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Petróleo despenca 5,5% e Brent cai abaixo de US$ 100 o barril

Os preços do petróleo caíram mais de 5% nesta terça-feira (30) devido a preocupações com a recessão e novos confinamentos na China, que geram temores sobre a demanda da commodity. O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em outubro perdeu 5,50% a US$ 99,31, fechando abaixo dos US$ 100. Enquanto isso, o West Texas Intermediate (WTI) para entrega no mesmo período recuou 5,53% a US$ 91,64. "O mercado luta com os temores de recessão, os novos confinamentos na China que geram temores sobre a demanda e as preocupações sobre a oferta pela violência na Líbia", resumiu à AFP Andy Lipow, da Lipow Oil Associates. Combates entre facções rivais na Líbia "fazem temer manifestações à frente dos portos que poderiam bloquear as exportações", acrescentou o analista. Mas na terça, os preços estavam pressionados, sobretudo, pelas "perspectivas de crescimento mundial, que continuam se deteriorando", explicou Edward Moya, da Oanda. A reunião de banqueiros centrais de Jackson Hole (Wyoming), na sexta-feira, "confirmou os temores dos que se preocupam com as perspectivas sombrias por causa da inflação", acrescentou. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Comitê técnico da Opep+ eleva previsão de superávit de petróleo em 2022

O Comitê Técnico Conjunto da Opep+ vê o superávit do mercado de petróleo este ano atingindo 900.000 barris por dia (bpd), um aumento de 100.000 bpd em relação à previsão anterior, segundo um relatório do comitê visto pela Reuters. Em seu cenário base, o JTC vê o mercado de petróleo em um superávit de 3,1 milhões de bpd em setembro, caindo para 0,6 milhão de bpd em outubro antes de subir para 1,4 milhão de bpd em novembro. O JTC, que se reúne na quarta-feira, aconselha a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia, coletivamente conhecidos como Opep+, sobre os fundamentos do mercado. A Opep+ também espera um superávit de 900.000 bpd no próximo ano em seu cenário base, mostrou o relatório do JTC.

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Região Sul ganha rede privada de eletropostos

Quatro empresas se uniram e lançaram, essa semana, a Rota Sul - a primeira rede privada de eletropostos com carregadores rápidos interligando capitais e cidades importantes da Região Sul. O projeto é uma parceria de Movida, Nissan, Rede de Postos SIM e Zletric. Serão instalados, no total, nove pontos com carregadores. Os equipamentos ficarão dentro de postos de gasolina da Rede SIM, onde o usuário poderá recarregar seu veículo elétrico enquanto dispõe de estrutura complementar, como lanchonetes, restaurantes e banheiros. - A mobilidade elétrica já está no nosso dia a dia; não é mais o futuro, é o presente. A maioria das cidades já em carregadores para carros elétricos - lembra Pedro Schaan, CEO da Zletric, empresa fundada em 2019 para atuar justamente no segmento de recarga de veículos elétricos no Brasil e que lançou, naquele mesmo ano, o então inédito conceito de redes de carregamento. O plano contempla cinco carregadores rápidos, modelo 60Kw, com conectores CCS e Chademo, que entrarão em funcionamento nas próximas semanas. No Rio Grande do Sul, estarão em São Sebastião do Caí, Gravataí, Gramado e Três Cachoeiras. A cidade de Laguna, em Santa Catarina, também terá um eletroposto. Até outubro, outras quatro cidades da região terão unidades em funcionamento: Caxias do Sul (RS), Bento Gonçalves (RS), Itajaí (SC) e Araquari (SC). Os carregadores rápidos do Posto SIM Retro, localizado na RS-122, em São Sebastião do Caí, no trajeto entre a Serra Gaúcha e Porto Alegre, e do Posto SIM da Freeway, em Gravataí, na autoestrada que liga o litoral gaúcho à capital, já estão disponíveis para os usuários. Até o fim do ano, a Rota Sul deverá atender os três estados da região Sul. Com a iniciativa, será possível ir de São Paulo (SP) a Punta del Este, no Uruguai, dispondo de carregadores rápidos para carros elétricos em eletropostos a cada 200 quilômetros, em média.

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Como o Pix virou uma ameaça para o mercado das maquininhas de cartão

Não é raro uma indústria virar do avesso por uma inovação tecnológica. No setor das maquininhas de pagamento, a reviravolta chegou de uma vez só com o Pix, sistema de pagamento do Banco Central. A visão de especialistas é de que o Pix deve eliminar a necessidade do eldquo;intermediárioerdquo; entre quem paga e quem recebe. E isso coloca em xeque o próprio futuro do setor de meio de pagamento. As empresas, portanto, terão de agregar mais serviços aos comerciantes endash; como softwares de administração de contas e estoques endash; para continuar relevantes para os clientes. eldquo;As empresas ganharão pelo serviço prestado, e não mais por transaçãoerdquo;, afirma Edson Santos, um dos maiores conhecedores do setor de meios de pagamento no Brasil. Segundo ele, companhias como a Stone, que em 2020 comprou a empresa de tecnologia Linx, já de olho nessa mudança, estão melhor posicionadas para a nova fase. Resistir a essa mudança, segundo ele, pode significar o fim da linha para esses negócios. Conforme pesquisa recente do Instituto Propague, a Cielo segue líder de mercado, seguida de perto pela Rede, do Itaú Unibanco. Depois vêm a Getnet (do Santander), Stone, Vero e PagSeguro. Apesar da chegada do Pix ter chacoalhado o setor, os líderes de setor não têm demonstrado grandes mudanças. Uma das razões, segundo Santos, é porque o Pix ainda enfrenta alguns desafios no varejo, e a maquininha segue importante para o estabelecimento receber os pagamentos pelo cartão. eldquo;O Pix ainda não pegou o suficiente (no varejo). E todo mundo espera que o outro faça anteserdquo;, diz Santos. Uma das poucas mudanças, até agora, é a oferta da funcionalidade do Pix na maquininha, permitindo que o lojista gere um QR-Code para a transferência. eldquo;Essa é uma tentativa de se manter a maquininha vivaerdquo;, comenta o especialista. A experiência de quem usa o Pix diretamente no comércio também precisa melhorar. Hoje, quando o lojista aceita Pix, o cliente usa a chave do estabelecimento para efetuar o pagamento endash; mostrando a tela com a transação ao atendente ou enviando o comprovante por WhatsApp. No entanto, já há startups trabalhando para deixar essa experiência mais fluida, para ajudar na adoção do Pix pelo comércio com a utilização de software que permite a aceitação do meio de pagamento pelo caixa de forma direta, ou seja, com confirmação da transferência imediata. Outras empresas começam a oferecer o Pix parcelado (uma forma da dar crédito ao cliente), que poderá vir a substituir o cartão de crédito endash; essa opção já cresce em aceitação, especialmente no e-commerce. Hoje, essa modalidade já alcançou o volume do pagamento em boleto, forma de pagamento que era uma eldquo;dorerdquo; para os varejistas online, já que a desistência entre efetuar a compra e efetivo pagamento era alta. Especialista no mercado financeiro, Boanerges Freitas destaca que o Pix mudou as peças do jogo do setor, mas que as credenciadores resistem em mudar e inovar. eldquo;Claro que elas vão ter perda de receita ao sair do cartão para o Pix, mas é melhor ter essa perda e manter o clienteerdquo;, diz o especialista, lembrando que há anos têm alertado seus clientes dessa necessidade de diversificação de serviços. eldquo;A empresa terá mais conhecimento sobre o varejista, sendo o meio de pagamento dele, e poderá, com isso fidelizá-lo por meio de outros serviços e rentabilizar o negócioerdquo;, comenta. Saindo da zona de conforto A Rede, credenciadora do Itaú Unibanco, diz que está atenta à mudança de regras do mercado. Diretor da empresa, Angelo Russomano conta que a empresa está debruçada no desenvolvimento de novas funcionalidades, algumas delas envolvendo o Pix. Segundo o executivo, um ponto que a Rede tem olhado atentamente é o auxílio à digitalização dos varejistas, o que inclui a automação da frente do caixa, inclusive para integrar o pagamento pelo Pix. eldquo;Essa é a maior demanda dos varejistas. Se o Pix for melhor para os estabelecimentos, a gente tem de investirerdquo;, afirma Russomano, que há 30 anos atua no mercado de meios de pagamento. Alta dos juros deu tempo extra às empresas Com a escalada dos juros neste ano, com a Selic perto de 14% ao ano, as empresas deixaram um pouco de lado a briga por preços, reduzindo taxas cobradas de comerciantes e prestadores de serviço. Com isso, ganharam fôlego extra de caixa e tempo extra para arrumar a casa para tempos difíceis que inevitavelmente virão. Sociedade entre Banco do Brasil e Bradesco, a Cielo conseguiu recuperar suas margens. A líder do setor viu seus resultados melhorarem e sua ações subirem, apesar das dúvidas que ainda pairam sobre o setor em um prazo mais longo. Procurada, a Cielo não concedeu entrevista. Em relatório a clientes, o BTG Pactual disse que as grandes empresas do ramo, como a Cielo, conseguiram se reequilibrar depois de um período de pressão com a entrada de fintechs e neobancos no segmento de pagamentos, com a oferta de taxas mais baixas. Apesar disso, o banco alertou que o alívio pode durar pouco: eldquo;Não descartamos um cenário de concorrência mais acirrada quando as taxas de juros começam a diminuir. No geral, nenhum jogador conseguiu criar muito valor fora do negócio principal de pagamentoserdquo;, diz o documento. Embora o mercado critique o setor pela resistência em abandonar as maquininhas, Julia Corrêa de Vasconselos, líder da área de banking da Stone, diz que a empresa vem, sim, trazendo novidades aos clientes, como uma solução de gestão financeira. O serviço da Stone, ofertado em parceria com a Linx, permite que o pagamento feito via QR-Code pelo consumidor seja associado a uma nova fiscal automaticamente, garantindo o controle financeiro do estabelecimento.

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Maranhão reduz ICMS do etanol, de 26% para 12%, até 31 de dezembro deste ano

O governo do Maranhão editou nesta segunda-feira, 29, a Resolução Administrativa 57/2022, concedendo crédito que reduz a carga tributária do etanol no estado de 26% para 12%. A redução vale somente até 31 de dezembro de 2022. A Resolução Administrativa foi assinada pelo secretário de fazenda, Marcellus Ribeiro Alves, considerando o convênio Confaz 116/2022, que autorizou todos os estados brasileiros a concederem o crédito outorgado de ICMS para reduzir a carga tributária do etanol. A apropriação do crédito outorgado acontecerá mensalmente, a partir da publicação da Resolução 57/22, na medida em que ocorrerem os repasses do auxílio financeiro da União ao estado do Maranhão, nos termos do inciso V do art. 5º da Emenda Constitucional nº 123, de 14 de julho de 2022, observando o limite previsto no Anexo Único do Convênio nº 116, de 27 de julho de 2022. Com essa medida, o estado espera que haja redução do preço do etanol nos postos de combustíveis, uma vez que a carga tributária do ICMS foi reduzida em aproximadamente 46%, além de incentivar um aumento do consumo e crescimento da oferta das usinas. Essa também é a expectativa da diretora de relações institucionais do Sindicato dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Maranhão e do Pará (Sindicanalcool-MA-PA), Cíntia Cristina Ticianeli. eldquo;O governo, ao reduzir a alíquota do hidratado no Maranhão para 12%, torna o etanol mais competitivo em relação à gasolina (combustível fóssil), contribui para a mobilidade sustentável, fortalecendo a produção de etanol do estado, grande gerador de empregos e renda, e sobretudo, reduz o preço para o consumidorerdquo;, disse ela, que também é sócia administradora e diretora financeira da Agro Serra Industrial. eldquo;A redução da alíquota do etanol hidratado estimulará o consumo deste que é um combustível renovável, produzido a partir da cana de açúcar, que gera inúmeros empregos e renda para os municípios que se situam nas regiões de influência das unidades produtoras de etanolerdquo;, enfatiza Ticianeli.

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Câmara aprova MP para reajustar tabela do frete quando diesel oscilar mais de 5%

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (30), uma Medida Provisória que prevê o reajuste da tabela dos pisos mínimos do frete do transporte rodoviário de cargas quando o preço do óleo diesel no mercado nacional oscilar em mais de 5%, para mais ou para menos. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é a responsável por publicar as normas com os pisos mínimos a serem pagos pelos fretes, bem como planilha de cálculos utilizada para a obtenção dos respectivos pisos mínimos. A publicação dos pisos e da planilha ocorre até os dias 20 de janeiro e 20 de julho de cada ano, e os valores são válidos para o semestre em que a norma for editada. Quando a norma não é publicada a tempo, os valores anteriores permanecem válidos, atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ou por outro que o substitua, no período acumulado. Além da revisão periódica, a legislação antes da edição da Medida Provisória, em maio deste ano, previa o reajuste da tabela quando houvesse oscilação superior a 10%, também para mais ou para menos, em relação ao preço considerado na planilha de cálculos da ANTT. No entanto, na avaliação do governo federal, é preciso estabelecer novos parâmetros de periodicidade para a atualização da tabela de piso mínimo de frete. Isso porque o modelo atual não tem sido suficiente para aplacar os aumentos dos preços internacionais do petróleo, considera. Dessa forma, o Executivo quer que haja uma nova norma sobre os pisos mínimos do frete rodoviário toda vez que o preço do diesel ultrapassar 5% para mais ou para menos em relação ao valor considerado na tabela vigente elaborada pela ANTT. Quando editada, uma MP tem força de lei, mas precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado para que não perca a validade. Neste caso, o prazo é 26 de setembro deste ano. A matéria agora segue para análise do Senado.

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