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Desaceleração da economia traz dilemas para o próximo governo

O PIB do terceiro trimestre deu sinais de desaceleração da economia brasileira, a despeito do forte empuxo fiscal que o governo tentou fazer no período. Mesmo com o aumento do Auxílio Brasil em agosto, e todas as benesses que o governo concedeu, o crescimento perdeu fôlego. Mas vale dizer que grande parte da responsabilidade do crescimento brasileiro desde o ano passado tem sido muito mais das commodities do que da política fiscal. O forte empuxo de preços em reais, especialmente no agronegócio, tem tido o impacto de forte expansão de renda, emprego e PIB nos Estados em que esse setor tem forte presença. A história do crescimento brasileiro nos últimos dois anos tem mais a ver com isso do que com o voluntarismo fiscal do governo. Isso tende a se inverter ano que vem. Com commodities estáveis na agropecuária e em queda nas metálicas e petróleo, não haverá fonte de crescimento tão forte como tivemos desde o ano passado. Além disso, a taxa de juros já começa a ter efeito. Parte dessa desaceleração no terceiro trimestre tem a ver com um consumidor de baixa renda impactado pela alta da inflação. Importante aqui lembrar que diminuir preço de combustível ajuda muito mais a classe média do que a classe de renda mais baixa, que segue fortemente impactada pela inflação de alimentos. Essa combinação de renda real crescendo lentamente com juros elevados tem aumentado a inadimplência e diminuído a capacidade de consumo das famílias. Essas questões estarão fortemente presentes no ano que vem. Tanto as commodities quanto os juros serão responsáveis pela nossa desaceleração, sem falar de um mundo desenvolvido em recessão, que também não ajudará. A tentação nesse cenário tão adverso é o governo querer usar a política fiscal para reativar a economia, e aqui está nosso dilema: precisamos ajustar a política fiscal em um ano de crise e com um tipo de governo que gosta de olhar o fiscal como solução para o crescimento, especialmente porque não virá ajuda do Banco Central. Será importante o governo dar os sinais certos na área fiscal para que essa desaceleração que agora começa não vire algo pior lá na frente.

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Em ritmo mais lento, PIB do País cresce 0,4% no terceiro trimestre

Soma de todos os bens e serviços produzidos no País, o PIB perdeu força e cresceu 0,4% no terceiro trimestre de 2022, ante o mesmo período de 2021. Ainda assim, foi o quinto trimestre consecutivo de alta. Cenário externo, juros, consumo das famílias e agropecuária pesaram na redução do ritmo de crescimento. O Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no País) perdeu força e registrou crescimento de 0,4% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021. Ficou abaixo da estimativa de 0,6% do mercado, segundo levantamento do Projeções Broadcast, e também do crescimento de 1% do indicador apurado pelo IBGE no intervalo de abril a junho. Ainda assim, foi o quinto trimestre consecutivo de alta, levando o PIB a seu maior valor monetário da série histórica do IBGE, iniciada em 1996 endash; de R$ 2,54 trilhões. Analistas chamam a atenção para o ganho acumulado de apenas 1,4% em relação ao recorde anterior, no primeiro trimestre de 2014. É insuficiente para acompanhar o crescimento da população no período. Segundo economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, pesaram na redução do ritmo de crescimento a demanda externa menos favorável, o mau desempenho da agropecuária, o fim do processo de normalização das atividades afetadas pelas medidas de contenção da pandemia de covid-19 e os efeitos dos juros mais elevados sobre a demanda. Ainda na avaliação desses economistas, a desaceleração seguirá no ano que vem. Com os dados do terceiro trimestre endash; e revisões que revelaram um PIB maior em 2021, com alta de 5%, ante 4,6% calculados anteriormente endash;, as estimativas colhidas em pesquisa do Projeções Broadcast apontam para avanço de 3%, neste ano, e de 0,7% em 2023. Para a economista Silvia Matos, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), está claro que o cenário econômico deste segundo semestre será pior do que o do primeiro. Neste, a força da volta ao normal do funcionamento de uma série de negócios, especialmente no setor de serviços, surpreendeu positivamente. eldquo;Há vários sinais de que o cenário está pior, e o terceiro trimestre está no meio do caminhoerdquo;, disse Silvia. Segundo ela, indicadores mais recentes eldquo;mostram perda de impulso no crescimento econômicoerdquo;. É o caso dos dados sobre geração de empregos formais de outubro, registrados pelo Caged (cadastro do Ministério do Trabalho e Previdência), e dos índices de confiança calculados pela própria FGV, que caíram em outubro e novembro. Apesar das restrições impostas pelos juros altos, o consumo das famílias cresceu 1% e continuou puxando a economia. Aqui funcionou a combinação dos estímulos dados pelo governo endash; destaque para o Auxílio Brasil de R$ 600 por mês endash; com a melhoria do mercado de trabalho, o arrefecimento da inflação e resquícios do movimento de normalização. Pelo lado da oferta, o setor de serviços seguiu ditando o ritmo, com crescimento de 1,1% sobre o segundo trimestre. O PIB industrial cresceu apenas 0,8%, enquanto a agropecuária recuou 0,9%, após o excesso de chuva prejudicar a safra de cana-de-açúcar.

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Diretor da Petrobras admite que plano de negócios pode ser revisto

Perspectiva de mudanças no plano de negócios, investimentos em energias renováveis e ampliação do refino foram alguns dos questionamentos feitos por analistas à atual gestão da Petrobras. Diretores da estatal detalharam nesta quinta-feira ao mercado financeiro o novo plano de negócios da companhia que prevê investimentos de US$ 78 bilhões para o período entre 2023 e 2027. Os questionamentos do mercado ocorrem em meio a declarações de integrantes do grupo de transição do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva de que serão implementadas mudanças no direcionamento estratégico da companhia a partir do próximo ano. No call com investidores, o diretor de Governança e Conformidade da Petrobras, Salvador Dahan, disse que o acionista controlador da estatal tem autoridade para imprimir suas estratégias na empresa, mas admitiu que o plano de negócios de cinco ano anos é "um processo". Dahan destacou que a empresa tem a obrigação anual de produzir um plano quinquenal e que pode ser revisto ao longo do ano: - O plano não é uma atividade estanque. É um processo. As equipes de toda a empresa são envolvidas. É uma construção e acontece de forma encadeada. O controlador tem autoridade para imprimir as estratégias que entender razoável e necessária, lembrando sempre dos marcos que regem a companhia como a governança e as leis regulatórias que estamos inseridos no Brasil e no exterior - disse ele, ao ser questionado por investidores. Apesar do foco na produção e exploração de petróleo no pré-sal e na Margem Equatorial, Rafael Chaves, diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da estatal, lembrou que a Petrobras também vai focar em energia renovável. Ele explicou que a empresa terá três pilares, como hidrogênio, eólica offshore (mar) e captura de carbono. O maior investimento em energias renováveis vem sendo apontado por integrantes do grupo de transição como uma das mudanças que serão implementadas pelo novo governo. -Vamos aprofundar o tema e buscar projetos. É preciso ter uma dupla resiliência, com sustentabilidade climática e financeira. Hoje faz mais sentido focar nessas três áreas - afirmou Chaves. Outro ponto questionado por analistas foi o investimento na ampliação da capacidade de refino. Integrantes do grupo de transição já afirmaram que é preciso analisar a construção de novas refinarias no país de forma a reduzir a dependência das importações de forma a deixar o país menos dependente das oscilações dos preços internacionais. Mas a ideia de construir novas refinarias foi descartada pelo diretor de Refino e Gás Natural da estatal, Rodrigo Costa Lima e Silva, durante o call com investidores. - Projetos greenfield (construção de novas unidades) não têm se mostrado com resiliência econômica. Por isso, metade do nosso plano de investimento em refino é em expansão de unidades existentes e em projetos de aumento de eficiência - afirmou Silva. Nessa área, a empresa analisa a construção de uma unidade no antigo Comperj (hoje Gaslub), no Rio, para produção de lubrificantes, a conclusão das obras da segunda unidade na Rnest, em Pernambuco, entre outros projetos. O presidente atual da empresa, Caio Paes de Andrade, não participou do evento virtual.

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Petrobras vai investir US$ 600 milhões em biorrefinaria de combustível sustentável de aviação

A Petrobras vai investir US$ 600 milhões em uma nova planta para o refino de biocombustível, seu primeiro investimento na produção de renováveis e que vai atender uma demanda reprimida do setor aéreo, responsável por 2% das emissões causadoras do aquecimento global, mas que recentemente se comprometeu a zerar seu impacto até 2050. Enquanto por aqui a produção anida não começou, o consumo global por combustível sustentável de aviação (SAF) este ano será de 100 milhões de litros. A expectativa da IATA, a associação das empresas aéreas internacionais, é de que esse número salte para 5 bilhões de litros em 2025. A planta da Petrobras está prevista para entrar em operação em 2027, mas não será a primeira. Em 2025 está prevista a inauguração da planta da BrasilBioFuels, que está investindo R$ 2 bilhões em parceria com a Vibra (ex-BR Distribuidora) para produzir combustível sustentável de aviação com óleo de palma em Manaus. A biorrefinaria terá capacidade para 500 milhões de litros/ano, repartida entre SAF e de diesel verde HVO (hidrotratamento de óleo vegetal). A biorrefinaria da Petrobras terá capacidade de produzir 870 mil litros por ano, sendo 40% emdash; ou 6 mil barris por dia (bpd) emdash; de bioquerosene de aviação (BioQAV) e 4% de diesel 100% renovável. A planta será localizada na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão. Em todo o mundo, mais de 30 países já definiram metas de compensação e redução de emissões domésticas a partir do uso de SAF. No início do ano, o Ministério das Minas e Energia colocou em discussão uma proposta para a redução de 1% das emissões de CO2 a partir de 2027, mas ainda não há metas aprovadas. O compromisso global de zerar emissões até 2050, tendo como referência 85% das emissões de 2019, foi firmado em outubro pelos 193 países membros Organização Internacional de Aviação Civil (OACI), ligada à ONU. O acordo prevê que já a partir de 2027, as empresas aéreas que operam rotas internacionais sejam obrigadas a compensar emissões que estejam acima de 85% do que foi emitido em 2019. No próximo dia 8, a Abear (associação das empresas aéreas brasileiras), a IATA e representantes das companhias aéreas que operam no Brasil vão se reunir para discutir a adoção no Brasil das metas aprovadas pela OACI. As empresas defendem metas baseadas no percentual de mistura do combustível, uma vez que o impacto na redução de emissões varia com a origem da matéria-prima. A grande preocupação do setor é que o produto esteja disponível e a preços competitivos, uma vez que o combustível representa cerca de 40% dos custos do setor. A produção de origem renovável quebra o monopólio da Petrobras no setor aéreo: hoje elas está sozinha no refino e na importação do produto de origem fóssil, que só este ano acumula alta de mais de 60%. Dentre as empresas, a Latam estabeleceu a meta de ter pelo menos 5% de combustível renovável no seu abastecimento até 2030. A empresa pretende reduzir as emissões em 50% a partir de 2030, e zerar as emissões até 2050. A Gol está alinhada com a meta da OACI de zerar a emissão de carbono até 2050, enquanto a Azul pretende fazê-lo em 2045. A planta da Petrobras integra um orçamento de US$ 4,4 bilhões para projetos de descarbonização anunciado ontem como parte do Plano Estratégico 2023- 2027, que prevê investimentos de US$ 78 bilhões.

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Petrobras separa R$ 15 bilhões para busca de petróleo na margem equatorial

Ainda sem garantia de que terá licenças ambientais, a Petrobras inclui em seu plano de negócios 16 poços exploratórios na chamada margem equatorial, faixa de litoral que vai do Ceará ao Amapá. A região se tornou uma das apostas da estatal após a descoberta de reservas gigantes de petróleo na Guiana. A margem equatorial tem quase a metade do orçamento da Petrobras para buscar novas jazidas pelos próximos cinco anos. São cerca de R$ 15 bilhões, valor equivalente ao que a empresa pretende gastar com exploração no Sudeste e na Colômbia. A exploração de petróleo na região, porém, é alvo de protestos de ambientalistas, que temem principalmente danos a corais na área da foz do rio Amazonas, movimento que levou a petroleira francesa Total a vender concessões locais à Petrobras. Nas últimas semanas, a indústria tem recebido apoio de representantes do alto escalão do governo Bolsonaro. Em outubro, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, defendeu que é possível explorar petróleo na região de forma sustentável. Nesta terça-feira (29), o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida também afirmou que é possível fazer de forma sustentável e argumentou que "é fundamental explorarmos nossas riquezas". "Se não explorarmos, alguém vai ficar com elas." Na tentativa de obter licença ambiental para a atividade, a Petrobras realiza um teste de perfuração na área este mês. Vai simular como será a estrutura de contenção e emergência para vazamentos de petróleo. "Temos grandes expectativas para essa área", disse nesta quinta (1º) o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges. Os primeiros objetivos têm estruturas semelhantes às das descobertas gigantes feitas pela ExxonMobil na Guiana. Borges ponderou, no entanto, que é uma região ainda em fase exploratória bem preliminar e não é possível fazer projeções de descobertas ou prazos para início da produção de petróleo e gás. Assim, o grosso do orçamento da companhia para os próximos cinco anos permanece na região do pré-sal, principalmente no litoral do Rio de Janeiro. O pré-sal receberá dois terços dos US$ 64 bilhões (cerca de R$ 400 bilhões) de investimentos previstos para os próximos cinco anos. Nesse período, a Petrobras pretende instalar 18 novas plataformas de produção, 12 delas no pré-sal. Outras duas serão instaladas nas águas profundas do litoral de Sergipe, última grande província produtora descoberta no Brasil. Com as novas unidades, a estatal espera elevar sua produção de petróleo e gás de 2,6 milhões de barris de óleo equivalente em 2023 para 3,1 milhões de barris de óleo equivalente em 2027. Somando a fatia de seus sócios, a produção operada pela Petrobras chegará a 4,7 milhões de barris no fim do período.

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Petrobras prevê até R$ 442 bilhões em dividendos entre 2023 e 2027

Criticada por integrantes da transição do governo Lula, a distribuição de elevados dividendos continua nos planos da gestão da Petrobras, segundo o planejamento estratégico divulgado nesta quarta-feira (30). Entre 2023 e 2027, a empresa prevê pagar até US$ 85 bilhões (R$ 442 bilhões, segundo a cotação de quarta). Em 2022, a Petrobras se tornou a maior pagadora de dividendos do mundo, tornando-se alvo de críticas do próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) e da oposição ao governo, que acabou vencendo as eleições com a candidatura de Lula. O último plano de negócios sob a gestão Bolsonaro mantém foco no pré-sal e na remuneração de acionistas. Foi elogiado pelo mercado, mas será revisto por Lula, que quer uma Petrobras mais integrada, com a retomada de investimentos em refinarias e se preparando para a transição energética. Em suas projeções para os próximos cinco anos, a Petrobras espera ter uma receita entre US$ 180 bilhões e US$ 210 bilhões (R$ 936 bilhões e R$ 1,1 bilhão) nos próximos cinco anos. Deste total, entre US$ 10 bilhões (R$ 52 bilhões) e US$ 20 bilhões (R$ 104 bilhões) seriam de vendas de ativos, outro ponto criticado pelo programa de Lula. Os dividendos previstos são divididos em dois itens: a parte equivalente a 60% do fluxo de caixa livre da companhia, de até US$ 70 bilhões (R$ 364 bilhões), e possíveis dividendos extraordinários de US$ 15 bilhões (R$ 78 bilhões). Em teleconferência para detalhar os números com investidores nesta quinta (1º), o diretor financeiro da Petrobras, Rodrigo Araújo, defendeu a manutenção da estratégia em relação a planos anteriores, com foco em projetos mais rentáveis e na geração de valor. E repetiu argumento que vem sendo usado pela companhia para rebater críticas aos elevados dividendos. "Mais da metade do que a companhia gera retorna para a sociedade brasileira", afirmou. No documento que entregou a Bolsas de Valores, a estatal diz que seu plano de negócios "demonstra o compromisso da Petrobras de ser uma companhia focada na geração de valor, com capacidade de investir, gerar empregos, pagar tributos e distribuir os seus ganhos para a sociedade e seus acionistas". "A companhia segue a trajetória de ser uma empresa cada vez mais saudável, sólida e resiliente, contribuindo para a geração de energia confiável e eficiente e para um mundo ambientalmente sustentável." O volume de investimentos previstos para os próximos cinco anos é 15% superior ao do plano anterior, divulgado no fim de 2021. Além desse valor, a empresa prevê gastar outros US$ 20 bilhões (R$ 140 bilhões) com aluguel de plataformas. Do total de investimentos previstos, 83% seriam destinados a exploração e produção. As áreas de refino e gás e energia, com 12%. Outros 2% seriam gastos em comercialização e logística e 3% com despesas corporativas. A área de refino, uma das prioridades apontadas pelo programa de governo de Lula, tem US$ 7,8 bilhões (R$ 40 bilhões) previstos. Quase metade é destinada a expansão e modernização de unidades existentes, incluindo a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cuja expansão havia sido paralisada. Há projetos também de produção de combustíveis mais sustentável, como o diesel feito com mistura de petróleo e óleos vegetais e o bioQAV (querosene de aviação), que será produzido em Cubatão. Na quarta, antes do lançamento do plano, o coordenador da equipe de transição Maurício Tolmasquim disse que a decisão pela revisão do plano de negócios será tomada pelo novo comando da Petrobras, ainda não indicado pelo presidente Lula. Nesta quinta, o diretor de Governança da Petrobras, Salvador Dahan, disse que não há impedimentos para a divulgação de novo plano de investimento no decorrer do ano, mas frisou que etapas internas a serem cumpridas, como análise dos investimentos e aprovações por comitês. Além disso, reforçou, os projetos de investimento propostos têm que ser sustentáveis, não apenas do ponto de vista ambiental, mas também do ponto de vista econômico. E dependem também dos prazos para eleição de nova administração, que podem levar entre 40 e 60 dias.

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