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Defasagem de 8,82% eleva pressão sobre a Petrobras

Os dados do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) mostram que, até a quarta-feira, o preço da gasolina praticado pela Petrobras acumulava uma defasagem de 8,82% em relação ao preço internacional. No caso do diesel, a Petrobras tem mantido o valor do litro 11,19% mais barato do que o valor da média mundial. Essa situação só se inverte quando se trata do gás de cozinha, o GLP, que hoje está 40,10% mais caro do que o gás consumido fora do Brasil. A Petrobras, como empresa de economia mista, tem hoje como regra seguir as oscilações dos preços internacionais, ou seja, acompanhar o câmbio e as variações do mercado mundial de petróleo, repassando esses preços ao mercado nacional. Bolsonaro tem reiterado que baixou os preços do combustível sem dar uma eldquo;canetadaerdquo; no setor, ou seja, sem ter feito intervenção política nos custos praticados pela Petrobras. O fato, porém, é que a empresa tem segurado os reajustes endash; os preços seriam ainda mais altos do que os atuais (ver tabela). Ao ser questionada, a estatal tem mantido o discurso de que eldquo;segue monitorando continuamente o mercado e os movimentos nas cotações de mercado do petróleo e dos derivados, que atualmente experimentam alta volatilidadeerdquo;.

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Inadimplência bate recorde em setembro no País

Quatro em cada dez brasileiros adultos (39,71%) estavam eldquo;negativadoserdquo; em setembro, de acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O patamar equivale a 64,25 milhões de inadimplentes endash; novo recorde da pesquisa, que começou a ser feita há oito anos. Em setembro, houve aumento de 0,93% no volume de consumidores com contas em atraso na comparação com agosto. Em relação ao mesmo mês de 2021, a variação chegou a 11,17% . Ainda pela pesquisa, os consumidores com dívidas de até R$ 500 representaram 34,14% do total em setembro, ante 48,87% com dívidas até R$ 1 mil. Entre os destaques, estão as dívidas com bancos (com crescimento de 37,94% nos últimos 12 meses), seguidas por débitos com serviços de água e luz (11,86%). Em contrapartida, houve queda nas dívidas em atraso nos segmentos de comunicação (-11,57%) e comércio (-0,28%). Os bancos são o setor credor com maior concentração de dívidas no País (61,18%), seguido por comércio (12,86%), energia e saneamento (10,51%) e comunicação (8,42%). ebull;

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Petrobras segura reajuste às vésperas da eleição: gasolina completa duas semanas defasada

O preço da gasolina vendida pela Petrobras no Brasil completou duas semanas com preços abaixo do mercado internacional. Segundo dados da Abicom, a associação que reúne os importadores de combustíveis, o valor da gasolina comercializado pela estatal nesta quarta-feira estava 5% menor (ou R$ 0,18 por litro) em relação ao exterior. Desde 4 de outubro, o preço da gasolina no Brasil esteve sistematicamente, todos os dias, abaixo do praticado no exterior. A diretoria da Petrobras costumava citar o prazo de 15 dias como uma referência para incorporar, nos preços praticados no país, a volatilidade das cotações no exterior. O argumento era de que variações diárias nem sempre seriam repassadas para os preços do Brasil, mas só depois que a cotação do petróleo se sustentasse num patamar superior endash; e o prazo para essa análise seria de duas semanas. Mas, agora, a poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais, a estatal não dá sinais de que vá reajustar seus preços. Dentro da Petrobras, a diretoria vem alertando sobre a necessidade de reajustar os preços da gasolina no país após duas semanas de defasagem. Porém, a ideia vem sendo descartada pelo governo de Jair Bolsonaro por conta das eleições. No caso do diesel, o valor vendido pela Petrobras está 12% menor (ou R$ 0,70 por litro) que o praticado no exterior. Desde o dia 5, o valor do diesel está defasado todos os dias. Para ter maior controle nos preços, o governo vem trabalhando nos bastidores para trocar parte da diretoria da Petrobras. A estratégia é alterar o comando da área financeira e de comercialização, que decidem, junto com o presidente Caio Paes de Andrade, sobre os reajustes dos preços. Também está nos planos a mudança da área de Governança, área responsável por vetar as decisões sobre preços. A cotação do petróleo no mercado internacional está em alta desde o início de outubro por conta do corte de produção anunciado pela Opep+, cartel que reúne os maiores exportadores do mundo. Para Sergio Araújo, presidente da Abicom, há uma tendência de alta nos preços internacionais: -De fato as refinarias da Petrobras estão com preços defasados e bem abaixo do mercado internacional, que está com viés de elevação em função do corte de produção da Opep+. E com esse cenário a Petrobras precisa ter coerência com sua política de preços. E da mesma forma que reduziu o preço, agora é hora de aumentar sim. Isso se faz necessário. A Petrobras tem compromisso com seus acionistas e o mercado espera que esses preços sejam elevados. O preço do barril do tipo brent, que em meados de setembro chegou a ser negociado abaixo de US$ 84, subiu a US$ 98 no início de outubro e agora está no patamar de US$ 91. O último movimento feito pela Petrobras foi no dia 2 de setembro, quando reduziu o preço da gasolina, cujo litro caiu de R$ 3,53 de R$ 3,28. No caso do diesel, a estatal reduziu o valor no dia 20 de setembro, de R$ 5,19 para R$ 4,89. Enquanto isso, a Acelen, dona da refinaria da Bahia que foi comprada da Petrobras, já fez dois reajustes de preços nas duas últimas semanas. A Acelen é a única empresa privada de grande porte a atuar no refino no país. De acordo com a Acelen, no último dia 8 de outubro, o preço da gasolina e diesel para as distribuidoras teve alta entre 9,7% e 11,5%, em média. Depois, no último dia 15, outro aumento: a gasolina subiu 2%, assim como o diesel, com avanço de 8,9%. Isso ajudou, dizem especialistas, a reverter o cenário de queda dos preços nos postos. Depois de 15 semanas de queda, o valor da gasolina nos postos registrou alta, de acordo com pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O valor médio do litro passou de R$ 4,79, entre os dias 2 e 8 de outubro, para R$ 4,86, na semana passada. Um avanço de 1,46%.

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Produção brasileira de óleo e gás supera 4 mi barris por dia pela 1ª vez desde janeiro de 2020

A produção média de petróleo e gás natural do Brasil em setembro ficou acima de 4 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) pela primeira vez desde janeiro de 2020, apontaram dados da reguladora ANP nesta quinta-feira (20). O volume, de 4,05 milhões de boe/d apresentou alta de 2% ante o mês anterior e avanço de 5,4% em relação ao mesmo mês de 2021. A produção de petróleo somou 3,15 milhões de barris por dia (bpd), maior valor também desde janeiro de 2020, representou uma alta de 2% ante agosto e um avanço de 4,9% na comparação com um ano antes. A produção de gás natural, por sua vez, atingiu um recorde de 143,07 milhões de metros cúbicos por dia em setembro, superando nível histórico registrado em agosto, de 139,96 milhões de metros cúbicos por dia. O desempenho do pré-sal representou 3 milhões de boe/d ou 74,11% do total nacional. A produção da Petrobras, maior produtora do país, somou 2,68 milhões de boe/d em setembro, ante 2,64 milhões em agosto e 2,74 milhões de boe/d um ano antes. (Reuters)

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FUP faz nova denúncia contra Petrobras por abuso eleitoral

Sindicatos dos petroleiros ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) vêm recebendo várias denúncias sobre discriminação eleitoral no ambiente de trabalho nas unidades da Petrobras. A entidade informou que vai encaminhar os casos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com a entidade, os trabalhadores com adesivos do candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de partidos de oposição ao governo estão sendo impedidos de entrar com o carro na garagem das unidades da companhia. Já os portadores de bandeiras do Brasil não estariam sofrendo constrangimento para acesso de seus veículos. A alegação da empresa seria a de que eldquo;o verde-amareloerdquo; representa símbolo nacional. O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, ressaltou, em nota divulgada nesta quinta-feira (20/10), a discrepância de tratamento entre funcionários que carregam eldquo;bandeiras diferenteserdquo; em seus carros. eldquo;Proibir a entrada de automóveis com adesivos de somente um candidato trata-se de característico caso de odioso assédio eleitoral, em benefício de outra candidatura. O que serve para Chico serve para Franciscoerdquo;, afirmou. Segundo a entidade, ainda no primeiro turno, na antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam), atualmente propriedade da empresa Acelen, no Pólo de Camaçari (BA), bem como na Refinaria de Paulínia (Replan, SP), e outras refinarias e unidades operacionais da Petrobras, trabalhadores foram impedidos pelos gestores locais de entrar com adesivos do ex-presidente Lula no capacete, no uniforme e em seus próprios automóveis. Em resposta, os empregados começaram a bradar, na fila do refeitório e próximos aos vestiários da Rlam, refrões da campanha de Lula. Vídeos da cena viralizaram na internet. Agora, a 10 dias para o segundo turno das eleições presidenciais, seguranças da Replan emdash; a maior do país e do sistema Petrobras emdash; impediram a entrada de veículos particulares que possuíssem adesivos de propaganda eleitoral de Lula, de acordo com informações do Sindicato dos Petroleiros de São Paulo. Um funcionário, que preferiu manter o anonimato, relatou que eles foram surpreendidos por seguranças barrando os carros. eldquo;Conversei com o chefe da segurança, mostrei a legislação eleitoral, mas ele disse que estava se baseando no código de ética da Petrobras.erdquo; "A Lei nº: 9504/97, que estabelece normas para as eleições, em seu artigo 73, reza que funcionários de uma empresa pública não podem e#39;ceder ou usar bens públicos em benefício de candidato, partido político ou coligaçãoe#39;, levando ao entendimento de que agentes públicos, que no caso seriam os empregados da Petrobras, não poderiam estacionar os seus automóveis com adesivo de candidatos em vagas localizadas nas dependências internas da companhia, pois estas vagas são consideradas como bens públicos", destacou a nota da FUP. De acordo com Adilson Normando, da assessoria jurídica da FUP, eldquo;dentro do Direito Administrativo, quando o Estado cria uma empresa de capital aberto, como é o caso da Petrobras, ele elsquo;abre mãoersquo; de alguns privilégios jurídicos e equipara-se a uma empresa privada. O caso da proibição da Petrobras de deixar carros entrarem com adesivo de um candidato se encaixa perfeitamente nessa excepcionalidadeerdquo;. Segundo ele, os casos serão encaminhados ao tribunal eleitoral. "Ele observa que outros sindipetros constatam situações semelhantes de constrangimenteo e discriminação, mas os trabalhadores têm medo de denunciar e sofrer represália", acrescentou o comunicado. Denúncias de assédio só aumentam As denúncias de assédio eleitoral só aumentam no TSE. A FUP destacou na nota que, na terça-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes, presidente da corte eleitoral, destacou que o enfrentamento do assédio eleitoral no ambiente de trabalho, em decorrência do período eleitoral, é passível de punição. Segundo Moraes, nos ministérios públicos Eleitoral e do Trabalho já foram registradas mais de 430 representações sobre assédio eleitoral. Os assédios vão de intimidações de perder o emprego à ameaça de a empresa fechar, caso o candidato oponente vença. Segundo a FUP, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) criou um canal para que trabalhadores possam denunciar o assédio eleitoral. A denúncia pode ser feita de forma anônima, neste link. Em agosto, a FUP já havia denunciado a Petrobras ao TSE, porque a empresa estava tentando impedir trabalhadores de atuarem como mesários na eleição. Procurada, a estatal ainda não comentou o assunto.

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Petróleo fecha em leve queda, sem sustentar ganhos de parte do dia

Os contratos futuros de petróleo registraram baixa modesta, nesta quinta-feira (20). A commodity chegou a subir cerca de 3%, com foco no potencial relaxamento de algumas restrições na China para conter a covid-19, mas o fôlego não se sustentou. O contrato do WTI para dezembro fechou em baixa de 0,01% (US$ 0,01), a US$ 84,51 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês caiu 0,03% (US$ 0,03), a US$ 92,38 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). No início do dia, o óleo avançou ante a possibilidade de que a China reverta algumas diretrizes para quarentena para quem chega ao país, segundo fontes citadas pela Bloomberg. A Oanda afirmou que a expectativa de que Pequim comece a recuar nas diretrizes para conter o vírus apoiou o quadro, enquanto via ainda um piso mais claro para o WTI, após os EUA anunciarem ontem a liberação de mais barris de suas reservas estratégicas para apoiar os preços. O BMO Capital, por sua vez, afirmava, em relatório a clientes, que há questões do lado da oferta ainda em foco nesse mercado. Para o banco de investimentos, altas recentes no preço do WTI mostram que ainda existe espaço para ganhos nos contratos. Já o TD Securities diz que o petróleo era apoiado pelas medidas anunciadas pelos EUA para conter os preços. O banco acredita que o governo americano pode liberar mais barris adiante, além dos anunciados. Além disso, comenta que deve continuar a haver nos próximos meses riscos à oferta de energia, com dificuldades para o acordo do Irã com potências ser concretizado, a produção da Rússia diminuindo em ritmo mais forte e sanções da União Europeia contra o petróleo russo entrando em vigor em dezembro. Hoje, porém, os ganhos de parte do dia não se sustentaram e um movimento aparente de realização de lucros levou os contratos a oscilar perto da estabilidade, após os ganhos mais fortes do início do dia.

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