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Opep+ mantém níveis de produção de petróleo em um cenário de instabilidade

Os países membros da Opep+ decidiram neste domingo (4) manter os níveis de produção de petróleo, em um contexto particularmente instável, na véspera da entrada em vigor das sanções contra o petróleo russo. Os representantes dos 13 integrantes da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus dez aliados endash;que incluem a Rússiaendash; concordaram em manter a tendência definida em outubro, com uma redução de dois milhões de barris diários até o fim de 2023, informaram à AFP dois participantes da reunião. Em um comunicado, a Opep+ confirmou a continuidade da decisão de outubro, que foi tomada para manter os preços. A decisão irritou o governo dos Estados Unidos, que buscava a redução dos preços nos postos de gasolina. Desde então, os dois preços de referência no mercado mundial registraram queda e são negociados atualmente entre US$ 80 (R$ 415,74) e US$ 85 (R$ 441,73), muito longe dos US$ 130 (R$ 675,58) por barril registrados em março, pouco depois do início da invasão da Ucrânia. Olhando em retrospectiva, "isso valida nossa estratégia", afirmou o cartel. "Era a forma correta de agir para estabilizar os mercados", acrescenta o comunicado. A próxima reunião da Opep+ foi marcada para 4 de junho de 2023, mas o grupo se mostrou disposto a organizar um encontro antes da data para adotar "novas medidas imediatas", em caso de necessidade. A decisão era esperada e foi anunciada após uma rápida reunião por videoconferência. "O e#39;statu quoe#39; se justifica pela incerteza sobre o impacto na produção de petróleo russo do novo pacote de sanções", declarou à AFP Giovanni Stauvono, analista do UBS. Nesta segunda-feira (5) também começará o embargo da UE às entregas marítimas de petróleo russo. Isto impedirá os envios de petróleo da Rússia em navios-tanque para a UE, que representam dois terços das importações, o que reduzirá o financiamento de Moscou para a guerra na Ucrânia em bilhões de euros. O preço do barril de petróleo russo é negociado, atualmente, em algo próximo a US$ 65 (R$ 337,79), pouco acima do teto de US$ 60 (R$ 311,81) anunciado pela comunidade internacional. Implica, portanto, um efeito limitado a curto prazo. O Kremlin ameaçou suspender as entregas a qualquer país que adotar a medida. A ameaça de Moscou deixa algumas nações em posição "incômoda", afirma o analista Craig Erlam, da consultoria Oanda: "escolher entre perder acesso ao petróleo russo, ou enfrentar sanções do G7". Outro elemento que influenciou a decisão da Opep+, segundo o analista do UBS, foi "uma certa flexibilização" das rígidas restrições sanitárias na China, o que poderia diminuir as preocupações do mercado. A demanda do país, que é o maior importador mundial de petróleo bruto, é examinada com lupa pelos investidores. E qualquer sinal de desaceleração da economia, ou de aumento de epidemias, tem impacto direto nos preços. Em um cenário sombrio e diante do temor de recessão mundial, o petróleo do tipo Brent do Mar do Norte e seu equivalente americano WTI registraram queda de 8% no preço desde a reunião mais recente da Opep, em outubro. Embora a Opep+ tenha optado pela cautela, a aliança pode "adotar uma postura mais agressiva" nos próximos meses, em uma advertência ao Ocidente, diz o analista do UniCredit Edoardo Campanella. "Isto pode agravar a crise energética mundial", adverte. E pode irritar Washington, cujos esforços diplomáticos para conseguir uma redução dos preços fracassaram. UCRÂNIA CONSIDERA INSUFICIENTE TETO FIXADO PARA PETRÓLEO RUSSO Neste sábado (3), o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou que considera insuficiente o teto de US$ 60 para o barril de petróleo russo imposto pela UE, pelo G7 e pela Austrália. "Não é uma decisão séria estabelecer esse limite para o preço do petróleo russo, já que é confortável para o orçamento do Estado terrorista (Rússia)", criticou Zelensky, segundo o gabinete da presidência. "O lógico teria sido estabelecer um preço máximo para o barril de petróleo russo de US$ 30 (R$ 155,90), como proposto pela Polônia e pelos países bálticos", acrescentou. As autoridades ucranianas haviam se mostrado mais otimistas na manhã de sábado em relação às repercussões dessa medida. "Sempre alcançamos nosso objetivo e a economia da Rússia será destruída. A Rússia terá que assumir a responsabilidade por todos os seus crimes", afirmou o chefe de gabinete da Presidência ucraniana, Andriy Yermak. No entanto, Yermak já havia reconhecido que o teto deveria ter caído para US$ 30. "É apenas uma questão de tempo até nos equiparmos com ferramentas mais fortes", disse o presidente ucraniano. "É uma pena o tempo que estamos perdendo", acrescentou. O G7 (Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Japão) afirmou que pretende "evitar que a Rússia lucre com sua guerra agressiva contra a Ucrânia e apoiar a estabilidade nos mercados mundiais de energia". A Rússia, porém, rejeitou de maneira veemente as limitações. "Não aceitaremos esse teto", declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, antes de acrescentar que Moscou está "analisando" a medida. RÚSSIA NÃO EXPORTARÁ PETRÓLEO SUJEITO A TETO OCIDENTAL, DIZ REPRESENTANTE DE ENERGIA DE PUTIN A Rússia, o segundo maior exportador de petróleo do mundo, não venderá petróleo sujeito a um teto de preço imposto pelo ocidente, mesmo que isso signifique cortar a produção, disse o representante na área de energia do presidente russo, Vladimir Putin. O Grupo das sete maiores economias, o G7, e a Austrália concordaram na sexta-feira com a fixação de um teto de preço de US$ 60 o barril para o petróleo bruto transoceânico russo depois que os membros da União Europeia superaram a resistência da Polônia. A decisão do ocidente de proibir as empresas de navegação, seguros e resseguros de manusear cargas de petróleo russo acima do limite é uma tentativa de punir Putin pelo conflito na Ucrânia. O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse neste domingo que a medida do ocidente foi uma interferência grosseira que contradiz as regras do livre comércio e desestabilizaria os mercados globais de energia ao provocar uma escassez de oferta. "Estamos trabalhando em mecanismos para proibir o uso de um instrumento de teto de preço, independentemente do nível definido, porque tal interferência pode desestabilizar ainda mais o mercado", disse Novak, autoridade do governo russo encarregada do setor de petróleo, gás, energia atômica e carvão. "Vamos vender petróleo e derivados apenas para aqueles países que vão trabalhar conosco sob as condições de mercado, mesmo que tenhamos que reduzir um pouco a produção", ele acrescentou.

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Petróleo fecha em baixa, após dados fortes de emprego nos EUA

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta sexta-feira, 2, após um robusto payroll (relatório de emprego) norte-americano, que influenciou o dólar positivamente no começo do dia, e com a notícia de que a União Europeia, os membros do G7 e outros países finalizaram o acordo para colocar teto ao óleo russo. O petróleo WTI para janeiro fechou em baixa de 1,53% (US$ 1,24), em US$ 79,98 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro recuou 1,51%% (US$ 1,31), a US$ 85,57 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, entretanto, a commodity apresentou alta de 4,85% e 2,32%, respectivamente. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta sexta em vídeo publicado em seu Twitter que a UE, o G7 e outros países fecharam um acordo para impor um teto sobre o preço do petróleo da Rússia. Segundo diplomatas ouvidos pela Dow Jones Newswires, o acordo envolve o teto de US$ 60 por barril, abrindo caminho para o G7 lançar o mecanismo na próxima segunda-feira. Por outro lado, de acordo com a Interfax, o embargo da UE à compra de petróleo russo, que entra em vigor em 5 de dezembro, não afetará o nível de produção de petróleo na Rússia em dezembro, pois os contratos já foram assinados, disse o vice-primeiro-ministro Alexander Novak. Segundo análise da Capital Economics, investidores também aguardam a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) deste domingo para discutir a política de produção de petróleo em sua última reunião agendada até junho de 2023. eldquo;Acreditamos que é improvável que as cotas de produção sejam alteradas, pois há muita incerteza em torno da produção russa, especialmente porque o G7 ainda não se estabeleceu no nível de qualquer teto de preço.erdquo; Também nesta sexta-feira, a Baker Hughes, empresa que presta serviços ao setor, indicou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA se manteve na semana em 627.

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Acordo por compensação de ICMS entre Estados e União fica para 2023

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), encerrou nesta 6ª feira (2.dez.2022), a comissão criada para que os Estados e a União entrassem em acordo sobre a perda arrecadatória causada com as mudanças na cobrança do ICMS sobre combustíveis. Mendes é relator de ações na Suprema Corte sobre a limitação do tributo e a adoção de alíquota única do imposto pelos Estados. As unidades federativas não conseguiram negociar a compensação da falta de arrecadação e decidiram criar um novo grupo de trabalho para o assunto, com prazo de 120 dias. Em contrapartida, houve o consenso de que os representantes dos Estados devem se comprometer a estabelecer o ICMS uniforme e monofásico para os combustíveis, exceto a gasolina, até 31 de dezembro de 2022. Leia a íntegra do acordo (110 KB). Eis outros pontos acordados pela comissão: - necessidade de eldquo;aperfeiçoamento legislativoerdquo; para reconhecer o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) como órgão legítimo para implementar a cobrança do ICMS sobre combustível por meio de alíquota ad rem (incide por litro) ou ad valorem (incide sobre o preço médio); - União concorda em encaminhar proposta para revogar trecho que estabelece alíquotas ad rem para combustíveis; - discussão sobre tarifas de energia elétrica dos serviços de transmissão e distribuição continuam em grupo de trabalho para conclusão em até 120 dias; - Estados e o Distrito Federal, por meio do Confaz, reconhecerão, de imediato, a essencialidade dos seguintes combustíveis: diesel, GLP e gás natural; As propostas serão encaminhadas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e governadores, para se manifestarem, eldquo;na esfera política de suas atribuições, quanto à concordância com o referido acordoerdquo;. Para ler esta notícia, clique aqui. ...

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Venda de veículos volta a crescer em novembro

Os emplacamentos de veículos leves e pesados registraram o segundo mês acima de 200 mil unidades em 2022. Novembro terminou com 204 mil licenciamentos, número que inclui carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões. Os dados são baseados no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). Na comparação com outubro, houve alta de 12,8%. Já em relação a novembro de 2021, o crescimento é de 17,9%. O resultado, contudo, reduz as chances de o ano superar os números de 2021. Por enquanto, no acumulado de 2022, há uma queda de 1,3% na comercialização de veículos leves e pesados. A Anfavea (associação das montadoras) vem mantendo a projeção feita em julho, em que calcula uma alta de 1% em vendas na comparação com o ano passado. Para que o objetivo seja atingido, o mês de dezembro terá de terminar com 253.210 unidades emplacadas. Por enquanto, o melhor resultado do ano, obtido em agosto, foi de 208,6 mil licenciamentos. Mesmo que, historicamente, o último mês do ano registre sempre o melhor resultado, a Anfavea já considera que a meta dificilmente será batida. Ainda assim, deve celebrar o resultado de 2022. A crise no fornecimento de semicondutores persistiu durante todo o ano de 2022, com poucos períodos de alívio endash;concentrados na virada do terceiro para o quarto trimestres. Além disso, o encarecimento dos produtos e do crédito dificultaram o fechamento de negócios.

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Mudança em plano da Petrobras levará tempo, diz diretor

A nova administração da Petrobras e o novo governo Lula devem rever, a partir de janeiro, o plano estratégico 2023-2027 da companhia para considerar maiores investimentos em projetos de energia renovável, como eólicas offshore e hidrogênio verde, mas a tarefa não será fácil nem rápida, segundo indicaram ontem os atuais diretores da petroleira. A dificuldade está no fato de que a governança da empresa exige que as decisões de investimento passem por várias instâncias até chegar ao conselho de administração, etapa final de análise. A complexidade para alterar o plano, porém, já é conhecida pela equipe de transição. Para ler esta notícia, clique aqui.

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BC altera regras do Pix; sistema poderá pagar salários e pensões

O Banco Central (BC) anunciou ontem mudanças operacionais no Pix para viabilizar o pagamento de salários, aposentadorias e pensões pelo Tesouro Nacional por meio do sistema de pagamentos instantâneo. O órgão também anunciou novas regras para os limites de valor para as transações noturnas. O BC pôs fim à obrigação do limite por transação e manteve apenas o limite por período de tempo. Nesse caso, as regras para alteração dos limites a pedido dos clientes continuam, de maneira que pedidos de redução devem ser acatados imediatamente, enquanto as solicitações para aumento dos limites são processadas entre 24 e 48 horas. Segundo o BC, a customização do horário noturno diferenciado passa a ser opcional e fica a critério do banco oferecer a possibilidade de o usuário solicitar que o período noturno fique entre 22h e 6h endash; normalmente, o período vai das 20h às 6h. As novas regras passam a valer em 2 de janeiro de 2023, com exceção dos ajustes feitos na gestão dos limites para os clientes por meio dos canais digitais, que, nesse caso, valem a partir de 3 de julho do ano que vem. Em agosto de 2021, o BC estabeleceu um limite de R$ 1 mil para transferências noturnas, para tentar dificultar a ação de criminosos, como assaltos e sequestros relâmpagos. Mas permitiu que os usuários alterassem o horário de início desse período, assim como o valor permitido por operação durante o dia. Essa flexibilidade, contudo, foi considerada pouco demandada pelos usuários, com baixa efetividade para limitar os crimes. O BC também determinou que as instituições poderão definir os limites para pessoas jurídicas. Outra mudança foi a alteração do balizador para definição dos limites transacionais nas operações com finalidade de compra, que passa a ser a TED em vez do cartão de débito. eldquo;O Banco Central (BC) atualizou as regras sobre os limites de valor para as transações no âmbito do Pix com o objetivo de simplificar as regras de implementação e de aprimorar a experiência dos usuários ao efetuar a gestão de limites por meio de aplicativos, mantendo o atual nível de segurançaerdquo;, diz o órgão, em comunicado sobre o assunto. PIX SAQUE E TROCO. Outra mudança nos limites foi o aumento para a retirada de dinheiro por meio de transações de Pix Saque e Pix Troco. O limite para o saque com Pix passa de R$ 500 para R$ 3 mil, durante o dia, e de R$ 100 para R$ 1 mil durante a noite. eldquo;Essa medida tem como objetivo adequar os limites usualmente disponibilizados nos caixas eletrônicos para saques tradicionais. Assim, com o Pix Saque, os usuários terão acesso ao serviço com condições similares às do saque tradicionalerdquo;, informou o BC. A autarquia ainda informou que mudou as regras do Pix para facilitar o recebimento de recursos por correspondentes bancários, a exemplo do que já acontece nas lotéricas, e viabilizar o pagamento de salários, aposentadorias e pensões pelo Tesouro Nacional por meio do sistema. Segundo o BC, as mudanças no Pix atendem a uma demanda do próprio Tesouro, que não estava preparado operacionalmente para realizar pagamentos de servidores pelo sistema. eldquo;Do ponto de vista do Tesouro, o pagamento por meio do Pix diminui bastante os seus custos operacionaiserdquo;, disse o BC. ebull;

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