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BC registra vazamento de informações de chaves Pix pelo Abastece Aí

O Banco Central (BC) informou nesta sexta-feira que registrou vazamento de 137.285 chaves Pix sob responsabilidade do Abastece Aí, programa da rede de postos Ipiranga. O incidente de segurança ocorreu entre o dia 1º de julho e dia 14 de setembro e aconteceu por "falhas pontuais" no sistema do Abastece Aí, de acordo com o BC. "Nem o BC nem as instituições participantes usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como aplicativos de mensagem, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail". O BC também anunciou que adotou as "ações necessárias" para apurar o caso e poderá aplicar as sanções previstas no regulamento do Pix, que podem ser multa, suspensão ou até exclusão do sistema. Em nota, a empresa disse que já bloqueou as atividades suspeitas e que não foram expostas senhas, informações de movimentações, saldos financeiros ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário. Paula Oliveira, especialista em Ciência de Dados com doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), aponta que a exposição desses dados cadastrais podem trazer riscos porque os fraudadores podem tentar obter o restante das informações por meio da engenharia social. emdash; Quando esses dados cadastrais vazam isso significa que aumenta o risco da própria pessoa receber uma ligação, uma mensagem, um WhatsApp e ela própria completar os dados que faltam para que o fraudador possa fazer uma transação emdash; disse. Marcelo Queiroz, head de estratégia da ClearSale, empresa de soluções antifraude, ressaltou que as pessoas que tiveram seus dados expostos devem ter cuidado com contatos sobre alterações cadastrais ou eldquo;super promoçõeserdquo;. Segundo o BC, não houve exposição de dados sensíveis, como senhas, informações de movimentação de recurso, saldos ou qualquer informação protegidas pelo sigilo bancário. "As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras", diz em nota o BC. As informações expostas incluem o nome do usuário, CPF, instituição de relacionamento, agência, número e tipo de conta, além da data de criação da chave Pix. O BC informa que quem teve os dados cadastrais expostos será avisado exclusivamente por meio do aplicativo ou pelo internet banking da instituição. emdash; A primeira dica é nunca passar dados em um contato ou link que é enviado para alteração cadastral e sim pelo mecanismo oficial da instituição porque aí sim você está entrando pelo processo correto e não através dos mecanismos de engenharia social emdash; afirmou. A especialista em proteção de dados e compliance e sócia de Chediak Advogados, Cecilia Choeri, destaca que o fato dos dados expostos serem cadastrais não diminui a importância do vazamento porque essas informações ainda podem ser utilizadas por golpistas, por exemplo. Choeri também aponta que se ficar confirmado que houve algum tipo de negligência pelo Abastece Aí ou que não houve atuação da empresa para garantir a segurança dos dados pessoais, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) pode aplicar sanções. emdash; Eu imagino que a empresa deve estar prestando todas as informações exigidas pela ANPD, que certamente vai querer saber mais para poder determinar se houve violação da lei em algum aspecto. É importante que tenham feito um bom dever de casa no sentido de se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e além disso, que eles também se cercaram e adotaram medidas técnicas de segurança para evitar que esse tipo de coisa acontecesse emdash; disse a advogada. Vazamento pela quarta vez A exposição dos dados do Abastece Aí é o quarto do tipo desde o início de operação do Pix, em novembro de 2020. Os vazamentos sempre foram muito parecidos, afetando somente dados cadastrais e não os protegidos pelo sigilo bancário. O primeiro foi em agosto de 2021, quando 414,5 mil chaves Pix foram expostas no Banco do Estado de Sergipe (Banese). O segundo foi em dezembro do ano passado pela Acesso pagamentos. Na ocasião, 160 mil chaves Pix foram afetadas e informações como nome do usuário, CPF e número de agência foram expostos. Já em janeiro deste ano, dados de 2,1 mil chaves Pix da Lobgank foram vazados, afetando informações de CPF, instituição de relacionamento, nome do usuário e número da conta. O que diz a empresa "A Abastece-aí, que opera o aplicativo de mesmo nome, comunica que em razão do incidente de segurança, do qual foi vítima, já bloqueou as atividades suspeitas. Conforme informado pelo Banco Central, não foram expostas senhas, informações de movimentações, saldos financeiros ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário. Potenciais informações indevidamente acessadas do PIX são dados cadastrais, não permitindo movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras. A empresa reforça que todas as medidas cabíveis a essa investigação já estão sendo tomadas"

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Gás de botijão tem alta pela terceira semana seguida no varejo, diz ANP

Enquanto gasolina e diesel apresentam queda nos preços nos postos, o valor do gás de botijão (GLP) subiu pela terceira semana seguida na revenda, diz a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Segundo a ANP, o preço do quilo do botijão (de 13 quilos ao todo) subiu de R$ 111,91, na semana passada, para R$ 113,25 nesta semana. É alta de 1,19%. Na semana anterior, o valor já havia passado de R$ 111,57 para R$ 111,91. A alta na revenda ocorre em meio à queda de preços anunciada pela Petrobras nas refinarias para o GLP. Na segunda-feira, dia 12, a estatal anunciou redução para as distribuidoras, de R$ 4,23 por quilo (Kg) para R$ 4,03/kg. É uma queda de 4,72%. Assim, o botijão de 13 kg passará a custar R$ 52,34, refletindo redução média de R$ 2,60. Segundo especialistas, o preço no varejo pode começar a cair já na próxima semana. Já a gasolina ficou abaixo dos R$ 5. Segundo a ANP, o preço médio do litro ficou em R$ 4,97, menor que os R$ 5,17 da semana passada. É o menor valor desde fevereiro de 2021, quando o preço estava em R$ 4,95. Em março de 2021, o valor era de R$ 5,48. O diesel caiu de R$ 6,88 para R$ 6,84 nesta semana.

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Nota de pesar

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) lamenta profundamente o falecimento de Luiz Gil Siuffo Pereira, ex-presidente da Federação e presidente de honra da entidade. Gil Siuffo deixou uma marca de conquistas para a revenda e a sua participação foi fundamental para o desenvolvimento e evolução da Fecombustíveis e de toda a categoria. Com a sua determinação e espírito de liderança, Siuffo enfrentou todos os desafios e conquistou vitórias significativas para a revenda. Um dos principais feitos foi a obtenção das regras da revenda normatizadas, elevando a ponta final da cadeia à categoria de empresários. Lutou bravamente em prol da revenda ética, unida e saudável, combatendo as ilegalidades do setor que vieram em consequência da abertura do mercado de downstream. Dentre suas principais vitórias está a distinção entre o que é revenda e o que é distribuição de combustíveis, presente na Lei 9478/97, a proibição ao self-service, a limitação dos postos-escola e a autorização, pela ANP, dos postos bandeira branca, possibilitando que os empresários do setor pudessem escolher o fornecedor de combustível. Também foi Siuffo quem idealizou a revista Combustíveis e Conveniência, com o intuito de criar um veículo de informação para o mercado, que pudesse contribuir para o desenvolvimento da categoria. Natural de Ilhéus (BA), Siuffo chegou ao Rio de Janeiro em 1957, iniciando sua trajetória profissional na revenda de combustíveis. Com espírito inquieto, passou a buscar melhorias para a categoria, iniciando sua carreira na liderança sindical no Sindcomb, o que abriu espaço para chegar à liderança da Fecombustíveis em 1987, permanecendo por 20 anos. Ele ainda apoiou e presidiu o primeiro encontro da Comissão Latino-Americana da Revenda de Derivados de Petróleo (Claec) e também integrou a Fecombustíveis no Conselho de Representantes do Conselho Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Gil Siuffo (90 anos) deixa os filhos Maria Aparecida Siuffo Schneider, Luiz Gil Siuffo Pereira Filho e Luiz André Siuffo Pereira, os netos Roberta, Alexandre, Rodolfo, Manoela, André, Luiz Neto e Laura, e seis bisnetos. O velório será realizado hoje (19), no crematório da Ordem Terceira do Carmo (R. Monsenhor Manuel Gomes, 307 endash; Caju), Capela 8, das 11h às 13h30, na cidade do Rio de Janeiro.

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Preço do etanol no Brasil recua 2,8% na semana, diz ANP e gasolina cai 1,4%

O preço do etanol hidratado nos postos do Brasil recuou 2,8% nesta semana na comparação com a anterior, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira pela reguladora ANP. O biocombustível foi vendido a um preço médio de 3,43 reais o litro ante 3,53 reais na semana anterior. Trata-se do menor valor desde fevereiro de 2021. A gasolina comum caiu 1,4% na comparação semanal, tendo sido encontrada nos postos a 4,97 reais o litro, em média, ante 5,04 reais na semana do dia 4 a 10 de setembro. Também foi o menor preço desde fevereiro do ano passado. Já o preço do diesel S10, com menor teor de enxofre e o mais usado no país, manteve-se praticamente estável, com queda de 0,3% em relação à semana anterior, tendo sido comercializado a 6,94 reais o litro, em média.

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O impacto do ICMS menor dos combustíveis no varejo brasileiro

O comércio varejista brasileiro recuou 0,8% em julho. Essa é a terceira queda consecutiva nos dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, divulgada na quarta-feira, 14, e o maior tombo para o mês em quatro anos. Das oito categorias pesquisadas, sete registraram queda. O único destaque positivo foi combustíveis e lubrificantes, com alta de 12,2%. O resultado vem de encontro com as medidas adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) que teve como uma das principais metas deste ano a redução do preço dos combustíveis. A redução do ICMS sobre gasolina e etanol, apesar de desacelerar a deflação, beneficia a população de classe média alta, que tem carro e consome mais combustíveis. Enquanto isso, a cesta de compras do restante da população continua vazia e bastante impactada pela dupla de inflação e juros altos, e o resultado é visto também no desempenho comercial de julho com queda generalizada das outras categorias do comércio varejista. Segundo Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, o desempenho ruim do comércio denota a dificuldade de acesso ao crédito motivado pelo alto endividamento das famílias, podendo refletir também em parte da antecipação do consumo vivido ao longo dos últimos anos, e a perda de poder de compra devido ao avanço inflacionário. A categoria de Tecidos, Vestuários e Calçados teve o maior tombo, de 17,1%, com grande influência na queda do índice. O setor de Móveis e Eletrodomésticos também sofreu uma queda significativa, de 3%, refletindo a atual política monetária promovida pelo Banco Central para o controle inflacionário. eldquo;Os dados sugerem que a atividade está ainda frágil e, não fosse o esforço fiscal em derrubar a gasolina, o resultado poderia ter sido ainda piorerdquo;, diz André Perfeito, economista-chefe da Necton. O apelo para o fim do ciclo de alta da Selic aumenta no mercado após a divulgação dos dados. eldquo;Por mais que pese a reprecificação dos juros nos Estados Unidos, a atividade doméstica melhora na margem, mas sobre uma base baixa, logo não faz sentido, em tese, desacelerar ainda mais a atividade econômica com vistas a controlar os preçoserdquo;, diz Perfeito. Com o arrefecimento da inflação, com o IPCA voltando ao patamar de um dígito no acumulado de doze meses, em 8,75%, a expectativa do mercado é que o Banco Central encaminhe a Selic para a faixa terminal na próxima reunião. Caso contrário, as projeções otimistas para o PIB podem ser revistas.

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Terceira audiência para discutir ICMS sobre combustíveis projeta acordo para próxima reunião

Secretários de Fazenda e integrantes do governo federal discutiram, nesta sexta-feira (16), medidas para tentar compensar os estados pelas perdas em arrecadação a partir de lei que fixou um teto de até 18% para a cobrança de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina, além de determinar a essencialidade dos combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte público. Houve avanços em um dos pontos da negociação, o que trata da possibilidade de os Estados decidirem como vão cobrar o ICMS: se através de um percentual sobre o custo do litro da gasolina ou se através de um valor fixo. Ainda assim, a pauta é uma das sugestões para tentativa de chegar a um acordo até 4 de novembro, prazo final estabelecido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para os trabalhos da Comissão Especial de Conciliação, assim como alterações à lei precisam de projetos a serem apreciados pelo Congresso Nacional. Caso não haja acordo, Mendes vai julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pelo Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz). A entidade alega que a lei complementar 194 não é constitucional por mexer em imposto estadual, ferindo o pacto federativo. Os governadores entendem que a diminuição na arrecadação será progressiva a partir do próximo ano. Conforme o Comsefaz, para 2023, as perdas para os Estados poderão chegar a mais de R$ 120 bilhões. Para o Rio Grande do Sul, o impacto estimado é de aproximadamente R$ 400 milhões por mês ou R$ 5 bilhões ao ano. O governo federal, por outro lado, argumenta que a arrecadação aumentou recentemente. Impacto sobre a energia elétrica Além dos combustíveis, os governadores também iniciaram debate a respeito da cobrança do imposto sobre as tarifas de transmissão e distribuição de energia elétrica. A legislação determinou a derrubada da cobrança do ICMS sobre o custo de disponibilização de luz aos consumidores, ainda que não haja consumo. O presidente do Comsefaz e secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, disse que a medida tem impacto financeiro direto nas contas dos estados e financiamento de políticas públicas. emdash; A gente tem que suspender essa regra como está para poder dialogar, a gente não pode implantar essa regra como hoje está. Estamos vivendo algo inédito no Brasil, que é não conseguir planejar os próximos 60 dias em termos de arrecadação emdash; disse. A secretária da Fazenda do Ceará, Fernanda Macedo Pacobahyba, ressaltou que a medida sobre a tarifa básica de fornecimento de luz é um "jabuti" que não tem relação com a essencialidade da prestação do serviço. Na mesma linha, o procurador-geral do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Cunha da Costa, concorda que este é um dos pontos nevrálgicos da discussão, considerando que metade da arrecadação com a energia é proveniente da tarifa de transmissão e distribuição: emdash; Essa discussão é necessária para que possamos demonstrar o que representa para a arrecadação dos Estados. Outro tema que precisa de uma solução breve é a compensação aos Estados, mas não conseguimos nos debruçar ainda sobre o assunto. Certamente deverá ser objeto das próximas audiências. A compensação aos estados com impostos federais sobre a gasolina zerados está prevista para até o final do ano. A próxima audiência foi agendada para o dia 26 de setembro.

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