Ano:
Mês:
article

Petrobras (PETR4, PETR3) lidera as perdas no 1º pregão após vitória de Lula

A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um terceiro mandato presidencial deu o tom para a performance das ações nesta segunda-feira (31). Enquanto setores de varejo, construtoras de baixa renda e educação se destacam por conta das promessas do petista sobre mais subsídios e créditos para ampliar programas sociais, na ponta negativa, Petrobras cai com a incerteza sobre as políticas do novo governo. Os papéis da Petrobras seguem liderando as quedas do Ibovespa (+1,31%) às 15h05 enquanto investidores projetam maiores chances de mudanças estratégicas na estatal com o novo governo de Lula. A ação ON (PETR3) recua 6,85%, a R$ 33,34, e a PN (PETR4), 8,23%, cotada a R$ 29,89, enquanto o petróleo cai em ritmo moderado. Também pesa o corte de recomendação do JPMorgan para neutro, ante eldquo;outperformerdquo; (equivalente a compra), com analistas estimando mudanças relacionadas à alocação de capital e à política de preços dos combustíveis. Já o BTG Pactual mantém recomendação neutra, apesar de ver reação negativa do mercado principalmente por potenciais revisões de capex (investimento) que levariam a dividendos menores e, consequentemente, múltiplos menores. O Ibovespa abriu o dia após o segundo turno com queda de 1,65% aos 112.653,90 pontos às 10h09. Às 11h01, porém, o sinal se inverteu. A alta é uma surpresa positiva em meio a um pregão cuja expectativa era majoritariamente negativa. Nesta reportagem, analistas contam o que aconteceu. Outra estatal, a Eletrobras (ELET6), conseguiu superar o tema eleições e passou a subir, como detalhado nesta reportagem.

article

Petróleo fecha em baixa, pressionado por riscos de recessão

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira (31), em uma sessão na qual as perspectivas para a demanda foram destaque, incluindo sinais de fraqueza da economia chinesa. No câmbio, uma forte alta do dólar ante moedas rivais pressionou ainda os preços do petróleo, que é cotado na moeda americana. Já a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgou relatório apontando para uma possível sustentação no patamar elevado dos preços da commodity em médio e longo prazo, o que ajudou a diminuir as perdas. O petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 1,56% (US$ 1,37), a US$ 86,53 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro de 2023 perdeu 1,02% (US$ 0,96), a US$ 92,81 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na China, houve recuo do PMI industrial, a 49,2 em outubro, segundo a agência oficial de estatísticas chinesa. O resultado acabou por pressionar a cotação da commodity. No entanto, segundo Edward Moya, analista da Oanda, os preços do petróleo reduziram as perdas depois que os comerciantes de energia foram lembrados de que, embora o mercado possa chegar a um superávit no próximo trimestre, a Opep manterá os preços apoiados. eldquo;A divulgação das perspectivas mundiais do petróleo da Opep para 2022 ainda suporta casos de médio e longo prazo para preços mais altoserdquo;, avalia. O secretário-geral da Opep, Al Ghais, observou que o superávit foi a principal razão para o corte na produção. eldquo;A Opep ainda dirige o show que é o mercado de petróleo e tomará as medidas necessárias para manter os preços do petróleo apoiadoserdquo;, afirma Moya. A Opep espera que a demanda global por petróleo cresça a 96,1 mil barris de petróleo equivalentes por dia, de 88,3 mboe/d em 2021. Depois disso, o cartel projeta desaceleração do crescimento da demanda, que chegará a 110,6 mboe/d em 2045. Em termos porcentuais, é esperado que a demanda global cresça 12,3% até 2045, em comparação com os níveis do ano passado. Para a Capital Economics, apesar do início de uma recessão global, os preços da energia permanecerão historicamente altos em 2023 devido a severas restrições de oferta. A próxima rodada de sanções da União Europeia às exportações de petróleo e produtos da Rússia, juntamente com a cota de produção cortada pela Opep e aliados, deverão impulsionar os preços, projeta.

article

Senador Jean-Paul Prates é cotado para presidir a Petrobras a partir de 2023

O senador Jean-Paul Prates (PT-RN) é um dos nomes mais cotados para assumir a presidência da Petrobras em 2023. Segundo o Estadão/Broadcast apurou, a ideia seria inserir a empresa de forma mais abrangente no mundo das energias renováveis. E Prates seria um bom nome por ter sido um dos protagonistas no marco regulatório da geração de energia eólica offshore (no mar). Segundo fontes, o senador estaria sendo cotado também para o Ministério de Minas e Energia, mas teria mais interesse na estatal, uma vez que consideraria o foco do ministério amplo demais. Advogado e economista, Prates tem quase 30 anos de experiência no setor de petróleo e gás. Ele foi consultor antes de seguir carreira política. A avaliação do próximo governo é de que a Petrobras deve buscar aumentar a produção de gás natural como uma eldquo;ponteerdquo; de transição para o hidrogênio, enquanto as refinarias serão parcialmente convertidas para a produção de biocombustíveis. Ainda sem martelo batido, existe também a possibilidade da construção de uma nova refinaria no País, mas também já dentro do novo conceito de biorrefinarias. Com os planos de expansão no refino, o processo de venda das refinarias em andamento será abandonado, respeitando todos os contratos que já estiverem assinados. Antes de qualquer movimento, a nova gestão da empresa vai analisar todos os processos em curso. O entendimento do novo governo é de que não faz sentido a gigante Petrobras limitar seus investimentos na produção do pré-sal, mas sim eldquo;mesclá-loserdquo; à transição para energias mais limpas. Deverá haver mudanças também na política de preços, o que deverá incluir o fim da política de paridade de importação (PPI), conforme disse o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha.

article

Gasolina sobe pela terceira semana seguida nos postos, diz ANP

O preço médio da gasolina nos postos subiu pela terceira semana consecutiva e já passa de R$ 5 em nove estados e no Distrito Federal, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Na semana passada, o combustível foi vendido, em média, a R$ 4,91 por litro. É uma alta de 0,6% em relação à semana anterior. A sequência de aumentos ocorre após 15 semanas de queda, provocadas pelos cortes nos impostos federais e estaduais no fim de junho e, depois, por reduções de preços nas refinarias da Petrobras. A estatal vinha segurando repasses da alta das cotações internacionais aos preços internos para não gerar fatos negativos em meio à campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas a alta do etanol vem impactando o preço de bomba da gasolina. Nesta terça-feira (1º), completam-se dois meses do último ajuste no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras, uma queda de 7%. A falta de aumentos em um momento de alta do petróleo vem gerando elevadas defasagens em relação às cotações internacionais. Na abertura do mercado desta segunda-feira (31), a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) calculava a defasagem da gasolina em 16%, ou R$ 0,63 por litro. Já o diesel estava 25%, ou R$ 1,62 abaixo da paridade de importação emdash;baliza em relação às cotações internacionais. É a maior defasagem no preço da gasolina desde o dia 15 de junho. No caso do diesel, é a maior desde 29 de abril. Em reunião do conselho de administração na semana passada, porém, a direção da companhia defendeu ao conselho de administração que os preços estão alinhados às cotações internacionais. Com maioria dos membros aliada a Bolsonaro, o conselho não questionou. Segundo a ANP, o preço do diesel caiu 0,4% nas bombas, para R$ 6,56 por litro. Na semana retrasada, o combustível havia registrado a primeira alta em 16 semanas. A Petrobras não mexe no preço do diesel desde meados de setembro. O etanol hidratado subiu 2,5%, para R$ 3,63 por litro. Já o preço do gás de cozinha permaneceu praticamente estável, em R$ 109,86 por botijão de 13 quilos.

article

'Não é hora de parar o Brasil', diz um dos líderes de greve dos caminhoneiros de 2018

Um dos líderes da greve de 2018, o caminhoneiro Wallace Landim, conhecido como Chorão, pediu aos colegas que suspendam os bloqueios iniciados após a confirmação da derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) na votação deste domingo (30). "Nesse momento, parar o país vai prejudicar muito a democracia desse país. Precisamos ter reconhecimento da democracia, da vitória do presidente [Luiz Inácio Lula da Silva]", afirma ele, em vídeo divulgado por redes sociais. Segundo último balanço divulgado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), a rodovia Presidente Dutra permanece interditada por caminhoneiros na altura de Barra Mansa (RJ). O bloqueio foi iniciado por volta de 0h30 desta segunda-feira (31). No início da manhã, houve uma ocorrência de vandalismo no local, quando os manifestantes danificaram o carro de uma mulher. A PRF está recomendando aos motoristas que façam meia volta para evitar o aumento do congestionamento no local. Segundo Chorão, há relatos de outros 62 pontos de bloqueio, parcial ou total, pelo país. Em alguns casos, os bloqueios foram feitos por moradores, sem participação de caminhoneiros. Chorão hoje preside a Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores) e tem sido crítico ao governo Bolsonaro pela escalada dos preços dos combustíveis após o período mais crítico da pandemia. No vídeo, ele defende alinhamento com o próximo governo para aprovar pautas de interesse da categoria. "Não é o momento de parar o país, precisamos estar alinhados, precisamos lutar pelo nosso segmento."

article

Greve dos caminhoneiros: motoristas interditam rodovias nesta segunda após vitória de Lula

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram produtores rurais e caminhoneiros interditando rodovias após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL). A Via Dutra, por exemplo, foi interditada nos dois sentidos por caminhoneiros em um ponto da estrada em Barra Mansa, no interior do Rio de Janeiro, no início da madrugada desta segunda-feira (31). As manifestações ocorrem no interior de Mato Grosso e de Santa Catarina - como Criciúma e Itajaí. Em alguns dos vídeos, manifestantes pedem intervenção do Exército e afirmam que só irão sair das rodovias com o Exército. De acordo com a rádio CBN há 18 pontos de interdição em Santa Catarina, nas BR-101, BR-470, BR-116, BR-280, BR-153 e BR-282. No estado de Goiás, dois trechos paralisados na BR-060, km 101, em Anápolis e na BR-153, km 703, em Itumbiara. Outro local é na BR-040 no entorno do Distrito Federal. Em Mato Grosso, a concessionária Rota do Oeste informou manifestações com fechamento da BR-163 em Nova Mutum, km 594, sentido sul; Lucas do Rio Verde, no km 691; Sorriso, km 746; e Sinop, no km 835. "A concessionária segue acompanhando, sem interferência, as manifestações com foco na segurança viária", informou. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Estado disse ter várias equipes operacionais em deslocamento para o Norte de Mato Grosso. Em um vídeo divulgado na madrugada, um homem diz estar em contato com líderanças de todo o Brasil. "Travou o Brasil. Não podemos liberar", diz.

Como posso te ajudar?