas de governo de estímulo ao consumo, como os saques extras do FGTS e a antecipação do 13º salário aos beneficiários do INSS, tiveram efeito apenas momentâneo no pagamento de contas ou dívidas em atraso, concentrado no segundo trimestre deste ano. O total de inadimplentes aumentou 0,5 ponto porcentual na passagem de junho para julho. Em relação a julho de 2021, houve uma elevação de 3,4 pontos porcentuais na proporção de lares em situação de inadimplência. O porcentual de famílias endividadas subiu a um ápice de 78% em julho, um aumento de 0,7 ponto porcentual ante junho. Em relação a julho do ano passado, a proporção de lares endividados teve um crescimento de 6,6 pontos porcentuais. A pesquisa considera como dívidas as contas a vencer em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e prestação de casa. eldquo;O porcentual de comprometimento da renda permanece no mesmo valor, em 30,4%, desde abril, mas 22% dos brasileiros estão com mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidaserdquo;, apontou a CNC, em nota. Em julho, 10,7% das famílias afirmaram não ter condições de pagar seus débitos já atrasados, ou seja, permanecerão inadimplentes, alta de 0,1 ponto porcentual em relação a junho. De acordo com a CNC, a maioria dos que permanecerão sem pagar contas ou dívidas já atrasadas de meses anteriores está entre os consumidores que não concluíram o ensino médio (13%), que também foram os que mais precisaram atrasar pagamentos no próprio mês de julho (33,3%). eldquo;As classes de despesas das famílias que ganham menos são justamente as que tiveram maiores aumentos recentes de preços, então elas acabam gastando uma parcela maior do orçamento para fazer frente ao aumento da inflação. Ou seja, as famílias com menor renda foram mais afetadas e aumentaram o endividamento, a despeito dos juros altos, para sustentar seu nível de consumoerdquo;, explicou a economista Izis Ferreira, responsável pela pesquisa da CNC, em nota oficial. A proporção de endividados entre famílias que recebem mais de dez salários mínimos por mês subiu a 75,0% em julho, enquanto que o total de lares com dívidas entre os que recebem até dez salários mínimos avançou a 78,8%. Entre as modalidades de dívidas, houve redução pelo terceiro mês consecutivo nas contas a pagar em cartão de crédito. Do total de endividados, 85,4% tinham dívidas no cartão de crédito em julho ante uma fatia de 88,8% em abril deste ano. eldquo;As famílias têm buscado alternativas de crédito mais baratas por conta dos juros elevados. Com isso, carnês de loja e crédito pessoal foram as modalidades que avançaram no endividamento, neste início de semestre, representando 18,8% e 9,2% do total de famílias com dívidas, respectivamenteerdquo;, acrescentou Izis Ferreira. A pesquisa mostrou ainda uma queda nos financiamentos de automóveis e da casa própria. Em julho de 2021, 12,6% das famílias pagavam prestações de carro e 9,7%, de casas. Em julho deste ano, apenas 10,6% das famílias pagam financiamento de carro, enquanto a fatia comprometida com prestações da casa própria desceu a 7,6%. eldquo;O motivo para menor uso de crédito de longo prazo também é o crescimento dos juros, que aumentaram em média 5,8 pontos porcentuais em um ano, para carros, e 2,8 p.p., no caso da aquisição de imóveis pelas pessoas físicaserdquo;, justificou a CNC.

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