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Bolsonaro faz 'motociata' e promete 'um dos combustíveis mais baratos do mundo'

Em mais um ato de mobilização política na Bahia, o presidente Jair Bolsonaro disse na manhã deste sábado (2) a apoiadores que o Brasil terá "um dos combustíveis mais baratos do mundo" com a redução de impostos estaduais. No Estado governado pelo PT, provocou adversários e incentivou a população a cobrar dos governadores a redução de impostos. Ontem, em um evento oficial do governo que teve ares de comício eleitoral, o presidente já havia criticado os governadores do Nordeste por questionarem na Justiça a PEC do governo que estipulou o percentual máximo de 17% de ICMS para serviços e produtos essenciais, entre eles os combustíveis. "Lamento que os nove governadores do Nordeste tenham entrado na Justiça contra a redução de impostos da gasolina. Isso é inadmissível", destacou o presidente, em cima de um palanque perto do Farol da Barra, um dos pontos mais conhecidos de Salvador. "Vamos acreditar que a Justiça não dará ganho de causa a essas pessoas e teremos um dos combustíveis mais baratos do mundo". Antes, Bolsonaro participou de uma "motociata" pelas ruas de Salvador. Também neste sábado, outros três pré-candidatos à presidência da República participam de atos em Salvador: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). Não há previsão de que as agendas de Bolsonaro e Lula ocorram de maneira simultânea. No discurso à plateia vestida de verde e amarelo, o presidente voltou a ameaçar o pleito eleitoral. Evitou, porém, citar diretamente as urnas eletrônicas e não atacou ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "O que está em jogo neste ano é o bem-estar e a liberdade de cada um de nós. Tenho certeza que faremos tudo que for preciso para que a nossa Constituição, nossa democracia e nossa liberdade venham a ser preservadas", concluiu.

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Volta de tributos deve puxar inflação em 2023, dizem economistas

Se o corte de impostos alivia a inflação neste ano, a mudança deve significar uma alta em 2023. Quando o governo federal zerou o PIS e o Cofins sobre o etanol e a gasolina, o Itaú Unibanco já elevou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no próximo ano de 4,2% para 5,6%. A revisão foi feita porque a cobrança dos impostos será retomada a partir de janeiro, puxando os preços para cima novamente, e também devido à sensação de que a inflação já estava mais disseminada na economia. Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, a inflação no próximo ano eldquo;está caminhando para ficar entre 5% e 6%erdquo;. eldquo;No curto prazo, pode haver um recuo na inflação. Mas tenho dificuldade de saber se essa queda não será limitada por conta do cenário de câmbio.erdquo; A preocupação de Vale é que a diminuição na arrecadação desencadeie uma maior desconfiança do mercado em relação à capacidade de o governo pagar suas dívidas. Isso poderia fazer com que parte dos investidores deixasse o Brasil, desvalorizando o real em relação ao dólar endash; o que pressionaria a inflação. QUESTÃO FISCAL. O economista afirma ainda que a situação fiscal deve permanecer controlada neste ano, dado que a arrecadação está em alta devido ao aumento do preço das commodities. O entrave pode vir em 2023, pois a previsão é de que a economia mundial comece a desacelerar, fazendo com que a cotação das commodities caia endash; reduzindo a arrecadação também. eldquo;O mais complicado é que você está cortando algo (o ICMS) de forma permanente. Aí, no ano que vem, a alíquota será mais baixa em cima de uma arrecadação mais baixa também. Isso coloca peso na situação fiscalerdquo;, diz Vale. Para o economista Daniel Karp, do Santander, ainda é difícil calcular como a questão fiscal vai interferir na inflação, dado que o cenário internacional também pode modificar o câmbio. Já na visão do economista André Braz, coordenador de índice de preços da Fundação Getulio Vargas (FGV), eldquo;qualquer medida que não dure para 2023 acaba impondo uma inflação mais alta no ano que vemerdquo;. Braz destaca que as incertezas globais também podem pressionar os preços em 2023, como já ocorreu neste ano. Ele lembra que, no início de 2022, os economistas estavam otimistas com a inflação e não imaginavam que ela poderia chegar perto de 10%. A guerra na Ucrânia, porém, levou a cotação do petróleo e a inflação a outro patamar. eldquo;Isso pode se repetir no ano que vem a depender do desenrolar dessas fontes de incerteza e de como vai ficar essa questão fiscal.erdquo; ebull; O Estado de S.Paulo Paulo Cunha, ex-presidente do Grupo Ultra, morre aos 82 anos O executivo Paulo Guilherme Aguiar Cunha, ex-presidente do Grupo Ultra e da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), morreu aos 82 anos na madrugada deste domingo, 3. Cunha teve uma breve passagem pela Petrobras no início de sua carreira e ingressou no Grupo Ultra ao final da década de 1960, onde se desenvolveu na carreira de executivo. Cunha assumiu o cargo de presidente da empresa, em 1981, no qual permaneceu até 2007, e, anos mais tarde, chegou à posição de presidente do conselho do grupo. Um dos marcos de sua liderança foi a abertura de capital da empresa de forma simultânea em São Paulo e em Nova York, em 1999. Sua gestão foi marcada pelo crescimento agressivo do Grupo Ultra, que comprou integralmente as ações da Oxiteno, assim como a Shell Gás, a Canamex, a União Terminais, a Ipiranga e a Texaco. Hoje, o Grupo Ultra, também conhecido pelo nome Ultrapar, é dona do posto Ipiranga e da Ultragaz. A empresa também atua na produção de especialidades químicas, por meio da unidade especializada Oxiteno. Em setembro de 2013, o Grupo Ultra entrou no varejo farmacêutico com a compra da Extrafarma emdash; cuja venda para a Pague Menos por R$ 700 milhões foi recentemente aprovada pelo Cade. Em maio de 1989, com o fim do regime militar, Cunha estava entre os 30 empresários que fundaram o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial para estimular e orientar novas políticas públicas para a indústria brasileira. eldquo;Paulo Cunha deixa um legado de ética, visão de longo prazo, austeridade na vida pessoal e profissional, valorização das pessoas e da atividade industrial, do empreendedorismo, da educação e da inovação tecnológica. Uma grande perda para a empresa e o Paíserdquo;, afirma, em nota, Pedro Wongtschowski, presidente do conselho de administração do Grupo Ultra, que sucedeu Cunha quando deixou o posto, em 2018.

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Procon-sp apura queda de R$ 0,30 na gasolina

Levantamento do Procon-sp mostra que o preço do litro da gasolina teve redução média de R$ 0,30noestado.aquedafoiconstatada nos dias 28 e 29 de junho, após o governador Rodrigo Garcia anunciar a redução do ICMS sobre a gasolina de 25% para 18%. eldquo;Acredito que somos uma das categorias que mais percebem essas variações, porque o preço da gasolina influencia diretamente o nosso lucroerdquo;, afirma Ana Paula Aparecida de Oliveira, que trabalha como motorista de aplicativo. eldquo;Nesta semana, coloquei o mesmo valor de sempre de combustível e consegui rodar mais, porque o litro está mais barato.erdquo; Segundo ela, o valor do combustível afeta o trabalho dos motoristas de aplicativo em várias frentes. Para que o lucro não diminua tanto quando o combustível está mais caro, muitos recorrem a mais horas de trabalho ou dirigem em regiões e horários específicos para obter mais ganhos. eldquo;O preço reflete não só nos meus ganhos, mas também na minha segurança e no modo como eu tenho de trabalharerdquo;, diz. eldquo;O aplicativo paga um preço dinâmico maior para corridas em regiões mais perigosas, por exemplo, porque os motoristas costumam recusar.erdquo; Outro que sentiu no bolso a queda de preços foi Lenaildo de Souza Dias, taxista em São a Paulo há 20 anos. eldquo;Eu uso uma média de R$ 100 a R$ 150 por dia para abastecer. Com o preço mais baixo, podemos rodar a mesma quantidade de quilômetros gastando menos, o que ajuda muito na diária no fim do dia. Ajuda todo mundo que trabalha com veículoerdquo;, disse. Presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp), Eduardo Lima de Souza adverte, porém, que o quadro não é estável. eldquo;Nossa preocupação é que, enquanto o governo faz uma manobra gigantesca para essa redução, o dólar ainda está na atividade em conexão com o petróleo. Se o dólar aumentar, a gente volta a pagar o que estava pagando antes.erdquo; ebull;

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Alta de gastos do governo com PEC leva dólar a R$ 5,32

A preocupação dos investidores com o aumento de gastos do governo a três meses das eleições deu o tom ontem no mercado de câmbio. Depois de chegar a R$ 5,33 (elevação de 1,98%), o dólar fechou o dia em alta de 1,65%, cotado a R$ 5,32 endash; maior valor desde 4 de fevereiro. Já o Ibovespa, principal indicador da B3, registrou alta de 0,42%, num movimento de correção de preços após as perdas em junho. A atenção do mercado se volta para a PEC aprovada no Senado que amplia benefícios e cria novas despesas, como bolsa-caminhoneiro. Até agora, o pacote já soma R$ 41,2 bilhões endash; valor fora do teto de gastos endash;, e o receio é de que a Câmara inclua outras medidas. A Casa deve votar o texto na próxima semana. eldquo;A três meses das eleições, os investidores reforçam demanda defensiva por dólar para proteção de capital diante das medidas de aumento de gastos e com vários escândalos do governo Bolsonaro pipocando. Esse ambiente deve reforçar a volatilidade do câmbioerdquo;, afirmou Jefferson Laatus, estrategista-chefe do grupo Laatus. Já o analista de câmbio da corretora Ourominas Elson Gusmão disse que o aumento das despesas fora do teto terá como consequência o repique da inflação, o que vai obrigar o Banco Central a manter a Selic alta por mais tempo. eldquo;As questões políticas no Brasil não ajudam, com preocupação principal com o fiscal. A gastança continua. Depois, em 2023, quem pagará a conta?erdquo;, questiona Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença. Além das preocupações com as contas públicas no País, o mercado também reagiu à divulgação de novos indicadores sobre a inflação no exterior. Na Zona do Euro, a inflação em 12 meses atingiu o recorde de 8,6% até junho. Com isso, cresce a percepção de maior alta dos juros. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, já reconheceu que o processo de aperto monetário envolverá eldquo;alguma dorerdquo; do ponto de vista econômico.

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Lira dá aval para unir PECS e acelerar a tramitação

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já assinou o despacho para apensar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição à PEC dos Biocombustíveis, que já tramitava na Câmara. O aval foi formalizado em documento interno obtido pelo Estadão/broadcast e foi dado pelo presidente da Câmara na última sexta-feira. Dessa forma, a tramitação do pacote de medidas sociais será mais rápida. Ao unir as duas propostas, os deputados farão com que a PEC dos Benefícios pule etapas, já que a tramitação da PEC dos Biocombustíveis já está avançada. A articulação para unir as propostas foi antecipada pela Coluna do Estadão na quinta e confirmada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Arthur Maia (União Brasil-ba), na sexta. REUNIÃO. Hoje Lira vai se reunir com líderes partidários para acertar os detalhes do texto, que será relatado pelo deputado Danilo Forte (União Brasilce). O parlamentar já é relator da PEC dos Biocombustíveis, que mantém a competitividade do etanol frente à gasolina, e foi o autor do projeto de lei que determinou um teto de 17% para o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. eldquo;Aceitei com muita tranquilidade a missão de relatar a PEC dos Benefícios, e dar um alento à população neste momento delicado. A fome tem pressaerdquo;, afirmou Forte. A PEC que amplia benefícios sociais foi aprovada na quinta-feira no Senado com amplo apoio dos senadores. No primeiro turno da votação, foram 72 votos favoráveis e 1 contrário. No segundo, o placar foi de 67 a 1. O único senador a votar contra foi José Serra (PSDB-SP). Na visão dele, as medidas ferem a credibilidade fiscal do País. O custo da proposta ficou em R$ 41,25 bilhões fora do teto de gastos endash; a regra que limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior. ebull;

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Diesel e etanol caem menos que gasolina, após teto do ICMS

Os preços dos combustíveis recuaram na semana de 26 de junho e 02 de julho, liderados pela gasolina aditivada, que baixou em média 3,61%, para R$ 7,216 por litro, em relação à semana retrasada. A gasolina comum ficou 3,56% mais barata e é oferecida, na média, por R$ 7,127 por litro. Os combustíveis mais usados pelos brasileiros, contudo, apresentaram quedas menores. O etanol hidratado baixou 3,08%, para R$ 4,723 por litro. Já o óleo diesel, fonte de atritos entre os caminhoneiros e o presidente Jair Bolsonaro, recuou bem menos. Afago de Bolsonaro a caminhoneiros não reduz preço de diesel O diesel comum ficou apenas 0,18% mais barato, sendo encontrado nos postos brasileiros por um preço médio de R$ 7,554 por litro. Já o diesel S10 baixou somente 0,12%, para R$ 7,669. Com isso, esse combustível segue acima do preço médio da gasolina no país. O GNV (Gás Natural Veicular), visto como uma alternativa para motoristas de frota e aplicativos, barateou apenas 0,85%, e é oferecido nos postos por um valor médio de R$ 5,268 por metro cúbico. Os dados são do levantamento semanal da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e foram divulgados neste domingo (3). Esta foi a primeira pesquisa da ANP que analisou uma semana completa, desde que o presidente Jair Bolsonaro sancionou, em 23 de junho, a Lei Complementar 194/2022, que limita a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de combustíveis, energia elétrica, comunicações e transportes coletivos. A lei é resultado do projeto de lei complementar (PLP) 18/2022, aprovado neste mês por senadores e deputados. O texto limita a cobrança do ICMS sobre produtos e serviços essenciais à alíquota mínima de cada estado, que varia entre 17% e 18%. Governo espera queda de 20% no preço dos combustíveis O Ministério de Minas e Energia prevê uma redução de até 20,9% no preço médio da gasolina para os consumidores, no melhor cenário possível com as medidas de desoneração dos combustíveis ainda em andamento, embora Estados contestem as ações por conta da perda de arrecadação com o ICMS. Os números foram apresentados na última quinta-feira (30) pelo secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do ministério, Rafael Bastos, durante audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a Proposta de Emenda à Constituição 15/2022, que visa à manutenção da competitividade dos biocombustíveis. Na melhor estimativa, de quase 21% de redução, o preço médio do litro da gasolina passaria de R$ 7,39 para R$ 5,84, com base em dados da ANP. Veja quanto a gasolina, etanol, diesel e GNV recuaram na última semana no Brasil, segundo a ANP. Combustível Variação (%)* Preço médio (R$) Gasolina aditivada -3,61 7,216 por litro Gasolina comum -3,56 7,127 por litro Etanol hidratado -3,08 4,723 por litro GNV -0,85 5,268 por m3 Diesel comum -0,18 7,554 por litro Diesel S10 -0,12 7,669 por litro

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