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Confiança do Comércio sobe em agosto, com melhora das expectativas, diz FGV

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) subiu 4,3 pontos em agosto, ao passar de 95,1 pontos para 99,4 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador subiu 2 pontos, no sexto resultado positivo consecutivo. eldquo;A confiança do comércio voltou a subir em agosto. Ao contrário do que vinha ocorrendo em meses anteriores, a alta desse mês foi toda influenciada pela melhora das expectativas. A desaceleração da inflação, medidas de estímulo do governo e melhora da confiança do consumidor contribuem no ânimo dos empresários do setor com os próximos meses. Contudo, embora mais otimistas, isso não tem se refletido nas avaliações sobre o presente, já que pelo segundo mês consecutivo os indicadores que medem a demanda seguem em queda. Para os próximos meses ainda é possível imaginar resultados positivos, mas é necessária cautela considerando o ambiente macroeconômico ainda frágil e com alguma oscilação devido à proximidade das eleições erdquo;, avalia Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, em comentário no relatório. Em agosto, houve alta em cinco dos seis principais segmentos do setor. A alta de agosto foi influenciada pela melhora do Índice de Expectativas (IE-COM), que aumentou 9,7 pontos, passando de 84,8 pontos para 94,5 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou pelo segundo mês consecutivo, com perda de 1,4 ponto, para 104,2 pontos. Com isso, a diferença entre o nível das duas séries vem se reduzindo, mas com o ISA em patamar superior ao IE e acima do nível neutro. O IE-COM volta a se aproximar do nível neutro de 100 pontos o que não acontecia desde antes do início da pandemia. eldquo;O maior desafio agora é a manutenção do resultado positivo das expectativas e que isso acabe se confirmando em melhora na percepção da demanda dos empresários nos próximos meseserdquo;, completa Tobler. A sondagem coletou informações de 780 empresas entre os dias 1º e 26 de agosto. A próxima Sondagem do Comércio será divulgada em 29 de setembro. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Resultados das ações de fiscalização da ANP no mercado de combustíveis (22 a 25/8)

De 22 a 25/8, a ANP realizou ações de fiscalização no mercado de combustíveis em 12 unidades da Federação. Nas ações, os fiscais verificaram se as normas da Agência endash; como o atendimento aos padrões de qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas, apresentação de equipamentos e documentação adequados, entre outras endash; estão sendo cumpridas. A ANP também verifica se todas as informações estão sendo prestadas de forma correta ao consumidor. A Agência vem verificando o cumprimento do Decreto nº 11.121/2022, que tornou obrigatória a exibição dos preços dos combustíveis líquidos na data de 22/06/2022, além do preço atual, já obrigatoriamente exibido em seus painéis. Em algumas localidades, a ANP tem atuado em conjunto com Procons, a partir de convênios ou parcerias. A Agência realiza ainda outras ações em parceria com diversos órgãos públicos, em operações conjuntas ou forças-tarefa. Veja abaixo os resultados das principais ações nos segmentos de postos e distribuidoras de combustíveis; revendas e distribuidoras de GLP; revendas de combustíveis de aviação; pontos de abastecimento; produtores de etanol e biodiesel; transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs) e distribuidoras de solventes: Mato Grosso do Sul As ações de fiscalização se concentraram na cidade de Campo Grande neste período. No total, os fiscais estiveram em seis postos de combustíveis, quatro distribuidoras de combustíveis líquidos e duas distribuidoras de GLP. Uma distribuidora de GLP foi autuada por comercializar botijões de 13kg (P13) cheios de GLP com plaqueta de tara (peso de recipiente vazio) ilegível e com peso menor do que o determinado na legislação. Goiás No estado, os fiscais passaram pelos municípios de Aparecida de Goiânia, Cristianópolis, Goiânia, Nazário, Palmeiras de Goiás, Santa Bárbara de Goiás e Trindade para verificar o funcionamento de 23 postos de combustíveis, duas revendas de GLP e um produtor de biodiesel. Em Cristianópolis, um posto revendedor foi autuado e teve três bicos de gasolina comum, três bicos de etanol hidratado e dois tanques dos referidos produtos interditados por não conformidade em relação ao teor de etanol para a gasolina comum e massa específica e teor alcoólico para o etanol hidratado. A ação decorreu de indícios detectados pelo Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da ANP. Na cidade de Nazário, um posto de combustíveis foi autuado e teve dois bicos abastecedores e um tanque de etanol hidratado interditados por não conformidade do produto em relação à massa específica e ao teor alcoólico. O mesmo posto revendedor também teve um bico abastecedor de óleo diesel B S10 interditado por irregularidade no volume dispensado. Ainda em Nazário, um posto foi autuado por não possuir todos os equipamentos obrigatórios utilizados na análise de qualidade dos combustíveis, quando solicitado pelos consumidores, e por mau funcionamento do termodensímetro acoplado à bomba medidora de etanol, equipamento que permite que o consumidor verifique a qualidade do etanol comercializado no ato do abastecimento. Uma revenda de GLP de Santa Bárbara de Goiás foi interditada porque o portão de acesso à área de armazenamento não possuía as medidas mínimas exigidas na legislação. Mato Grosso Dez postos de combustíveis e dois transportadores-revendedores-retalhistas (TRRs) foram fiscalizados nas cidades de Brasnorte e Juína. Um posto de Brasnorte foi autuado por mau funcionamento do equipamento termodensímetro (equipamento que permite verificar aspectos da qualidade do etanol) acoplado à bomba medidora de etanol hidratado, e por armazenar combustíveis fora dos tanques subterrâneos. Outro posto do município foi autuado pelo mau funcionamento do termodensímetro acoplado à bomba medidora de etanol hidratado e por comercializar combustíveis em embalagens/galões não certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). No município de Juína, um posto revendedor de combustíveis foi autuado por mau funcionamento do termodensímetro acoplado à bomba medidora de etanol hidratado e por não exibir corretamente os preços dos combustíveis comercializados. Outro posto da cidade sofreu autuação por mau funcionamento do termodensímetro acoplado à bomba medidora de etanol hidratado e por não possuir todos os equipamentos utilizados na análise dos combustíveis, procedimento que pode ser solicitado pelos consumidores. Ainda em Juína, outro posto foi autuado por exibir marca comercial de distribuidor estando cadastrado na ANP como eldquo;bandeira brancaerdquo; e por não possuir todos os equipamentos obrigatórios utilizados na análise de qualidade dos combustíveis. Espírito Santo Houve ações de fiscalização em 26 agentes econômicos. Na cidade de Aracruz, sete revendedores de combustíveis automotivos foram fiscalizados, sendo dois autuados por não disporem de medida-padrão de 20 litros, instrumento utilizado para testes de aferição do volume dispensado pelos bicos de abastecimento. No município de João Neiva, um posto foi autuado pelo mesmo motivo (ausência de medida-padrão de 20 litros). Outros dezesseis postos foram fiscalizados em Cariacica e Ibiraçu, onde não foram verificadas irregularidades. Minas Gerais A ANP fiscalizou 36 agentes econômicos em campo no estado, nos municípios de Fronteira, Frutal, Itapagipe, Uberaba, Conselheiro Lafaiete, Mariana, Ouro Preto, Brumadinho, Ibirité e Sarzedo. Foram fiscalizados postos de combustíveis, revendas de GLP, pontos de abastecimento e produtores de etanol. Nos postos de combustíveis, segue sendo realizado o trabalho de verificação e coleta dos preços de venda praticados, além de verificação da implementação do quadro de preços exigido pelo Decreto nº 11.121, de 6 de julho de 2022. Nesta semana, 11 postos revendedores foram advertidos com medidas reparadoras de conduta (MRCs) por ainda não apresentarem o quadro informativo de preços. No município de Fronteira, ocorreu apreensão e coleta de 104 frascos de 1L de lubrificante automotivo comercializado sem registro na ANP em um posto. Ainda em Fronteira, um revendedor de GLP foi autuado por não apresentar balança decimal para pesagem dos vasilhames (procedimento que pode ser solicitado pelos consumidores), painel de preços ao consumidor e por armazenar recipientes transportáveis fora da área de armazenamento. Em Frutal, um posto foi autuado e teve um bico de diesel B S500 interditado devido à aferição irregular. Na cidade de Ouro Preto, houve duas autuações por ausência dos instrumentos necessários para a análise de qualidade dos combustíveis, que pode ser requisitada por qualquer consumidor, duas autuações por irregularidades no painel de preços e uma autuação por abastecimento irregular, em recipiente sem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Bahia Foram realizadas ações de fiscalização em 31 postos de combustíveis e duas revendas de combustíveis de aviação espalhadas pelas seguintes cidades: Aurelino Leal, Barra do Rocha, Camaçari, Dias Dersquo;Ávila, Ipiaú, Lauro de Freitas, Pojuca, Porto Seguro, Salvador, Santa Cruz Cabrália, São Sebastião do Passe, Ubaitaba e Ubatã. Na capital do estado, um posto foi autuado e teve dois bicos abastecedores de gasolina comum interditados por irregularidade no volume de combustível entregue aos consumidores. O posto também sofreu autuação por manter em uso termodensímetro (equipamento acoplado às bombas de etanol para verificar aspectos de qualidade) em desacordo com a legislação. Um posto de combustíveis de Camaçari foi autuado por não possuir instrumentos utilizados na análise de qualidade de combustíveis, procedimento que pode ser requerido pelos consumidores. Paraíba Catorze postos de combustíveis foram vistoriados nas cidades de Aguiar, Catingueira, Emas, Igaracy, Nova Olinda, Piancó e Santana dos Garrotes. No município de Catingueira, um posto foi autuado e interditado (um bico abastecedor e um tanque) por comercializar etanol hidratado com massa específica a 20°C de 813,88 kg/m³, quando o correto é de 802,9 a 811,2 kg/m³, e com teor alcoólico de 91,49% massa, quando o correto é 92,5 a 95,4% massa, estando, portanto, fora das especificações estabelecidas na legislação vigente. Já em Piancó, um posto sofreu autuação por não disponibilizar os instrumentos necessários para a análise de qualidade dos combustíveis. Pernambuco As equipes da ANP estiveram em Recife e Garanhuns entre os dias 22 e 25 de agosto, verificando o funcionamento de 13 postos de combustíveis. Em Garanhuns, um posto foi autuado por não possuir os instrumentos necessários para a análise de qualidade dos combustíveis, procedimento que pode ser solicitado pelos consumidores. Rio Grande do Sul Os fiscais da ANP verificaram o funcionamento de 16 postos de combustíveis e uma revenda de GLP nos municípios de São José do Herval e Santa Maria, onde houve ação conjunta com o Procon Municipal. Um posto de São José do Herval foi autuado e teve um tanque e um bico de etanol hidratado interditados por comercializar o combustível fora das especificações previstas na legislação. Em Santa Maria, houve três autuações em postos de combustíveis que não possuíam painel de preços com os valores praticados na modalidade à vista. Santa Catarina Rio do Sul, Ibirama, Braço do Trombudo e Ituporanga foram as cidades por onde os fiscais da Agência passaram entre os dias 22 e 25 de agosto. Ao todo, foram vistoriados 12 postos de combustíveis e três revendas de GLP. No município de Rio do Sul, dois postos sofreram autuações por apresentarem irregularidades nos volumes dispensados pelos bicos das bombas de combustíveis. Por esse motivo, cada estabelecimento teve um bico abastecedor interditado (óleo diesel S500 e gasolina premium). Na mesma cidade, duas revendas de GLP foram autuadas porque não disponibilizavam balança decimal em perfeito funcionamento e certificada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A balança é utilizada para pesagem dos botijões, quando o procedimento é solicitado pelos consumidores. Outra revenda de GLP, esta em Braço do Trombudo, também foi autuada por não possuir balança decimal certificada pelo Inmetro. Já em Ibirama, um posto sofreu autuação porque não possuía os equipamentos necessários para análise dos combustíveis, que pode ser solicitada por qualquer consumidor, além de não exibir no painel de preços todos os valores dos combustíveis comercializados. A falta de instrumentos para a análise dos combustíveis também motivou a autuação de um posto em Ituporanga. Paraná A ANP fiscalizou nove agentes econômicos nos segmentos de revenda de GLP, postos de combustíveis, revenda de combustíveis de aviação, distribuidoras de combustíveis e produtores de etanol. As ações aconteceram nas cidades de Colorado, Marialva, Maringá, Nova Londrina, Paranavaí e Terra Rica. Nenhuma irregularidade foi encontrada. São Paulo No total, os fiscais da ANP estiveram em 31 agentes econômicos entre os dias 22 e 25 de agosto, incluindo quatro revendas de GLP, 19 postos de combustíveis, três distribuidoras de solventes, três produtores de etanol e dois pontos de abastecimento. Nesse período, a Agência atuou nas seguintes cidades: Barrinha, Campos do Jordão, Diadema, Guarujá, Mauá, Pitangueiras, Ribeirão Preto, Santo Antônio do Pinhal, Santos, São Bento do Sapucaí, São Bernardo do Campo, São Paulo e Tremembé. Em Guarujá, um posto de combustíveis foi autuado por comercializar gasolina comum fora de especificação, com 43% de etanol anidro (o determinado na legislação é 27%), tendo seis bicos e um tanque desse produto interditados; e por possuir dispositivo capaz de dificultar ou induzir o agente de fiscalização a erro na identificação de irregularidades quanto à qualidade e quantidade do combustível. Além disso, o posto teve 73 litros de óleo lubrificante acabado apreendidos por falta de registro do produto na ANP. Na capital do estado, um posto também teve 73 litros de óleos lubrificantes acabados apreendidos por falta de registro do produto na ANP. Três revendas de GLP foram interditadas no estado, nas cidades de Ribeirão Preto, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí. Todas apresentaram falta de segurança em suas instalações. Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasil As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como denúncias de consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento (https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/paineis-dinamicos-da-anp/painel-dinamico-da-fiscalizacao-do-abastecimento). A base de dados é atualizada mensalmente, com prazo de dois meses entre o mês da fiscalização e o mês da publicação, devido ao atendimento de exigências legais e aspectos operacionais. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do Fale Conosco (https://www.gov.br/anp/pt-br/canais_atendimento/fale-conosco) ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita).

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Petrobras reduz em 10,4% preço de querosene de aviação para as distribuidoras

No próximo dia 1º de setembro, a Petrobras reajustará os preços de querosene de aviação (QAV) com uma redução de 10,4% para as distribuidoras. Esta é a segunda redução consecutiva. No fim de julho, a estatal já havia anunciado a queda de 2,6% do valor do combustível. Desde o mês passado, a Petrobras também já reajustou para baixo os preços da gasolina e do diesel na refinaria, acompanhando o movimento de queda do petróleo no exterior. Hoje, porém, o barril do tipo Brent (referência no mercado) subia 0,23%, cotado a US$ 99,57, por volta de 10h30. O WTI, referência nos EUA, está estável, negociado a US$ 92,51. Diferentemente do diesel e da gasolina, os ajustes de preços de QAV são mensais. "Os preços de venda do QAV da Petrobras para as distribuidoras buscam equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo, com reajustes aplicados em base mensal, mitigando a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbio", diz a estatal em nota. A Petrobras comercializa o QAV produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras. As distribuidoras, por sua vez, transportam e comercializam o produto para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores.

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Preço do GNL ameaça segurança energética do país

A segurança energética do Brasil pode estar vulnerável no atual cenário de alta dos preços do gás natural liquefeito (GNL) no mercado internacional, segundo especialistas. As cotações no mercado internacional tiveram forte aumento este ano, depois forte aumento este ano, depois que a guerra na Ucrânia e as sanções à Rússia levaram a Europa a recorrer à importação de GNL para compensar a redução da dependência do gás russo. Isso leva o Brasil a precisar competir num mercado internacional mais acirrado pelas importações de GNL, segundo analistas. Entre janeiro e maio de 2022, o Brasil importou em média 10,33 milhões de metros cúbicos por dia (m3 /dia) de GNL, de acordo com dados do boletim mensal do Ministério de Minas e Energia (MME). Esse volume foi responsável por atender cerca de 15% da demanda total de gás do país no período. No entanto, no ano passado, por exemplo, a dependência brasileira de GNL foi muito maior, por causa da crise hídrica, que reduziu a geração de energia elétrica nas hidrelétricas e levou ao acionamento de termelétricas. Em média, entre janeiro e dezembro de 2021, o Brasil importou 26,15 milhões de m3 /dia de GNL, o que correspondeu a 28% de toda a demanda de gás do país no ano. Com isso, segundo analistas, caso o país passe por uma nova crise que demande o acionamento de termelétricas, estaria vulnerável a ter que disputar um GNL mais caro e escasso no mercado internacional, depois da crise na Europa.Na Europa, por exemplo, vários países estão querendo contratar esses ativos, mas eles não existem em grande quantidade no mundoerdquo;, diz Juliana Senna, sócia do Kincaid Mendes Vianna Advogados. Os preços médios do GNL este ano chegaram próximo aos US$ 50 por milhão de BTU (unidade térmica britânica), quase dez vezes mais que os vistos há uma década. eldquo;É importante que o Brasil tenha alternativas de suprimento nesse cenárioerdquo;, afirma o consultor Eduardo Antonello, fundador da Golar Power e da Sunshine LNG. De acordo com o diretor e sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) Pedro Rodrigues, o cenário de preços altos de GNL no mundo não deve mudar pelo menos até 2025: eldquo;Não há grandes capacidades novas de terminais de exportação entrando em operação antes dessa data no mundo todo.erdquo; Rodrigues destaca ainda que, historicamente, os maiores supridores de gás para o Brasil foram os Estados Unidos, mas que hoje as cargas americanas têm priorizado o atendimento à Europa. eldquo;Os Estados Unidos vão preferir atender à Europa, é uma questão de preço, pois os europeus estão pagando US$ 65 por milhão de BTU, enquanto o Brasil está pagando em média US$ 32 por milhão de BTU. Na ausência dos Estados Unidos, nosso maior supridor, vamos precisar ir mais longe e assim os contratos vão ser mais caros, por causa do frete. O GNL vem de navio, então quanto maior a distância, maior o custoerdquo;, afirma. Para ler esta notícia, clique aqui.

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PIB avança no 2º tri, mas deve desacelerar

O bom desempenho da economia brasileira na primeira metade do ano deve carregar, praticamente sozinho, o resultado do PIB para 2022. Puxado especialmente pelo setor de serviços, esse resultado, porém, não deve se repetir na segunda metade do ano, pois os efeitos defasados do aperto monetário devem começar a aparecer de forma mais firme. Além disso, há outros fatores, como incertezas geradas pelas eleições. A mediana de 75 estimativas colhidas pelo Valor aponta para expansão do PIB de 0,9% no segundo trimestre na comparação com o trimestre anterior. Com isso, o ponto médio para o resultado fechado do ano, com base em 80 coletas, chegou a 2,1%, ante 1,4% no fim de maio. O trimestre passado teve crescimento generalizado, com destaque para serviços, indústria e agropecuária, diz Lucas Maynard, economista do Santander. Nos serviços, ele aponta o impulso dado pela reabertura da economia, aumento da renda disponível com melhora do mercado de trabalho e efeitos dos estímulos fiscais, como antecipação do 13º e a liberação do FGTS. O Santander projeta crescimento de 1,1% para o segundo trimestre, na margem, e espera alta de 1,9% no PIB do ano, com viés de alta. O carregamento estatístico para o segundo semestre é de 2,3%. Ou seja, com crescimento zero no segundo semestre, seria esse o crescimento do PIB do país. Se no primeiro e no segundo trimestres há boas surpresas, o período seguinte é de incertezas. É esperado que efeitos mais intensos do aperto monetário do Banco Central, o arrefecimento do impulso da reabertura pós-covid e o período eleitoral freiem investimentos.A mediana de 67 projeções colhidas aponta alta de 0,2% para o PIB do terceiro trimestre. Para 2023, as estimativas têm se deteriorado. A mediana das 78 projeções colhidas é de expansão de 0,4%, contra 0,7% na pesquisa anterior. Pesam o efeito contracionista da política monetária e a incerteza sobre a política econômica do próximo governo, diz o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa.

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Petróleo fecha em alta após sessão volátil com notícias sobre Irã e EUA

Os contratos futuros de petróleo fecharam com sinal positivo nesta sexta-feira, 26. O noticiário para o setor continuou no radar, com investidores também atentos às perspectivas para a economia global e a política monetária, sobretudo nos Estados Unidos. O petróleo WTI para outubro terminou com ganho de 0,58% (US$ 0,52), em US$ 93,06 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro avançou 0,56% (US$ 0,55), a US$ 99,01 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, o WTI registrou ganho de 2,90% e o Brent, de 2,37%. A commodity operava com ganhos logo no início do dia, ainda em meio a especulações sobre a possibilidade de a Opep e aliados cortarem a oferta. A Opep+ se reúne em 5 de setembro. Os Emirados Árabes afirmaram que estão alinhados com a visão da Arábia Saudita sobre o mercado, segundo uma fonte citada pela Reuters. Representantes de Iraque, Venezuela e Casaquistão também argumentaram a favor dos cortes, segundo a agência. O petróleo passou a recuar ainda pela manhã. O mercado monitora a possibilidade de o Irã e potências fecharem um novo acordo nuclear para o país persa, que significaria mais petróleo iraniano à venda. Além disso, o mercado global em geral monitorava o Simpósio de Jackson Hole, do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou o combate à inflação como prioridade, mesmo reconhecendo que isso terá algum peso na atividade. Os temores de fraqueza econômica global à frente têm contribuído para um freio nos preços do petróleo. O CIBC comenta que o crescimento menor tem ajudado a conter a demanda pelo petróleo, mas nota alguma reação recente nos preços, com a possibilidade de a Opep+ conter a oferta. O TD Securities, por sua vez, vê viés de alta para os preços, no quadro atual, também com a Opep e aliados no radar. O banco de investimentos nota que ainda não há notícias de acordo nuclear do Irã à vista, enquanto a produção de xisto nos EUA desacelera.

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