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Desoneração dos combustíveis está com os dias contados; veja o impacto nos preços

No começo do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por alongar a desoneração dos combustíveis por mais 60 dias. O prazo termina no dia 1º de março e o governo já se preparar para retomar os impostos da gasolina e etanol. No sábado (28), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou não haver discussões sobre estender novamente a desoneração. Agora, o Ministério da Fazenda parece também sinalizar a volta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os discursos são desconexos. eldquo;Fernando Haddad indica que desoneração sobre combustíveis elsquo;está se consolidandoersquo; o que denota que o ministro da Fazenda está a par das tratativaserdquo;, afirma Guilherme Sousa, economista da Ativa Investimentos. No entanto, o ministro disse hoje, após reunião na Febraban, que não ouviu novidades de Lula sobre o tema e que não fala sobre combustíveis desde 1º de janeiro. Já o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, confirmou poucos minutos antes em entrevista para à CNN, que a desoneração de combustíveis será avaliada em breve. Embora as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontem para um acumulado de 5,74% em 2023 endash; conforme aponta o Relatório Focus endash;, a mudança pode pressionar a inflação. eldquo;Com a desoneração e a elevação dos preços, o impacto sobre o IPCA pode ser algo entre 0,55 e 0,7 ponto percentual. Esse fator deve pressionar os preços e dificultar o trabalho da autoridade monetária no anoerdquo; afirma Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research. Desoneração dos combustíveis No ano passado, o governo de Jair Bolsonaro anunciou a redução do ICMS para combustíveis como uma forma de controlar o preço dos produtos, reduzir a inflação e usar como uma cartada nas eleições. A medida limitou a cobrança feita pelos estados, o que levou à redução dos caixas estaduais. Tanto que na reunião realizada por Lula com os 27 governadores na semana passada, a desoneração foi um tema discutido. Essa redução estava prevista para acabar no dia 1º de janeiro, mas Lula manteve a isenção até o fim de fevereiro para a gasolina e o álcool, e até o final do ano para o diesel, biodiesel, gás natural e de cozinha. eldquo;Essa prorrogação foi decidida após embate entre membros do PT e equipe econômica. Na ocasião, Lula optou por manter os impostos zerados. A equipe econômica foi contrária à decisão, já que representaria renunciar a um grande volume de impostoserdquo;, destaca Rafael Passos, analista da Ajax Capital. A projeção é de que essa extensão da desoneração tem um impacto de, aproximadamente, R$ 25 bilhões aos cofres públicos. Há duas semanas, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que caso o governo prorrogasse a desoneração de combustíveis, o Ministério da Fazenda precisaria buscar fontes para compensar essa perda de arrecadação.

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Com impasse em Minas e Energia, setor do biodiesel tenta ponte com Alckmin

Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) editada após a eleição, fixou o percentual obrigatório de adição em 10% até março deste ano A indefinição sobre o segundo escalão do Ministério de Minas e Energia tem empurrado para o ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, conversas relacionadas à política nacional do biodiesel. A principal delas é a retomada do cronograma da mistura desse combustível, assunto de uma reunião pleiteada por integrantes do setor com o ministro, na próxima sexta-feira (3). O cronograma original, previsto em lei, determinava que o percentual obrigatório de adição de biodiesel no óleo diesel tipo A fosse de 14% a partir de janeiro deste ano, saltando para 15% em março. Entretanto, resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) editada após a eleição, fixou o percentual obrigatório de adição em 10% até março deste ano. Também deve entrar na conversa da sexta a revisão das regras de importação do biodiesel endash; representantes do setor querem normas mais rígidas para preservar a produção nacional endash; e a adoção do selo do biocombustível social. (O Antagonista)

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Comgás busca novas fontes para obter gás natural

Distribuidora Comgás, busca gás natural visando repor contratos com a Petrobras que tem estimativa de vencimento até o final do ano de 2023. Os contratos com a estatal geram cerca de 12,8 milhões de m³/dia para a empresa. A distribuidora Comgás está lançando uma chamada pública para comprar gás natural. Controlada pela Compass, do grupo Cosan, a empresa tem contratas que vencem no final do ano com a Petrobras. Os volumes são grandes, mas a expectativa é de que pelo menos uma parte dos volumes seja contrata novamente pela estatal. A distribuidora Comgás fornece gás para milhões de brasileiros de várias regiões localizadas no estado de São Paulo, com segurança, eficiência e responsabilidade. Por meio do processo realizados anteriormente, os fornecedores podem apresentar suas propostas para o mercado livre. As propostas comerciais devem ser efetuadas até o dia 10 de março pelos participantes. Está previsto que até o dia 31 de julho, todos os contratos negociados sejam enviados para aprovação da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo, a Arsesp. Considerada a maior distribuidora brasileira de gás canalizado, a Comgás fornece gás para cerca de 2,3 milhões de pessoas. A área de concessão da distribuidora inclui a Região Metropolitana de São Paulo, Região Administrativa de Campinas, Vale do Paraíba e a Baixada Santista. Os regimes diferenciados de fornecimento do insumo realizado pela Comgás, possibilitam um planejamento mais eficiente do aumento do mercado de gás natural no estado de São Paulo. Além disso, por meio desses regimes é possível garantir ainda mais segurança do abastecimento desse tipo de matéria. Atualmente, os contratos da companhia de gás estão firmados com dois diferentes fornecedores, a Petrobras e a Compass. A distribuidora conta com dois contratos firmados com a Petrobras, ambos somam compromissos de aquisição de aproximadamente 12,8 milhões de m³/dia. Os contratos têm estimativa de vencimento até o dia 31 de dezembro de 2023. Já o contrato de fornecimento do gás pela Compass, terá início no mês de julho de 2023. O transporte será feito por meio do Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP), localizado no Porto de Santos. Este terminal conta com uma capacidade de regaseificação licenciada de aproximadamente 14 milhões de m³/dia. Na modalidade firme, o volume contratado é de 3,125 milhões de m³/dia. Por sua vez, a Compass obteve acordo para compra de GNL da TotalEnergies, empresa francesa que busca integrar a malha de gasodutos, atendendo a área de concessão da Comgás. Em sua chamada pública, a Comgás inclui quatro diferentes produtos, veja detalhes: Firme/Flexível com opção de compra pela Comgás, com compromisso de retirada firme (take or pay) de 70% a 90%; Firme, com take or pay de 70% a 90%; Flexível com opção de compra; com take or pay de 100%; E, por último: produto customizado, segundo o qual os proponentes podem apresentar os detalhes de suas ofertas.

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Indicador semanal do etanol hidratado sobe 5,08% nas usinas de SP e anidro 1,84%, aponta Cepea

O indicador do etanol hidratado nas usinas paulistas subiu 5,08% na semana entre 23 a 27 de janeiro, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), a R$ 2,6898 o litro, sem frete, ICMS e PIS/Cofins. O tipo anidro, que é misturado à gasolina nos postos do Brasil, teve salto de 1,84% no período, valendo R$ 2,9910. Segundo pesquisadores do Cepea, havia a expectativa para os próximos dias de que a demanda se fortaleça nos próximos dias, uma vez que os preços mais baixos nas usinas têm sido repassados aos valores nos postos. O retorno das aulas em fevereiro, o fluxo de automóveis nas cidades tende a aumentar. O Cepea levanta seu indicador do etanol, sem frete e sem impostos, com valores coletados que se referem aos negócios efetivados na modalidade spot entre usinas e distribuidoras com produto originado do estado de São Paulo, independentemente da destinação. Os preços do etanol subiram aos consumidores do Brasil na última semana, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio do biocombustível no Brasil atingiu R$ 3,78 o litro, com baixa semanal de 1,8%. A paridade com a gasolina ficou em 76,06% em todo o Brasil.

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Etanol continua menos competitivo ante gasolina em todas as unidade da Federação

O etanol não era competitivo em relação à gasolina em nenhum dos 26 Estados ou no Distrito Federal, na semana passada, encerrada no sábado, 28. Conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas, referente à semana passada, na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 76,06% ante a gasolina, portanto desfavorável em comparação com o derivado do petróleo. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

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Pressão sobre preços será teste para novo CEO da Petrobras

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que assumiu o cargo na quinta-feira (26), poderá ser testado a curto prazo sobre um tema sempre delicado na estatal, o reajuste dos combustíveis. A pressão vem de dois lados: no mercado doméstico, existe a perspectiva do fim da desoneração dos impostos federais sobre o setor. No cenário externo, novas sanções da União Europeia à Rússia, previstas para o começo de fevereiro, tendem a restringir a oferta de derivados de petróleo, o que pode contribuir para uma alta das cotações. O que deve ajudar Prates a adiar decisões sobre preços, dizem analistas, é a desaceleração da economia mundial e a queda do dólar frente ao real. Para ler esta notícia, clique aqui.

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