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Suape lança plano para instalar fábrica de hidrogênio verde

O Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, lançou uma chamada pública até o dia 27 para empresas interessadas na instalação de uma planta de hidrogênio verde (H2V ) no Estado, após aprovar a manifestação de interesse para o projeto da produtora independente de energia renovável Qair, ex-grupo Lucia. Por se tratar de uma estatal, a área que será arrendada precisa passar por licitação antes de negociada com a empresa que propôs o projeto. Em março, a Qair manifestou interesse em arrendar uma área de 72,5963 hectares no porto pernambucano, onde prevê a instalação de um complexo para produção de hidrogênio verde, a partir de eletrólise com energia de fonte renovável endash; eólica e solar endash; que inclui dessalinização para aproveitamento da água do mar. O plano da empresa é investir na conversão do H2V para amônia líquida, uma forma de exportar o combustível para o mercado internacional. O investimento previsto é de R$ 20,3 bilhões, e o início da operação, para 2025. A previsão é de que sejam gerados cerca de 1.200 empregos diretos na fase de construção e 450 na fase de operação. O chamamento público também contempla duas unidades industriais produtoras de hidrogênio azul, a partir da reforma de vapor metano, como insumo para posterior produção de amônia em outras duas unidades a serem implantadas também em Suape. Já o hidrogênio verde é obtido a partir de uma usina de eletrólise, com capacidade de 1 gigawatt (GW), que vai separar o oxigênio e o hidrogênio da água. O hidrogênio é chamado de verde porque a unidade que o produz funciona a partir de fontes de energia 100% renováveis. O arrendamento será feito por 25 anos, com possibilidade de renovação pelo mesmo período. O H2V é insumo para muitas indústrias, principalmente no continente europeu, já existindo como combustível para veículos. Também é usado para produzir amônia, um dos principais fertilizantes para o agronegócio. Com a produção de amônia no mercado interno, o déficit atual de fertilizantes também poderá ser reduzido. eldquo;A chegada de uma planta desse porte, além reforçar nosso compromisso com a sustentabilidade, mostra que o porto tem muito potencial para se tornar um dos mais importantes atracadouros do continente e do mundoerdquo;, diz o diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão. O Brasil tem sido apontado como um dos principais futuros fornecedores de hidrogênio verde para o mundo, devido à grande produção de energia renovável no País, que deverá ganhar ainda mais escala quando os projetos de energia eólica offshore começarem a sair do papel, segundo especialistas. ebull;

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ANP: Diesel registra terceira semana consecutiva com preço em queda

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) registrou, pela terceira semana consecutiva, a queda do preço do diesel. Segundo o último boletim, o litro do combustível está com o custo médio de R$ 6,93 em todo o Brasil. Na semana anterior, o litro do diesel registrou o preço de R$ 7,05. Logo, a queda foi de 1,7% em uma semana. Em junho deste ano, o combustível chegou a custar R$ 7,57, em junho. As quedas se deram após o reajuste da Petrobras no início de agosto. O valor repassado pela companhia para as distribuidoras foi de R$ 5,61 para R$ 5,41 por litro. Esse foi a única redução do preço do combustível neste ano. O último reajuste que deixou o diesel mais barato foi em maio de 2021. No Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o óleo diesel já registra 39,5% de alta apenas em 2022. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 61,9%. Segundo Andre Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Getúlio Vargas, mesmo com as recentes quedas, vai ser difícil a cadeia produtiva sentir a redução de preços do combustível por conta da alta acumulada nos últimos 12 meses. eldquo;Mesmo que o preço caia 10% a 20%, ele ainda estará caro, já que acumula mais de 60% de alta. Para que se sinta a redução no frete e nos transportes, por exemplo, seria necessária uma queda muito maior, o que, no momento, não dá para prevererdquo;. De acordo com o último boletim da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), divulgado este mês, o combustível foi o componente que mais sofreu aumento no preço nos últimos 18 meses. Enquanto os custos com veículo e mão de obra subiram 42% e 12,5%, respectivamente, o diesel teve alta de 104%. Em relação à defasagem, o último boletim da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), divulgado na sexta (26), destacou que o índice é estável. Atualmente, os preços médios do óleo diesel operam com diferenciais negativos em todos os pontos analisados. Dessa forma, a média da defasagem está em endash;5%, ou seja, não há atraso nos preços praticados no Brasil em relação ao mercado internacional.

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Impacto da diminuição do ICMS nos combustíveis preocupa empresários do setor

Membros da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) analisaram, durante reunião na sexta-feira (26), os impactos das mudanças na tributação de biocombustíveis na cadeia produtiva e alternativas para tornar o etanol mais competitivo. Segundo o presidente da Comissão, Nelson Perez Júnior, o setor tem sofrido com as mudanças no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). eldquo;A queda dos impostos está impactando de uma forma muito drástica o setor e agravando o preço do etanol. Em alguns estados há usinas tentando renegociar com os produtores o preço pela matéria-prima. Precisamos pensar em uma forma de tornar o etanol competitivoerdquo;, disse. Outro item da pauta foi a apresentação do Programa eldquo;Produtor Responsávelerdquo;, desenvolvido pela Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). A iniciativa está pautada em macro indicadores para acompanhar o cumprimento de normativas trabalhistas, ambientais, de saúde e de segurança no campo. De acordo com a Federação, a demanda veio do próprio setor, que sentia falta de uma ferramenta que fizesse o levantamento e diagnóstico de não conformidades da cadeia produtiva, para adequação respeitando-se as normas vigentes. A iniciativa foi bem-vinda na comissão e pode ser estendida para outros estados do país. O PL foi aprovado com a articulação da CNA e de outras entidades do setor na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados. Atualmente a matéria está na Comissão de Minas e Energia (CME) e aguarda apresentação do parecer do relator. eldquo;Defendemos a obrigatoriedade do repasse aos produtores de cana da receita dos CBios emitidos. Esse recurso faz diferença no setor, principalmente nesse momento de redução de margem para o produtorerdquo;, ressaltou o presidente da Comissão, Nelson Perez.

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Arrecadação soma R$ 202,6 bi em julho, recorde para o mês

A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas atingiu R$ 202,588 bilhões em julho, alta real (descontada a inflação) de 7,47% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O valor é o maior para o mês desde o início da série histórica da Receita Federal, iniciada em 1995. Com o resultado, nos sete primeiros meses do ano a arrecadação federal somou R$ 1,292 trilhão, também o maior volume para o período da série histórica. O montante representa um avanço real de 10,44% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal,Claudemir Malaquias, a arrecadação cresce em um patamar nominal de 23% entre janeiro e julho de 2022. O recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) acumula crescimento de 20,83%. No caso do Imposto de Renda Retido em Fonte (IRRF) de investimentos, a alta chega a 61,43%, em razão da elevação dos juros e do desempenho dos fundos e títulos de renda fixa. eldquo;Começamos a ver com mais clareza o impacto do crescimento da atividade na arrecadaçãoerdquo;, diz a economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitória, que cita o crescimento de serviços e a melhora do mercado de trabalho. Para ela, a leitura de julho já mostra alguns impactos das desonerações de impostos de importações e de IPI, reduzidos há mais tempo pelo governo. Nas próximas divulgações, será possível ver uma desaceleração também do crescimento de Pis/cofins sobre os combustíveis, segundo a economista.

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IBP vê abastecimento de diesel estável no País

O abastecimento de diesel S10 A (menos poluente, e obrigatório para o transporte rodoviário desde 2012) segue estável no País, com previsão de pequeno déficit em novembro, aponta o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) em boletim divulgado nesta semana. O déficit estimado pelo IBP é de 12 mil metros cúbicos do combustível. Agora em agosto, setembro e dezembro, o IBP prevê saldo positivo, com volume de combustível produzido no País e importado acima do consumo. Em outubro, esses volumes devem empatar, informa o instituto. Trata-se de uma melhora na comparação com as previsões anteriores, publicadas em boletim de 8 de agosto, quando o IBP previa déficits maiores em três meses até o fim do ano (setembro, novembro e dezembro). Ainda naquele cenário, as reservas operacionais de produtores e distribuidores cobririam a falta de combustível, defendia o IBP. No cenário atual, portanto, a situação é ainda mais confortável. Essa melhora das estimativas do setor se deve ao aumento das importações previstas tanto por empresas associadas ao IBP, principalmente as três grandes distribuidoras do País (Vibra, Ipiranga, Raízen), quanto por empresas representadas pela Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom). O movimento se deve ao fato que os preços da Petrobras seguem acima dos preços do diesel no mercado internacional, o que abre uma janela de importação e permite a outros produtores nacionais ou importadores praticarem preços mais atraentes, colocando mais produto no mercado nacional. O alívio contraria previsões de maior aperto do mercado nacional de diesel neste terceiro trimestre em função do pico da demanda nacional pelo produto endash; com a colheita e transporte da safra endash; e da menor oferta internacional devido à guerra na Ucrânia e à temporada de furacões no Golfo do México (EUA). Esses alertas subsidiaram, inclusive, iniciativas da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para aumentar os estoques operacionais mínimos das grandes empresas, o que foi finalmente derrubado em reunião da diretoria colegiada da agência no início do mês. Ainda assim, o IBP afirma que o cenário internacional continua eldquo;instávelerdquo; e com sinalizações eldquo;antagônicaserdquo;, o que exigiria monitoramento contínuo da situação brasileira. Segundo a Agência de Energia dos EUA, o preço médio do diesel no varejo no país caiu, na semana entre 14 e 19 de agosto, 1,6% em relação à semana anterior, indicando que o mercado não vê escassez de produto. Por outro lado, no mesmo período os estoques totais de derivados dos EUA caíram 0,7% em relação à semana imediatamente anterior, de acordo com o relatório Weekly Statistical Bulletin (WSB) do American Petroleum Institute (API). Com isso, o nível de estoque atual segue abaixo do nível do ano anterior e abaixo do nível médio dos últimos 5 anos, informam os técnicos do IBP. ebull;

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Etanol/Cepea: anidro cai 8,47% e hidratado recua 6,83% nas usinas paulistas

Nas usinas paulistas, o etanol hidratado caiu 6,83% esta semana, de R$ 2,5902 o litro para R$ 2,4132 o litro, em média, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq). O valor do anidro recuou 8,47% no período, de R$ 3,1788 para R$ 2,9096 o litro, em média. (Estadão Conteúdo)

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