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Risco de faltar diesel não é mais relevante, dizem empresas do setor

Após um primeiro semestre de alertas, o setor de petróleo agora vê baixo risco de problemas de abastecimento de diesel no Brasil em 2022. A avaliação é que o mercado antecipou estoques e conseguiu se inserir na cadeia de importação do combustível. "O Brasil realmente foi ao mercado e tem importado os produtos necessários", disse a diretora de Downstream (refino, logística e distribuição de combustíveis) do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás), Valéria Lima, após palestra sobre o tema na feira Rio Oil and Gas, no Rio de Janeiro, nesta segunda (26). Os primeiros alertas sobre o risco de falta do produto nos últimos meses do ano foram dados após o início da Guerra da Ucrânia, que retirou produção russa do mercado e fez os preços internacionais dispararem. O temor foi intensificado pela maior demanda da Europa para substituir gás natural russo. Em junho, com as cotações internacionais em patamares historicamente altos, a Petrobras chegou a emitir um alerta ao governo sobre o tema. A avaliação é que a prática de preços defasados impediria importações pelo setor privado. Cerca de um quarto do volume de diesel produzido no país é importado. A preocupação é maior com o diesel S-10, com menor teor de enxofre, cujo consumo cresceu 10% no primeiro semestre, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). A agência inicia em novembro um sistema de acompanhamento diário dos estoques do combustível. "[O mercado] continua difícil, mas não temos nenhum problema" disse o diretor de Operações da distribuidora Ipiranga, Francisco Ganzer. "Estamos olhando estoques para os próximos 30 a 60 dias, mas o risco é baixo". A Ipiranga e as outras duas grandes distribuidoras do país, Raízen e Vibra (ex-BR), têm atuado fortemente na importação de diesel. Diante da necessidade de complementar as importações da Petrobras, o preço defasado deixou de ser uma questão relevante. Com grandes volumes de venda, essas empresas têm capacidade para fazer um mix de preços entre os produtos comprados da estatal e o importado. A própria Petrobras ampliou seus estoques para evitar riscos no período do ano em que o consumo do Brasil cresce para movimentar a safra agrícola. Também presente ao evento, o superintendente da ANP, Rubens Cerqueira Freitas, demonstrou preocupação com o atendimento futuro de diesel S-10 e defendeu investimentos na construção de novas refinarias no país. Segundo ele, uma nova unidade poderia ser construída na região Centro-Oeste, diante do crescimento do consumo. As refinarias brasileiras ficam todas próximas da costa e o agronegócio depende de entregas por dutos, trem ou caminhões. Lima, do IBP, disse não acreditar em viabilidade de uma nova refinaria tradicional no país, já que o mundo fomenta a transição para combustíveis menos poluentes e a recuperação de um investimento em refinaria leva tempo. "A janela da transição é muito curta." Ela afirmou, porém, que há uma tendência de investimentos em novos modelos de refino, como biorrefinarias, que usam óleos vegetais para produzir combustíveis. A Vibra, por exemplo, anunciou no fim do ano passado parceria com a Brasil Biofuels para produzir diesel renovável na Zona Franca de Manaus.

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Guerra evidenciou que país precisa aumentar produção de óleo diesel e GLP, diz ANP

Superintendente de distribuição e logística da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rubens Cerqueira Freitas disse nessa segunda-feira (26) que o país precisa atrair investimentos em produção de óleo diesel S-10 e de gás liquefeito de petróleo (GLP). São combustíveis cuja produção nacional não atende a toda a demanda. Para ler esta notícia, clique aqui.

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ANP se prepara para entrada do hidrogênio no mercado de combustíveis brasileiro

Diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Combustíveis (ANP), Symone Araújo disse nessa segunda-feira (26) que a reguladora se prepara para a oferta, em bases comerciais, de hidrogênio no mercado brasileiro de combustíveis. Segundo ela, o tema já é tratado de forma "transversal" dentro da ANP. De acordo com Symone Araújo, já existem no país projetos de utilização do hidrogênio, mas ainda em bases não comerciais. "A agência tem de se estruturar para a chegada de um novo energético, um novo combustível", disse ela, durante a palestra "Um novo paradigma para distribuição e revenda de combustíveis no Brasilerdquo;. Para ler mais, clique aqui.

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Petrobras firma acordo com estatal indiana para fornecimento de petróleo

A Petrobras assinou, na última sexta-feira (23), um acordo com a empresa Indian Oil Corporation (IOC), maior estatal de petróleo e gás indiana, para suprimento de até 12 milhões de barris de petróleo da Petrobras para a IOC. O contrato tem duração de seis meses e poderá ser renovado por mais um ano. Em evento realizado em Brasília, o presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, recebeu o vice-ministro de Petróleo e Gás da Índia, Pankaj Jain, com representantes do governo e de empresas indianas para discutir oportunidades no mercado de petróleo e gás. No mesmo encontro, a Petrobras também assinou um contrato preliminar com a Bharat Petroleum Corp, outra grande refinadora indiano, para analisar um eventual fornecimento de petróleo bruto no futuro. Segundo a Petrobras, os acordos são um importante passo para o estreitamento comercial com o segmento estatal de refino na Índia, e para a alavancar oportunidades junto aos demais refinadores do país asiático. Com a Indian Oil Corporation, o contrato assinado para suprimento de petróleo foi do tipo eldquo;Frame Agreementerdquo;. A IOC tem produção estimada em 1,34 milhão de barris por dia, além de controlar 11 refinarias no país e responder por 26% do total da capacidade de refino indiano.

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Petrobras venderá todas as refinarias previamente acordadas, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou nesta segunda-feira, 26, durante a abertura da Rio, Oil and Gas 2022, no, que a Petrobras vai vender todas as refinarias que se comprometeu a desinvestir junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No mesmo evento, Caio Paes de Andrade, presidente da estatal, disse, que a companhia pretende investir US$ 2,8 bilhões em ações para mitigação de emissões de carbono nos próximos cinco anos. O compromisso da Petrobras com o Cade previa que oito refinarias deveriam ser vendidas até o final de 2021, o que não ocorreu. A única refinaria de fato assumida por outro controlador foi a unidade da Bahia, ex-Rlam e hoje Refinaria de Mataripe, comprada pelo fundo de investimento árabe Mubadala. eldquo;Tenho certeza quer a Petrobras vai vender todas as refinarias que estão acordadaserdquo;, disse Sachsida. O ministro criticou a alta tributação do setor de petróleo e gás, afirmando que eldquo;tributar em 30% insumos básicos para a indústria é tecnicamente um equívocoerdquo;, defendendo as reduções tributárias do setor promovidas pelo governo de Jair Bolsonaro e que ajudaram a diminuir o preço dos combustíveis. Descarbonização Caio Paes de Andrade, também na abertura da Rio Oil e Gas, afirmou que a Petrobras pretende investir US$ 2,8 bilhões em ações para mitigação de emissões de carbono nos próximos cinco anos. Paes de Andrade, que faz tratamento contra um carcinoma, discursou por meio de vídeo. Na abertura da feira, ele é representado pelo diretor de exploração e produção da estatal, Fernando Borges. O presidente da estatal afirmou que o foco da Petrobras ainda é o pré-sal, que definiu como o eldquo;ativo de maior valor da empresa e uma das províncias petrolíferas mais importantes do mundoerdquo;. Ao mesmo, tempo, porém, ele afirmou que a empresa busca desenvolver novas fronteiras de exploração, no que citou a Margem Equatorial, no litoral do Nordeste e Norte do Brasil. Ao mesmo, tempo, porém, ele afirmou que a empresa busca desenvolver novas fronteiras de exploração, no que citou a Margem Equatorial, no litoral do Nordeste e Norte do Brasil. O executivo disse que, hoje, a Petrobras prioriza investimentos em descarbonização e desenvolvimento de biocombustíveis, como diesel renovável e bioquerosene de aviação. Dos US$ 2,8 bilhões previstos para este fim, US$ 248 milhões serão alocados em um fundo com foco em soluções de baixo carbono.

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Petróleo fecha em baixa, pressionado por temor de recessão global

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa hoje, em uma sessão na qual a alta do dólar pressiona a commodity, cotada na moeda americana. Além disso, as perspectivas de uma eventual recessão global seguem pesando nas projeções para a demanda. As disputas entre a Rússia e países europeus prosseguem, com estados membros da União Europeia se movimentando para tentar impor um teto ao preço do óleo russo, enquanto os governos buscam medidas para lidar com a disparada da energia. O contrato do petróleo WTI para novembro fechou em queda de 2,58% (US$ 2,03), a US$ 76,71 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro recuou 2,55% (US$ 2,17), a US$ 82,86 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Para Edward Moya, analista da Oanda, o caos nos mercados de câmbio pode manter os preços do petróleo pressionados, não importando o que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) faça no curto prazo. eldquo;A volatilidade do câmbio não vai diminuir tão cedo e isso enviará o petróleo em uma montanha-russa muito longaerdquo;, projeta. O analista também aponta que o índice Ifo na Alemanha apontou o menor nível para o sentimento das empresas desde maio de 2020, além de pesquisas regionais do Federal Reserve (Fed) que decepcionaram, compondo um cenário com queda nas perspectivas para a demanda. Os países da União Europeia estão lutando para chegar a um acordo sobre a imposição de um teto de preço ao petróleo russo e provavelmente vão adiar uma discussão sobre o assunto até que um pacote de sanções mais amplo seja acordado. De acordo com a Bloomberg, Chipre e Hungria estão entre os que expressaram oposição à proposta de limite. As sanções na UE exigem unanimidade, dando a cada nação um veto efetivo. A Comissão Europeia, braço executivo do bloco, se reuniu com os Estados membros no fim de semana para tentar chegar a um acordo sobre o pacote de medidas restritivas. Os países podem pressionar para ter um acordo preliminar antes de uma reunião informal de líderes da UE em Praga em 6 de outubro. Enquanto isso, a Alemanha se prepara para adotar um teto local para os preços de energia, medida que também é discutida no âmbito europeu.

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