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Debate sobre isenção de elétricos revela divisão entre montadoras

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, defendeu na segunda-feira (24) que a isenção do Imposto de Importação para carros elétricos, como existe hoje, seja por um período curto e definido. eldquo;Como todos os elétricos hoje são importados, (a manutenção prolongada do incentivo) significaria dar um subsídio de 35% (alíquota do tributo) para modelos importados. E isso desagrada nossa indústriaerdquo;, destacou o dirigente durante o congresso Perspectivas 2023, realizado pela editora Autodata, especializada em informação do setor automotivo. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Conselho da Petrobras se reúne na quarta, mas preços não devem mudar até domingo

O conselho de administração da Petrobras tem reunião marcada nesta quarta-feira (26) e, no encontro, deve ser feita apresentação sobre combustíveis. Não se espera, porém, nenhuma mudança nos preços esta semana, antes do segundo turno das eleições, no domingo. A apresentação seria uma espécie de prestação de contas sobre a situação no mercado de derivados de petróleo, que segue marcado pela defasagem nos preços do diesel e da gasolina em relação às cotações no exterior. Para ler esta notícia, clique aqui.

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IPCA-15 deve ficar positivo, mas próximo de zero, aponta economista

Após dois meses seguidos de deflação no Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, a expectativa é que a taxa volte a ficar positiva em outubro, mas ainda próxima de zero, com variação de até 0,1%. Essa é a projeção do economista André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre). Às 9h desta terça-feira (25), o IBGE divulgará o IPCA-15 oficial de outubro. Braz aponta que a gasolina, que puxou os dois últimos recuos, caiu menos neste mês, em torno de 5,5%, já que a Petrobras não anunciou novas reduções e foi encerrado o efeito da limitação da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, inclusive, apontam a segunda semana seguida de aumento no combustível, cujo preço médio do litro subiu de R$ 4,79 para R$ 4,88 nesse período. Braz também destaca que, após o grupo de alimentos ter uma leve queda da inflação, já tende a mostrar uma nova alta dos preços em outubro, especialmente por conta dos alimentos in natura. eldquo;A oferta começa a ficar comprometida à medida que a temperatura sobeerdquo;, destaca o economista. Em agosto, o IPCA-15 foi de -0,73%, já em setembro ficou em -0,37%. No mês anterior, o grupo de transportes impulsionou a deflação, com quedas na gasolina, diesel e gás veicular. Em setembro, também foram registradas reduções no grupo de comunicação, por conta do preço mais em conta dos planos de telefonia e internet. Já alimentação e bebidas tiveram a redução puxada pelo barateamento do leite, óleo de soja e tomate. Nesta segunda-feira (24), pela 17ª semana seguida, o mercado reduziu a projeção da inflação para este ano. O novo boletim Focus apontou uma variação de 5,60%, ante a expectativa anterior de 5,62%. O centro da meta para a inflação oficial de 2022 é de 3,5%.

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Etanol provoca aumento no preço da gasolina, justifica Minaspreto

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) divulgou nota nesta segunda-feira (24) para justificar o reajuste de 2,34% e no preço do litro da gasolina registrado nas últimas três semanas. eldquo;A oscilação é reflexo do ajuste do realizado pelas usinas produtoras, que passaram o preço do etanol anidro no mesmo período de R$ 2,87 para R$ 3,10, isto é, um aumento de 10,3%. Vale lembrar que 27% do preço final da gasolina brasileira é composto pelo etanol anidroerdquo;, diz a nota, que aponta também aumento no preço álcool. eldquo;O etanol hidratado, por sua vez, nas últimas três semanas, saiu de R$ 3,36 para R$ 3,53 no valor médio das bombas do estado, acréscimo de 5,05%. A justificativa também é o reajuste realizado pelas usinas, que ficou em 17% nas últimas três semanas (de R$ 2,31 para R$ 2,72)erdquo;. A nota ressalta ainda que os empresários não são responsáveis pelos reajustes. eldquo;Os postos revendedores reajustaram os valores em percentual em patamares inferiores ao que foi mensurado nas usinas de etanol, mostrando que os empresários varejistas de combustíveis estão absorvendo os custos, consequência da alta competitividade do setor no estado, com mais de 4.500 postos em Minas Geraiserdquo;. Pesquisa Pesquisa do site Mercado Mineiro divulgada nesta segunda-feira (24) aponta aumento nos preços da gasolina, do etanol e do diesel-10. O levantamento foi feito entre os dias 18 a 22 deste mês em 186 postos de Belo Horizonte e região metropolitana.

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Etanol era mais competitivo ante gasolina na semana passada apenas em MT, GO e PB

O etanol continua com pouca competitividade em relação à gasolina na maior parte dos Estados brasileiros. O etanol está competitivo apenas em Mato Grosso (63,88%), Goiás (69,56%) e Paraíba (68,54%), conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 72,54% ante a gasolina, portanto mais favorável do que o derivado do petróleo. Executivos do setor afirmam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

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Total compra 35% da gigante de energia renovável Casa dos Ventos por mais de R$ 3 bi

Um dos negócios de maior crescimento no ramo das energias renováveis no Brasil, a Casa dos Ventos, fundada pelo empresário Mário Araripe (ex-dono da Troller), está com um novo sócio: a gigante francesa Total. O contrato, que vinha sendo alvo de conversas havia meses, já está fechado, conforme apurou o Estadão. Segundo fontes próximas ao assunto, a multinacional pagou pouco mais de R$ 3 bilhões por um total de 35% da Casa dos Ventos. O acordo deve ser anunciado nos próximos dias. A Total, que é mais conhecida por sua atuação no setor de petróleo, tem forte atuação no Brasil, onde adquiriu a rede de postos de combustíveis Ale, que posteriormente passaram a usar sua marca. No entanto, o grupo francês tem uma subsidiária dedicada às energias renováveis, a Total Eren, que também possui uma filial brasileira. Segundo o Estadão apurou, funcionários desta companhia já teriam sido avisados sobre o negócio com a Casa dos Ventos. Procurada, a Casa dos Ventos afirmou que não comentaria o tema. Já a Total não respondeu, até o momento, ao contato da reportagem. Origem da Casa dos Ventos Nos seus 15 anos de existência, a Casa dos Ventos foi responsável por desenvolver um terço de todos os projetos eólicos em operação e em construção no País endash; resultado que ajudou a colocar o empresário Mário Araripe entre os homens mais ricos do Brasil, segundo a revista Forbes. Araripe criou a empresa de energia eólica após vender a montadora Troller para a Ford, em 2006. Com dinheiro em caixa e tempo livre, ele começou a estudar o assunto por influência do amigo e ex-colega de faculdade no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) Odilon Camargo endash; considerado o maior medidor de ventos do Brasil e responsável pelo Mapa Eólico do Brasil. Naquela época, falar em energia eólica soava quase como poesia. A fonte não tinha competitividade nem interesse por parte do governo, que apostava nas grandes hidrelétricas. A virada ocorreu em 2009, com o primeiro leilão de energia eólica e a surpreendente competitividade da fonte. Nessa altura, a Casa dos Ventos, embora recém criada, já começava a se posicionar no mercado, com alguns projetos em desenvolvimento. Um deles foi um investimento em parceria com a estatal Chesf, em 2010. Dois anos depois, conseguiu vender, sozinha, cerca de 600 MW de parques eólicos em leilão do governo. Nesse tempo todo, uma das maiores características da empresa de Araripe foi se diversificar e buscar novos negócios. Soube aproveitar o momento de ser apenas desenvolvedora de projetos para terceiros, depois de virar investidora e agora de lucrar com a venda da energia no mercado livre. eldquo;Nosso objetivo é que a empresa se torne líder em geração renovável no Brasilerdquo;, disse ao Estadão, em março, o diretor de novos negócios da companhia, Lucas Araripe, filho do fundador. Segundo ele, até 2026, a Casa dos Ventos terá cerca de 6 mil MW de capacidade instalada endash; ou seja, quase um Complexo do Rio Madeira em energia eólica e solar. Nos últimos tempos, a Casa dos Ventos também tem fechado projetos com empresas para garantir que indústrias sejam abastecidas de energia com fontes renováveis. Acordos do tipo já foram assinados com companhias como a Vulcabrás (dona da Azaleia e da Olympikus), a Baterias Moura e a gigante da mineração Anglo American.

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