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Diesel e gás de cozinha registram queda de preços nesta semana, aponta ANP

Duas semanas após a Petrobras anunciar a redução dos preços do gás de cozinha e do diesel, o novo boletim da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado na noite desta sexta-feira (23), mostra um recuo nos valores pagos pelos consumidores. No caso do diesel comum (S500), a queda foi de R$ 0,12 em uma semana (1,26%). Entre os dias 11 e 17 de dezembro, o óleo era encontrado nos postos a uma média de R$ 6,36. Já nesta semana, a R$ 6,28. O diesel S10, menos poluente, também sofreu redução, mas menos expressiva, de 0,93%, indo de R$ 6,48 para R$ 6,42. Já o Gás Liquefeito de Petróleo caiu R$ 0,70 (0,64%) no período. O botijão de 13 quilos passou de R$ 109,43 para R$ 108,73. A redução do diesel pela Petrobras às distribuidoras entrou em vigor no último dia 7, quando o litro foi de R$ 4,89 para R$ 4,49. Já a do GPL passou a valer no dia 8, com impacto de R$ 4,55 para um botijão de 13 quilos. O novo boletim da ANP também aponta ligeira redução na gasolina, etanol e Gás Natural Veicular (GNV). No caso da primeira, a média do litro passou de R$ 4,94 para R$ 4,93. Na semana passada, o combustível voltou a ficar abaixo dos R$ 5 após um mês acima da marca. Já o etanol foi de R$ 3,82 para R$ 3,81, enquanto o GNV, de R$ 4,74 para R$ 4,73. A movimentação de preços dos combustíveis ganha destaque neste fim de ano em virtude de uma troca próxima no comando da Petrobras. O atual presidente da empresa, Caio Paes de Andrade, vai assumir a Secretaria de Gestão e Governo Digital em São Paulo e um novo nome deve ser indicado pelo governo eleito nos próximos dias. O grupo de transição de Minas e Energia já indicou a possibilidade da adoção de um mecanismo que amorteça os choques externos do petróleo.

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CEO da Petrobras vai renunciar antes do fim do mandato em abril, dizem fontes

Caio Paes de Andrade decidiu renunciar ao cargo de presidente da Petrobras antes do fim de seu mandato em abril de 2023, mas ainda não definiu uma data para deixar a posição, disseram à Reuters seis fontes com conhecimento do assunto. A saída antecipada do executivo demandará que seja escolhido um interino para presidir a Petrobras até que sejam concluídos todos os trâmites burocráticos e de governança necessários para que um novo presidente possa ser indicado pelo governo federal e tome posse. Procurada, a Petrobras disse que não iria comentar. Andrade não respondeu de imediato a um pedido de comentário."Está tudo pronto para a saída dele (de Andrade), mas até agora ele não anunciou uma data", afirmou uma das fontes. Com sua renúncia, Andrade abriria caminho para que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva acelere suas mudanças na gestão da petroleira a partir de sua posse em janeiro. Anteriormente, Andrade havia sinalizado a interlocutores que poderia concluir o seu mandato antes de deixar a companhia, conforme a Reuters publicou em novembro, a partir de informações de fontes. No entanto, posteriormente, Andrade aceitou um convite do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para compor o governo paulista no próximo ano, o que elevou as expectativas de uma saída antecipada. Uma segunda fonte afirmou que Andrade não comunicou oficialmente nada à diretoria da Petrobras sobre sua saída, "mas a expectativa é de que ele assuma sua novas funções no governo de SP e#39;asape#39; (sigla em inglês para e#39;o mais rápido possívele#39;". Com a saída de Andrade, o governo eleito de Lula buscará influenciar na escolha de um nome na atual diretoria ou no conselho para atuar como interino, segundo outras duas fontes. Na véspera, o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, que participou do gabinete de transição para o governo de Lula, disse em publicação no Instagram que os senador Jean Paul Prates (PT-RN) foi escolhido por Lula para presidir a Petrobras, mas depois apagou a postagem. Uma fonte próxima às discussões, no entanto, afirmou à Reuters que Prates foi mesmo escolhido por Lula para comandar a Petrobras. Por questões políticas, no entanto, ficou decidido que o anúncio não seria feito prontamente, pois ainda haveria arestas a sanar, segundo a fonte.

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Prévia da inflação para 2022 é de 5,9%

A prévia da inflação oficial no País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), subiu 0,52% em dezembro, após ter avançado 0,53% em novembro, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 5,9% em 2022. O IPCA-15 de dezembro mostrou uma composição positiva, com desaceleração no ritmo de alta de preços de serviços, por exemplo, mas não indica um cenário menos pressionado para a condução da política monetária pelo Banco Central, segundo avaliação da economista para Brasil do banco BNP Paribas, Laiz Carvalho. eldquo;Falar de 2022 é quase olhar no retrovisor. O que importa mais para o BC são as expectativas para 2024 e 2025, que não vão ser afetadas pelo número de hoje, mas continuam afetadas pelo cenário fiscalerdquo;, disse. Ela reiterou a expectativa de manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano, pelo menos durante todo o primeiro semestre de 2023. O trabalho do Banco Central para conter a inflação ainda não está concluído, avaliou a economista-chefe e sócia da gestora de recursos Gap Asset, Anna Reis. No próximo ano, a autoridade monetária deve lidar com um ambiente eldquo;mais desafiador para as expectativas de inflaçãoerdquo;, prevê. Para ela, o começo do ciclo de cortes da Selic deve ser postergado de junho para novembro de 2023, em meio a sinais de uma política fiscal mais expansionista do governo eleito. eldquo;Optamos por postergar o ciclo (de aperto monetário) erdquo;, disse a economista da GAP Asset, que projeta uma taxa Selic em 13,0% no fim de 2023. PREÇOS. Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA-15 tiveram alta de preços em dezembro. Os maiores impactos sobre a inflação partiram de Transportes (0,85%) e Alimentação e bebidas (0,69%), mas a maior variação foi no setor de Vestuário, com encarecimento de todos os itens do grupo. As famílias pagaram 0,78% a mais pelos alimentos consumidos no domicílio em dezembro. Os destaques nas gôndolas foram os aumentos na cebola (26,18%) e no tomate (19,73%). Apenas nos últimos três meses, a cebola ficou 52,74% mais cara, enquanto o tomate aumentou 49,84%. Em dezembro, houve altas de preços também no arroz (2,71%) e nas carnes (0,92%). O leite longa vida recuou 6,10%, o quarto mês consecutivo de quedas, mas o produto encerrou 2022 com um aumento de 25,42%. ebull;

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Gasolina sem petróleo: conheça o combustível sustentável produzido no Chile

Transparente e com cheiro moderado de álcool. É assim o resultado final da primeira gasolina sintética produzida em larga escala do mundo. A planta industrial de combustíveis ecológicos foi inaugurada na última terça-feira (20) em Punta Arenas, na região de Magallanes, no extremo sul do Chile e a CNN foi o único veículo brasileiro a cobrir o lançamento do complexo industrial. Em uma sala reservada da usina ao qual a CNN teve acesso, os funcionários guardam três potes de vidro com amostras do novo combustível. Uma é bem parecida com a gasolina vendida nos postos e foi coletada no começo do processo: amarela e com cheiro bem forte. A segunda contém um líquido um pouco mais desbotado, mas ainda amarelo. E, o último carrega o produto final com uma aparência cristalina como água. Os fortes ventos da região oferecem mais de seis mil horas de carga máxima de operação para a geração de eletricidade verde, cerca de três vezes a quantidade disponível na Europa, e são o pontapé inicial do processo de produção. O segundo elemento essencial utilizado é a água. Os eldquo;e-fuelserdquo; são capazes de abastecer desde carros a navios e aviões, ao mesmo tempo em que reduzem as emissões de carbono. O projeto é chamado de eldquo;Haru Onierdquo;, que significa ventos fortes na língua dos indígenas da região. eldquo;É uma das gasolinas mais limpas do mundo entrando em operação. É uma grande inovação sendo feita agora e não no futuroerdquo;, afirma André Clark, VP Sênior da Siemens Energy para América Latina. A Siemens Energy, junto com a startup chilena Highly Innovative Fuels (HIF) e várias outras empresas internacionais, foram as responsáveis pelo projeto, que promete ser parte de uma verdadeira revolução tecnológica. Durante coletiva de imprensa, autoridades chilenas e alemãs, diretamente envolvidas no eldquo;Haru Onierdquo;, reforçaram a importância de políticas e projetos focados em um futuro mais sustentável contra as mudanças climáticas. eldquo;Esta planta é um símbolo de um desafio gigante, pois é preciso mitigar as mudanças climáticas. Isso mostra que muitas outras coisas também são possíveiserdquo;, disse Diego Pardow, ministro de energia do Chile O processo Para a produção em larga escala do combustível ecológico, a fábrica utiliza o processo de eletrólise, que separa a água em oxigênio e hidrogênio. Feito isso, o próximo passo é sintetizar os componentes com dióxido de carbono, gerando o metanol sintético. Com o processo de refino, a estrutura transforma o composto em gasolina. O novo combustível emite 90% menos CO2 na atmosfera que os de origem fóssil e não exige adaptações mecânicas dos veículos para ser utilizado. O batismo de fogo do eldquo;e-fuelerdquo; aconteceu no momento em que a montadora alemã Porsche, também parceira do projeto, abasteceu o modelo Mobil 1 Supercup. Com o tanque cheio, o carro circulou normalmente pela planta como faria com qualquer outro combustível fóssil já existente. Futuro Na fase piloto, a produção do e-metanol atingiu 750 mil litros por ano. Mas as metas é de 55 milhões de litros de e-gasoline por ano até 2025 e de 550 milhões de litros por ano até 2027. Combustível suficiente para mais de um milhão de pessoas dirigirem seus carros por quase um ano. eldquo;Esse teste é importantíssimo também para as operações no Brasil. A qualidade do vento na Patagônia é muito parecida com a do nordeste brasileiro e o potencial é gigantesco. O futuro da energia sustentável no planeta com certeza vai passar pelo Brasil e pelo Chileerdquo;, afirma Clark.

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Equipe de Lula recomenda fim de processo de privatização de Petrobras e mais seis estatais

O relatório final apresentado nesta quinta-feira, 22, pela equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva trouxe a indicação de que empresas de controle estatal que podem ter seus processos de privatização cancelados em 2023. A recomendação é interromper os planos para privatizar a Petrobras, os Correios, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), a Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural (PPSA) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). eldquo;A proposta é de revisão da lista de empresas que se encontram em etapas preparatórias e ainda não concluídas de processos de desestatização. Sugere-se que o Presidente da República edite despacho orientando os Ministérios responsáveiserdquo;, afirma o documento. Cada uma dessas estatais está em um diferente estágio do processo de privatização endash; alguns nem foram iniciados endash; e a ordem, agora, é paralisar tudo. Lula já frisou, em mais de um discurso, que seu governo vai acabar com os planos de privatização e que as empresas estrangeiras são bem-vindas, desde que venham investir no País, e não comprar as estatais nacionais. eldquo;Vai acabar privatizações neste País. Já privatizaram quase tudo, mas vai acabar e vamos provar que algumas empresas públicas vão poder mostrar sua rentabilidadeerdquo;, disse o presidente eleito em discurso no último dia 13 de dezembro. Porto de Santos Há pelo menos mais uma estatal que terá o processo interrompido, a Santos Port Authority (SPA), antiga Codesp, que controla o porto de Santos. Ontem, o futuro ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, declarou que o processo para concessão do Porto de Santos também, que estava em andamento, também será cancelada. Como o Estadão revelou, o futuro governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que tocou o projeto quando era ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro, vai procurar Lula e França para uma conversa direta sobre o assunto, na expectativa de convencer o governo petista de que a concessão é a melhor opção para o crescimento do complexo portuário.

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Lula prepara anúncio de Jean Paul Prates como presidente da Petrobras

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), convidou o senador Jean Paul Prates (PT-RN) para assumir a presidência da Petrobras e pretende anunciá-lo na próxima semana. A ideia é divulgar o nome com a próxima leva de ministros, o que deve ocorrer na terça-feira (27). O parlamentar foi um dos coordenadores do grupo técnico de Minas e Energia do gabinete de transição. Integrantes do PT dizem que não há impedimento legal para que ele ocupe o posto emdash;ou seja, não seriam necessárias alterações na Lei das Estatais para que a nomeação fosse realizada. O estatuto da Petrobras inclui a restrição a integrantes de campanhas políticas. Como mostrou a Folha, especialistas e conselheiros da estatal ainda não têm avaliação sobre possíveis restrições ao nome de Prates. O senador buscou se afastar formalmente da campanha de Lula e não assumiu funções de coordenação no processo. Ele ajudou nas discussões a respeito de políticas para a área durante a formulação do plano de governo. O economista e cientista social William Nozaki, que integrou o grupo de trabalho de Minas e Energia do gabinete de transição, é citado como um dos cotados para uma diretoria da Petrobras. Com a ida de Prates para a estatal, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) é o mais cotado para o Ministério de Minas e Energia. A pasta inicialmente contemplaria o MDB. A bancada do partido no Senado, porém, abriu mão da indicação para o PSD. Durante a transição, o futuro indicado para a Petrobras defendeu a criação de algum mecanismo que sirva como "colchão de amortecimento" para as flutuações dos preços dos combustíveis. Prates também acrescentou que a política de preços de combustíveis é "do governo", não da Petrobras. "Quem define política de preço de qualquer coisa no país, se vai intervir ou não, se vai ser livre ou não, se vai ser internacional ou não, é o governo. O que está errado e a gente tem que desfazer de uma vez por todas é dizer que a Petrobras define política de preços de combustível. Não vai ser assim. Vai seguir a política do governo? Claro", afirmou. Prates também disse que o novo conselho da Petrobras deve rever a política de distribuição de dividendos.

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