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Alckmin diz que novo governo não vai desfazer reformas e nega volta do imposto sindical

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), garantiu que o novo governo não vai desfazer reformas, como chegou a ser defendido por alas do PT. Em evento com empresários neste sábado, no Guarujá (SP), o ex-governador paulista ainda defendeu a reforma trabalhista, negou a volta do imposto sindical e prometeu eldquo;quatro anos de ajuste fiscalerdquo;. emdash; Não tem nenhuma reforma a ser desfeita emdash; afirmou Alckmin em evento promovido pelo grupo Esfera Brasil, no Guarujá. emdash; A reforma trabalhista é importante. Não vai voltar imposto sindical e legislado sobre acordado. Não vai. Alckmin participou de um painel ao lado do empresário Abílio Diniz, do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, além do banqueiro André Esteves, da BTG Pactual. Depois, em entrevista coletiva, o ex-governador disse que reformas já feitas poderão, no entanto, sofrer eldquo;pequenas mudanças". emdash; Pequenas mudanças são naturais, isso é para ser discutido. Estamos frente também a um fato novo, que é a questão das plataformas digitais. Mas a reforma mais estruturante não será revogada, pode aprimorar. E fazer novas reformas é essencial. Eu destacaria a reforma tributária emdash; afirmou Alckmin. As falas de Alckmin a uma plateia de empresários foram recebidas com alívio por integrantes da equipe petista, sobretudo após o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) frustrar as expectativas do mercado financeiro em almoço com banqueiros promovido pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Alckmin minimizou a reação negativa da bolsa. O Ibovespa, principal índice de ações brasileiro, fechou em queda de 2,5% após as falas do ex-ministro da Educação: emdash;As oscilações do mercado, se for verificar as eleições, lá para trás, são as menores. São pequenas oscilações, que eu não tenho dúvidas, o tempo vai mostrar que o governo vai fazer ajuste fiscal emdash; declarou. Sem bala de prata O vice-presidente afirmou ainda que não há uma bala de prata para a economia, e defendeu reformas, e até microrreformas, para garantir crescimento e equilíbrio fiscal. emdash; Como fazer o Brasil crescer? Rigor fiscal, não há menor dúvida. Essa é uma briga interminável emdash; disse Alckmin, acrescentando que há espaço para ajuste fiscal . emdash; Isso não é incompatível e nós temos que gradualmente trabalhar junto com a questão social. Alckmin, que teve conversas privadas com empresários e com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, durante o evento, reconheceu junto aos empresários a preocupação com o fiscal. Segundo o ex-governador paulista, quem apostar em "irresponsabilidade fiscalerdquo; no governo Lula eldquo;vai errar". Alckmin encerrou sua fala prometendo ajuste fiscal com olhar "social" durante todo o mandato, não apenas no início do governo. emdash; Governar é escolher. Tem muita forma de fazer ajuste, porque é necessário. Mas fazer ajuste com olhar social emdash; disse ele, acrescentando:emdash; Vai haver ajuste, e não em uma semana, vão ser quatro anos de ajuste, porque você pode estar todo dia melhorando a eficiência do gasto público. Para João Camargo, presidente do grupo Esfera Brasil e um dos sócios do grupo 89 Investimentos, uma gestora de recursos independente, Alckmin foi muito positivo na sua fala sobre não modificar as reformas ou conquistas que o Brasil já teve e também sobre a responsabilidade fiscal. emdash; Ele passou sinais muito tranquilizadores para o mercado emdash; disse Camargo. emdash; Todo mundo saiu feliz. Os donos de asset, as corretoras, os banqueiros. O Geraldo passou uma tranquilidade em nome do presidente Lula que era o que a gente precisava, porque é muita especulação o tempo todo. O evento do Esfera ocorreu no Casa Grande hotel, no Guarujá, e reuniu mais de 300 empresários, entre eles Abílio Diniz, além de políticos como o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT).

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Annel: conta de luz terá alta média de 5,6%

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que a tarifa de energia vai subir, em média, 5,6% em 2023. Dependendo da distribuidora, a tarifa pode variar de um aumento de cerca de 14,3% a uma redução média de 4,3%. A estimativa foi apresentada pela diretoria do órgão regulador na quarta-feira a representantes do grupo responsável pela área de Minas e Energia do governo de transição. Na apresentação, a diretoria da agência não detalhou o reajuste projetado para cada empresa ou por classe de consumidor. Segundo a Aneel, os resultados dependem de premissas que podem ser alteradas até a homologação dos processos tarifários. A diretoria colegiada também manifestou preocupação com o projeto de lei que amplia em 12 meses o prazo para assegurar os subsídios para novos projetos para o consumidor de baixa tensão que quer gerar a própria energia. A Aneel estima um impacto tarifário de R$ 25 bilhões até 2045. O texto chegou a ser incluído na pauta da Câmara de anteontem, mas a sessão foi encerrada sem discussão. ebull;

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Haddad dá prioridade à reforma tributária

Cotado para assumir o comando da equipe econômica no próximo governo, o ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad afirmou ontem, durante almoço organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que uma das prioridades do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no início do seu mandato será a reforma tributária. Ele disse ainda que há consenso de que a qualidade das despesas públicas no Brasil eldquo;piorou muitoerdquo;, com um eldquo;Orçamento com dificuldade de atingir o objetivo programadoerdquo;. eldquo;Nós recebemos da parte do presidente Lula o recado de que ele deseja que esse seja um dos primeiros temas de 2023, resolver o problema da reforma tributária para atrair investimentoserdquo;, disse Haddad. eldquo;O emaranhado de tributos no Brasil, hoje, serve como uma espécie de obstáculo.erdquo; Lula, que ainda se recupera de recente cirurgia, escalou Haddad para representá-lo no encontro, num movimento visto como indicação de que o ex-ministro seria hoje o nome mais forte para assumir o comando da Fazenda. O desejo do novo governo é que Haddad faça uma eldquo;dobradinhaerdquo; com o economista Persio Arida, um dos eldquo;paiserdquo; do Plano Real, na equipe econômica. Apesar de ter tocado na questão da reforma tributária, garantindo que o governo está comprometido com sua aprovação, o discurso do petista não conseguiu aplacar as resistências do mercado. A fala de Haddad foi considerada genérica por não ter tratado, de forma mais detalhada, de questões como o risco de estouro nas contas públicas e controle fiscal. Um dos banqueiros presentes disse que o discurso foi protocolar e eldquo;sem nada de concretoerdquo;. A avaliação acabou batendo na Bolsa que, logo depois do discurso, acelerou o movimento de queda no dia. ebull;

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Etanol anidro cai 0,88% e hidratado recua 0,07% nas usinas paulistas na semana

Nas usinas paulistas, o etanol hidratado recuou 0,07% esta semana, de R$ 2,8115 o litro para R$ 2,8094 o litro, em média, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP. Por sua vez, o valor do anidro caiu 0,88% no período, de R$ 3,2710 o litro para R$ 3,2423 o litro, em média.

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ANP: Preço médio do litro diesel S10 em bombas cai 0,1%

O preço médio do diesel S10 nas bombas caiu 0,1% para R$ 6,68 por litro na semana entre os dias 20 e 26 de novembro ante a semana anterior, mostra a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na semana anterior, esse preço fora de R$ 6,69 e vinha estável, após flutuar desde meados de outubro, quando parou de cair. Antes de voltar a flutuar entre R$ 6,65 e R$ 6,71, o diesel S10 experimentou queda de preço por 16 semanas consecutivas, entre meados de junho e o início de outubro, efeito do rebaixamento do teto do ICMS sobre combustíveis para 17%, em 24 de junho e três reajustes para baixo nas refinarias da Petrobras para o produto. Desde meados de outubro, as cotações internacionais do diesel voltaram a subir e a estatal ficou sem espaço para reduzir preços por força de sua política de precificação, de alinhamento ao preço de paridade internacional (PPI). Recentemente, no entanto, o PPI arrefeceu: a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula somente 0,1% de defasagem entre o diesel da Petrobras e o PPI no fechamento do mercado de ontem, 24. O porcentual baixo dessa defasagem nas últimas semanas indica possível espaço para novas reduções no preço do diesel. A última redução do diesel em refinarias da Petrobras aconteceu em 19 de setembro (-5,78%). Desde então, os preços estão congelados há 67 dias. Gás de cozinha O preço médio do botijão de 13 quilos de gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha, também caiu, desta vez 0,3%, de R$ 110,19 para média de R$ 109,85 entre os dias 20 e 26 de novembro. A queda semanal foi a segunda seguida e já reflete a redução de 5,2% nos preços praticados para o produto em refinarias da Petrobras, que passou a vigorar a partir de 17 de novembro. (Estadão Conteúdo)

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Petrobras diz que pagamento de dividendos está previsto em Plano Estratégico

A Petrobras esclareceu na noite deste domingo (27) em comunicado ao mercado, que o pagamento de dividendos extraordinários está previsto na Política de Remuneração ao Acionista, aprovada pelo conselho de administração em 2019 e aprimorada em 2020 e 2021. O posicionamento da companhia é uma resposta às recentes notícias veiculadas na mídia em torno do pagamento de dividendos. A Petrobras assegurou ainda que eldquo;não contrai dívida para pagar dividendoserdquo; e que eldquo;sua dívida está em trajetória decrescenteerdquo;, com redução de US$ 5,3 bilhões em relação ao terceiro trimestre de 2021. Em 30 de setembro de 2022, a dívida bruta da companhia era de US$ 54,3 bilhões, incluindo os compromissos relacionados a arrendamentos mercantis, inferior ao nível de endividamento bruto ótimo de US$ 60 bilhões e ao limite estabelecido na Política de US$ 65 bilhões, destacou. A estatal ratifica, ainda, que a dívida bruta, o nível de caixa e os dividendos estão alinhados ao que estava previsto no Plano Estratégico da Petrobras de 2022-2026. eldquo;Ele é autofinanciável e todos os investimentos previstos estão sendo realizadoserdquo;, pontua a Petrobras, acrescentando que eldquo;não há represamento de projetos por restrição orçamentária e todos os compromissos estão sendo cumpridoserdquo;. Por fim, a Petrobras reitera o seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais. No início de novembro, em ofício ao presidente da Petrobras e conselheiros da estatal, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) requereu a suspensão do anúncio do Plano Estratégico. De acordo com Deyvid Bacelar, integrante do Grupo de Trabalho de Minas e Energia do governo de transição, também será feito pela equipe de transição o pedido de cancelamento da distribuição de R$ 43,7 bilhões em dividendos a acionistas, referentes ao terceiro trimestre deste ano.

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