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Petroleira mais valiosa do mundo amplia lucro anual em 39% no 3º tri

A Saudi Aramco, petroleira mais valiosa do mundo, informou, nesta terça-feira (01), que registrou lucro líquido de US$ 42,4 bilhões no terceiro trimestre deste ano, um avanço 39% em relação ao ganho de US$ 30,4 bilhões registrado em igual período de 2021. Segundo balanço corporativo, o fluxo de caixa livre saltou 57% na comparação anual dos três meses encerrados em setembro, para o nível recorde de US$ 45 bilhões. No terceiro trimestre, foram pagos US$ 18,8 bilhões em dividendos, o mesmo valor a ser desembolsado entre outubro e dezembro. eldquo;Enquanto os preços globais de petróleo bruto foram afetados pela incerteza econômica contínua, nossa visão de longo prazo é de que a demanda por petróleo continuará a crescer pelo resto da década, dada necessidade do mundo por energia mais acessível e confiávelerdquo;, afirmou o CEO da empresa, Amin H. Nasser. A divulgação do balanço acontece um mês após a Arábia Saudita, controladora da Saudi Aramco, liderar a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e aliados de cortar a produção diária da commodity em 2 milhões de barris, irritando Estados Unidos e parceiros ocidentais.

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Bloqueios provocam falta de combustíveis em SC e na região de Campinas

Problemas de abastecimento de combustíveis se agravam nas regiões onde ainda há bloqueios de estradas por manifestações golpistas. As distribuidoras de combustíveis já falam em "risco real" de desabastecimento pelo país. Em Santa Catarina, cerca de 70% dos postos estão sem produtos, segundo o sindicato local dos revendedores. O estado concentra a maior parte das interdições de rodovias no país, de acordo com dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Nas redes sociais, muitos relatos de postos fechados, inclusive na capital Florianópolis. O Sindipetro-SC diz que duas bases de abastecimento no estado foram reabertas e, por isso, espera que o fornecimento comece a ser retomado ainda nesta quarta-feira (2). Na região de Campinas, o sindicato local estima que cerca de 80% dos postos estejam sem produtos, principalmente gasolina e etanol. A região é abastecida pela Refinaria de Paulínia, a maior do país, que estava isolada por bloqueios nas rodovias da região. O governo de São Paulo enviou a Tropa de Choque para desbloquear estradas e a expectativa é que o abastecimento seja retomado. Segundo a PRF, quase 2.000 multas já foram aplicadas a condutores que estão bloqueando as rodovias em todo o país, e o valor das punições já ultrapassava R$ 18 milhões até a tarde desta quarta. "Se [a crise] persistir, amanhã vai ser o caos", diz o presidente do sindicato, Emílio Martins. A situação local levou a Prefeitura de Limeira a decretar estado de emergência e determinar que postos reservem 5% de seus estoques para o abastecimento da frota de serviços essenciais do município, como viaturas da polícia e ambulâncias. Martins ressalta que a normalização do abastecimento levará ao menos uma semana, já que a demanda será grande e a logística foi desestruturada pelos bloqueios. No fim desta quarta, com desobstrução de estradas, alguns postos começaram a receber combustíveis. No Rio Grande do Sul, onde estradas foram desbloqueadas ao longo do dia, as entregas também voltaram a ser feitas, segundo o presidente do sindicato local, João Carlos Dale#39;Aqua. Ele não descarta, porém, que ainda existam postos sem combustíveis no estado. Representante das grandes distribuidoras de combustíveis, o IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás) reforçou pedidos por maior coordenação na gestão da crise. "Com ainda centenas bloqueios totais e parciais nas estradas, o IBP manifesta sua grande preocupação com o risco real de desabastecimento de combustíveis em alguns polos em todo o país, com impacto inevitável na vida das pessoas e na atividade econômica", diz. O instituto elogiou algumas das medidas anunciadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) na noite de terça (1), como a liberação dos estoques mínimos. Mas criticou a liberação de marcas de botijões de gás e a flexibilização de venda direta de gasolina e diesel aos postos. Segundo o setor, um dos pontos críticos é a dificuldade para obter biodiesel para compor a mistura mínima de 10% no diesel vendido aos postos. Distribuidoras e postos de combustíveis querem flexibilização da mistura. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a chegada de etanol anidro e biodiesel depende de estradas catarinenses, estado com maior número de bloqueios. A liberação dos acessos à Refinaria de Paulínia pode aliviar também os aeroportos, que dependem de entrega de QAV (querosene de aviação). Representante de uma distribuidora disse à Folha que caminhões com o produto já começaram a deixar a refinaria.

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Estados querem discutir solução para ICMS com Lula no poder

Com a vitória de Lula, os estados que recorreram ao Supremo Tribunal Federal contra a redução do ICMS sobre combustíveis e serviços essenciais pedirão ao ministro Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (3), a prorrogação da comissão especial criada para tentar uma saída ao impasse. Na campanha eleitoral, o ex-presidente Lula condenou a proposta de Jair Bolsonaro (PL) de unificação e redução das alíquotas do ICMS cobrado pelos estados. A medida, aprovada pelo Congresso, se tornou um dos principais motes de propaganda eleitoral do presidente na busca pela reeleição. O ministro Gilmar Mendes é o relator da ação direta de inconstitucionalidade ajuizada em junho e determinou a criação da comissão, com representantes dos estados, do Congresso e da União. No momento, os integrantes discordam das três propostas em discussão. Uma delas atrela a alíquota à variação do petróleo no mercado internacional. Outra ideia é a criação de um fundo, com recursos de royalties do petróleo, para estabilizar o preço dos combustíveis em períodos de alta. Há também uma sugestão de redistribuir royalties aos estados e municípios na medida da perda provocada pela redução do ICMS. Diante do impasse, Mendes convocou especialistas que, por unanimidade, atestaram que a proposta de Bolsonaro que foi aprovada pelo Congresso é inconstitucional. Segundo interlocutores dos ministros do STF, o parecer emdash;que tem força de perícia judicialemdash; sinaliza que o plenário do Supremo poderá barrar a medida, caso não haja consenso na comissão. Na avaliação de assessores dos ministros do Supremo, uma decisão como essa aumentaria a pressão do governo contra o STF. Com a derrota de Bolsonaro nas urnas e a eleição de Lula, abriram-se novas perspectivas para um desfecho, que ocorreria no ano que vem.

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Bolsonaro faz apelo para que apoiadores desobstruam rodovias

O presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou nesta quarta-feira, 2, um vídeo pedindo aos apoiadores que desbloqueiem as rodovias do País. Na gravação, Bolsonaro afirmou entender que os militantes estejam eldquo;chateadoserdquo;, mas disse que é preciso eldquo;ter a cabeça no lugarerdquo;. eldquo;Quero fazer um apelo. Desobstrua as rodovias. Isso aí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder essa nossa legitimidadeerdquo;, disse no vídeo que foi divulgado quase 72 horas depois do resultado das eleições. Os manifestantes contestam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de domingo. eldquo;O fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está lá na nossa Constituição. E nós sempre estivemos dentro dessas quatro linhas. Eu tenho que respeitar o direito de outras pessoas que estão se movimentando, além de prejuízo a nossa economiaerdquo;, afirmou. Bolsonaro pediu para que seus apoiadores busquem outras formas de se manifestarem e lembrou que o bloqueio de rodovias é ilegal. eldquo;Prejuízo todo mundo está tendo. O apelo que eu faço a você: desobstrua as rodovias. Proteste de outra forma, em outros locais, que isso é muito bem-vindo, faz parte da nossa democraciaerdquo;, afirmou. Na terça-feira, 1º, Bolsonaro já tinha pedido que os manifestantes não realizassem atos impedindo o direito de ir e vir da população. O pedido foi feito em seu primeiro discurso após quase 45 horas do resultado das eleições do último domingo, 30, em que o presidente saiu derrotado. Nesta quarta, o número de bloqueios e interdições de vias federais por manifestantes bolsonaristas havia caído para 126, segundo boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) às 20h21. No auge dos protestos, na segunda-feira à noite, havia 420 obstruções. A PRF informou ter desfeito 732 manifestações, além de 1.992 autuações referentes à obstrução das rodovias. As multas aplicadas somam R$ 18 milhões, de acordo com a PRF. O número de Estados com pontos de bloqueio também foi reduzido, de 17 para 14. Em São Paulo, que teve oito interdições de manhã e à tarde, terminou o dia com duas. Em uma das ações, por volta das 11h30, o Batalhão de Choque da Polícia Militar, liberou o tráfego na Castello Branco (SP-280), na altura do km 26. Os militares lançaram bombas de gás lacrimogêneo. Minutos depois do apelo do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se solidarizou com apoiadores do presidente que foram para frente de quartéis nesta quarta-feira, 2, pedir intervenção militar, o que é inconstitucional. eldquo;Aplausos de pé a todos os brasileiros que estão nas ruas protestando, espontaneamente, contra a falência moral do nosso país!erdquo;, escreveu. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) compartilhou o vídeo do pai no Instagram, mas acrescentou um comentário: eldquo;Não parar, não precipitar, não retrocedererdquo;. Mais cedo, o parlamentar havia publicado vídeo de uma aglomeração de militantes bolsonaristas em frente ao Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro.

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Polícia no RS deve priorizar distribuição de petróleo e combustíveis, diz governador

O governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, diz que gabinete de crise para bloqueios de estradas deve monitorar estradas 24 horas por dia e priorizar garantia de transporte a partir de refinarias e distribuidoras de petróleo. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Abastecimento de combustíveis corre risco no Brasil por bloqueios, diz IBP

As distribuidoras de combustíveis avaliam que a situação de abastecimento do país é bastante crítica diante das interdições em estradas brasileiras e da falta de coordenação do governo federal para evitar riscos de falta do produto, afirmou à Reuters nesta terça-feira (1º) a diretora de Downstream do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Valéria Lima. Os principais pontos de atenção quanto ao risco de desabastecimento de combustíveis no momento são Santa Catarina e Paraná, com grandes reflexos em São Paulo, disse a diretora do IBP, que representa as maiores distribuidoras de combustíveis do país, como Vibra, Raízen e Ipiranga. eldquo;É uma situação crítica o que estamos vivendoerdquo;, afirmou Lima, em conversa por videoconferência. As manifestações são realizadas por grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) insatisfeitos com a derrota nas urnas no domingo. Bloqueios e interdições atingiam 20 estados e Distrito Federal na manhã desta terça-feira, apesar de decisões judiciais determinando o desbloqueio e diante do silêncio do presidente, que ainda não se manifestou sobre o pleito até o momento. Lima pontuou que o IBP tem conseguido acessar os órgãos federais para tratar sobre o tema, mas que não houve uma sala de crise montada, como foi feito nas outras vezes em que país enfrentou manifestações similares em estradas. eldquo;Sem ação coordenada, fica muito difícil atacar issoehellip; Falta realmente um diálogo articulado com governo federalerdquo;, pontuou. Lima explicou que, diante da situação, o IBP tem buscado exercer um papel de coordenação, tentando atuar na medida do possível em contato para além de suas distribuidoras, em conversas com outros agentes de mercado e segmentos que dependem dos combustíveis.

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