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Capacidade de refino de petróleo do Brasil deve crescer 7% em 10 anos, diz governo

A capacidade de refino de petróleo do Brasil deve crescer 7% até 2032, para 2,43 milhões de barris ao dia, mas a maior demanda por combustíveis manterá as importações elevadas, segundo estudo do Ministério de Minas e Energia nesta segunda-feira (26). O trabalho foi publicado antes da posse do novo governo, que tem defendido mais investimentos no refino de petróleo do Brasil pela Petrobras, como uma das formas de deixar o país menos sujeito a choques de preços internacionais. Segundo a publicação, que tem como fontes a Petrobras e a agência reguladora ANP, e foi elaborada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), os principais investimentos programados estão nas refinarias Reduc (Duque de Caxias-RJ), Rnest (Ipojuca-PE), Replan (Paulínia-SP) e Revap (São José dos Campos-SP). "Apesar desses investimentos, o Brasil permanecerá como importador líquido de derivados durante todo o horizonte de análise, com destaque para as importações de óleo diesel, nafta e QAV (querosene de aviação)", disse o estudo. Após recuo em 2020, devido aos impactos da pandemia de Covid-19, os volumes importados de derivados de petróleo retomaram patamares mais elevados em 2022. As importações líquidas devem alcançar 59 mil m³/dia em 2032, enquanto os derivados de petróleo que mais contribuirão para o déficit no mercado de combustíveis no Brasil em 2032 serão: óleo diesel (-52 mil m³/d), nafta (-7 mil m³/d) e coque de petróleo (-7 mil m³/d). Com isso, o estudo projeta importação de "consideráveis volumes de derivados", especialmente de óleo diesel, o que pode exigir investimentos na melhoria da eficiência operacional da infraestrutura logística, para garantir o abastecimento nacional de combustíveis. O estudo projeta crescimento de 1,9% ao ano na demanda interna por diesel até 2032, enquanto o consumo de querosene de aviação deve subir 4,3% ao ano. Já a demanda por gasolina deverá recuar 0,7% ao ano no mesmo período, em meio à expectativa de maior oferta de etanol hidratado. A oferta de óleo diesel S-10 poderá ser ampliada por meio de investimentos em unidades de hidrorrefino, permitindo maior disponibilidade das refinarias, de acordo com o estudo. Por sua vez, os balanços de gasolina e GLP (gás de cozinha) indicam possibilidade de superávit desses combustíveis em parte do período, acrescentou o ministério. A produção de óleo combustível permanecerá com excedentes durante o período decenal, "porém com tendência de queda dos volumes exportados". PRODUÇÃO DE PETRÓLEO Com o avanço da produção de petróleo no pré-sal, o Brasil deverá elevar a extração de cerca de 3 milhões de barris para 4,9 milhões de barris por dia em 2032. Mas o pico é previsto para 2029, com 5,4 milhões de barris/dia. "O Brasil consolidará a sua condição de exportador de petróleo ao longo do período decenal, o que poderá elevar a importância do país no quadro geopolítico da indústria mundial do petróleo", conclui o trabalho. (Reuters)

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Petrobras (PETR4): combustíveis terminam ano 34% mais caros mesmo com cortes nos preços

O ano de 2022 foi movimentado para a equipe responsável pelos reajustes de preços da Petrobras (PETR3; PETR4). Ao todo, a Petrobras mudou os valores da gasolina e do diesel 16 vezes e mesmo com um ciclo de cortes, o preço dos combustíveis termina o ano até 34% mais caros. Entre os motivos de altas e baixas, estão a volatilidade do petróleo no mercado internacional e uma certa pressão política às vésperas das eleições presidenciais. A gasolina termina o ano quase estável, apenas 0,32% mais baixa, com o litro custando R$ 3,08 nas refinarias. Já o diesel está 34,43% mais caro do que em janeiro, custando R$ 4,49 o litro do combustível. A Petrobras começou o ano com uma alta no dia 12 de janeiro. Na época, o litro da gasolina passou de R$ 3,09 para R$ 3,25, enquanto o diesel subiu de R$ 3,34 para R$ 3,61. Depois disso, o preço dos combustíveis subiram mais quatro vezes no caso do diesel e três vezes a gasolina. As altas são compatíveis com a elevação no preço do barril de petróleo no início do ano, com a recuperação mundial e a guerra na Ucrânia endash; que reduziu a oferta do produto em um momento de alta na demanda. Dança das cadeiras Por mais que a Petrobras siga uma política de preços que leva em conta a paridade internacional, para não promover valores muito diferentes do resto do mercado, Jair Bolsonaro não gostou da onda de altas. Isso fez com que cabeças rolassem na liderança da companhia. Só no ano passado, a cadeira de CEO da Petrobras foi ocupada por quatro executivos, incluindo o interino Fernando Borges, que permaneceu por uma semana. Quem começou na liderança da Petrobras logo que Bolsonaro tomou posse foi Roberto Castello Branco. Em abril de 2021, ele foi substituído pelo general Joaquim Silva e Luna, que ficou no poder por um ano. As altas nos preços dos combustíveis fez com que José Mauro Ferreira Coelho assumisse e deixasse o cargo em 40 dias. No dia 28 de junho, entrou Caio Mário Paes de Andrade, que permanece no cargo até hoje. Relembre quem liderou a Petrobras no mandato de Jair Bolsonaro Roberto Castello Branco De 03 de janeiro de 2019 até 13 de abril de 2021 Joaquim Silva e Luna De 16 de abril de 2021 até 13 de abril de 2022 José Mauro Ferreira Coelho De 14 de abril de 2022 até 20 de junho de 2022 Fernando Borges (interino) De 20 de junho de 2022 até 27 de junho de 2022 Caio Mário Paes de Andrade Desde 28 de junho de 2022 Onda de cortes Pouco menos de um mês de Andrade no cargo, a Petrobras passou a cortar o preço dos combustíveis. De lá para cá, foram nove quedas endash; cinco da gasolina e quatro do diesel. Além da mudança na liderança, os cortes também estão relacionados à intensificação da corrida eleitoral. Na época, Bolsonaro aproveitou a queda nos preços em sua campanha. Os reajustes da Petrobras, somados às medidas do governo para controle dos preços dos combustíveis e energia elétrica, ajudaram a derrubar a inflação, que se encontrava em dois dígitos. Em outubro, houve uma pressão do mercado para uma alta nos preços, uma vez que o mercado nacional estava defasado em relação ao internacional. Mas a empresa se manteve firme em sua decisão. A última redução da companhia foi no início do mês, quando reduziu em R$ 0,20 o litro da gasolina e R$ 0,40 o diesel.

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Revendedor, atenção às validades dos decretos

O painel do Decreto 10.634, de 22 de fevereiro de 2021, que determinou a obrigatoriedade aos postos revendedores em informar os valores estimados dos preços dos combustíveis automotivos, com os valores dos tributos (PIS/PASEP, Cofins, CIde e ICMS) e o valor médio regional no produtor ou no importador CONTINUA SENDO OBRIGATÓRIO EM 2023. A Fecombustíveis continuará disponibilizando as informações aos seus sindicatos filiados para exposição dessa placa de preços. PERDE A VALIDADE: DECRETO 11.121 Já o painel do Decreto 11.121, de 6 de julho de 2022, que estabelece a obrigatoriedade de divulgação transparente dos preços dos combustíveis automotivos praticados em 22 de junho de 2022 ACABA EM 31/12/2022, não sendo mais necessária a sua exposição pelos postos revendedores.

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Petrobras tenta manter processo de reconstrução feito a partir de 2016

Depois de ficar no centro das investigações da Lava-Jato por denúncias de corrupção nos governos do PT e de atingir um endividamento recorde, a Petrobras passou por um processo de reconstrução a partir de 2016. Foi um processo gradual, que permitiu à empresa ter hoje uma situação financeira mais confortável. Os avanços foram garantidos tendo como alicerce uma governança corporativa mais robusta. Esse sistema de regras, embora ajude a blindar a empresa, foi colocado à prova no governo de Jair Bolsonaro (PL), quando a companhia foi alvo constante de tentativas de interferência política. Esse risco volta a existir a partir de 1 de janeiro, considerando sinais emitidos pelo governo eleito e pelo Legislativo. As mudanças aprovadas pela Câmara na Lei das Estatais derrubaram as ações da Petrobras. A queda foi de 10% no dia seguinte à votação. Na história recente, a Petrobras teve performances muito diferentes mesmo contando, nos períodos analisados, com um preço do petróleo tipo Brent parecido, na faixa dos US$ 100 por barril. O Brent situou-se US$ 99 por barril, em média, nos 12 meses encerrados em setembro de 2022. É um valor 8% menor que os US$ 107 por barril do período de 12 meses até setembro de 2014, em plena Lava-Jato. O desempenho operacional da companhia, porém, foi melhor no período mais recente.

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Petrobras (PETR4) aprova projeto da planta de lubrificantes e combustíveis do GasLub

A Petrobras (PETR3;PETR4) aprovou, na última quinta-feira (22), o projeto de engenharia para implantação de unidades para produção de combustíveis e lubrificantes no Polo GasLub, em Itaboraí (RJ). O projeto contempla unidades de Hidrocraquamento Catalítico (HCC), de Hidrotratamento (HDT), de Desparafinação por Izomerização por Hidrogênio (HIDW), unidades auxiliares, utilidades e off-sites (extramuros). De acordo com comunicado, na próxima etapa serão realizados os estudos de engenharia básica que suportarão o planejamento do projeto. Seguindo a governança de aprovação de projetos da companhia, a conclusão da fase de planejamento apoiará a decisão final de investimento e o processo das contratações para início das obras. eldquo;A implantação da planta de lubrificantes e combustíveis do GasLub integra a estratégia da estatal para expansão e adequação de um parque de refino mais moderno, com produtos de maior valor agregado e qualidade para atendimento ao mercadoerdquo;, diz comunicado. eldquo;Com esta nova unidade, a Petrobras se posicionará entre os produtores de óleos básicos lubrificantes de Grupo II, mais avançados.erdquo; Além disso, esta nova configuração permitirá o uso adequado e rentável de grande parte das instalações e unidades do antigo Comperj, viabilizando o processamento de correntes intermediárias oriundas da REDUC e eliminando restrições operacionais. Como resultado, o conjunto de unidades terá capacidade aproximada de produzir 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes de Grupo II, além de 75 mil bpd de Diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1), de baixíssimo teor de enxofre.

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Vendas de etanol pelas usinas do centro-sul sobem 10,26% na 1ª quinzena de dezembro

As usinas do centro-sul do Brasil comercializaram 1,14 bilhão de litros de etanol na primeira quinzena de dezembro, um aumento de 10,26% em relação ao mesmo período da safra 2021/2022, informou nesta segunda-feira a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), apontando também uma moagem residual da matéria-prima enquanto a temporada 2022/23 caminha para o final. No mercado interno, o volume de etanol hidratado comercializado foi de 595,56 milhões de litros, alta de 7,4% em relação ao mesmo período da safra anterior. As vendas domésticas de etanol anidro (misturado à gasolina) totalizaram 479,17 milhões de litros, avanço de 8,52%. Com as vendas da primeira quinzena, o total de álcool hidratado comercializado no mercado interno, no acumulado da safra iniciada em abril, somou 11,51 bilhões de litros (-0,99%). Já o volume negociado de anidro atingiu 7,75 bilhões de litros (+6,29%). MOAGEM E PRODUÇÃO A moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de dezembro na região centro-sul totalizou 5,61 milhões de toneladas, versus 769 mil toneladas no mesmo período do último ano, quando o setor encerrou as atividades mais cedo por conta de uma safra menos volumosa, entre outros fatores. No acumulado da safra até o final da primeira quinzena, a moagem atingiu 538,98 milhões de toneladas, superando o total processado na safra inteira em 2021/2022 (524,1 milhões de toneladas). Apesar do salto na quinzena, o processamento ficou abaixo da expectativa por chuvas, segundo a SeP Global Commodity Insights, que apurou em uma pesquisa 6,58 milhões de toneladas no período. eldquo;Parece que as chuvas na primeira quinzena de dezembro prejudicaram as operações, com algumas usinas tendo que deixar um pouco de cana nos camposerdquo;, disse Luciana Torrezan, head de análise de açúcar da SeP Global Commodity Insights. Segundo a Unica, na próxima divulgação quinzenal, uma avaliação dos resultados no período de abril a dezembro deve esclarecer o potencial tamanho da safra que se encerra em 31 de março. Na primeira quinzena de dezembro, 36 unidades produtoras encerraram a moagem de cana-de-açúcar do atual ciclo. No acumulado, o encerramento de safra atinge 211 unidades. No início da segunda quinzena de dezembro, 47 unidades estavam em operação no Centro-Sul ante 7 na mesma época da safra 2021/2022. A produção de açúcar na primeira metade de dezembro totalizou apenas 298 mil toneladas, disse a Unica, acrescentando que no acumulado desde o início da safra o volume totaliza 33,29 milhões de toneladas (+3,84%). A produção de etanol na primeira quinzena atingiu 482,62 milhões de litros (+144,67%). No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola, a fabricação do biocombustível totalizou 27,15 bilhões de litros (+2,52%), dos quais 15,63 bilhões consistem em combustível hidratado (-0,65%) e 11,52 bilhões em anidro (+7,16%).(Reuters)

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