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Etanol: hidratado sobe 4,07% e anidro valoriza 1,33% na semana

Os etanóis anidro e hidratado fecharam a última semana de setembro (26 a 30/09) em alta pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A maior valorização ocorreu no etanol hidratado, usado nos carros flex ou originalmente a álcool, que subiu 4,07% na semana, cotado a R$ 2,4999 o litro, contra R$ 2,4022 o litro da semana anterior. O anidro, usado na mistura com a gasolina, subiu 1,33% comercializado a R$ 2,8793 o litro na última semana contra R$ 2,8415 o litro da semana de 19 a 23 de setembro. Esta foi a terceira semana consecutiva de alta do indicador do anidro. Indicador Diário Paulínia Após cinco dias seguidos em alta o Indicador Diário Paulínia para o etanol hidratado voltou a cair na última sexta-feira, 30 de setembro. O biocombustível foi negociado a R$ 2.636,50 o m³, contra R$ 2.648,00 o m³ praticado na quinta-feira, desvalorização de 0,43% no comparativo. O Indicador acumulou alta de 8,19% no mês de setembro.

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Petróleo fecha em queda, com dólar e Opep+ no radar

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira (30). Investidores seguem na expectativa pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), na próxima quarta-feira (5). Os principais integrantes do cartel vão iniciar discussões sobre um possível corte na produção de óleo, de acordo com a Reuters. O petróleo WTI para novembro fechou em baixa de 2,14% (US$ 1,74), em US$ 79,49 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), com alta semanal de 0,95%. Já o Brent para dezembro recuou 2,34% (US$ 2,04), a US$ 85,14 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE) e perdeu 1,17% na semana. O óleo chegou a subir durante a madrugada, mas depois virou para baixo, em meio à valorização do dólar endash; movimento que arrefeceu depois. De acordo com o economista da Oanda Edward Moya, as perspectivas de demanda de petróleo não estão recebendo nenhum favor de dados econômicos ou relatórios corporativos. Além disso, ele ressalta que a Opep+ terá um trabalho fácil na próxima semana, eldquo;mas os preços do petróleo não subirão até que os comerciantes de energia estejam confiantes de que uma redução agressiva da produção em cerca de 1 milhão de bpd será entregueerdquo;, analisa. Para a Capital Economics, a Opep+ está preocupada com a queda dos preços desde sua última reunião e com o enfraquecimento da demanda, já que a economia global parece prestes a entrar em recessão. eldquo;No entanto, muitos membros da Opep+ estão produzindo muito menos petróleo do que suas cotas. Como resultado, o impacto real no fornecimento será marcadamente menor do que o corte principal da cota do grupoerdquo;, explica a consultoria.

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Para aéreas, combustível sustentável ainda é incerto

Embora o setor aéreo venha defendendo fortemente o uso de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) como parte importante do processo de descarbonização, executivos de companhias aéreas relatam que não só a oferta do insumo é uma preocupação: segundo eles, ainda há incertezas acerca da disponibilidade, nos próximos anos, de aeronaves capazes de voar 100% SAF. A avaliação é que, essa alternativa depende principalmente dos fabricantes de motores e aeronaves. Hoje, companhias aéreas já utilizam SAF, com um limite regulatório de 50%. No plano das companhias aéreas está previsto que o combustível represente pelo menos 65% da demanda global das aeronaves até 2050, quando o setor pretende atingir a meta de carbono zero. Atualmente, a representatividade do SAF no consumo global não chega a 2%: a capacidade de produção do insumo é de 100 milhões de litros por ano. Para o CEO da Gol, Celso Ferrer, o papel das fabricantes é fundamental para garantir um futuro com aeronaves 100% SAF ou até mesmo com outros combustíveis sustentáveis, como hidrogênio, por exemplo. eldquo;O que temos tentado fazer é deixar claro que há demanda e que temos disposição para incentivar a produção em alta escala. O papel das fabricantes é fundamental neste contexto, mas não temos ainda uma visibilidade da vida útil (do motor)erdquo;, disse durante fórum promovido pela Boeing. Ele acrescenta que os testes desses motores já vêm sendo feitos e que há uma confiança no mercado que haverá motores Pesquisa Para voar 100% SAF, um motor ainda precisa ser desenvolvido, afirma presidente da Azul testados e seguros para voos 100% SAF. eldquo;Todo mundo está presumindo que vamos ter motores com essa tecnologia daqui a alguns anos.erdquo; O CEO da Azul, John Rodgerson, aponta que os efeitos de longo prazo do uso integral de SAF nos motores das aeronaves ainda não são totalmente conhecidos. eldquo;Temos de ter certeza que qualquer combustível é 100% seguro, uma coisa é fazer testes, mas isso ainda não foi feito no longo prazo.erdquo; O executivo diz que, para voar 100% SAF, um motor precisa ser desenvolvido para isso. eldquo;O motor tem de ser feito para SAF, e hoje não temos isso, não há uma turbina certificada para esse combustível. O que estamos dispostos a fazer é trabalhar juntos para deixar claro que, quando tiver o motor pronto, vamos demandar.erdquo;

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Brasil mira 15% do crédito de carbono

Um grupo de empresas começou a se preparar para um mercado que promete ser bilionário no Brasil: o crédito voluntário de carbono, que é aquele em que não existe uma obrigação na lei. Estudo da consultoria Mckinsey aponta que o Brasil pode dominar 15% desse setor até o fim da década. A consultoria aponta que, apenas por aqui, esse mercado pode movimentar cerca de US$ 2 bilhões, ou mais de R$ 10 bilhões, já 2030. No entanto, atingir esse potencial depende do aumento da oferta de crédito de carbono no mercado endash; algo que precisa ser corrigido se o Brasil não quiser perder o bonde. A Mckinsey afirma que o setor precisa crescer muito: a geração de créditos para compensação de emissões teria de crescer dez vezes em relação ao que está disponível atualmente. De olho nesse potencial, pesos-pesados do País se uniram para aproveitar essa oportunidade de receita. Nesse grupo está um heterogêneo conjunto de empresas, dos mais diversos setores, como indústria, cosméticos, agronegócio e commodities: Amaggi, Auren, B3, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), Dow, Natura, Raízen, Vale e Votorantim. Segundo a Mckinsey, o Brasil pode acelerar a venda de créditos de carbono tanto por meio de soluções naturais, como a preservação da floresta, quanto por ações de reflorestamento e de implantação de sistemas florestais em áreas degradadas. Outra possibilidade são as iniciativas para evitar a emissão de gases que contribuem para o efeito estufa. A movimentação do mercado de carbono tem como mola propulsora o cumprimento da meta global, estabelecida no Acordo de Paris, em 2015, de que a temperatura do planeta aumente no máximo em 1,5º Celsius até 2050. eldquo;Estamos criando mecanismos para destravar esse mercadoerdquo;, diz o sócio da consultoria no Brasil, Henrique Ceotto, um dos responsáveis pela iniciativa. REGRAS. O estudo da Mckinsey também aponta que a troca de créditos de carbono precisa se tornar um mercado estruturado. Isso quer dizer que será necessário desenvolver instrumentos financeiros para compra e venda de créditos, além de sanar dúvidas sobre a tributação e a governança endash; uma vez que se trata de um segmento que não estará atrelado a metas governamentais. Outro ponto seria uma revisão de questões regulatórias que dificultam ou impedem o desenvolvimento de projetos. Entre as necessidades está uma melhoria na regulação do Cadastro Ambiental Rural, para eliminar dúvidas sobre a propriedade de terras. Ceotto frisa que a demanda por créditos de carbono voluntários está crescendo à medida que a agenda ESG (sigla em inglês para ações ambientais, sociais e de governança) ganha força nas empresas. Mas o setor esbarra no fato de a oferta de crédito de carbono ainda ser muito baixa endash; o que infla os preços, prejudicando o crescimento dessas iniciativas. eldquo;Estamos perdendo empregos, renda e PIBerdquo;, comenta o sócio da Mckinsey. Além do Brasil, outro pesopesado do mercado de carbono deverá ser a Indonésia endash; segundo a Mckinsey, o país tem um potencial de abocanhar outros 15% desse setor. Já grandes economias como EUA e China têm potencial bem menor: suas participações deverão ficar entre 2% e 3%. MOVIMENTO DE EMPRESAS. Participando dos debates sobre o mercado de carbono, o responsável pela área de sustentabilidade do Rabobank, Taciano Custódio, afirma que ter um valor tangível facilita a conversa com produtores rurais, que são o foco da instituição financeira na hora de gerar créditos. eldquo;Esse é um gatilho, especialmente para o produto rural que está acostumado a atuar num mercado muito tangívelerdquo;, comenta o executivo. Além da experiência do banco holandês com o tema sustentabilidade, o Rabobank tem na sua prateleira a opção aos clientes de eldquo;empréstimo verdeerdquo;, o que poderá auxiliálos na jornada de eldquo;produzirerdquo; crédito de carbono, tanto para compensação própria quanto para a venda no mercado. eldquo;O produtor rural tem terra, um ativo que vai muito além da produção de alimentoserdquo;, diz. Para a CBA, fabricante de alumínio do grupo Votorantim, a iniciativa reflete também a meta da empresa de ser eldquo;carbono neutraerdquo; até 2050. Segundo o gerente geral de sustentabilidade da empresa, Leandro Campos, a companhia já utiliza energia gerada a partir de fontes 100% renováveis, além de ter um projeto de reflorestamento para gerar créditos de carbono. Para compensar toda a sua pegada de carbono até 2050, porém, a CBA precisará comprar créditos de fontes externas endash; diante do impacto de sua atividade, precisará completar uma fatia de 10% de sua meta. eldquo;Esse é um problema que só se resolve com multidisciplinaridadeerdquo;, aponta Campos. ebull;

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Preço do diesel recua 1,21% nos postos do País

O preço médio do litro do diesel 500 recuou 1,56% nos postos do País após a última redução feita pela Petrobras, de 5,80%, no dia 20, e foi comercializado em média a R$ 6,90 nos primeiros quatro dias após o reajuste. Já o diesel S-10, o mais consumido, recuou 1,21% e fechou o período a R$ 7,10 o litro, segundo o Índice de Preços Ticket Log (IPTL).

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País tenta ressuscitar fábrica de chips com dívida de R$ 600 milhões

Anunciada em 2012 e com previsão de início de operações em três anos, mas inativa até agora, a fábrica de semicondutores da Unitec em Minas Gerais, um investimento de R$ 1,2 bilhão, virou uma espécie de eldquo;iscaerdquo; para atrair grupos internacionais para produzir o componente no Brasil. Hoje, ele é importado da Ásia, e sua escassez desde o início da pandemia tem provocado paradas em várias fábricas no mundo, principalmente nas de veículos. Os dois principais acionistas da Unitec são, atualmente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a empresa argentina Corporación America, com 33% de participação cada. Os minoritários são o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e as empresas Matec e Intecs. O uso de suas instalações e infraestrutura em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, poderia antecipar em dois anos o início da produção local de chips. Uma fábrica nova pode levar no mínimo quatro anos para ficar pronta. Foi esse eldquo;benefícioerdquo; endash; de já ter estrutura para acelerar o processo endash; que um grupo de dirigentes do setor automotivo e representantes do governo federal apresentou a dois fabricantes de semicondutores em viagem ao Japão nas duas últimas semanas. Um deles é a Renesas, uma das grandes produtoras de chips no mundo, com sede em Tóquio. O governo brasileiro também informou que, em breve, editará uma medida provisória estabelecendo desoneração tributária, alternativas de financiamento e infraestrutura a interessados em investir na produção local. MERCADO. Outro ponto destacado pelo grupo é o tamanho do mercado brasileiro. Só a indústria automotiva deve demandar quase 4 bilhões de chips por ano, tendo como base uma produção anual de 2,3 milhões de veículos, segundo cálculos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Cada carro novo tem aproximadamente 1,5 mil microchips. eldquo;Dirigentes das duas empresas japonesas (uma pediu para não ter o nome divulgado) ouviram as propostas, pediram mais informações e vão agendar novos encontros, aqui no Brasil, para discutir o temaerdquo;, diz o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, que liderou o grupo em visita ao Japão. Ele lembra que, em vários países, especialmente na Ásia, há 29 fábricas de semicondutores em construção, projetos iniciados antes da crise de escassez provocada pela pandemia. eldquo;Hoje, para comprar equipamentos para a produção, há fila de espera de dois a três anos.erdquo; A produção local passou a ser imprescindível para a indústria brasileira, avalia Leite. A demanda por chips, já bem elevada, vai crescer substancialmente com o uso do 5G, da internet das coisas e com a chegada de carros conectados, elétricos e autônomos. Perspectiva Com a estrutura montada, início da fabricação de semicondutores poderia ser antecipado em dois anos O fracasso da primeira fábrica da América do Sul a operar em várias etapas da produção de chips está relacionado a diversos fatores que resultaram em pedido de recuperação judicial e dívidas trabalhistas e tributárias de R$ 600 milhões. Ela foi idealizada em 2005 pelo ex-presidente da Volkswagen do Brasil Wolfgang Sauer endash; que era um dos acionistas, mas faleceu em 2013. Teve como principal sócio, ao lado do BNDES, o empresário Eike Batista, que vendeu sua parte à Corporación America em 2014, após os escândalos que levaram seu grupo à falência. Com a mudança de acionista, o nome da empresa foi alterado de Six para Unitec, o mesmo que a fábrica do grupo argentino tem em seu país, onde produz chip para cartão de celular, documento de identidade, passaporte e outras aplicações. A situação da empresa piorou em 2019, quando a IBM, então dona de 18,8% das ações e provedora da tecnologia, deixou o projeto. A matriz americana vendeu suas operações globais da área de semicondutores e o comprador não se interessou pela fábrica local. Marco Aurélio Barreto, sócio da Tauá Partner e responsável pelo processo de recuperação da Unitec, afirma que o projeto também passou por dificuldades em razão de alterações do câmbio, que elevaram os custos dos investimentos em reais, pois a maior parte dos equipamentos era importada. eldquo;O que a Unitec mais precisa é de um operador que entenda do tema, que faça design e produção de semicondutores, e tenha clientes e fornecedoreserdquo;, diz Barreto. O Brasil abriga oito empresas que realizam partes do processo de produção de chips, mas nenhuma que faça a maior parte das etapas. Em nota enviada ao Estadão, a Corporación America informa também que, em 2015, os bancos públicos suspenderam as linhas de crédito previstas. eldquo;Esta circunstância levou à necessidade de os acionistas aumentarem seus compromissos de capitalizaçãoerdquo;, diz. eldquo;A Corporación América manifestou interesse em fazer as contribuições correspondentes com os demais sócios mas, infelizmente, eles não quiseram continuar fazendo contribuições de capitalerdquo;, acrescenta a nota, eldquo;e a planta permanece em estado pré-operacionalerdquo;. A companhia argentina diz ter feito aportes extraordinários para garantir a manutenção e a proteção dos ativos da empresa, além de conceder linhas de crédito para a Unitec. Segundo informações, alguns maquinários foram vendidos. FUNCIONÁRIOS. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e região, Geraldo Valgas, a Unitec chegou a ter 150 funcionários, que prepararam a fábrica e fizeram testes de produção. Em 2020, eram apenas 30. A entidade representa dez deles em ação trabalhista que está no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O grupo pede cerca de R$ 7 milhões em indenização. Quem também tem ação contra a Unitec é o BNDES. Além de acionista, o banco emprestou R$ 173 milhões à empresa. A instituição diz que já foi determinada a expedição de carta precatória para penhora de um imóvel dado em hipoteca. Segundo o BNDES, eldquo;com o aquecimento do mercado global de semicondutores, a companhia e seus acionistas têm buscado investidores estratégicos que se alinhem ao seu plano de negócios, com vistas a tornar a empresa operacionalerdquo;. O BDMG vai na mesma linha e diz apoiar o processo de busca por um plano de reestruturação que envolva a atração de novos investidores. A Prefeitura de Ribeirão das Neves não foi envolvida na busca de novos investidores, mas afirma ter interesse em acompanhar o tema. O governo de Minas também quer atrair aportes para o setor, considerado fundamental para a economia. eldquo;Apresentações com potenciais investidores estrangeiros já foram realizadaserdquo;, diz em nota, sem informar se algum manifestou interesse.

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