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Etanol: preços podem subir em paridade com a gasolina

Os preços do etanol poderão subir nas próximas semana frente a paridade com a gasolina A no mercado interno com o mercado internacional, que segundo dados da ABICOM (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) está em defasagem de R$0,19/l. Em Paulínia, o etanol hidratado segundo o indicador CEPEA fechou na última semana em R$ 2,98/l sem impostos, registrando alta de 12,6% comparado com a primeira semana de outubro. O movimento de alta, segundo analistas do Itaú BBA, se deve as boas chuvas (normais para o período) nas regiões canavieiras que dificultam a colheita, reduzindo a oferta do biocombustível. Segundo o relatório da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar e Bioenergia), na primeira metade de outubro foram produzidos 1,38 bilhão de litros de etanol (+10,7%), sendo 664 milhões de litros de hidratado e 711 milhões de litros (+1,6%) de anidro (+20,8%). A elevação das cotações do hidratado nas usinas já começaram a chegar nas bombas. No Estado de São Paulo, principal polo consumidor de biocombustível, a paridade com a gasolina está em 71% segundo os últimos dados da ANP (Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) da semana do dia 9/10 a 15/10. eldquo;Para o próximo mês também será importante atenção relacionada a volta da CIDE e do PIS/COFINS nos combustíveis, que está previsto para jan/22erdquo;, disseram os analistas.

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Equipe de transição do governo já pensa em discutir a mistura do biodiesel no Brasil, afirma MME

O Governo Federal irá discutir uma posição sobre a mistura do biodiesel no diesel de 2030 com a atual equipe de transição, segundo a Reuters em parceria com o Ministério de Minas e Energia. Curiosamente, a resolução ainda é de competência do atual Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), do qual a futura gestão federal ainda não faz parte. Atualmente, a proporção obrigatória do biodiesel no diesel, em solo brasileiro, é de apenas 10%. No entanto, existe uma grande expectativa no setor produtivo de que seja retomado um cronograma feito em 2018, que havia sido suspenso pelo governo federal e que prevê um aumento da mistura para 14% a partir de janeiro de 2023, aumentando para 15% a partir de março. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o tema está previsto para ser debatido na reunião ordinário do CNPE, que está marcada para o dia 8 de dezembro. Enquanto isso não ocorre, persiste entre os produtores de biodiesel a incerteza quanto ao volume de soja, sendo esta a principal matéria-prima do biodiesel brasileiro, a ser destinado a produção de óleo já a partir de janeiro, para atender as necessidades exorbitantes das distribuidoras. Neste sentido, alguns representantes do setor ouvidos pela Reuters analisam que, em caso de omissão pelo CNPE, ou por falta de consenso, automaticamente voltaria a valer o cronograma aprovado em 2018, que conta com uma mistura maior para o biodiesel. Demanda de soja terá aumento considerável com nova medida Sendo assim, se a escolha do cronograma foi concretizada, a retomada teria o potencial de aumentar a demanda de soja para biodiesel em 52% em relação a este ano, conforme um relatório publicado pela Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio). Atualmente, um dos atores à frente das tratativas é o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) Pedro Lupion (PP-PR). Ele afirmou à Reuters que a conversa com a equipe de transição, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, ainda está muito embrionária. Ou seja, o tema ainda é delicado diante da transição de governos e os temas pertinentes ao setor energético brasileiro. Por outro lado, Lupion acredita, no entanto, que a tendência é de aumento na mistura no próximo governo, especialmente em função do próprio histórico petista de incentivo ao biocombustível. Entretanto, somente o tempo poderá dizer como essa questão será abordada pelo novo governo. Além disso, Lupion, referindo-se a Miguel Rossetto, ex-ministro do Desenvolvimento Agrário do primeiro governo petista, afirmou que eldquo;Eu acho que não é nem tanto só pela questão da descarbonização. É mais uma questão de que, como a política surgiu lá atrás, no governo Lula, com o Rossetto, eles tendem a defendê-laerdquo;. Por fim, como as usinas brasileiras de biodiesel estão operando abaixo da capacidade, conforme as informações mencionadas, o tempo do novo governo para resolver a questão é acelerar a produção é curto, ou seja, o setor continuará em alerta durante os próximos meses.

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Veículo Elétrico da fabricante do iPhone pode se tornar o primeiro carro elétrico popular do mercado

A Foxconn, fabricante do iPhone, planeja desenvolver um carro elétrico popular até o próximo ano. O veículo chamado de Project X contará com auxílio da plataforma do consórcio MiH. A empresa de Taiwan, Foxconn, bastante reconhecida por ser a principal fabricante do iPhone, continua investindo em sua entrada no mercado de carros elétricos, e recentemente apresentou uma solução para o setor de modelos econômicos, o Project X, que pode ser o primeiro carro elétrico popular do mercado. O projeto foi apresentado no evento MiH Demo Day, do consórcio MiH (Mobility in Harmony), liderado pela empresa, mas que também inclui a Microsoft, Lordstwon, Tata, e Tomtom. Project X faz parte do ecossistema de carros elétricos BYOV O intuito do consórcio, que conta com mais de 2,5 mil empresas, é desenvolver um ecossistema de veículos elétricos com padrões abertos, e o elétrico popular da fabricante do iPhone é a solução planejada para o setor A, o de carros econômicos. Vale ressaltar que o projeto para o desenvolvimento de um carro elétrico popular ainda está em seus passos iniciais. Agora, o consórcio MiH está buscando parceiros para contribuir com o desenvolvimento da plataforma, isto é, investirem no projeto e compartilharem suas tecnologias. O Project X faz parte do ecossistema de carros elétricos Build Your Own Vehicle (BYOV). O uso de um design modular pode reduzir o custo final do carro elétrico popular, deixando-o mais acessível ainda. Com essa nova plataforma, a fabricante do iPhone planeja conseguir desenvolver um veículo elétrico compacto para até três passageiros com um preço realmente popular. Talvez o veículo não seja tão barato em sua chegada ao mercado, entretanto, a proposta é lançar um modelo mais acessível que os veículos equivalentes de empresas rivais. O grande impasse que deve ser superado na criação do modelo da Foxconn é o valor de suas baterias. A tendência é que esse veículo seja bastante leve, desta forma, deve contar com baterias menores, mas mantendo uma boa autonomia. Outros modelos elétricos apresentados durante o evento É importante destacar que o carro elétrico popular da fabricante do iPhone com a plataforma Project X do MiH só deve ser apresentado até o final do próximo ano, assim ainda será necessário esperar muito até sua chegada. Além do veículo elétrico da Foxconn, o evento contou com diversas outras novidades do consórcio MIH. Já há outros carros elétricos desenvolvidos pela fabricante do iPhone criados na plataforma aberta MiH, como, por exemplo, o esportivo Model E, o ônibus Model T, Model B e a picape Model V, além do SUV Luxgen n7, que antes era chamado de Model C. Com o design modular e interfaces padronizadas, é possível criar produtos com menor custo e menos tempo. O consórcio afirma que isso pode gerar novos modelos de negócio para empresas de compartilhamento de carros e provedores de serviços de mobilidade. A empresa cita oportunidades para serviços de logística e operadores de frota, além de novas marcas de carros elétricos. Nissan lança novo carro elétrico popular A Nissan decidiu ampliar sua linha de carros elétricos com a chegada do Sakura, um veículo elétrico urbano zero emissões que pode ficar famoso no seu mercado de lançamento, no Japão, isso porque seu preço estimado é de R$ 67 mil e conta com um conjunto de equipamentos impressionante. Já em relação ao desempenho, o carro elétrico popular conta com um motor que pode chegar a 63 cavalos e 19,9 kgfm de torque, podendo oferecer uma maior agilidade no trânsito urbano, com arrancadas interessantes. O veículo pesa cerca de 1 mil kg e consegue chegar a uma velocidade máxima de 120 km/h.

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Rascunho da COP27 isenta combustíveis fósseis

A agência climática da ONU publicou, nesta quinta (17/11), um primeiro rascunho do que poderá ser o documento final da COP27. O texto em circulação não exige a redução gradual de todos os combustíveis fósseis, como Índia e União Europeia haviam solicitado. emdash; O documento repete a meta da COP26, de eldquo;acelerar as medidas para a redução progressiva da energia a carvão ininterrupta e eliminar gradualmente e racionalizar os subsídios aos combustíveis fósseis ineficienteserdquo;. emdash; Desde o início da conferência, membros de ONGs e países apontam a grande quantidade de representantes da indústria de petróleo e gás natural presentes no evento endash; Cresce número de lobistas de energias fósseis nas negociações climáticas da COP27 Reivindicação dos países em desenvolvimento e emergentes, a criação de um fundo para perdas e danos não está no texto preliminar. Este apenas eldquo;saúdaerdquo; o fato de que as partes concordaram, pela primeira vez, em incluir o tema na agenda da COP. emdash; O documento não inclui um cronograma para decidir se um fundo separado deve ser criado, ou como deve ser. Isso não significa, porém, que os negociadores não irão incluir algo relativo ao tema no documento final, previsto para a noite de sábado (19/11). A segurança energética é um tema que perpassa as discussões climáticas com mais força este ano, após os choques inflacionários provocados pela invasão da Ucrânia, com ameaças ao suprimento de óleo, gás e combustíveis. O texto eldquo;enfatiza a importância de envidar todos os esforços em todos os níveis para atingir a meta de temperatura do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C além dos níveis pré-industriais e buscar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriaiserdquo;. (Valor)

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Petróleo fecha em baixa, com incertezas na demanda global

Os contratos futuros de petróleofecharam em forte queda nesta quinta-feira (17), com aumento das incertezas da demanda global e aumento de casos de Covid-19 na China. Hoje, falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) também ficaram no radar de investidores. Um dos efeitos foi a valorização do dólar, que pressiona as cotações da commodity, que é cotada na moeda americana. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em baixa de 4,62% (US$ 3,95), a US$ 81,64 o barril, enquanto o Brent para janeiro de 2023 negociado na Intercontinental Exchange (ICE) recuou 3,32% (US$ 3,08), a US$ 89,78 o barril. De acordo com levantamento da Iniciativa Conjunta de Dados das Organizações (Jodi, pela sigla em inglês), a demanda global por petróleo subiu em setembro para o segundo nível mais alto do ano, estando acima do nível pré-pandemia. A preocupação com a demanda global vem sendo um drive recorrente do petróleo, segundo análise da Oanda. Para analistas do Citi, os investidores não devem se manter otimistas, principalmente com as novas infecções da China. eldquo;A reabertura do comércio no país está enfraquecida, embora o governo ainda esteja relaxando algumas de suas medidas mais draconianaserdquo;. A situação de Covid na China também é mencionada como um aspecto para o valor do petróleo em análise da Oanda. Ainda, de acordo com a consultoria, a commodity segue reagindo ao risco geopolítico causado pelo míssil que atingiu a fronteira da Polônia com a Ucrânia. eldquo;Sem uma escalada imediata na guerra na Ucrânia, podemos ver os comerciantes de energia se fixando no teto do preço do petróleo bruto russo, que vigora no início do próximo mêserdquo;, avalia. A sessão também foi marcada por falas hawkish de dirigentes do Federal Reserve (Fed). Hoje, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, defendeu que as taxas de juros devem ser elevadas para a casa dos 5% a 5,25%. Já o membro do Conselho do Fed, Philip Jefferson, defendeu que a inflação baixa é eldquo;a chave para alcançar uma expansão longa e sustentada endash; uma economia que funciona para todoserdquo;.

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Entenda por que o preço dos combustíveis tem subido nos postos, mesmo sem reajuste da Petrobras

O último reajuste da Petrobras nos preços dos combustíveis vendidos às distribuidoras ocorreu há mais de um mês. Para a gasolina, a última mudança foi em 2 de setembro, quando caiu 7%; para o óleo diesel, em 20 de setembro, com uma queda de 5,85%. Desde então, o preço do petróleo subiu no mercado internacional, mas a estatal não repassou esse aumento. Ainda assim, o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP) indicou aumentos constantes na média dos valores cobrados aos consumidores nos postos nesse período. A situação pode ser explicada por dois fatores: o aumento no preço do etanol anidro, que compõe 27% da gasolina vendida nos postos no Brasil e o próprio aumento no valor internacional do petróleo. Embora a Petrobras tenha permitido que uma certa defasagem entre os preços praticados no Brasil e no exterior se formasse - cerca de 2% para a gasolina e 4% para o diesel, de acordo com cálculo mais recente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) -, ainda há reflexos. Esses reflexos surgem porque a Petrobras não é a única empresa fornecedora. Há a refinaria privada de Mataripe, na Bahia, que normalmente tem preços um pouco acima da Petrobras e reajusta semanalmente os valores que pratica. Embora as subidas afetem mais os mercados baiano e sergipano, ainda ajudam na subida da média nacional. Além disso, há os próprios importadores - o Brasil importa cerca de 6% da gasolina que utiliza e 25% do diesel - que são obrigados a seguir as cotações das bolsas de valores internacionais. Em relação ao etanol, o preço subiu 16,1% desde setembro. A alta do biocombustível tem sido causada pela valorização do açúcar, que concorre com a produção de etanol, e pelo atraso da safra deste ano. De acordo com dados da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o litro do etanol anidro passou de R$ 2,83 em 11 de setembro para R$ 3,29 em 11 de novembro. Nos postos, o etanol hidratado também tem sentido a pressão, passando de R$ 3,37 em setembro para R$ 3,79 na semana passada, alta de 12,5%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Demanda alta eldquo;A gasolina que a gente usa é a C, e não a A, cujo preço é controlado pela Petrobras nas refinarias e que leva 27% de álcool anidro para ser vendida aos postos. Houve uma valorização dos produtos da cana-de-açúcar, e essa valorização está chegando no álcool anidro, o que por sua vez aumenta o preço da gasolinaerdquo;, explica o coordenador adjunto do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, que considera a alta uma questão sazonal. Segundo ele, o aumento registrado pela gasolina tem sido eldquo;discretoerdquo;, se comparado à queda que o combustível teve nos últimos meses por conta da redução de impostos. O preço médio da gasolina ultrapassou os R$ 5 por litro na semana passada, segundo a ANP, patamar que não era registrado desde a segunda semana de setembro deste ano. Em relação aos preços anteriores à alta do etanol, o preço da gasolina subiu 4,3% desde meados de setembro até a semana passada. Na última segunda-feira, 14, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Cepea) informou, em relatório, que a demanda pelo etanol anidro continua aquecida, devido ao aumento de consumo da gasolina, o que não afetou o etanol hidratado. eldquo;Inclusive, em um cenário de proximidade do encerramento da safra 2022/23 no Centro-Sul e de foco das usinas na entrega de produto via contrato de ano-safra, algumas distribuidoras estudam adquirir novas quantidades do anidro no mercado spot paulistaerdquo;, afirmou o Cepea. Futuro De acordo com o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), James Thorp Neto, a maior preocupação do setor no momento é a provável alta em relação ao preço dos combustíveis que deve ocorrer a partir de 1º de janeiro, quando termina o prazo para a vigência da redução dos impostos Cide e PIS-Cofins sobre os combustíveis, que ajudou a elevar as vendas dos postos de abastecimento. eldquo;Estamos com uma grande expectativa do que vai ocorrer em relação à questão da carga tributária. Os impostos foram zerados e poderá ter um impacto nas vendas a partir de 1º de janeiro. Ainda não sabemos como vai sererdquo;, afirma. O economista e pesquisador Edmar Almeida, do Instituto de Energia da PUC-RJ, concorda que a recente alta da gasolina é puxada pelo encarecimento do etanol anidro, de natureza sazonal, mas que também é uma reação à escalada das cotações internacionais do combustível, que baliza a política de preços dos agentes privados no mercado. eldquo;No caso do etanol, estamos em um momento de entressafra e a demanda de etanol continua alta. É normal o preço subir nesse período. Faz parte do script essa variação do preço no fechamento da safraerdquo;, diz Almeida. eldquo;Mas esse preço também evolui de acordo com o mercado internacional, principalmente as refinarias totalmente privadas. O mercado nacional segue de perto o preço de importação. Esse preço tinha caído muito até outubro, mas voltou a subir, principalmente nos últimos diaserdquo;, continua o especialista. eldquo;Estes dois fatores endash; outros ofertantes e preço do etanol anidro endash; fazem com que, mesmo a Petrobras não reajustando o preço dos combustíveis, haja mudança, que nestes últimos dois meses foram aumentos, no preço finalerdquo;, arremata o economista Eric Gil Dantas, do Observatório Social da Petrobras.

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