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Para Petrobras, plano de investimento não depende de resultado de eleição

A Petrobras está finalizando o seu plano de investimento para o período de 2023 a 2027 e prevê divulgá-lo ao mercado no fim de novembro, informou ontem o diretor de Governança e Conformidade da estatal, Salvador Dahan, após participar de um painel na Rio, Oil e Gas 2022. Ele descartou qualquer impacto do resultado das eleições presidenciais deste ano na elaboração do planos. eldquo;As nossas decisões são pautadas pelas equipes técnicas, que submetem as suas propostas em um processo que vem acontecendo há muitos meses. Então, não tem nenhuma decisão do plano que possa ser afetada pelo resultado da eleiçãoerdquo;, afirmou o executivo. De acordo com Dahan, a última palavra sobre o plano ainda terá de ser dada pelo conselho de administração da companhia, que foi renovado em agosto, inclusive com a eleição de dois nomes indicados pelo governo Bolsonaro que chegaram a ser rejeitados pelos órgãos de controle interno da Petrobras (os comitês de elegibilidade e de pessoas). eldquo;Acho que é assunto superado, já foi debatido exaustivamente. O mais importante é que a governança da Petrobras tem suas definições, tanto o regimento interno como no estatuto e na Lei das Estatais, e esses processos foram seguidoserdquo;, argumentou. PRÉ-SAL. Segundo ele, o foco da estatal continua no pré-sal, mas também estão previstos investimentos no segmento de refino. eldquo;Ele (o plano) vem com a mesma consistência que nós apresentamos nos últimos anos, é um plano que tem foco no Brasil, com o desenvolvimento nas áreas do pré-sal, e com bastante investimento, não apenas em exploração e produção, mas também no downstreamerdquo;, disse Dahan. Segundo ele, o plano ainda está sendo desenhado e não é possível divulgar o valor que será investido, ou se já incluirá novos projetos para a diversificação dos negócios da estatal diante da transição energética, como usinas eólicas offshore. eldquo;Do ponto de vista de transição energética, a gente pretende prosseguir consistentemente com aquilo que a gente já fez, olhar projetos de descarbonização focados no desenvolvimento de produtos renováveis e, obviamente, buscando a transição através da diversificação rentável, ou seja, quais novos negócios ou atividades a Petrobras pretende focar imaginando um universo de longo prazoerdquo;, explicou o executivo. ebull;

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Petrobras (PETR4) construirá planta dedicada de HVO e SAF

A Petrobras (PETR4) pretende se tornar uma das maiores produtoras mundiais de diesel verde (HVO) e de combustível sustentável de aviação (SAF), e para isso planeja construir uma planta exclusiva dedicada a essa produção em uma das suas refinarias, informou o gerente executivo de Integração de Negócios e Participação, Daniel Pedroso. "Nós nos enxergamos entre os maiores produtores de HVO e SAF num futuro próximo", afirmou Pedroso em um painel da Rio, Oil e Gas 2022, maior feira do setor de petróleo e gás natural da América do Sul que está sendo realizada até a quinta-feira, 29, no Rio de Janeiro. Com investimentos previstos de US$ 600 milhões até 2027 para expandir a produção de combustíveis renováveis, através do Programa BioRefino, a estratégia será construir uma planta dedicada à produção dos dois biocombustíveis dentro de alguma refinaria da empresa, ainda não divulgada, e não apenas por coprocessamento nas unidades já existentes, como já vem sendo feito no período de testes. "Será uma unidade de maior porte, que vai demandar um investimentos maior" , observou Pedroso. "Vai ser uma planta à parte,100% renovável", completou. O executivo disse que por coprocessamento, a Petrobras já está apta a produzir os biocombustíveis na Repar. No caso do HVO, a estatal está prestes a começar a fase comercial da comercialização, afirmou. "Temos um teste comercial em parceria com a Vibra e outras empresas que teve bons resultados. Estamos muito próximos de inaugurar a fase comercial do diesel verde", informou, observando porém que o Brasil precisa avançar na regulamentação dos biocombustíveis. A Petrobras tem defendido a tese de que o HVO pode concorrer com o biodiesel na mistura obrigatória ao diesel - hoje em 10% -, o que já foi descartado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). (Estadão Conteúdo)

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Preços ao produtor têm em agosto maior queda desde 2014

Os preços ao produtor no Brasil tiveram em agosto queda recorde na série iniciada em 2014, de 3,11%, com forte influência do recuo dos preços na indústria de refino de petróleo e biocombustíveis, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (28). O resultado levou o índice acumulado em 12 meses a uma alta de 12,16%. Em julho, o IPP (Índice de Preços ao Produtor) havia subido 1,13% ante junho. A queda nos preços ao produtor sofreu a influência da redução dos preços do óleo bruto de petróleo e do minério de ferro no mercado externo, segundo o IBGE. Entre as atividades analisadas, o IBGE apontou que o maior peso foi exercido pela queda de 6,99% em refino de petróleo e biocombustíveis, enquanto as indústrias extrativas apontaram recuo de 14,18%. Também se destacaram no mês as querdas nos custos de metalurgia (-3,91%); e alimentos (-3,74%). "A queda do óleo bruto de petróleo terá efeito direto no refino e em outros produtos químicos, além dos efeitos indiretos em outras cadeias com a queda nos preços dos combustíveis. Já o minério de ferro, quando os preços caem, afeta os setores de metalurgia, particularmente siderurgia, que, por sua vez, alcançará setores como os de produção de veículos e eletrodomésticos", disse Alexandre Brandão, gerente do IPP. O IPP mede a variação dos preços de produtos na "porta da fábrica", isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. (Reuters)

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ANP: Precisamos ter estoques de combustíveis compatíveis com países de porte semelhante ao do Brasil

O Brasil precisa ter estoques de combustíveis de porte compatível ao de países com PIB e demanda semelhante, disse Rubens Cerqueira Freitas, superintendente de distribuição e logística da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo ele, que participou do primeiro dia da Rio Oil e Gás, a Europa possui estoques para atender a demanda de 60 dias e o Brasil não tem uma capacidade para atender em situações como a atual. Freitas acrescentou ainda que até há algum tempo a Petrobras conseguia remanejar a produção de diesel de regiões diferentes para atender eventuais riscos regionais de desabastecimento, mas que esse caminho será mais difícil com a política de desinvestimentos da estatal. Diante do cenário global atual, investimentos em estoque de combustíveis se fazem extremamente necessários. O superintendente da ANP ponderou, porém, que a formação de estoques requer cuidado, mas observou que os investimentos são necessários dados os riscos de novos episódios de desabastecimento. Freitas ainda ressaltou que o país conseguiu passar pela crise causada pela guerra na Ucrânia, mas um bloqueio eventual de suprimento de diesel no mercado externo poderia ser um grave problema. Segundo ele, a falta de diesel, que é altamente demandado pelo agronegócio, por exemplo, traria prejuízos incalculáveis para a economia brasileira.

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Biden adverte indústria do petróleo contra alta de preços por causa do furacão

O residente dos EUA, Joe Biden, alertou a indústria do petróleo contra o aumento dos preços da gasolina em resposta ao furacão Ian nesta quarta-feira. E ameaçou fazer uma investigação sobre a exploração, se os preços subirem após a tempestade. "Não. Deixe-me repetir. Não. Não use isso como desculpa para aumentar os preços da gasolina ou extorquir o povo americano", disse Biden. "Este pequeno impacto temporário da tempestade na produção de petróleo não oferece desculpa, nenhuma desculpa para aumentos de preços na bomba. Nenhuma", disse ele. "Se as empresas de gás tentarem usar essa tempestade para aumentar os preços na bomba, pedirei às autoridades que verifiquem se está acontecendo manipulação de preços." Biden novamente pediu aos moradores da Flórida que prestem atenção aos conselhos das autoridades locais e levem a sério a ameaça do furacão. "Esta tempestade é incrivelmente perigosa, para dizer o óbvio. É uma ameaça à vida. Você deve obedecer a todos os avisos e instruções das autoridades de emergência. Não tome nada como garantido. Use o julgamento deles, não o seu", disse ele. (Estadão Conteúdo)

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XP Investimentos reduz projeção de IPCA em 2022 e 2023

A XP Investimentos reduziu as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022, de alta de 6,1% para 5,6%, e 2023, de 5,3% para 5,2%. A alteração ocorreu após o recuo além do esperado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) em setembro, que teve deflação de 0,37% endash; mais intensa do que a mediana negativa de 0,20% das estimativas da pesquisa Projeções Broadcast. eldquo;A divulgação trouxe composição melhor que a esperada, com desaceleração de bens industriais e serviços subjacenteserdquo;, afirma a economista Tatiana Nogueira, em relatório. eldquo;Esta dinâmica corrobora o cenário mais benigno já capturado nas coletas de alta frequência e preços no atacado, sugerindo que a inflação deve ser menor do que a projetada inicialmente também em outubro e novembro.erdquo; As quedas recentes nos preços de combustíveis no mercado internacional também contribuíram para a modificação. eldquo;Retiramos o reajuste altista da gasolina que tínhamos no final do anoerdquo;, diz Nogueira. A mudança teve impacto negativo de 0,15 ponto porcentual sobre a projeção de IPCA em 2022. A revisão reduziu ainda a estimativas para alimentação no domicílio (10,5% para 10,1%), bens industriais (9,6% para 9,4%), serviços (9,3% para 8,8%) e administrados (-3,8% para -4,4%) ao fim deste ano. A mudança na projeção de IPCA 2023 ocorreu, segundo Nogueira, pela inércia menor proveniente de 2022. O cenário considera a reoneração do Pis/Cofins sobre combustíveis, com impacto positivo previsto de 0,50 ponto porcentual.

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