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Etanol: hidratado e anidro sobem pela quarta semana consecutiva

Os etanóis anidro e hidratado fecharam em alta na semana de 3 a 7 de outubro pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, registrando a quarta valorização semanal positiva. Desde a semana de 5 a 9 de setembro que o indicador não fecha no vermelho. O etanol hidratado, usado nos carros flex ou originalmente a álcool, foi comercializado na última semana a R$ 2,5975 o litro, contra R$ 2,4999 o litro da semana anterior, valorização de 3,90% no comparativo entre os períodos. Nas últimas quatro semanas o indicador do hidratado subiu 15,75%. Já o anidro, usado na mistura com a gasolina, subiu na semana passada 1,17%, comercializado a R$ 2,9131 o litro, contra R$ 2,8793 o litro da semana de 26 a 30 de setembro. No período de quatro semanas o indicador do anidro valorizou 3,31%. Indicador Diário Paulínia Pelo Indicador Diário Paulínia a sexta-feira (7) foi de alta nas cotações do etanol hidratado pelo terceiro dia consecutivo. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.702,00 o m³, contra R$ 2.676,50 o m³ praticado na quinta-feira, valorização de 0,95% no comparativo entre os dias.

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Preço do combustível e tributo estão na mira do setor

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês) colocou em sua agenda de longo prazo para o mercado brasileiro a necessidade de reduzir a carga tributária sobre o querosene de aviação (QAV). Segundo Peter Cerdá, esse é basicamente um problema no âmbito estadual. eldquo;Precisamos retirar a taxação sobre o combustível principalmente nas viagens internas. São impedimentos que tornam os voos mais caros para o brasileiro, especialmente em viagens domésticas. Os governos têm de entender que a aviação é um modal de transporte públicoerdquo;, afirmou. O PIS, o Cofins e a Cide estão zerados para combustível de aviação até o fim do ano, de acordo com o secretário Nacional da Secretaria de Aviação Civil (SAC) do Ministério da Infraestrutura, Ronei Glanzmann. eldquo;Estamos trabalhando para continuar com esses impostos zerados até 2023, talvez 2024 .erdquo;Ele acrescentou que, apesar da redução do teto do ICMS para combustíveis, o QAV brasileiro continua sendo um dos mais caros do mundo. eldquo;Existe um trabalho sendo feito na cadeia produtiva do combustível. O setor é muito concentrado nas mãos da Petrobras, o único grande refinador no Brasil ainda é a empresaerdquo;, disse o secretário. eldquo;No mercado brasileiro, temos basicamente três distribuidores (de QAV), mas outras empresas querem entrar e nós queremos fomentar isso, porque com competição conseguimos abaixar preçoserdquo;, acrescentou Glanzmann. Cerdá observou ainda que a guerra inesperada na Ucrânia levou a uma desaceleração da retomada do setor aéreo em todo o mundo. eldquo;O combustível ficou mais caro.erdquo; Apesar dos desafios no Brasil e na região, o diretor-geral da ACI World, Luis Felipe de Oliveira, vê a América Latina liderando a retomada da aviação global. eldquo;Sabemos que o setor vai dobrar de tamanho nos próximos 20 anos e o crescimento virá de países da América Latina, África e Ásia.erdquo;

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Por que o motor a combustão ainda pode ser um bom negócio para o Brasil

Com a eletrificação dos veículos, as fábricas de motores a combustão começam a desaparecer. Mas no Brasil, pelo menos durante alguns anos, essa tendência deve seguir o caminho inverso. Como esse tipo de motor é cada vez menos usado em mercados desenvolvidos, o Brasil, que há décadas domina esse tipo de manufatura, começa a abastecer fábricas de países que ainda produzem veículos movidos a combustíveis fósseis. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Anfavea apura alta de 19,3% na produção de veículos em setembro

A produção de veículos no País subiu 19,3% em setembro, em comparação com o mesmo mês de 2021, totalizando 207,8 mil unidades, segundo divulgou ontem a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Apesar do crescimento frente ao volume de um ano atrás, período em que a falta de semicondutores para a produção era mais grave, a indústria não conseguiu repetir o ritmo de agosto, que teve a maior marca em 21 meses, e recuou 12,7% na comparação entre os dois meses. No ano, o aumento da produção é de 6,3%, com 1,76 milhão de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Com a recomposição da oferta de carros no mercado, as vendas no mês passado (194 mil unidades) subiram 25,1% ante setembro de 2021, mas caíram 7% em relação ao mês anterior. O ritmo diário, porém, foi de 9,2 mil unidades, a melhor média do ano. Ao todo, foi vendido 1,5 milhão de veículos neste ano, 4,7% a menos em relação a igual período de 2021. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, acredita que o mercado brasileiro deve consumir mais de 637 mil veículos até dezembro, o que poderá resultar em vendas acima das 2,14 milhões de unidades projetadas para este ano. eldquo;A alta dos juros e a dificuldade em obter crédito preocupa, mas ainda temos uma demanda reprimidaerdquo;, disse Leite. Embora menos crítica, a falta de semicondutores ainda impede as fabricantes de atender todo o mercado, e há automóveis com fila de espera de até seis a nove meses. No mês passado, duas fábricas pararam a produção por falta de microchips. SEM NAVIOS. De janeiro a setembro, as exportações totalizaram 363,5 mil veículos, alta de 31,2%. No mês passado, contudo, eldquo;acendeu uma luz amarelaerdquo;, segundo Leite. Navios internacionais que estavam programados para atracar no Brasil e seguir para outros países da região atrasaram, deixando entre 10 mil e 15 mil carros nos portos. Além disso, a Argentina, maior mercado brasileiro, reduziu as compras, e a Colômbia esgotou sua cota de importação de 50 mil veículos anuais sem imposto. O resultado foi a queda de 39% na exportação de agosto para setembro (28,5 mil veículos). O setor fechou o mês com 104,6 mil funcionários, 445 a mais ante o anterior. ebull;

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Vendas do varejo têm retração de 0,1% em agosto, mostra IBGE

Afetado pela inflação de alimentos, pela alta da inadimplência e pelo encarecimento do crédito, o comércio varejista recuou 0,1% agosto. Foi o terceiro mês consecutivo de perdas, segundo os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). eldquo;O nível de inflação aumentou e corroeu o poder de compra da população, e isso está sendo amplificado (no varejo), pois parte da renda está sendo direcionada do consumo de bens para serviçoserdquo;, avaliou o economista-chefe da gestora de recursos Greenbay Investimentos, Flávio Serrano. O volume vendido encolheu em três das oito atividades pesquisadas pelo IBGE: equipamentos para informática e comunicação (-1,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui lojas de departamento (-1,2%); e artigos farmacêuticos e de perfumaria (-0,3%). Houve avanços em vestuário e calçados (13%); combustíveis (3,6%); livros e papelaria (2,1%); móveis e eletrodomésticos (1%); e supermercados (0,2%). No comércio varejista ampliado, que engloba as atividades de veículos e de material de construção, as vendas caíram 0,6% em agosto ante julho. O segmento de veículos subiu 4,8%, enquanto o de material de construção caiu 0,8%. Se por um lado a inflação deu trégua nos combustíveis, o aumento de preços dos alimentos ainda pressiona os supermercados, afirmou Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio no IBGE. eldquo;Ela (inflação) ainda contribui no sentido de reduzir o poder de compra, o orçamento disponível das pessoas para o consumoerdquo;, justificou. A inadimplência também continua em crescimento, enquanto os juros em alta detêm a expansão do crédito, formando um conjunto de fatores que manteve o varejo eldquo;andando de ladoerdquo; em agosto, explicou Santos. elsquo;CABO DE GUERRAersquo;. A contração nas vendas do comércio varejista em agosto poderia ter sido ainda maior não fossem os efeitos de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada em julho que aumentou o valor dos pagamentos do programa Auxílio Brasil e criou estímulos para caminhoneiros e taxistas, lembrou André Galhardo, economista-chefe da Análise Econômica Consultoria. eldquo;É como se fosse um cabo de guerra: a Selic (taxa básica de juros) tentando diminuir o ritmo da atividade econômica, e o governo tentando acelerarerdquo;, comparou ele. O volume de vendas do varejo chegou a agosto a patamar 1,1% acima do nível de fevereiro de 2020, período anterior ao início da pandemia de covid-19. Já no varejo ampliado, as vendas ainda operam 3% abaixo do pré-covid. Apenas os segmentos de artigos farmacêuticos, combustíveis, supermercados e material de construção estão operando acima do patamar pré-crise sanitária. Os demais estão aquém: veículos (vendas 8,4% abaixo do nível de fevereiro de 2020); móveis e eletrodomésticos (17,2%); vestuário (14,6%); equipamentos de informática e comunicação (13,8%); outros artigos de uso pessoal e domésticos (3,8%); e livros e papelaria (34,8%). ebull;

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Redução na produção de petróleo pela Opep é fracasso diplomático de Biden

Na primeira reunião presencial desde março de 2020, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu em Viena na quarta-feira cortar sua produção em 2%, ou 2 milhões de barris diários. A decisão elevará os preços no mundo todo. Não foi uma medida qualquer, pelas implicações que a alta na cotação do petróleo terá num mundo ainda convulsionado pelos efeitos da pandemia, agravados pela guerra na Ucrânia. A alta do petróleo no mercado internacional surpreende por ser um movimento contrário aos interesses da Casa Branca, liderado por um tradicional aliado dos Estados Unidos, a Arábia Saudita do príncipe Mohammed bin Salman. As relações entre sauditas e americanos estavam estremecidas diante das evidências comprometendo Bin Salman no assassinato e esquartejamento do jornalista dissidente Jamal Khashoggi na Turquia em 2018, mas o presidente americano, Joe Biden, esteve com o saudita em julho para uma reaproximação. A decisão da Opep revela que a investida diplomática de Biden foi um fracasso. A alta do petróleo encarecerá os combustíveis nos Estados Unidos e impulsionará a inflação, hoje na faixa dos 8%, a poucas semanas das eleições de meio de mandato. É tudo o que Biden não quer. É praticamente certa a retomada, pelos republicanos, do controle da Câmara e a cada dia mais provável a do Senado. Confirmado o desastre político, restará a Biden cumprir os dois anos restantes do seu mandato isolado na Casa Branca, sem capacidade de aprovar projetos no Congresso. Em resposta à Opep, ele determinou ao Departamento de Energia que libere no mês que vem 10 milhões de barris da reserva estratégica americana. Pode haver algum efeito imediato, mas, com a inflação em alta no mundo e agora impulsionada pelo corte de produção da Opep, as taxas de juros continuarão subindo. O Federal Reserve atrasou-se para começar a elevar os juros depois da invasão da Ucrânia e tem de correr atrás do prejuízo. Durante toda a pandemia, os juros americanos estavam próximos a zero. Em setembro já oscilavam entre 3% e 3,5%. O Banco Central Europeu (BCE) segue a mesma tendência e elevou sua taxa em 0,75 ponto percentual no mês passado, para acima de 2% dependendo do tipo de empréstimo. Isso só faz aumentar a preocupação com a economia global, que emite há tempos sinais de estar à beira de uma recessão. Para o Brasil e os demais países emergentes, haverá mais dificuldades na obtenção de empréstimos a taxas baixas no exterior e provável alta no câmbio, provocada pela saída de divisas atrás de remunerações mais vantajosas lá fora. A valorização do dólar inevitavelmente terá impacto na inflação brasileira. O Banco Central interrompeu seu ciclo de alta dos juros em 13,75%, mas a situação no ano que vem traz incerteza sobre a queda esperada doravante. O assunto poderá ser tema de debate na campanha do segundo turno.

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