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Preço do etanol no Brasil recua 2,8% na semana, diz ANP e gasolina cai 1,4%

O preço do etanol hidratado nos postos do Brasil recuou 2,8% nesta semana na comparação com a anterior, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira pela reguladora ANP. O biocombustível foi vendido a um preço médio de 3,43 reais o litro ante 3,53 reais na semana anterior. Trata-se do menor valor desde fevereiro de 2021. A gasolina comum caiu 1,4% na comparação semanal, tendo sido encontrada nos postos a 4,97 reais o litro, em média, ante 5,04 reais na semana do dia 4 a 10 de setembro. Também foi o menor preço desde fevereiro do ano passado. Já o preço do diesel S10, com menor teor de enxofre e o mais usado no país, manteve-se praticamente estável, com queda de 0,3% em relação à semana anterior, tendo sido comercializado a 6,94 reais o litro, em média.

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O impacto do ICMS menor dos combustíveis no varejo brasileiro

O comércio varejista brasileiro recuou 0,8% em julho. Essa é a terceira queda consecutiva nos dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, divulgada na quarta-feira, 14, e o maior tombo para o mês em quatro anos. Das oito categorias pesquisadas, sete registraram queda. O único destaque positivo foi combustíveis e lubrificantes, com alta de 12,2%. O resultado vem de encontro com as medidas adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) que teve como uma das principais metas deste ano a redução do preço dos combustíveis. A redução do ICMS sobre gasolina e etanol, apesar de desacelerar a deflação, beneficia a população de classe média alta, que tem carro e consome mais combustíveis. Enquanto isso, a cesta de compras do restante da população continua vazia e bastante impactada pela dupla de inflação e juros altos, e o resultado é visto também no desempenho comercial de julho com queda generalizada das outras categorias do comércio varejista. Segundo Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, o desempenho ruim do comércio denota a dificuldade de acesso ao crédito motivado pelo alto endividamento das famílias, podendo refletir também em parte da antecipação do consumo vivido ao longo dos últimos anos, e a perda de poder de compra devido ao avanço inflacionário. A categoria de Tecidos, Vestuários e Calçados teve o maior tombo, de 17,1%, com grande influência na queda do índice. O setor de Móveis e Eletrodomésticos também sofreu uma queda significativa, de 3%, refletindo a atual política monetária promovida pelo Banco Central para o controle inflacionário. eldquo;Os dados sugerem que a atividade está ainda frágil e, não fosse o esforço fiscal em derrubar a gasolina, o resultado poderia ter sido ainda piorerdquo;, diz André Perfeito, economista-chefe da Necton. O apelo para o fim do ciclo de alta da Selic aumenta no mercado após a divulgação dos dados. eldquo;Por mais que pese a reprecificação dos juros nos Estados Unidos, a atividade doméstica melhora na margem, mas sobre uma base baixa, logo não faz sentido, em tese, desacelerar ainda mais a atividade econômica com vistas a controlar os preçoserdquo;, diz Perfeito. Com o arrefecimento da inflação, com o IPCA voltando ao patamar de um dígito no acumulado de doze meses, em 8,75%, a expectativa do mercado é que o Banco Central encaminhe a Selic para a faixa terminal na próxima reunião. Caso contrário, as projeções otimistas para o PIB podem ser revistas.

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Terceira audiência para discutir ICMS sobre combustíveis projeta acordo para próxima reunião

Secretários de Fazenda e integrantes do governo federal discutiram, nesta sexta-feira (16), medidas para tentar compensar os estados pelas perdas em arrecadação a partir de lei que fixou um teto de até 18% para a cobrança de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina, além de determinar a essencialidade dos combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte público. Houve avanços em um dos pontos da negociação, o que trata da possibilidade de os Estados decidirem como vão cobrar o ICMS: se através de um percentual sobre o custo do litro da gasolina ou se através de um valor fixo. Ainda assim, a pauta é uma das sugestões para tentativa de chegar a um acordo até 4 de novembro, prazo final estabelecido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para os trabalhos da Comissão Especial de Conciliação, assim como alterações à lei precisam de projetos a serem apreciados pelo Congresso Nacional. Caso não haja acordo, Mendes vai julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pelo Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz). A entidade alega que a lei complementar 194 não é constitucional por mexer em imposto estadual, ferindo o pacto federativo. Os governadores entendem que a diminuição na arrecadação será progressiva a partir do próximo ano. Conforme o Comsefaz, para 2023, as perdas para os Estados poderão chegar a mais de R$ 120 bilhões. Para o Rio Grande do Sul, o impacto estimado é de aproximadamente R$ 400 milhões por mês ou R$ 5 bilhões ao ano. O governo federal, por outro lado, argumenta que a arrecadação aumentou recentemente. Impacto sobre a energia elétrica Além dos combustíveis, os governadores também iniciaram debate a respeito da cobrança do imposto sobre as tarifas de transmissão e distribuição de energia elétrica. A legislação determinou a derrubada da cobrança do ICMS sobre o custo de disponibilização de luz aos consumidores, ainda que não haja consumo. O presidente do Comsefaz e secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, disse que a medida tem impacto financeiro direto nas contas dos estados e financiamento de políticas públicas. emdash; A gente tem que suspender essa regra como está para poder dialogar, a gente não pode implantar essa regra como hoje está. Estamos vivendo algo inédito no Brasil, que é não conseguir planejar os próximos 60 dias em termos de arrecadação emdash; disse. A secretária da Fazenda do Ceará, Fernanda Macedo Pacobahyba, ressaltou que a medida sobre a tarifa básica de fornecimento de luz é um "jabuti" que não tem relação com a essencialidade da prestação do serviço. Na mesma linha, o procurador-geral do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Cunha da Costa, concorda que este é um dos pontos nevrálgicos da discussão, considerando que metade da arrecadação com a energia é proveniente da tarifa de transmissão e distribuição: emdash; Essa discussão é necessária para que possamos demonstrar o que representa para a arrecadação dos Estados. Outro tema que precisa de uma solução breve é a compensação aos Estados, mas não conseguimos nos debruçar ainda sobre o assunto. Certamente deverá ser objeto das próximas audiências. A compensação aos estados com impostos federais sobre a gasolina zerados está prevista para até o final do ano. A próxima audiência foi agendada para o dia 26 de setembro.

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Petróleo fecha em alta, com recuperação após quedas recentes

Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos, nesta sexta-feira. Houve recuperação no dia, em meio a notícias do setor, mas a commodity registrou sua terceira semana consecutiva de perdas, diante de temores sobre a demanda futura, diante da perda de fôlego econômica global. O petróleo WTI para novembro fechou em alta de 0,13% (US$ 0,11), em US$ 84,76 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês avançou 0,56% (US$ 0,51), a US$ 91,35 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI caiu 2,34% e o Brent teve baixa de 1,60%. O óleo chegou a cair no início da sessão, estendendo as perdas fortes da quinta-feira. A perspectiva de juros mais altos pelo mundo, diante da inflação persistente, confirmada hoje na zona do euro por exemplo, tende a ser negativa para o crescimento e, consequentemente, a demanda pela commodity. O Commerzbank avalia em relatório que os riscos para o petróleo continuam a ser de baixa, mas também diz que pode haver eldquo;um respiroerdquo; nesse mercado, sem o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ou a China adotando medidas especialmente duras e com o aperto monetário nos EUA já incorporado aos preços dos ativos. O banco acredita que o Brent fique próximo dos US$ 95 o barril, no curto prazo, o que faria com que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) não cortasse sua produção. Hoje, a recuperação dos preços foi modesta, com pouso impulso. Na Europa, o governo alemão informou em comunicado que assumiu o controle dos ativos da petroleira russa Rosneft Oil no país, como parte dos esforços para garantir o suprimento de energia diante das constantes ameaças de cortes na oferta da Rússia. Ainda no noticiário do dia, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas de petróleo em operação nos Estados Unidos cresceu oito na semana, a 599. Já a Reuters reportou, a partir de fontes, que a Arábia Saudita e a Rússia, líderes de fato da Opep+, veem US$ 100 o barril como um preço justo, mas não necessariamente atuarão para defender essa marca.

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Luiz Gil Siuffo Pereira, ex-presidente da Fecombustíveis, morre no Rio aos 90 anos

O ex-presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e presidente de honra da entidade, Luiz Gil Siuffo Pereira, morreu neste sábado (17) no Rio, aos 90 anos. A causa da morte não foi divulgada. Nascido em Ilhéus, na Bahia, Gil Siuffo chegou ao Rio de Janeiro em 1957. Em nota, a Federação destacou a sua determinação, o seu espírito de liderança e as conquistas para a revenda. eldquo;Um dos principais feitos foi a obtenção das regras da revenda normatizadas, elevando a ponta final da cadeia à categoria de empresários. Lutou bravamente em prol da revenda ética, unida e saudável, combatendo as ilegalidades do setor que vieram em consequência da abertura do mercado de downstream.erdquo; eldquo;Dentre suas principais vitórias está a distinção entre o que é revenda e o que é distribuição de combustíveis, presente na Lei 9478/97, a proibição ao self-service, a limitação dos postos-escola e a autorização, pela ANP, dos postos bandeira branca, possibilitando que os empresários do setor pudessem escolher o fornecedor de combustível." Segundo a federação, foi Siuffo quem idealizou a revista Combustíveis e Conveniência, com o objetivo de criar um veículo de informação para o mercado, que pudesse contribuir para o desenvolvimento da categoria. Antes de chegar à liderança da Fecombustíveis em 1987, onde permaneceu por 20 anos, Gil Siuffo foi líder sindical na Sindcomb. Ele também apoiou e presidiu o primeiro encontro da Comissão Latino-Americana da Revenda de Derivados de Petróleo (Claec) e integrou a Fecombustíveis no Conselho de Representantes do Conselho Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Gil Siuffo deixa os filhos Maria Aparecida Siuffo Schneider, Luiz Gil Siuffo Pereira Filho e Luiz André Siuffo Pereira; os netos Roberta, Alexandre, Rodolfo, Manoela, André, Luiz Neto e Laura; e seis bisnetos. O velório será nesta segunda-feira (19), no crematório da Ordem Terceira do Carmo, Capela 8, das 11h às 13h30, no Rio.

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Fiscalização: ANP firma acordos de cooperação técnica com Procons municipais  

A ANP firmou acordos de cooperação técnica com os Procons Municipais de Altamira (PA) e Campo Grande (MS), para fiscalização das atividades relativas ao abastecimento nacional de combustíveis, georreferenciamento das instalações fiscalizadas e intercâmbio de informações. O extrato do acordo com o órgão de Altamira, que tem vigência de 48 meses, foi publicado ontem (13/9) e com o de Campo Grande, com vigência de 60 meses, foi publicado hoje (14/9), no Diário Oficial da União. Os acordos têm como objetos: atividades de fiscalização conjuntas, no sentido da educação e orientação dos agentes do setor, bem como da prevenção e repressão de condutas violadoras da legislação; implantação de sistema de intercâmbio de informações para tornar mais eficientes e eficazes a regulação e fiscalização destas empresas; e atividades de georreferenciamento, para atualizar e contextualizar espacialmente o cadastro de agentes econômicos regulados. Os documentos também preveem a possibilidade de os agentes dos Procons realizarem ações de fiscalização isoladas, em nome da ANP. Para isso, a Agência irá fornecer treinamento e informações para o desenvolvimento da atividade de fiscalização, bem como material para a coleta de amostras de combustíveis e modelo do documento de fiscalização a ser preenchido nas ações. Os processos administrativos serão julgados preservando a competência de cada órgão. No combate às irregularidades no mercado de combustíveis, a ANP atua de forma individual ou em cooperação com outros órgãos do poder público, por meio de celebração de acordos de cooperação técnica e operacional, ações conjuntas e de forças-tarefa. A Agência mantém acordos com Procons, Secretarias de Fazenda e o Ministério Público em diversas unidades da federação. A relação de órgãos está disponível na página https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/fiscalizacao/fiscalizacao-do-abastecimento/convenios-e-acordos-de-cooperacao-tecnica.

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