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Conta de imposto recairá sobre acionista da Petrobras e consumidor de gasolina

A cobrança de tributos federais sobre combustíveis volta hoje. O litro da gasolina ficará R$ 0,47 mais caro, nas refinarias, e o do etanol, R$ 0,02. Ontem, a Petrobras anunciou redução de R$ 0,13 no litro da gasolina nas refinarias. Com isso, o aumento do combustível será de R$ 0,34 por litro, segundo o ministro Fernando Haddad (Fazenda). De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina, na bomba, vai subir cerca de R$ 0,25 por litro. Para arrecadar R$ 28,9 bilhões com a medida, como quer, o governo vai taxar as exportações de petróleo por quatro meses, com arrecadação prevista de R$ 6,6 bilhões. O efeito sobre o lucro da Petrobras será de 1%. Os consumidores de gasolina e a Petrobras vão bancar um reforço no caixa do governo para diminuir o rombo previsto nas contas públicas neste ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ontem a volta da cobrança dos tributos federais sobre combustíveis a partir hoje. O litro da gasolina irá aumentar, na refinaria, R$ 0,47, e o do etanol, R$ 0,02. Mais cedo, a Petrobras havia anunciado uma redução de R$ 0,13 no litro da gasolina nas refinarias. Com isso, segundo o ministro, o aumento do combustível na prática será de R$ 0,34 por litro. A volta da cobrança de PIS/Cofins é parcial. A desoneração total feita no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro às vésperas das eleições foi de R$ 0,69 no litro da gasolina e R$ 0,24 no litro do etanol. A medida do governo anterior foi prorrogada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por dois meses no dia 1.º de janeiro. Nas bombas, a gasolina aumentará cerca de R$ 0,25 por litro endash; considerando a adição do etanol endash;, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Haddad disse que o preço final da gasolina e do etanol na bomba dependeria da estrutura do mercado, mas ponderou que o Ministério de Minas e Energia acionaria o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para evitar que os postos se apropriassem do ganho gerado pela redução no preço das refinarias feito pela Petrobras. A reoneração era defendida pela equipe econômica e rechaçada pela ala política do governo. No fim do ano passado, Haddad brigou pelo fim da isenção, mas foi vencido pelo núcleo político do governo. A volta da tributação, segundo Haddad, favorece o consumo de um combustível não fóssil (etanol). eldquo;Tanto do ponto de vista fiscal, econômico, quanto do ponto de vista social e ambiental, essa medida vai ao encontro dos desejos da área econômicaerdquo;, disse Haddad. ebull;

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Mesmo com volta de impostos, gasolina deve se manter mais vantajosa que etanol em quatro estados

Com a reoneração de R$ 0,47 para a gasolina e de R$ 0,02 para o etanol com a volta dos impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre os combustíveis, motoristas logo se questionam qual das opções é mais vantajosa na hora de abastecer. Afinal, mesmo sendo uma volta parcial dos impostos, o consumidor vai sentir no bolso e a medida vai influenciar a inflação de março. O governo informou que os números foram definidos considerando a necessidade de tornar o etanol, um biocombustível, mais atraente que a gasolina, de origem fóssil, que é responsável por emissões de gases que agravam o efeito estufa. Mas os números preliminares indicam que o álcool seguirá menos econômico que a gasolina nos grandes centros. Segundo a Fazenda, na prática, o aumento no litro da gasolina vendido na bomba deve ser de R$ 0,34. Isso porque é preciso subtrair do aumento a redução de R$ 0,13 por litro no preço da gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras, como a estatal anunciou hoje. O preço médio da gasolina no Rio de Janeiro, segundo a ANP, é R$ 4,97. Deve subir então para R$ 5,31. Enquanto isso, a média do litro do álcool vai subir de R$ 4,25 para R$ 4,27. Para saber qual combustível é mais vantajoso na hora de abastecer, a regra é sempre a mesma: basta que os motoristas multipliquem o preço do litro da gasolina por 0,7, já que o desempenho de cada litro do etanol representa 70% do da gasolina. Se o resultado ficar abaixo do preço do litro do etanol, a gasolina é mais vantajosa. Aplicando esse multiplicador, mesmo com a reoneração, a atual vantagem da gasolina deve se manter no Rio de Janeiro. O mesmo deve acontecer para os motoristas de São Paulo, Minas e Distrito Federal. Segundo a ANP, a gasolina em São Paulo, Distrito Federal e Minas custa em média hoje de R$ 4,95, R$ 4,96 e R$ 4,97, respectivamente. Passarão para R$ 5,29, R$ 5,30 e R$ 5,31, nesta ordem. A média do álcool é R$ 3,69 em SP; R$ 3,91 no DF; e R$ 3,76 em MG. Sobe para R$ 3,71, R$ 3,93 e R$ 3,78. Para comparar, aplica-se o multiplicador 0,7 ao preço da gasolina, já que o desemprenho do álcool é 70% do de um litro do combustível fóssil. O resultado é R$ 3,70 para SP; R$ 3,71 no DF e R$ 3,72 em MG. A gasolina vence o álcool nos três estados. O professor de Ciências Contábeis do Ibmec-RJ, Paulo Henrique Pêgas, lembra que a vantagem do etanol sobre a gasolina ou vice-versa depende dos diferentes preços dos dois combustíveis nas diferentes regiões do país. endash; O etanol só deve ser mais vantajoso em áreas como Ribeirão Preto, em São Paulo, ou alguns estados do Nordeste, que têm usinas de açúcar e o álcool fica mais em conta por estar mais próximo do consumidor. Tirando isso, a gasolina vale mais a pena emdash; explica. emdash; Mesmo que o governo hoje reonerasse toda a alíquota, ainda assim a gasolina hoje continuaria mais vantajosa. Correr para encher o tanque? Mudanças nos impostos sobre combustíveis costumam ter efeito quase imediato nas bombas dos postos. Uma vez detalhada a reoneração de gasolina e etanol hoje pelo governo, quanto antes o motorista abastecer, maior a chance de ele conseguir preço mais baixo. O professor do Ibmec-RJ afirma ainda que, quem puder, deve reabastecer o tanque antes do aumento, que passa a valer nesta quarta-feira (dia 1º). Mas sem pânico e correria: emdash; Os postos trabalham com estoques, com combustível nos tanques, então esse aumento não deveria vir imediatamente, mas pode acontecer de (os estabelecimentos) já amanhecerem com os preços mais altos, então vale aproveitar os preços antes da reoneração, sim. Se puder, vale a pena. Mas sem desespero. No entanto, muitos postos já começaram hoje a elevar preços de combustíveis preventivamente. Pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgada há pouco aponta que muitos postos já vinham elevando preços dos combustíveis com a perspectiva de volta dos impostos, já que a MP que garantia a desoneração expira hoje. O preço médio do litro da gasolina vendida nos postos passou de R$ 5,07, na semana entre os dias 12 e 18 de fevereiro, para R$ 5,08 , na semana passada. É uma alta de 0,19%. Foi ainda o primeiro aumento depois de duas semanas seguidas de queda na bomba. O preço mais alto da gasolina foi na Bahia: R$ 7. A reoneração de R$ 0,47 para a gasolina e R$ 0,02 para o álcool com a volta dos impostos federais (PIS/Cofins e Cide) deve causar um impacto entre 0,33 e 0,39 ponto percentual no IPCA em março, calculam economistas. - A reoneração parcial representa 68% do total dos impostos. O impacto no IPCA deverá ser de 0,33 ponto percentual, com o índice fechando este ano em 6,5% frente aos 6,25 estimados anteriormente - diz Yihao Lin, coordenador de economia da Genial Investimentos. O economista André Braz, do Ibre/FGV, estima que a gasolina pode subir 6,5% nas bombas em março, o que contribuiria com 0,35 ponto percentual para a inflação. Com isso, o Ibre estima que a inflação fique em 0,7% em março em função da reoneração da gasolina, combinada com outros fatores. O combustível, segundo ele, representa 5% do orçamento das famílias. Já o impacto do etanol ele considera muito pequeno.

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Nova MP dos combustíveis deve brecar tentativas do Congresso de resgatar desoneração

Deputados aliados do Palácio do Planalto acreditam que a nova Medida Provisória (MP) que será editada até amanhã pelo governo para modificar os tributos sobre a gasolina e o etanol vai inviabilizar o debate no Congresso para retomar a desoneração, como defendem alguns parlamentares. O cálculo é que, como a MP tem prazo de quatro meses para ser analisada pelos congressistas, o período será suficiente para que a reforma tributária avance e a Petrobras modifique a política de preços. Com isso, a avaliação é que não haverá mais argumentos para manter a isenção dos impostos sobre os combustíveis. Até mesmo parlamentares de partidos que não fazem parte da base aliada admitem dificuldade em retomar a desoneração no futuro. O líder do PP na Câmara, Claudio Cajado (BA), disse que para ele será difícil votar a favor da isenção novamente porque eldquo;não é favorável a mexer em receita em momento de criseerdquo;. Ainda assim, ele considera que muitos vão pressionar pela volta da desoneração porque vão eldquo;criticar a volta da cobrança em prejuízo do bolso da população e da inevitável carestia que adviráerdquo;.

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Petrobras reduz preços de gasolina e diesel vendidos a distribuidoras

A Petrobras anunciou uma redução nos preços de gasolina e diesel vendidos a distribuidoras nesta terça-feira (28). A gasolina passará de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro, uma redução de R$ 0,13 por litro, ou 3,9%. Já o diesel A, passa de R$ 4,10 para R$ 4,02 por litro, uma redução de R$ 0,08 por litro, ou 1,9%. Os novos valores começam a valer nesta quarta-feira (1º). É a segunda vez que o preço do diesel é reduzido só em fevereiro, quando caiu 8,8%, na primeira queda desde que Jean Paul Prates foi nomeado presidente da estatal. Em dezembro, o preço do combustível já havia sido reduzido em 8,2%. Já a gasolina teve uma alta de 7,46% no preço médio do litro anunciada em janeiro, no que foi a primeira decisão na estatal sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Em nota, a estatal informa que, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,32 a cada litro vendido na bomba. Já em relação ao diesel, considerando a mistura obrigatória de 90% do combustível tipo A e 10% de biodiesel para comercialização nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,62 a cada litro vendido na bomba. eldquo;Essas reduções têm como principal balizador a busca pelo equilíbrio dos preços da Petrobras aos mercados nacional e internacional, através de uma convergência gradual, contemplando as principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativoserdquo;, diz em nota. O anúncio desta terça ocorre em meio ao aumento de expectativa do governo para uma queda do preço da gasolina nas refinarias, para compensar parte da reoneração dos combustíveis.

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Preço do diesel cai mais 0,8% nos postos, diz ANP

O preço do diesel nos postos brasileiros caiu mais 0,8% na semana passada, ainda com repasses do corte feito pela Petrobras em suas refinarias no início de fevereiro. Nesta terça-feira (28), a estatal anunciou novo corte, de 1,9%, com vigência a partir de quarta (1º). Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o litro do diesel S-10 foi vendido no país, em média, a R$ 6,05, R$ 0,05 a menos do que o valor verificado na semana anterior. Desde a redução de preços na refinaria, o produto acumula queda de 5,3% nas bombas, chegando ao menor valor desde março de 2022. Com o corte anunciado pela Petrobras, o produto deve cair abaixo dos R$ 6. O diesel não será impactado pela volta da cobrança de impostos federais, já que está desonerado até o fim do ano. Gasolina e etanol terão aumento de imposto de R$ 0,47 e R$ 0,02 por litro, respectivamente. Nos postos, o preço da gasolina permaneceu estável na semana passada, segundo os dados da ANP. O litro do combustível foi vendido, em média, a R$ 5,08, ante R$ 5,07 na semana anterior. Nesta terça a Petrobras anunciou corte de 3,9% no preço de refinaria, com vigência a partir desta quarta (1º), em uma medida para tentar amenizar os impactos do retorno da cobrança de impostos federais sobre os combustíveis. De acordo com a ANP, o preço do etanol hidratado também ficou estável nos postos, em R$ 3,79 por litro, R$ 0,01 a menos do que o verificado na semana anterior. O preço do gás de cozinha também ficou praticamente estável, em R$ 107,59 por botijão de 13 quilos.

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Reoneração da gasolina deve impactar inflação em 0,32 ponto

A reoneração de impostos federais sobre a gasolina deve impactar a inflação, pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo), em 0,32 ponto percentual. O cálculo é do economista e coordenador do IPC, André Braz, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), e considera o aumento de cerca de 6,5% no preço do combustível. Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma reoneração de R$ 0,47 para a gasolina, com a volta dos impostos federais (PIS/Cofins) sobre o combustível. Para o etanol, a alta será de R$ 0,02. Em ambos os casos, a reoneração é parcial, em comparação ao que era cobrado no ano passado. A decisão sobre a reoneração dos combustíveis foi alvo de embates entre as alas política, que queria prorrogar o benefício por mais tempo, e econômica, que defendeu a retomada da cobrança para conseguir arrecadar mais e reduzir o déficit do país. Em um movimento oposto, para compensar a volta da tributação, a Petrobras havia anunciado uma queda de 3,9% no preço da gasolina na refinaria emdash;para o consumidor, na bomba, a redução deve chegar a 2%. Na avaliação de Braz, reconhecer que as contas públicas merecem atenção é um bom começo para o governo se reconciliar com os agentes econômicos. "O problema fiscal não é trivial e precisa ser considerado. A melhora do ambiente fiscal ajuda a reduzir o pessimismo que tomava conta do mercado." Na semana passada, o IPCA-15 (índice considerado a prévia da inflação) acelerou para 0,76% em fevereiro emdash;em janeiro, o avanço havia sido de 0,55%. Em 12 meses, o IPCA-15 registrou uma inflação de 5,63% até fevereiro emdash;uma desaceleração, pois a taxa estava em 5,87% em 12 meses até o mês anterior. Para março, há uma tendência de alta do IPCA de 0,61%, de acordo com o Original. A previsão já leva em conta o possível efeito da volta da cobrança de tributos federais sobre combustíveis. De acordo com o mais recente boletim Focus, do Banco Central, divulgado na última segunda-feira (27), a expectativa do mercado para a inflação subiu pela 11ª semana seguida. Os analistas agora esperam que o IPCA fique em 5,9% em 2023 emdash;ante a estimativa anterior de 5,89%.

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