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Petrobras deveria expandir refino e apostar em energia renovável

Ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, coordenador executivo do grupo técnico de Minas e Energia do gabinete de transição do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, avalia que o novo plano de negócios da Petrobras deverá ser revisto pela nova administração para incluir futuros investimentos em fontes renováveis de energia, como fazem hoje as petroleiras internacionais, e o aumento da capacidade de refino. Destacou ainda em entrevista ao GLOBO que o futuro governo não vai ditar o preço dos combustíveis da Petrobras, mas pode dizer como é que funcionam os preços do país. Como o novo plano de negócios da estatal foi abordado na primeira reunião com a Petrobras dentro do processo de transição? Há uma intenção de mudar esse plano estratégico? O ideal era justamente que a publicação do plano fosse postergada para o ano que vem, mas existem questões estatutárias e eles (a gestão atual) têm que divulgar o plano estratégico esse ano. Mas eles mesmos na reunião apontaram que a nova administração pode revisar e fazer um novo plano. E como as estratégias não são exatamente as mesmas, muito provavelmente a nova direção vai ter que elaborar e divulgar um novo plano estratégico. A gente tem que aguardar para ver o que vai vir. A continuar a tendência atual eventualmente a nova administração vai ter que rever. Desde o início da campanha eleitoral, muito tem se falado em diversificar a atuação da Petrobras para além do pré-sal. Qual será o novo direcionamento? São duas questões importantes em termos de rumo. O primeiro é transformar a Petrobras em uma empresa de energia. É um movimento que a gente tem visto no mundo todo. As grandes petroleiras estão até mudando de nome. Mas não é só isso. Elas estão se transformando para virarem uma empresa energética. E estão estabelecendo metas para terem emissão líquida zero de carbono. Tudo isso faz parte de uma estratégia para se inserir num mundo onde está ocorrendo uma veloz transição energética. E a Petrobras está ainda no modelo da indústria do petróleo e não conseguiu se adaptar aos novos momentos. Claro que o pré-sal continuará sendo o centro dela porque é a atividade talvez que mais lucrativa da empresa, mas não pode se limitar a isso. E precisa estar alinhada à transição energética. Praticamente todas as empresas de petróleo têm solicitações do Ibama de licença prévia para projetos de energia eólica offshore. As empresas estrangeiras que operam aqui estão vendo isso como uma questão estratégica. Não faz muito sentido a Petrobras estar ausente. Mas além da energia eólica offshore, muito se fala em hidrogênio verde, solar, biomassa e biocombustíveis. Quais serão as apostas? A eólica offshore é só um exemplo. Vai caber a nova direção da Petrobras balancear isso. Cabe a nova diretoria eleger as prioridades. Estou falando mais da direção. São questões que foram colocadas na campanha. O objetivo do grupo de transição é fazer um diagnóstico da situação e apontar questões emergenciais. Somos autossuficientes em petróleo, mas somos dependentes da importação de derivados. E quando tem algum tipo de choque externo, o país é muito afetado, seja no sistema produtivo, de transporte e os caminhoneiros. Então a gente pode voltar a expandir o refino para atender o mercado interno. Isso é importante. Tem uma questão estratégica para garantir o abastecimento interno. E quem vai definir isso é nova diretoria, presidente e Conselho da Petrobras. Tem que investir na conclusão da expansão de plantas (de refino) e eventualmente verificar entre os planos de plantas novas se alguma é viável. Teria que fazer algum estudo para ver o que que é mais adequado. E a venda das refinarias? A tendência é que esse processo seja suspenso? O prudente seria a atual administração (da Petrobras) aguardar uma nova gestão para ver quais são as linhas estratégicas porque ao fim do mandato os gestores têm que evitar de tomar decisões que são estruturantes. E pode ser até que a direção continue o processo de desinvestimento e resolva, por exemplo, investir em uma nova refinaria, por exemplo. Cabe a nova administração resolver. Nada está descartado. E como está a discussão sobre a política de preços? Esse tema já foi conversado com a atual gestão da estatal? Foi conversado para ver como se evolui e ter uma visão do que vai acontecer com os preços nos próximos meses. E para isso é preciso entender o mecanismo atual que está sendo adotado até para ter uma previsibilidade do que vai acontecer. Foi uma reunião inicial e se focou na estratégia de trabalho. E agora no dia 5 a gente vai ter uma nova reunião presencial. E qual vai a nova política de preços da Petrobras? Isso não é tema da transição. A transição faz um diagnóstico da situação, das questões emergenciais. A discussão de política vai ser do novo Ministério. E é claro o país terá uma política e a Petrobras vai ter a sua política também. O governo não vai ditar o preço da Petrobras, mas ele pode dizer como é que funciona o preço do Brasil, por exemplo. Já se discutiu questão de fundos, de compensação e alguns mecanismos. Mas a empresa vai ter também a sua política. É claro que a política maior é a ditada pelo governo, mas a empresa tem a sua política também.

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Petrobras apresenta novo plano estratégico nesta quarta-feira

A Petrobras apresenta nesta quarta-feira (30), possivelmente após o fechamento do mercado, o plano estratégico para o período 2023-2027. Antes disso, o documento, que define os propósitos e metas para os próximos anos, será aprovado pelo Conselho de Administração da companhia. A equipe de transição do governo Lula chegou a pedir à diretoria da estatal que adiasse a apresentação para que o plano pudesse contar com as contribuições da futura gestão, em reunião realizada na última segunda-feira (28). No entanto, recebeu a informação de que o adiamento era impossível devido a uma questão de prazos a serem cumpridos, mas que a próxima diretoria da empresa poderia analisar e revisar o documento. Essa foi a informação recebida, segundo Maurício Tolmasquin, coordenador-executivo do grupo de trabalho sobre energia da transição e ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O governo Lula ainda não divulgou quem deve ser o novo presidente da Petrobras, mas entre os principais cotados está o senador Jean Paul Prates (PT), que esteve na reunião com o atual comandante da companhia, Caio Paes de Andrade. Tolmasquin destaca que o grupo de transição não tem o objetivo de tomar decisões, mas de traçar um panorama que ajude o novo governo a pensar em estratégias. No entanto, já adiantou que dois assuntos são caros para a equipe: os investimentos e a transição energética. eldquo;Essas são questões que nós temos visões bastante distintas do governo atual. Achamos que a Petrobras está atrasada na transição energética. Hoje, as maiores petrolíferas se tornaram empresas de energia. Temos que entrar nessa questão de novas fontes, como eólica offshore, hidrogênio, metas de descarbonização. São sinalizações que as empresas dão para o mercado de se inserir nesse novo contexto de mudanças climáticaserdquo;, defendeu. O ex-presidente da EPE também reforçou a necessidade de ampliar os investimentos da Petrobras, por exemplo, em refinamento de petróleo, com o objetivo de deixar o país menos vulnerável a choques externos do mercado. eldquo;Os dividendos são muito importantes para remunerar os acionistas, mas parte deles tem que ser utilizada para investimentos. Essa é uma questão que vai ser analisadaerdquo;, apontou. Também nesta quarta-feira, o grupo de trabalho sobre energia vai apresentar um relatório preliminar da área. Além disso, os representantes planejam uma nova reunião com membros da atual gestão da Petrobras, desta vez presencial. O encontro deve acontecer na próxima segunda-feira (5), na sede da estatal, no Rio de Janeiro. Reunião de transição teve clima de cordialidade A reunião realizada entre Petrobras e grupo de transição, ocorrida na última segunda-feira, teve clima de cordialidade. eldquo;No encontro, foram estabelecidos os primeiros passos para uma transição profissional e dentro das boas regras de governança. A Petrobras se colocou à disposição para fornecer todas as informações necessárias para que a equipe de transição conclua um primeiro diagnóstico que deve subsidiar a próxima gestãoerdquo;, divulgou a companhia em nota. Também em nota, o senador Jean Paul Prates declarou que o encontro foi produtivo. eldquo;Tratamos de assuntos preliminares, como confidencialidade de documentos e trocas de informações. Definimos ainda critérios de sigilo, classificação e tipos de dados, bem como a forma como deverão circular. Estamos buscando todas as informações para nosso relatório, tendo, obviamente, todos os cuidados para evitar especulações indevidas e vazamento de informaçõeserdquo;, disse.

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Brasil vai arrecadar US$ 157 bi com petróleo nos próximos 10 anos

O Brasil deve arrecadar cerca de US$ 157 bilhões nos próximos 10 anos, apenas com a venda do petróleo pertencente a União, que está nos campos com partilha de produção na camada pré-sal. Ao todo, a expectativa nesses locais é de alcançar 7,7 bilhões de barris produzidos entre 2023 e 2032, com a destinação de 1,9 bilhão de barris para a União. A avaliação é da Pré-Sal Petróleo, empresa pública ligada ao Ministério de Minas e Energia, responsável por gerir os contratos de partilha de produção. De acordo com esse modelo, as empresas autorizadas a explorar os campos do pré-sal devem repassar à União parte do óleo obtido, como forma de compensação. Segundo o diretor-presidente da estatal. Eduardo Gerk, a expectativa, anunciada nesta terça-feira, se baseia nos 19 contratos já geridos pela PPSA, somados aos campos de Bacalhau e Tapi, que estão próximos a entrar em operação. Ele também ressaltou que 80% desse volume vem de campos que já têm declaração de comercialidade, que é uma notificação dada pela exploradora, confirmando a intenção de desenvolver a atividade... O presidente da Pré-Sal Petróleo declarou, ainda, que o ponto máximo de produção num futuro próximo deve ser alcançado em 2029, quando a estimativa de produção do Brasil será de 5,4 milhões de barris por dia, com 4,3 milhões no pré-sal e 2,9 milhões nos contratos de partilha de produção. Com isso, somente a parcela pertencente alcançará valores compatíveis com a produção diárias de países como China, Colômbia, Reino Unido e Venezuela.

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Gasolina sobe 1,6% em novembro após meses seguidos de queda, aponta Ticket Log

O preço da gasolina apresentou alta de 1,6% no acumulado do mês de novembro até o dia 28, depois de registrar quedas consecutivas entre os meses de julho e outubro. O litro do combustível passou de R$ 5,24 no mês anterior, para R$ 5,32. Os dados são do último levantamento da Ticket Log. eldquo;Em novembro, todas as regiões brasileiras apresentaram aumento no preço médio da gasolina, sendo o mais expressivo no Sul, de 4%. Já o etanol teve aumento em três regiões, com destaque para o Centro-Oeste, com acréscimo de 6,8%erdquo;, comenta Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. O preço médio mais alto para a gasolina foi registrado nos postos do Norte, a R$ 5,47. E o combustível mais barato foi encontrado no Sudeste, que apresentou acréscimo de 1,49%, em comparação a outubro. Na análise por estados, Roraima registrou a gasolina mais cara, a R$ 5,88 o litro. Já o Rio Grande do Sul foi o que teve o combustível mais em conta, a R$ 5,01. A Região Norte apresentou os maiores valores para os dois combustíveis (gasolina e etanol). Para o etanol, o Centro-Oeste, Sudeste e Sul apresentaram altas de 6,80%, 5,70% e 4,54%, respectivamente. Na análise por estados, Roraima possui o maior preço médio para o litro do combustível (R$ 5,34) e Paraíba tem o etanol mais barato (R$ 3,62).

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Preço de combustíveis impulsiona produção e venda de motos

As vendas de motos estão em alta. Segundo números da Abraciclo , entidade que representa as montadoras, foi o melhor mês de outubro desde 2014, com a produção de 137,3 mil unidades , e crescimento nas vendas de 24% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já ao considerar os dez primeiros meses do ano, de acordo com a Fenabrave , 1,1 milhão de motos foram vendidas no Brasil, correspondendo a uma alta de 17,9% frente ao mesmo período de 2021. Os dados positivos do setor são justificados pela disparada no preço dos combustíveis e a busca por um modal que permita deslocamentos mais baratos. eldquo;A principal explicação para essa adesão é a economia gerada. Hoje, o preço médio de uma motocicleta está em torno de 17 mil reais , enquanto um carro popular já passa dos 60 mil" , avalia o diretor de operações da concessionária Blokton, Rudney Doscher. Ainda segundo ele, o cenário criado pela pandemia causou uma ruptura, impulsionando o mercado motociclístico a ser um dos mais crescentes e promissores para os próximos anos. "Ocorreu uma mudança no mindset da população, que percebeu a importância de concentrar-se na economia e utilidade. Essa virada de chave ajudou a trazer mais volume para o segmento", analisa Rudney. Além disso, a alta desenfreada da gasolina nos últimos meses foi decisiva para que muitos motoristas trocassem o carro pela motocicleta. Em junho, os preços do litro do diesel e da gasolina alcançaram os maiores valores nominais pagos pelos consumidores para os combustíveis desde que a ANP passou a fazer o levantamento semanal de preços, em 2004. O preço médio do diesel nos postos brasileiros, por exemplo, subiu cerca de 10% em junho na comparação com maio, após um reajuste da Petrobras, e ficou mais caro que a gasolina pela primeira vez em mais de uma década. eldquo;Com o combustível mais caro, temos observado muitas pessoas migrando do carro para o segmento de duas rodas erdquo;, declara o head comercial da Dealersites, Marcos Pavesi. De acordo com o especialista da startup, a ascensão das motocicletas empurra o setor para investir em tecnologia e inovação para acompanhar as necessidades do consumidor. "Soluções que facilitam a venda desse tipo de veículo tem tudo a ver com aproveitar o bom momento do setor motociclístico e garantir qualidade no serviço", destaca. Delivery sobre duas rodas O preço dos combustíveis, o desemprego e o aumento na demanda pelos serviços de delivery durante a pandemia levaram mais motociclistas para as ruas. Hoje, as motos ultrapassam 30 milhões de unidades e já são mais de 35,2 milhões de pessoas aptas a pilotar esse tipo de veículo , de acordo com dados da Abraciclo. E o interesse crescente pelas motos vem acompanhado da necessidade de agilidade e confiança no processo de compra. "As motos se apresentam também como opção de ganho de renda . E a economia puxa essa demanda, já que muitos brasileiros optam por um meio de transporte rápido e barato para trabalhar no segmento de delivery ou moto-táxi ", afirma Rudney. Além dos valores das parcelas e das taxas de financiamento serem inferiores aos do automóvel, outro fator que influencia na tomada de decisão é o gasto com combustível. "Uma motocicleta de baixa cilindrada faz a média de 40 km por litro , enquanto o automóvel costuma fazer 10 km por litro ", explica.

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Auxílio Gás: Benefício começa a ser pago no próximo dia 12; confira calendário de dezembro

Beneficiários do Auxílio Gás receberão o valor equivalente ao preço médio do botijão de 13 quilos de gás liquefeito de petróleo (GLP) entre os dias 12 e 23 dezembro, seguindo o mesmo calendário do Auxílio Brasil. As datas seguem a ordem do dígito final do Número de Inscrição Social (NIS). O Auxílio Gás é pago a cada dois meses, em meses pares. Em dezembro, os pagamentos iniciam no dia 12 para aqueles com número final do NIS 1, e terminam no dia 23 para os beneficiários que possuem o último dígito 0 do NIS. Confira o calendário do Auxílio Gás de dezembro Final NIS 1: 12/12 Final NIS 2: 13/12 Final NIS 3: 14/12 Final NIS 4: 15/12 Final NIS 5: 16/12 Final NIS 6: 19/12 Final NIS 7: 20/12 Final NIS 8: 21/12 Final NIS 9: 22/12 Final NIS 0: 23/12 Têm direito ao benefício todas as famílias inscritas no CadÚnico, com renda familiar mensal menor ou igual a meio salário-mínimo por pessoa, além das famílias que tenham alguma pessoa que mora na mesma casa e que recebe o benefício de prestação continuada (BPC), inscritas ou não no CadÚnico. São priorizadas as famílias com mulheres vítimas de violência doméstica que estejam sob o monitoramento de medidas protetivas de urgência. Para calcular o valor do benefício, a Caixa Econômica Federal baseia-se nos dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que até o décimo dia útil de cada mês divulga o preço médio dos seis meses anteriores do botijão de gás de 13 quilos. Dessa forma, o benefício muda de valor. Em outubro, o preço médio foi de R$ 112. Após emenda constitucional que elevou benefícios sociais, o Auxílio Gás teve o valor dobrado, equivalente a 100% do valor médio do botijão de 13 quilos nas parcelas de agosto, outubro e dezembro. No ano que vem, o benefício voltará a valer metade do preço médio do botijão./Com informações de Agência Brasil

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