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ANP fará consulta pública sobre a regulação de produtores de biocombustíveis

A Diretoria da ANP aprovou hoje (26/1) a realização de consulta pública do Relatório de Análise de Impacto Regulatório (RPAIR) que trata da revisão da Resolução ANP nº 734/2018. Essa resolução consolidou o marco regulatório da produção de biocombustíveis, abarcando tanto a autorização para o exercício dessa atividade produtiva quanto a outorga das autorizações de operação das instalações produtoras. O RPAIR identificou uma oportunidade de aprimoramento associado à regulação dos produtores de biocombustíveis relativo às condições mínimas para a segurança operacional das instalações produtoras de biocombustíveis. Assim, no referido relatório estão sendo apresentadas opções regulatórias que os riscos identificados, atuando sobre as suas fontes, visando assegurar a proteção à vida humana e ao meio ambiente. Esse objetivo regulatório está alinhado ao mapa estratégico da ANP, que pretende, entre outras diretrizes, eldquo;implementar ações regulatórias que visem à segurança e ao desenvolvimento sustentável dos mercados regulados - estímulo de atividades reguladas mais seguras e sustentáveiserdquo;. Para atingir esse objetivo, no âmbito do Relatório Preliminar de Análise de Impacto Regulatório, a ANP propõe as seguintes opções regulatórias: - Exigir estudo de gestão de mudanças para alterações na instalação produtora; - Exigir o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) de todos os produtores de etanol, estabelecendo prazo para que as instalações sem o documento, se adequem a exigência (proposto como disposição transitória na resolução); - Exigir tancagem mínima para produtores de biocombustíveis líquidos que contemple capacidade de armazenamento equivalente a três dias da produção de combustíveis da instalação; - Estabelecer critério de revogação de autorização de operação se a instalação produtora ultrapassar dois anos sem efetiva produção de biocombustíveis.

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Petróleo fecha em alta impulsionado pelo PIB dos EUA

Os contratos de petróleo encerraram o pregão desta quinta-feira em alta, impulsionados pelo dado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que veio melhor que o esperado, além do otimismo com a reabertura da economia chinesa. O contrato futuro do petróleo Brent para março fechou em alta de 1,57%, negociado a US$ 87,47 o barril na ICE, em Londres. Ao mesmo tempo, a referência americana do West Texas Intermediate (WTI) para março subiu 1,07%, negociado a US$ 81,01 o barril na Nymex. "Os preços do petróleo receberam um impulso inesperado de uma economia dos EUA que não quer quebrar", escreveu Edward Moya, analista-sênior de mercados da Oanda, em nota. Hoje, dados mostraram que o PIB americano subiu 2,9% no quarto trimestre de 2022 ante o período anterior, número acima do consenso previsto por analistas consultados pelo "The Wall Street Journal", de uma alta de 2,8%. Já o índice de preços com gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) avançou 3,2% no quarto trimestre, desacelerando ante alta de 4,8% no terceiro trimestre. Para o analista da Oanda, esses números apoiam o argumento de que a economia americana eldquo;ainda pode ter um elsquo;pouso suaveersquo;, o que é muito positivo para as perspectivas de demanda de petróleo bruto no curto prazoerdquo;, diz. Além disso, o otimismo com a reabertura da China continua, desde o início do ano, dando suporte ao petróleo. eldquo;A reabertura da China é altista para as commoditieserdquo;, disseram os estrategistas da RBC Capital Markets.

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Grupo Muffato compra 16 lojas e 11 postos de combustíveis do Grupo Makro

O Grupo Muffato anunciou nesta quinta (26) que celebrou um acordo com o Grupo Makro Brasil para a compra de imóveis e ativos. Serão adquiridos 16 lojas e 11 postos de combustíveis. Durante as negociações, o Grupo Muffato foi assessorado pela XP Investimentos, Marins Bertoldi Advogados e Mattos Filho Advogados. Já Makro Brasil, pertence à holding holandesa SHV, que controla outras 7 empresas com presença em 60 países e mais de 60 mil funcionários, foi assessorado financeiramente pelo Santander e juridicamente por Mello e Torres Advogados. O valor da transação não foi informado e, segundo nota do Grupo Mufatto, o processo de transferência de ativos eldquo;deve ser concluído no menor período possível, sujeito ao cumprimento de determinadas condições, dentre elas a aprovação do CADEerdquo;. Com a aquisição, o paranaense Grupo Muffato dá mais um passo na sua estratégia de expansão para o sudeste. Os imóveis adquiridos estão localizados nas cidades de São Paulo (nos bairros Butantã, Interlagos e Lapa), Guarulhos, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Santo André, São Bernardo do Campo, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sorocaba (norte e sul), Campinas, Mogi das Cruzes e Taubaté. eldquo;Com esta aquisição, avançamos em direção ao maior mercado consumidor do país e reiteramos nossa confiança no Brasil. A oportunidade de atuar em novos mercados traz uma grande motivação a todo nosso timeerdquo;, afirma Ederson Muffato, diretor do Grupo. Aquisição Fundada em 1974 em Cascavel, no oeste do Paraná, o Grupo Muffato é a maior rede de supermercados, com as marcas Super Muffato e o atacarejo Max Atacadista. A empresa possui mais de cem unidades distribuídas entre os estados de Paraná e São Paulo, que incluem negócios de varejo, atacado, indústria, centros de distribuição e postos de combustíveis. Com 20 mil empregados diretos, a companhia alcançou um faturamento de R$ 10,6 bilhões em 2021 e deve fechar o 2022 com um crescimento de 10%.

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Petrobras: Conheça, ponto a ponto, os planos de Prates à frente da estatal

Na manhã desta quinta-feira, 26, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou, por unanimidade, o nome do ex-senador Jean-Paul Prates para o posto de presidência da estatal. Entenda, a seguir, o que planeja o indicado do Partido dos Trabalhadores para chefiar a Petrobras: Prates planeja levar a Petrobras para o setor de energia renováveis, seguindo os passos de outras petroleiras que apostaram na diversificação via energia limpa, como Equinor, Total e Shell. Para tanto, o foco da Petrobras seria em usinas eólicas offshore, hidrogênio verde e biocombustíveis. Na prática, o plano reverte a estratégia que norteou a empresa nos últimos sete anos, de focar em exploração e produção de óleo e gás a fim de maximizar as margens de lucro e distribuir mais dividendos aos acionistas. O plano vai exigir investimentos maciços em novos negócios, sem a retirada do foco em petróleo, o que deve drenar proventos no curto e médio prazos, para poder multiplicar o investimento de US$ 78 bilhões planejado de 2023 até 2027. A execução do plano, apurou o Broadcast/Estadão, deve ficar a cargo de uma nova diretoria, de Transição Energética, que seria a nona na estrutura da companhia. Prates convidou o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, para chefiar a pasta. Mudança no PPI, a política de preços de paridade de importação Ponto de tensão entre o governo federal e a direção da Petrobras nos últimos anos, o preço dos combustíveis em refinarias da estatal será o maior desafio de Prates no curto prazo. Em 2022, o preço médio da gasolina nos postos de abastecimento do País chegou a R$ 7,39 o litro, pressionando a inflação, e agora gira em torno dos R$ 5. Em reação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e lideranças do Congresso Nacional passaram a atacar a empresa de forma sistemática. Já na campanha para a presidência da República, o então candidato Lula dizia que iria eldquo;abrasileirarerdquo; os preços dos combustíveis, o que deveria ser feito com calma e sem grandes rupturas. Prates pretende manter a referência do mercado internacional, mas adotar bandas flutuantes e regionais, usando o preço de referência da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ele defende uma maior atuação da ANP no monitoramento de estoques reguladores para amenizar os preços, assim como aposta na aprovação de uma conta de estabilização de preços, mas que depende ainda de aprovação no Congresso Nacional. Prates considera que alguma paridade deve existir para manter o abastecimento seguro do País, principalmente no caso do diesel, que tem pelo menos um terço do volume consumido importado. Novas descobertas de Petróleo Apesar da ambição em diversificar o portfólio da Petrobras, Prates vai manter a produção de petróleo como a principal. Para tanto, terá de ampliar as reservas da companhia, hoje muito focadas no pré-sal, cuja produção deve começar a declinar no início da próxima década. A aliados e fontes de mercado, ele reconhece a necessidade de explorar a Margem Equatorial, conjunto de bacias sedimentares que vão do litoral do Amapá ao do Rio Grande do Norte. Para tanto, Prates terá de superar a burocracia relacionada ao licenciamento ambiental de projetos na região, que avançam lentamente no Ibama, assim como enfrentar a resistência de ambientalistas e de alas do próprio governo, marcado pela preocupação com o meio ambiente. Expansão do refino Prates planeja expandir a capacidade de refino da Petrobras, com modernização (revamp) de unidades, ampliação, e até construção de uma nova unidade. A ideia é reduzir de forma estrutural a exposição do País à volatilidade dos preços internacionais. O processo começaria pelas refinarias Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão (SP), e a Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. Além disso, há recomendação de construção do segundo trem da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, que conclui seu projeto original. Desinvestimentos Vendas já realizadas não devem ser alteradas, já deixou claro o ex-senador, mas a porta está aberta para quem quiser negociar uma parceria. Nos últimos sete anos, a estatal vendeu ativos no valor de R$ 280,4 bilhões e ainda possui uma ampla lista de possíveis vendas, que serão todas reavaliadas. Prates pretende suspender o programa de venda de refinarias, com planos de inclusive ampliar e construir uma nova unidade, mas pode avaliar por exemplo, a venda de campos em terra, a maioria já transferida para a iniciativa privada, restando campos na Bahia (Polo Bahia Terra) e no Amazonas (Urucu).

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Conselho aprova Jean Paul Prates para presidência da Petrobras por unanimidade

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou por unanimidade o nome do ex-senador Jean Paul Pratespara a presidência e conselheiro da estatal. A escolha de Prates já havia sido antecipada pelo Estadão/Broadcast em outubro do ano passado. O processo foi acelerado pela renúncia do presidente anterior, Caio Paes de Andrade, que deixou a companhia para assumir uma secretaria no governo de São Paulo. Prates foi indicado oficialmente pelo governo Lula em 3 de janeiro, e desde a última semana iniciou no Rio, onde fica a sede da Petrobras, uma série de reuniões para tomar conhecimento da real situação da companhia. Entre a indicação e a posse foram apenas 24 dias, mas terá que esperar até a próxima Assembleia Geral Ordinária (AGO) da empresa, em abril, para ser realmente efetivado. Na mesma data, terminam os mandatos dos atuais diretores executivos da companhia, que aos poucos serão trocados pelo novo dirigente. O Conselho de Administração também será renovado, com nomes a serem indicados pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Entre as expectativas com a entrada do ex-senador (PT-RN) na estatal está o fim da política de preços de importação (PPI), mantendo referência no mercado internacional; a suspensão do programa de desinvestimento para reavaliação; revisão do Plano Estratégico 2023-2027; e a ampliação da produção de biocombustíveis, assim como o desenvolvimento de projetos de geração de energia limpa. Prates é carioca e tem 54 anos. É advogado, formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Mestre em Economia e Gestão de Petróleo, Gás e Motores pelo Instituto Francês do Petróleo (IFP School) e Mestre em Política Energética e Gestão Ambiental pela Universidade da Pensilvânia. Foi membro da assessoria jurídica da Petrobras Internacional S.A. - Braspetro, editor da Revista Oil e Gas Journal Latinoamericana e Diretor Executivo da Expetro Consultoria em Recursos Naturais Ltda., a maior consultoria de petróleo nacional durante os anos 1990 e 2000. Como secretário de Estado de Energia do Governo do Rio Grande do Norte levou o estado à autossuficiência energética e à liderança nacional em geração eólica, além de ter consolidado uma refinaria e usinas termelétricas a gás e biomassa no estado e construído bases para os projetos de energia solar e eólica offshore. Como senador da República pelo Rio Grande do Norte entre 2019 e 2023 foi membro do colégio de líderes e líder no Senado e no Congresso Nacional. Atuou ainda como presidente da Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia. Foi recentemente reconhecido como um dos três mais influentes no setor de energia renovável no Brasil, e uma das 50 personalidades mais importantes do setor energético mundial, pelas duas principais revistas internacionais especializadas em energia endash; Recharge (europeia) e Windpower (americana). Também foi eleito um dos 25 mais influentes da indústria eólica mundial pela revista Windpower.

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Conselho da Petrobras se reúne hoje para avaliar indicação de Prates para presidência

O Conselho de Administração da Petrobras se reúne hoje para dar início ao processo de mudança de gestão na estatal. O colegiado vai analisar o nome do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para a presidência da empresa. O encontro está marcado para começar às 9h. Na reunião, os conselheiros vão analisar o parecer do Comitê de Elegibilidade (Celeg), que se reuniu na última terça-feira para validar a indicação de Prates aos cargos de Conselheiro de Administração e Presidente da Petrobras com base nas regras de governança da companhia. Pelas regras da estatal, o nome de Prates precisa ser aprovado primeiro para membro do conselho. Em seguida, é nomeado presidente interino da companhia até a realização de uma assembleia geral de acionistas, quando poderá ser formalmente nomeado para o cargo. A assembleia precisa ser convocada com um mês de antecedência. Hoje a estatal é chefiada pelo diretor executivo de Desenvolvimento da Produção, Henrique Rittershaussen. Ele assumiu o comando da empresa de forma interina com a saída de Caio Mário Paes de Andrade, que foi para o governo de São Paulo. Segundo fontes, o nome de Prates deve ser aprovado por maioria. Ainda de acordo com essa fonte, seis dos dez conselheiros devem votar a favor. Uma outra pessoa ligada ao alto comando da estatal destacou que Prates precisa renunciar ao cargo de Senador, já que seu mandato vai até o fim deste mês. Desde que o nome de Prates foi anunciado para o cargo, especialistas questionaram se haveria algum tipo de impedimento por conta da Lei das Estatais, que veda a participação, em Conselho de Administração e em diretoria, "de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral". O estatuto da estatal reproduz na íntegra o que prevê a Lei das Estatais. Mas fontes ligadas ao no alto comando da estatal não identificaram impedimento ao nome de Prates. Segundo a análise,e ele não participou, quando concorreu ao cargo de prefeito em Natal, no Rio Grande do Norte - em 2020 e que perdeu -, "da organização, estruturação e realização da campanha eleitoral". Segundo uma fonte, há uma diferença entre ser candidato e organizador da campanha. Atuante nas áreas de petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e recursos naturais há mais de duas décadas, Prates se tornou senador após a renúncia de Fátima Bezerra, em 2019, de quem era suplente. Aos 54 anos, Prates teve forte atuação na área de energia ao longo do seu mandato no Senado sendo relator de projetos como o que estabeleceu a cobrança em única etapa do ICMS sobre combustíveis e de um projeto que cria um fundo de estabilização para o preço de combustíveis. Participou do grupo de transição em energia do governo Lula.

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