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Abastecer com etanol só vale a pena em quatro estados

A alta da gasolina nos postos durante a semana passada não fez com que o uso do combustível perdesse a competitividade na maior parte dos estados brasileiros. Com as informações coletadas na semana passada, abastecer com etanol só compensa para os motoristas de quatro estados. De acordo com as informações publicadas nesta segunda-feira (17) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o valor médio cobrado pelo litro de gasolina subiu pela primeira vez em 16 semanas e alcançou R$ 4,86 (+1,5%). Ao mesmo tempo, o preço do álcool combustível aumentou 1,8%, de R$ 3,40 para R$ 3,46. Com a alta maior no valor do etanol, apenas os motoristas que param para abastecer seus veículos flex nos estados de Goiás, Mato Grosso, Paraíba e São Paulo levam vantagem ao optar pelo biocombustível no lugar da gasolina. A conta considera que abastecer com etanol só vale a pena quando o valor do combustível custar menos do que 70% do preço cobrado pela gasolina. A análise leva em conta que o veículo abastecido com álcool gasta mais litros para percorrer a mesma distância equivalente ao volume utilizado de gasolina. Estado com o etanol mais barato do Brasil (R$ 3,01), Mato Grosso (62,2%) tem a maior vantagem para os motoristas que podem abastecer com etanol. Na Bahia (70,5%) e no Distrito Federal (70,8%), a paridade permite que os motoristas escolham o combustível que preferirem. Por outro lado, os moradores do Rio Grande do Sul (98,3%), do Pará (92,1%), de Santa Catarina (92,37) e de Rondônia (91,9%) devem fugir do etanol, já que o valor médio por litro do combustível se aproxima do cobrado pela mesma quantidade de gasolina. Os valores divulgados nesta reportagem são referentes aos preços apurados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) em postos de todo o Brasil na semana entre os dias 9 e 15 de outubro de 2022.

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Auxílio a caminhoneiros e taxistas é pago nesta terça; confira o novo calendário

Cerca de 673 mil profissionais autônomos recebem a quarta parcela do auxílio federal a caminhoneiros e taxistas nesta terça (18), antecipando o pagamento previsto para 22 de outubro, uma semana antes do segundo turno das eleições para presidente da República. O valor mensal de R$ 1.000 é depositado em conta-poupança social digital aberta automaticamente em nome do beneficiário, para ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem ou em agências da Caixa. Os recursos não movimentados no prazo de 90 dias, contados da data do depósito, retornarão para a União. Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, a nova data faz parte de uma reprogramação no calendário de pagamento dos benefícios para permitir a liberação de uma parcela extra aos taxistas. As parcelas de novembro e dezembro do auxílio também foram antecipadas. Parcela Previsão de pagamento 4ª parcela 18 de outubro 5ª parcela 26 de novembro 6ª parcela 17 de dezembro Tem direito ao auxílio caminhoneiros cadastrados na ANTT (Agência Nacional de Transportes Rodoviários de Cargas) e taxistas em situação regular registrados nas prefeituras. Para ambos, o registro precisa ter sido concluído até 31 de maio de 2022. Quem tiver dúvidas sobre o benefício pode ligar para a Central de Atendimento Alô Trabalho, no número 158; para a Caixa no telefone 111 ou acessar aqui e aqui. O auxílio faz parte do pacote de bondades do governo Bolsonaro sob a justificativa de ajudar os motoristas a enfrentar a alta no preço dos combustíveis. O preço dos combustíveis é uma das maiores críticas enfrentadas por Jair Bolsonaro. Na eleição de 2018, os caminhoneiros apoiaram o presidente. Neste ano, a categoria tece duras críticas ao seu governo. Além de propor o auxílio aos motoristas, Bolsonaro zerou as alíquotas de PIS e Cofins, dois tributos federais, e um pacote bilionário para tentar reduzir o preço dos combustíveis. A medida tem contido o preço nas bombas, porém, após 15 semanas de queda, a gasolina voltou a subir. Na semana passada, o combustível foi vendido, em média a R$ 4,86 por litro. Uma alta de 1,4% em relação ao verificado na semana anterior, segundo a pesquisa semanal de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Já o preço do diesel se manteve estável em relação à semana anterior, sendo vendido, em média, a R$ 6,51 na semana passada.

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Leite e combustíveis caem e IGP-10 acelera queda a 1,04% em outubro, diz FGV

As quedas nos preços de leite e combustíveis levaram o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) a acelerar a deflação a 1,04% em outubro, contra recuo de 0,90% no mês anterior, mostraram os dados da FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta terça-feira (18). A expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 1,08%, e com o resultado do mês o IGP-10 passou a acumular avanço em 12 meses de 7,44%. O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 1,44% em outubro, depois de recuo de 1,18% no mês anterior. Já o IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor), que responde por 30% do índice geral, voltou a subir, a uma taxa de 0,17%, depois de ter recuado 0,14% em setembro. "No IPA, as maiores contribuições para a queda do índice foram leite in natura (-7,21%) e óleo diesel (-4,22%). Já no IPC, as quedas registradas para gasolina (-7,09%) e leite tipo longa vida (-11,36%) contiveram parcialmente o ritmo de aceleração do índice", explicou André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV. Segundo ele, os preços ao consumidor voltaram a subir devido à influência do setor de serviços, principalmente passagens aéreas (+17,70%) e aluguel residencial (+1,38%). O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), por sua vez teve variação positiva de 0,01% em outubro, de uma taxa negativa em 0,02% no período anterior. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. (Reuters)

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Defasagem do preço do diesel sobe para 14%, aponta Abicom

O preço do diesel segue em escalada no mercado internacional, aumentando a defasagem do preço do combustível comercializado no Brasil. A pressão altista só tende a piorar, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, com o aumento do frio na Europa, fechamento de refinarias e a proximidade da proibição de importações da Rússia, o que vai reduzir ainda mais a oferta global. No levantamento feito pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a diferença entre o preço médio praticado nas refinarias brasileiras e do Golfo do México subiu para 14%. Para voltar à paridade com a importação, seria necessário um aumento de R$ 0,83 por litro de diesel, calcula a entidade. A maior disparidade está sendo observada nas refinarias da Petrobras, enquanto a Acelen, na Bahia, única refinaria de grande porte privada do País, está alinhada com o preço externo, devido a reajustes semanais, com uma diferença de apenas 1% na comparação com o preço praticado o Golfo do México. A unidade baiana, responsável por 14% do refino do Brasil, fez o terceiro aumento no mês de outubro do combustível no último sábado, 15, chegando a repassar uma alta de até 8,9%, dependendo do mercado atendido. Enquanto isso, a Petrobras mantém o preço do combustível congelado há 28 dias. Nos locais que servem de referência para os preços da Petrobras, a defasagem chega a 17% (Itaqui, Suape, Paulínia e Araucária). Na última sexta-feira, 14, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges, admitiu que a companhia reduziu os preços dos combustíveis em velocidade maior do que a agora considerada para aumentos, a fim de acompanhar os preços de paridade de importação, e que isso seria eldquo;em benefício da sociedade brasileiraerdquo;. Gasolina No caso da gasolina, com a demanda menos pressionada, o aumento deveria ser de R$ 0,24 por litro, devido a uma defasagem média de 7%, segundo a Abicom. A Petrobras não reajusta o preço da gasolina há 46 dias, e mesmo assim o combustível voltou a subir nos postos de abastecimento na semana passada, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo o Estadão/Broadcast apurou, a Petrobras está sendo pressionada pelo governo, seu controlador, para manter os preços dos combustíveis inalterados até o final do segundo turno das eleições presidenciais, no próximo dia 30. O objetivo é favorecer a reeleição do presidente Jair Bolsonaro e a tendência é que o aumento venha após o pleito, independente do resultado. A estatal mantém o discurso de que eldquo;segue monitorando continuamente o mercado e os movimentos nas cotações de mercado do petróleo e dos derivados, que atualmente experimentam alta volatilidadeerdquo;. Segundo a estatal, o objetivo da companhia é não repassar a volatilidade do mercado internacional para o mercado interno, e afirmou ainda em nota que eldquo;não existe uma referência única e percebida da mesma maneira por todos os agentes, sejam eles refinadores ou importadoreserdquo;.

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EPE: venda de diesel deve crescer 2,4% este ano e de etanol cair 3,7%

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê que, apesar do aumento dos preços de combustíveis e da inflação, a demanda brasileira de combustíveis deve ultrapassar a média registrada em 2019 ainda em 2022, e seguir em alta em 2023, devido à recuperação dos impactos da pandemia e ao crescimento do agronegócio. A autarquia prevê um aumento de 2,4% das vendas de óleo diesel este ano, de 3,1% nas vendas de gasolina e de 37% nas vendas de querosene de aviação (QAV). Para o etanol a previsão é de queda de 3,7%, enquanto a venda de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), ou gás de cozinha, deve permanecer estável. eldquo;A demanda de diesel deve seguir elevada, apesar de um ambiente externo volátil e adverso, que elevou os preços consideravelmente. Isso ocorre principalmente pelo aumento da produção agrícola, das vendas recordes de automóveis a diesel, e da antecipação de vendas de caminhões devido à entrada do Proconve P8 (Programa de Controle de Poluição)erdquo;, informou a EPE. Para os combustíveis do ciclo Otto (gasolina, etanol e Gás Natural Veicular), o levantamento considera que as mudanças tributárias federal (PIS/Cofins e Cide) e estadual (ICMS), que vêm ocasionando uma redução nos preços dos combustíveis, podem impulsionar a recuperação da demanda. Em relação ao QAV, a autarquia avaliou que os níveis dos voos domésticos já se recuperaram e voltaram aos níveis pré-pandemia, mas os preços e o câmbio ainda afetam o consumo, especialmente nos voos internacionais. eldquo;Porém, esse consumo deve seguir em recuperação, alcançando os níveis pré-pandemia no segundo semestre de 2023erdquo;, destacou. As vendas de GLP devem permanecer estáveis em 2022. eldquo;Preços elevados e o retorno ao trabalho presencial reduzem a demanda. No entanto, programas de transferência de renda e a redução da desocupação compensam parcialmente essa quedaerdquo;, explicou a EPE no documento.

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Petróleo fecha em queda robusta, após proposta da UE para teto de gás

O petróleo fechou em queda robusta nesta terça-feira (18), em uma sessão marcada pela volatilidade. Os contratos futuros foram pressionados pelo anúncio de novas propostas da União Europeia (UE) a fim de conter o avanço dos preços de gás no continente. Além disso, a liberação de reservas dos Estados Unidos e o corte de produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) estiveram no radar. O petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 2,91% (US$ 2,46), em US$ 82,07 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês recuou 1,73% (US$ 1,59), a US$ 90,03 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Os contratos futuros do petróleo, que operavam em alta na madrugada, viraram para baixo nesta manhã, em meio ao fortalecimento do dólar. No entanto, o movimento não se sustentou, à medida que a perspectiva de aperto na oferta da commodity e de desaceleração da economia global deram impulso. Mais tarde, o óleo voltou a cair. Segundo a Reuters, o governo dos Estados Unidos planeja soltar no mercado mais 14 milhões de barris da reserva de petróleo. O anúncio deve ocorrer amanhã, segundo a Casa Branca. Por outro lado, a Opep decidiu por unanimidade cortar a produção eldquo;para evitar uma crise tardia e conter uma onda de volatilidadeerdquo;, disse o secretário-geral da organização em uma conferência de energia na África do Sul nesta terça-feira. Outro fator que pressionou a commodity foi a decisão da Comissão Europeia de anunciar novas medidas para reduzir os preços de gás natural, como o eldquo;desenvolvimento de um novo benchmarkerdquo; para os preços do gás natural liquefeito (GNL) e um mecanismo para limitar os eldquo;preços excessivoserdquo; da commodity, enquanto o novo benchmark não é lançado. Ademais, a UE propôs a criação de um mecanismo de compras conjuntas de GLN para eldquo;reduzir licitação não coordenada de fornecimento de gás entre os Estados-membroserdquo;.

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