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Fecombustíveis espera retorno à normalidade nas rodovias

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) aguarda a liberação das estradas pelos caminhoneiros o mais breve possível, em prol do restabelecimento da normalidade do abastecimento nacional. A Fecombustíveis entende que o direito à manifestação não pode estar à frente do bom-senso, podendo causar prejuízos à economia do país e à liberdade de ir e vir dos cidadãos que estão em trânsito.

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Defasagem do diesel salta para 27,78% com dólar, apesar de queda do petróleo

A alta do dólar em relação ao real vem intensificando a defasagem dos preços internos dos combustíveis nas refinarias da Petrobras em relação ao mercado internacional, informou nesta segunda-feira (31), o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Segundo o relatório diário, a defasagem do diesel atingiu 27,78% e da gasolina, 18,38%. Para alinhar os preços da Petrobras com o mercado internacional, a empresa deveria reajustar seus dois produtos em R$ 1,88 e R$ 0,74 por litro, respectivamente. Em reunião do Conselho de Administração da estatal, realizada na semana passada, foi avaliado que os preços estão alinhados com o mercado externo. A diferença da avaliação da Petrobras com as projeções do Cbie e da Associação dos importadores de Combustíveis (Abicom), que também vê defasagem nos preços dos dois produtos, foi explicada pela Petrobras pelo uso de fórmulas distintas de cálculo, mas a empresa não deu detalhes. De acordo com o CBIE, os contratos futuros do petróleo e seus derivados foram impactados pelo retorno das medidas restritivas de coronavírus (covid-19) na China. eldquo;Contrariando a expectativa de investidores, de que após assegurar seu poder o presidente do país, Xi Jinping, aliviaria a política de Covid-Zero, o governo chinês impôs uma série de lockdownseldquo;, explicou no relatório. De acordo com o levantamento, apesar do potencial de desaceleração econômica e a queda na demanda por energia impactar o preço do petróleo, os preços também receberam influência de um desempenho positivo do índice do dólar, que havia apresentado tendência negativa ao longo da semana passada.

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Redução de 5% no gás natural para distribuidoras passa a valer nesta terça-feira

Começa a valer nesta terça-feira (1º) a redução de 5% no preço do gás natural vendido para as distribuidoras pela Petrobras. O reajuste, que faz parte das atualizações trimestrais previstas nos contratos com as empresas, chega aos consumidores de forma diferente nos estados, a depender dos contratos de concessão firmados, e não atinge o gás de cozinha (GLP). A CNN entrou em contato com as distribuidoras e agências reguladoras do país para saber como o reajuste chega aos consumidores. Entre as formas de uso do gás natural, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulga um levantamento de preços do Gás Natural Veicular (GNV). Atualmente, a média nacional de revenda é de R$ 4,88. Em São Paulo, estado mais populoso do país, o reajuste chega primeiro aos grandes usuários, como indústrias, postos de GNV e usinas térmicas, já que o componente eldquo;custo do gáserdquo; é revisado a cada três meses, assim como é feito pela Petrobras. Já para usuários residenciais e comerciais, o custo da molécula é corrigido por ano. Na capital paulista, por exemplo, as pessoas atendidas pela Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) só vão sentir a diferença em seis meses, já que a empresa utiliza a data-base anual em maio. A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) não soube informar o valor das tarifas para os próximos meses. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), as distribuidoras não têm qualquer ganho com o preço da molécula, isto é, o gás em si, e repassam integralmente qualquer reajuste de fornecimento. Entretanto, a tarifa que chega ao consumidor é composta, além da molécula, pela tarifa de transporte, impostos e a margem de distribuição, que podem minimizar o repasse aos consumidores. No Rio de Janeiro, a companhia de gás Naturgy informou que as tarifas sofrerão redução já a partir desta terça-feira (1º). Para os clientes localizados na Região Metropolitana, a conta cairá, em média, 2,80% para o segmento residencial, 2,89% para o comercial, 5,84% nas indústrias e 6,54% nos postos de Gás Natural Veicular (GNV). No interior do estado, no entanto, o impacto será de -3,66% para residências, -4,18% para o comércio, -6,62% nas indústrias e -6,82% nos postos de GNV. Ainda na região sudeste, a ES Gás, do Espírito Santo, anunciou a redução de 4,48% no gás canalizado. A empresa também informou que a molécula representa 57,9% na composição da tarifa, enquanto os impostos somam 24,7%, o transporte toma 9,7% da tarifa e a distribuição leva os demais 7,7% da conta. Já em Santa Catarina, no sul do país, a redução no custo do gás canalizado está prevista em 6% para janeiro de 2023 e 12% no segundo semestre do próximo ano. No Nordeste, a Cegás, Companhia de Gás do Ceará, ainda não definiu as tarifas, mas informou que a Petrobras não é o principal fornecedor de gás da empresa. No Amazonas, no norte do país, a tarifa não será reajustada. O contrato firmado entre a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) e a Petrobras prevê o reajuste anual apenas pelos índices de inflação. A MS Gás, que fornece o gás natural em Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste brasileiro, irá repassar o reajuste do preço de compra de gás somado à atualização anual da margem da distribuidora a partir de 15 de novembro. A previsão é de um reajuste de, no máximo, 3%. Os contratos da Petrobras com as distribuidoras vinculam a variação do preço do gás às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio. Segundo a companhia, no trimestre entre agosto e outubro, que foram referência para a redução, o petróleo teve queda de 11,5% e a moeda estadunidense valorizou 6,5%. A CNN segue aguardando o posicionamento das demais agências e distribuidoras dos outros estados.

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Governo propõe redução de metas do RenovaBio em 2023

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou nesta segunda (31/10) a portaria que define as metas de descarbonização da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) no decênio de 2023 a 2032, com a proposta de reduzir as obrigações das distribuidoras no ano que vem. O cálculo é feito a partir da participação das distribuidoras no comércio de combustíveis fósseis e da capacidade de oferta, por parte dos produtores de biocombustíveis, de créditos de descarbonização (CBIOs). Cada CBIO equivale a uma tonelada de CO2. A finalidade é diminuir a intensidade de carbono na matriz brasileira de combustíveis. Para 2023, o governo propõe uma meta de aquisição de 35,45 milhões de créditos de descarbonização emdash; abaixo dos 42,35 milhões aprovados pelo comitê do programa no ano passado. Também é inferior à meta de 2022 (35,98 milhões). Para os anos seguintes, o ministério acompanha o cronograma anterior, e propõe que as obrigações atinjam 99,22 milhões de títulos em 2032. Como as metas são estabelecidas a partir do volume de combustíveis fósseis comercializado no ano anterior, a análise da quantidade de créditos é feita anualmente pelo governo. A revisão para baixo, no entanto, vai na contramão do crescimento do mercado de combustíveis fósseis em 2022. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) calcula crescimento de 2,4% nas vendas de diesel este ano. A previsão também é de aumento para a gasolina em 2022, de 3,1%, refletindo a desoneração do combustível e ganhando mercado no Ciclo Otto, onde concorre com o etanol hidratado. As vendas do biocombustível devem recuar 3,7% este ano. Como justificativa para recuo na meta, a nota técnica do governo aponta para uma baixa na quantidade de CBIOs disponíveis no mercado, com perspectiva de queda na produção de etanol por problemas de safra e maior atratividade para o açúcar. O cálculo do MME também considera o teor de biodiesel no diesel comercializado em 2023 de 10%, como em 2022, e abaixo dos 15% que eram previstos para o ano que vem no cronograma do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Mas deixa claro que não é uma sinalização sobre qual será o percentual do ano que vem. A proposta está em consulta pública e as contribuições serão enviadas para ao CNPE. Após aprovação, cabe à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fazer o rateio entre as distribuidoras.

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Postos de combustíveis registram filas extensas em cidades de MS após bloqueio de rodovias

Filas extensas estão começando a se formar em postos de combustíveis em algumas cidades de Mato Grosso do Sul. Em Dourados (MS), a 229 km de Campo Grande, motoristas estão esperando mais do que o normal para abastecer os veículos. Em Nova Alvorada do Sul (MS), moradores relataram falta de gasolina nas bombas. A "dificuldade dos estoques" dos aditivos é em decorrência aos bloqueios em rodovias estaduais e federais no estado, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS). O sindicato informou que Campo Grande não sofre com falta de combustíveis e no interior do estado houve a recomendação de venda fracionada para evitar contratempos. Em Dourados, fila de mais de um quarteirão foi registrada por motoristas. Em Campo Grande, vários postos de combustíveis estão com filas atípicas. Em Nova Alvorada do Sul (MS), moradores relataram a falta de gasolina nas bombas de combustíveis. "Estamos em Nova Alvorada do Sul. Uma fila enorme. As pessoas estão com medo das paralizações que está acontecendo em todo o Brasil. Esse é o que estamos vivenciando aqui". Através de comunicado, o Sinpetro-MS enviou comunicado ao Procon-MS para informar a dificuldade nos estoques de combustíveis dos postos. Em nota, o sindicato informou que está liberada "as vendas aos consumidores limitadas a critério de cada um. Por exemplo, 20, 30 litros de gasolina ou etanol por veículo, e no diesel fica critério do estoque de cada um". O sindicato reforça que os postos de combustíveis que adotaram a limitação de venda deverão informar aos consumidores por meio de avisos. Já quanto ao aumento de preço, o Sinpetro-MS reforça que "pode ser entendido pelo Procon como preço abusivo devido a situação de emergência, portanto cada posto deve analisar se vai correr o risco ou não de ser fiscalizado e possivelmente autuado", finaliza a nota.

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Sindicato de SC diz que há falta de combustíveis em postos de Joinville

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina informou que já há registros de falta de combustíveis em postos de Joinville, maior cidade do estado. Além dos bloqueios no estado, o sindicato verificou um aumento do movimento nos postos, o que afetou os reservatórios de diversos estabelecimentos. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) de Santa Catarina disse que tenta a desobstrução das rodovias no estado de forma pacífica, mas sem sucesso. São pelo menos 43 bloqueios. A PRF não quis comentar osepisódios que registraram agentes sendo ovacionados e abraçados por manifestantes. No Rio Grande do Sul, o sindicato dos postos informou, na noite desta segunda, que ainda não havia falta de combustível, mas não descartou o desabastecimento se houver aumento na procura, uma vez que os postos trabalham com estoques baixos.

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