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Petróleo fecha em alta, com ganhos acima de 10% na semana, após Opep+

Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta hoje, em mais uma sessão na qual a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de fazer um importante corte na produção da commodity impulsionou os preços do barril. Como resultado, na semana o ganho acumulado ficou acima de 10% para o petróleo. O movimento chamou a atenção de importantes consumidores, como os Estados Unidos, que se mobilizaram para tentar compensar a forte alta nos preços. O petróleo WTI para novembro fechou em alta de 4,74% (US$ 4,19), a US$ 92,64 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), com alta semanal de 16,64%. Já o Brent para dezembro avançou 3,71% (US$ 3,50), a US$ 97,92 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE) e ganhou 15,01% na semana. eldquo;Os preços do petróleo bruto subiram cerca de 10% esta semana, quando a Opep+ anunciou um corte de 2 milhões de barris de petróleo em sua cota de produção, o que praticamente garante que o mercado estará em déficit no quarto trimestreerdquo;, avalia a Capital Economics. Assim, a consultoria mantém sua previsão de que o preço do Brent ficará em torno de US$ 100 por barril no final de 2022. Além do impacto na oferta de petróleo, a decisão da Opep+ é significativa, pois o grupo decidiu ignorar a pressão dos Estados Unidos para aumentar a oferta, avalia. eldquo;Nas próximas semanas, poderemos ver a intervenção dos EUA no mercado de petróleo e ou em suas relações com a Arábia Sauditaerdquo;, projeta. Ontem, o presidente Joe Biden se disse desapontado com a decisão da Opep+. Em conversa com repórteres antes de embarcar no avião presidencial, o democrata disse: eldquo;estamos analisando quais alternativas podemos tererdquo;. O analista da Oanda Edward Moya lembra que um dólar forte está consumindo alguns ganhos semanais de petróleo, mas diz que isso não terá um impacto duradouro. Em sua visão, a Opep+ eldquo;mostrou suas cartas esta semana e isso manterá os mercados de petróleo muito apertados à medida que nos aproximamos do invernoerdquo;. A Opep+ eldquo;faz o que for preciso e agora está esperando para ver qual será a reação dos líderes mundiais. Os riscos do petróleo de US$ 100 estão facilmente de volta à mesa e, se for um inverno frio, poderemos ver US$ 110 antes do final do anoerdquo;, projeta.

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Petrobras: não há decisão sobre mudança em diretoria

A Petrobras divulgou comunicado há pouco em que afirma que não há, até o momento, eldquo;qualquer decisão ou procedimento interno na companhia visando à substituição de membros da diretoria executivaerdquo;. A divulgação foi em resposta a questionamento da CVM sobre reportagem publicada no jornal O Globo, segundo a qual, para tentar segurar e até reduzir os preços dos combustíveis em meio à corrida eleitoral do segundo turno das eleições neste mês, o governo federal estaria tentando trocar três diretores da estatal. A intenção seria mudar nomes do comitê responsável por decidir os movimentos de alta e queda nos preços dos combustíveis. Com a recente alta dos preços internacionais do petróleo, aumentou a pressão sobre a companhia para que não haja repasses aos preços finais da gasolina nesse momento.

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MP que suspendia créditos tributários sobre combustível perde validade

Perdeu a validade no último dia 27 a medida provisória que suspendia até o final do ano a utilização de créditos tributários gerados pela comercialização de combustíveis com alíquota zerada (MP 1.118/2022). Publicada em maio, ela chegou a ser aprovada pela Câmara dos Deputados, mas o Senado não deliberou. Segundo o Executivo, a MP evitava insegurança jurídica provocadas pela Lei Complementar 192, sancionada em março. Ela zerou as alíquotas das contribuições sociais sobre combustíveis, mas manteve permitido o creditamento tributário. Segundo o Palácio do Planalto, a situação não se justificava porque aquisições de produtos vendidos com alíquotas zero das contribuições não ensejam direito a créditos. A Câmara inseriu na MP dispositivos beneficiando o setor elétrico, que geraram resistência entre os senadores. O texto previa correção das tarifas de uso dos sistemas de transmissão pelo Índice de Atualização da Transmissão (IAT), que leva em conta a inflação, e também concedia prazo adicional de dois anos para a entrada em operação de projetos de fontes renováveis beneficiados por descontos tarifários. Emendas e requerimentos apresentados no Senado tentavam remover esses artigos. Agora, o Congresso Nacional deverá editar um decreto legislativo tratando das consequências jurídicas da MP expirada. Não há prazo para que isso aconteça. Se o Congresso não o fizer, ficam valendo as regras da MP.

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Estamos perto do piso do etanol, diz CEO da Raízen

O CEO da Raízen, Ricardo Mussa, afirmou, nesta quinta-feira (6), em entrevista à CNN, que o Brasil está chegando próximo ao piso de preço médio do etanol, sem a estimativa de grandes quedas até o fim do ano. eldquo;O etanol segue muito a tendência da gasolina. E a gasolina depende muito do mercado internacional, como é que está o preço da gasolina fora do Brasil. O que a gente viu foi uma forte redução do preço da gasolina lá fora, acompanhou a queda do petróleo, e o etanol seguiu. Estamos neste momento no meio da safra, onde há mais disponibilidade de produto, então a tendência é ainda uma pequena quedaerdquo;, afirma Mussa. eldquo;Então acho que a gente já chegou muito perto do piso do etanol, não deveria ver grandes quedas na bomba daqui até o final do anoerdquo;, continua. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilado pelo AE-Taxas, divulgado em 4 de outubro, os preços médios do etanol hidratado caíram em 21 estados e no Distrito Federal (DF), subiram em três estados (PR, GO e ES) e ficaram estáveis em um estado (Roraima) até 1º de outubro. Não houve levantamento no Amapá. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol recuou 1,75% na semana em relação à anterior, de R$ 3,430 para R$ 3,370 o litro. Mudanças de hábitos na pandemia Mussa explica que durante a pandemia da Covid-19, houve mudanças de hábitos pelos consumidores, como, por exemplo, a alta procura pelos meios de pagamentos digitais. eldquo;A adoção do consumir pelos pagamentos digitais foi enorme para ter menos contato. Então, isso foi uma aceleração do processo de digitalização. Os aplicativos, a gente usa o Shell Box para fazer pagamento, por exemplo, cresceu muito nesse momentoerdquo;, explica. Outro ponto citado foi a importância dada para as questões ambientais e de saúde. eldquo;Então a gente viu, no nosso caso, como um grande produtor de etanol, e distribuidor de combustíveis, a demanda pelo nosso produto, não só no Brasil, mas fora do Brasil, aumentou muito. As pessoas passaram a dar mais relevância. Essas questões de mudança climática passaram a ficar mais visíveis para os consumidores.erdquo;

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Petrobras reluta em subir preço dos combustíveis

O Especialista CNN em economia Alexandre Schwartsman afirmou, nesta quinta-feira (6), que, eldquo;com uma eleição no meio do caminho, a Petrobras está aparentemente relutanteerdquo; em subir os preços dos combustíveis, optando por não seguir a tendência do mercado externo. eldquo;Lembra, mutatis mutandis, a atitude do governo Dilma (Rousseff, do PT), que também segurou o reajuste da gasolina e da energia até a hora que não dava mais para segurarerdquo;, lembrou Schwartsman, levantando a hipótese de que o governo pode estar eldquo;pressionando a empresa a não promover um aumentoerdquo;. Para assistir ao vídeo, clique aqui.

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Preços dos Cbios caem para R$ 88 após mudanças em prazos e incertezas, diz Itaú BBA

Os preços médios dos créditos de descarbonização (Cbios) encerraram setembro a R$ 88,01, três meses depois de atingirem um recorde de mais de R$ 200, informou boletim quinzenal da consultoria Itaú BBA divulgado nesta quinta-feira (6). A redução nos preços se deve à prorrogação do prazo para o cumprimento das metas de aquisição pelas distribuidoras de combustíveis deste ano para setembro do ano que vem, além de incertezas relacionadas a possíveis mudanças nas regras do programa, segundo a analista do Itaú BBA, Annelise Izumi. Na segunda quinzena de junho, o preço do CBIO chegou a atingir R$ 202,65, provocando um mês depois a reação do governo, que alterou o prazo de aquisição pelas distribuidoras que tradicionalmente era até 31 de dezembro. A elevação dos preços dos CBIOs é repassada para os combustíveis nas bombas. Outro fator que está ajudando a controlar os preços, segundo Izumi, é a incerteza em relação a algumas propostas de mudanças que estão sendo estudadas pelo governo para o programa RenovaBio, como a transferência da obrigatoriedade da compra dos certificados das distribuidoras para as produtoras e importadoras de combustíveis fósseis. "Parece que o mercado está esperando algum direcionamento. Então, há negociações, mas bem mais fracas do que a gente tinha antes dessa mudança de prazo de cumprimento de metas", disse Izumi à Reuters. Até o dia 4 de outubro, a proporção de CBIOs aposentados pelas distribuidoras era de 13,6% da meta deste ano, de 36,7 milhões. Somando-se a quantidade que já foi adquirida por elas, o percentual chega a 74,1%. Do lado da oferta de CBIOs, as produtoras de biocombustíveis ainda precisam emitir o equivalente a 9,8% da meta deste ano. Nessa mesma época do ano passado, 100% das emissões necessárias já tinham acontecido. Os principais emissores de CBios são as usinas produtoras de etanol. Segundo Izumi, houve uma desaceleração na produção de etanol a partir da desoneração tributária dos combustíveis, em julho, que tornou a gasolina mais competitiva frente ao etanol, reduzindo, assim, a demanda do biocombustível. Como as usinas só conseguem emitir CBIOs ao vender etanol para as distribuidoras, a queda na demanda de etanol entre consumidores reduz as compras por parte das distribuidoras e, consequentemente, as usinas geram menos CBIOs. "Mas, neste momento, as paridades já voltam a ficar favoráveis para o etanol, mas a demanda ainda está sendo recuperada ao longo das semanas", disse a analista. (Reuters)

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