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Confiança do consumidor avança em agosto e tem maior valor em dois anos, diz FGV

A confiança dos consumidores brasileiros teve nova alta em agosto, devido à melhora nas expectativas para os próximos meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (25), embora tenha alertado para possível instabilidade política à frente. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve a terceira alta consecutiva neste mês, de 4,1 pontos, chegando a 83,6 pontos, mostraram os dados. Esse resultado partiu principalmente do avanço de seis pontos do Índice de Expectativas (IE), para 92,6 pontos, maior patamar desde fevereiro de 2020, embora o Índice de Situação Atual (ISA) também tenha subido, em 1,4 ponto, para 71,7 pontos, maior resultado desde novembro de 2020. eldquo;Existe uma visão mais favorável sobre o ambiente econômico no curto prazo, que pode estar sendo influenciada pela melhora do mercado de trabalho e desaceleração da inflaçãoerdquo;, disse em nota Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens. eldquo;Isso contribui para o aumento do ímpeto de compras, que ocorre de forma mais intensa para as classes de renda mais alta.erdquo; Apesar da melhora do ICC em agosto, eldquo;o cenário político ainda pode gerar turbulências nesse ambiente nos próximos meseserdquo;, alertou a especialista. A corrida eleitoral ao Planalto começou oficialmente neste mês.

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Petróleo fecha em alta, impulsionado por receios sobre o acordo nuclear com o Irã

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta, em uma nova máxima de mais de três semanas, em meio às incertezas relacionadas ao acordo nuclear que está sendo negociado entre os EUA, Europa e Irã. O contrato do petróleo Brent para outubro - a referência global - fechou em alta de 0,99%, a US$ 101,22 por barril, enquanto o do WTI americano para o mesmo mês subiu 1,22%, a US$ 94,89 por barril. O índice dólar DXY, que normalmente tem correlação negativa com o petróleo, opera em leve alta de 0,05%, a 108,681 pontos. Os preços do petróleo operavam em queda no começo da tarde, mas passaram a subir após relatos da agência de notícias Al-Arabiya de que os EUA teriam rejeitado todas as condições adicionais exigidas pelo Irã durante as negociações do acordo nuclear. O acordo nuclear poderia liberar a entrada de petróleo iraniano nos mercados internacionais da commodity, o que poderia aumentar a oferta global em 1 milhão de barris diários ou mais, o que derrubaria os preços da commodity. Por este motivo, o nervosismo em torno das negociações para o acordo acaba impulsionando os preços do petróleo. Os contratos futuros do petróleo operavam em queda durante a manhã, mas reverteram as perdas após a divulgação dos dados semanais de estoques nos EUA. Os estoques americanos de petróleo caíram 3,28 milhões de barris na semana passada, de acordo com dados do Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês). A queda foi bem maior do que a expectativa de consenso - o que em princípio seria positivo para os preços -, mas foi bem menor do que a queda de 5,6 milhões de barris indicada pelo Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês), e foi acompanhada também de uma queda de 914 mil barris diários na demanda americana por gasolina.

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Exportação de petróleo dos EUA dispara com a guerra

Os EUA baterão seu recorde de venda de petróleo em 2023 à medida que o produto ganha cada vez mais participação de mercado na Europa, ante sucessivos cortes de fornecimento do gás da Rússia. Em um mundo que vive umas das piores crises energéticas da história, os EUA estão se tornando um dos principais exportadores petróleo para países que terão de ampliar o consumo do combustível. Washington deve permanecer nessa posição nos próximos meses, pois a capacidade da Opep+ [a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, mais dez países, incluindo a Rússia] de aumentar a sua produção da é limitada e a União Europeia vai cortar a maior parte das compras de petróleo russo em dezembro. Os EUA conquistaram fatia de mercado em toda a Europa. os novos clientes provavelmente manterão os volumes de compra nos próximos dois anos, já que outros produtores, incluindo os do Mar do Norte e da África Ocidental, não conseguem aumentar sua produção, disse Conor McFadden, chefe do setor de petróleo so grupo Trafigura na Europa, à Bloomberg. Embora o fim das liberações de exploração das reservas de petróleo americanas neste segundo semestre deva desacelerar as exportações, é improvável que a tendência seja afetada no longo prazo, de acordo com uma pesquisa com analistas do setor.As empresas que extraem petróleo nos EUA vêm ampliando a produção, mesmo que a taxas moderadas, e a capacidade de refino do país não deve aumentar, deixando mais petróleo para exportação. As exportações semanais ultrapassaram 4 milhões de barris por dia durante semanas consecutivas pela primeira vez desde que a proibição de exportação de petróleo foi encerrada, no final de 2015, segundo os dados da Administração de Informações sobre Energia dos EUA divulgados ontem. Para ler esta notícia, clique aqui.

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GLP mais caro que o importado entra na mira do STF

O longo histórico de disparidade entre os preços domésticos e internacionais do GLP foi um dos motivos que levou André Mendonça a exigir uma ação da ANP e do Cade sobre as práticas comerciais da Petrobras. emdash; O ministro já havia decidido antes, monocraticamente, pela redução da base de cálculo do ICMS dos combustíveis até o fim de 2022, atendendo aos pedidos do presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, Mendonça também coloca um alvo no PPI e na Petrobras, questionando a eldquo;função socialerdquo; da companhia. emdash; Na decisão dessa segunda (22/8), ele dá especial atenção aos preços do GLP emdash; que tem sido vendido, nos últimos cinco anos, acima da paridade internacional. emdash; Cita a ANP, que em 2020 constatou que eldquo;as reduções de preço de GLP ocorridas no mercado internacional não têm sido integralmente repassadas para o mercado brasileiroerdquo;, para questionar também o papel da agência na regulação do mercado. Procurada, a Petrobras não se manifestou até o fechamento desta edição.

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Mudanças tributárias continuam a afetar o etanol

As alterações tributárias nos combustíveis afetaram em cheio, como esperado, a competitividade e as vendas do etanol hidratado, que abastece diretamente os tanques dos veículos flex. Na primeira metade de agosto, as vendas do biocombustível feitas pelas usinas do Centro-Sul foram bem mais fracas, enquanto a comercialização do etanol anidro, que é adicionado à gasolina, continuou a se fortalecer. De acordo com a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), as vendas de etanol hidratado recuaram 6,3% na primeira quinzena deste mês em comparação com o mesmo período da safra passada e a comercialização de anidro aumentou 15,7%. O volume de etanol hidratado ficou em 645,4 milhões de litros, a menor quantidade em uma só quinzena nesta temporada, que começou em abril. Desde que o governo federal isentou os combustíveis de PIS/Cofins, em junho, e que os Estados começaram a diminuir as cargas de ICMS ao longo do mês seguinte, o biocombustível só se manteve competitivo em relação à gasolina em Mato Grosso em algumas semanas. Ainda que o preço do etanol tenha caído nas bombas de quase todos os Estados nas duas primeiras semanas de agosto, a queda da gasolina foi mais acentuada. Há ainda um efeito de eldquo;marketingerdquo;, acredita Tarcilo Rodrigues, diretor da trading Bioagência. eldquo;O consumidor foi bombardeado com a informação de que o preço da gasolina ia cair de forma bastante drásticaerdquo;, disse. Ele crê que ainda haverá uma acomodação dos preços e aposta em mais quedas do etanol nas bombas, já que o preço para as usinas produtoras recuou de maneira mais acentuada até agora. Como reflexo das alterações tributárias, as vendas de gasolina voltaram a crescer, o que se vê nos dados de vendas do aditivo renovável. Com 493 milhões de litros comercializados, os 15 primeiros dias de agosto foram a melhor quinzena da safra para o mercado de etanol anidro. Além da migração do consumo do etanol hidratado para o combustível fóssil, o resultado também se deve a outros fatores. Parte desse volume de vendas do anidro no Centro-Sul foi direcionado para abastecer o Nordeste. A região ainda não havia iniciado de forma expressiva a moagem de cana da nova safra e também não importou volumes relevantes de etanol porque a janela de arbitragem está fechada, segundo Rodrigues. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Redução de tributos nos combustíveis pode custar mais de R$ 50 bi em 2022

Enquanto as medidas tomadas para forçar a redução nos preços dos combustíveis e nas contas de luz provocam deflações e tendem a render dividendos eleitorais para o presidente Jair Bolsonaro (PL), a fatura das desonerações deve ficar em mais de R$ 50 bilhões para o Tesouro Nacional. O volume de recursos é semelhante à diferença do custo de manter o Auxílio Brasil em R$ 600 em 2023, em vez de retomar R$ 400. Além de abrir mão de mais de R$ 33 bilhões em receitas de Pis/cofins em diesel, biodiesel, gás, gasolina e etanol neste ano, o Ministério da Economia pode ter de cobrir outro rombo, de mais de R$ 20 bilhões, com a perda de ICMS dos Estados com combustíveis e energia. O governo tentou jogar parte da conta da redução nas bombas para os governadores, mas sete Estados já conseguiram no Supremo Tribunal Federal (STF) liminares que obrigam a União a ressarcir mês a mês a perda de arrecadação no tributo estadual. As medidas cautelares já beneficiam São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão e Acre. Com essa jurisprudência, a Economia já começa a ver como perdidas outras ações semelhantes no Supremo. A redução do ICMS sobre combustíveis, energia e comunicações endash; com a fixação de um teto entre 17% e 18% endash; foi aprovada pelo Congresso por meio da Lei Complementar 194, em vigor desde 23 de junho. Pela lei, o governo federal é obrigado a compensar os Estados quando a perda de receita com o tributo passar de 5% na comparação com a receita de 2021. Essa compensação vem por meio de descontos nas parcelas das dívidas estaduais com o Tesouro. O Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz) estima que as perdas até o fim do ano cheguem a R$ 48 bilhões. Como nem todos os Estados têm dívidas com a União, parte dos valores deverá ser paga via Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) endash; os royalties da mineração endash; em 2023. CÁLCULOS. Fontes do ministério alertam que as compensações podem passar dos R$ 20 bilhões neste ano, em um cenário em que todos os Estados consigam liminares que obriguem a compensação mensal pelo Tesouro. São Paulo foi um dos primeiros a obter a liminar, no fim do mês passado. Os cálculos do governo paulista mostram que a perda de ICMS com a nova lei chegou a R$ 963,1 milhões em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Considerando o que excede 5% de perda, a estimativa é de R$ 5,127 bilhões a compensar até o fim do ano. eldquo;A compensação determinada pela decisão liminar do ministro Alexandre de Moraes é justa e segue o espírito da Lei Complementar 194erdquo;, diz o secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Felipe Salto. Já a equipe econômica defende que a compensação seja feita com base nas receitas de todo o ano e, por isso, o eventual acerto de contas deveria ocorrer só em 2023. ebull;

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