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Cade apura se Petrobras cometeu conduta discriminatória em venda a refinarias

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou, nesta segunda-feira (5), um inquérito administrativo para apurar possíveis infrações à ordem econômica pela Petrobras. A determinação foi assinada pelo superintendente-geral, Alexandre Barreto de Souza. O órgão quer saber se a estatal teria promovido práticas discriminatórias na venda de petróleo a refinarias privadas. Em nota à CNN, a Petrobras respondeu que eldquo;atua em total conformidade com a legislação vigente e segue à disposição para apresentar os dados e esclarecimentos pertinentes ao Cade.erdquo; Em junho, o Cade já havia iniciado um procedimento preparatório sobre o caso e registrou indícios que pedem uma investigação mais aprofundada. O objetivo do inquérito é identificar se a Petrobras praticou, de fato, uma concorrência irregular. Para isso, o órgão pretende ouvir agentes do mercado, como empresas que atuam na exploração e produção de petróleo e também companhias que trabalham no refino do óleo. Em nota enviada à CNN, o Cade destacou que o mercado de refino brasileiro passa por uma abertura, após um Termo de Compromisso firmado pela Petrobras, que prevê a venda de oito refinarias, sendo que quatro já foram alienadas, uma delas com a privatização finalizada desde janeiro. Já em outro inquérito do Cade sobre a Petrobras, o conselho requisitou que a estatal apresente informações detalhadas que esclareçam os efeitos de um comunicado ao mercado publicado em julho. O informe divulgou que o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal da companhia vão passar a supervisionar a política de preços de combustíveis. Neste caso, a Petrobras tem até o dia 16 de setembro para prestar as informações.

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Petrobras vê mais margem para baixar gasolina do que diesel

A Petrobras trabalha com cenário em que há espaço para novas reduções no preço da gasolina no curto prazo. No caso do diesel, porém, as quedas são menos prováveis, dizem fontes com conhecimento do assunto. O presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, e seus diretores planejariam, portanto, reduzir mais ainda os preços da gasolina aos distribuidores. O combustível já cedeu 19,2% no acumulado de quatro quedas desde meados de julho. Esses novos ajustes, apurou o Estadão/broadcast, devem continuar a respeitar critérios técnicos de alinhamento ao preço de paridade de importação (PPI), que acompanharam os recuos nas cotações internacionais do petróleo e de seus derivados. A leitura é de que a gasolina tem estoques em reconstrução no mundo e cotações mais resilientes mesmo quando pressionadas, enquanto o diesel segue sob forte volatilidade. Variação No dia 25, o diesel ficou 6% abaixo da referência internacional, mas voltou à paridade no fim do mês Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustível (Abicom), o preço médio da gasolina da Petrobras estava 5%, ou R$ 0,17, acima do PPI, enquanto a o diesel estaria 2%, ou R$ 0,09, acima do preço de referência. Os dois combustíveis poderiam ser, em tese, ajustados para baixo. Mas, no caso da gasolina, essa diferença positiva tem se mantido na maior parte dos dias desde a primeira quinzena de julho, enquanto o diesel tem oscilado mais. Em 25 de agosto, por exemplo, o diesel da Petrobras chegou a ficar 6%, ou R$ 0,34, abaixo do PPI, voltando à paridade no último dia do mês. FATOR POLÍTICO. Embora respaldados pelo PPI, o fato é que novas quedas na gasolina também atenderiam a pressões do Planalto a um mês das eleições. Uma fonte com conhecimento da empresa prevê pelo menos mais três reduções no preço da gasolina em refinarias da Petrobras até as eleições presidenciais de outubro. Caso o cenário se mantenha, ajustes para baixo poderiam ser fatiados, girando em torno de 5% a cada semana, também para estabelecer calendário positivo ao governo. ebull;

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UE propõe teto sobre preço do gás russo, e Putin ameaça suspender fornecimento de combustíveis

A Comissão Europeia propôs aos países europeus nesta quarta-feira, 7, aplicar um teto sobre o preço do gás russo, como uma maneira de tentar frear a crise energética causada pela guerra na Ucrânia. A proposta gerou uma reação imediata da Rússia. Segundo o presidente Vladimir Putin, o país vai suspender o fornecimento total de energia ao bloco europeu caso o teto seja implementado. O movimento, articulado pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, também inclui cortes obrigatórios no uso de energia elétrica e novos impostos, sobre empresas de petróleo e gás e sobre o preço da eletricidade gerada pelas energias renováveis. Com essa proposta, a Comissão Europeia antecipa um período de intenso debate na União Europeia para enfrentar rapidamente a crise, que aumenta à medida que a Rússia corta o fornecimento de gás natural para muitos Estados-membros do bloco como forma de retaliação aos países que apoiam a Ucrânia durante a guerra. As interrupções são justificadas, na maior parte das vezes, como elsquo;problemas técnicosersquo; e elsquo;manutençãoersquo; dos gasodutos. Entretanto, Putin foi mais explícito nesta quarta-feira durante a participação em um fórum econômico na cidade russa de Vladivostok, quando afirmou que a tentativa de limitar os preços não causaria eldquo;nada de bomerdquo; para os países europeus. eldquo;Vamos apenas interromper os suprimentos se isso contradiz nossos interesses econômicos. Não forneceremos gás, petróleo, óleo diesel ou carvãoerdquo;, declarou. Segundo o presidente russo, a Rússia não seria afetada economicamente por essa interrupção por causa do mercado asiático, que poderia substituir a Europa como comprador da energia da Rússia. eldquo;A demanda é tão alta nos mercados globais que não teremos nenhum problema em vendê-laerdquo;, acrescentou. Ministros de energia da UE se reunirão em Bruxelas na sexta-feira, 9, para debater as propostas do bloco. Atualmente, os países gastam bilhões de euros por mês para subsidiar contas de luz dos consumidores e empresas. Sem os subsídios, os gastos com energia em alguns casos seriam cinco vezes mais altos do que no ano passado. A pressão causada pela crise energética cresce à medida que causa aumentos no custo de vida e a guerra na Ucrânia se alastra. Com o apoio declarado à Ucrânia na guerra, os políticos optam por medidas pouco ortodoxas para tentar conter a insatisfação dos cidadãos e empresas. eldquo;Enfrentamos uma situação extraordinária porque a Rússia é um fornecedor não confiável e manipula nossos mercados de energiaerdquo;, disse von der Leyen em um comunicado nesta quarta-feira. A presidente da Comissão Europeia também acrescentou que as instalações de armazenamento de gás natural do bloco estão 82% cheias e que as importações russas de gás representam apenas 9% do gás total recebido pelo bloco endash; antes da guerra, esse percentual era de 40%. Putin nega que faça uso da energia como arma política e diz que a suspensão do fornecimento de energia para alguns países, como a Alemanha nesta semana, acontece porque as sanções ocidentais contra a estatal russa Gazprom dificultam a manutenção regular dos gasodutos. Segundo a Comissão Europeia, 13 dos 27 membros da UE enfrentam paralisações parciais ou totais de gás russo. elsquo;Interferir urgentemente nos mercadosersquo; No discurso desta quarta-feira, Ursula von der Leyen ressaltou que os governos precisam intervir urgentemente nos mercados de gás e eletricidade. eldquo;Estamos lidando com preços astronômicos de eletricidade para famílias e empresas, com enorme volatilidade do mercadoerdquo;, afirmou. Em julho, a Comissão Europeia apoiou cortes voluntários no uso de energia de 15% até o próximo verão do Hemisfério Norte, no fim do ano; nesta quarta, von der Leyen disse que proporia cortes obrigatórios no uso de eletricidade durante os horários de pico. Além disso, como o mercado europeu de eletricidade vincula o preço da eletricidade ao preço do combustível mais caro endash; no momento atual, o gás endash;, a presidente da Comissão Europeia também propôs aos países do bloco tributar as empresas que gerem eletricidade a partir de outras fontes. Desta forma, os países aumentariam a arrecadação para arcar com o preço alto da energia. O modelo já é utilizado na Grécia. O outro tributo proposto por Ursula von der Leyen é sobre as empresas de petróleo e gás, que passaram a lucrar mais com a elevação do preço de energia. Segundo ela, essas empresas deveriam fazer uma eldquo;contribuição solidáriaerdquo; para que os governos possam subsidiar empresas nacionais de serviços públicos que enfrentam grandes despesas de insumos para produzir eletricidade. A intervenção sobre o mercado é vista como necessária por parte da maioria dos países da União Europeia, embora haja discordâncias sobre a melhor maneira de fazer isso. /NYT, AP

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Mercedes-Benz deve demitir 3.600 funcionários de fábrica em São Paulo

A Mercedes-Benz pretende demitir 3.600 trabalhadores da sua fábrica de caminhões e chassis de ônibus em São Bernardo do Campo (SP), que conta com um total de 9.500 trabalhadores. A empresa entrou em contato com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para firmar uma negociação nesta terça-feira. A justificativa é a pressão de custo que o setor automobilístico vem sofrendo e uma transformação na estrutura do negócio. O objetivo da montadora é terceirizar algumas áreas de produção, incluindo a de componentes, além de serviços de logística, manutenção e ferramentaria. Por causa disso, 2.200 funcionários que atuam nesses setores seriam dispensados. Outros 1.400 profissionais que possuem contratos temporários também seriam cortados da folha de pagamento. Em nota, a Mercedes-Benz disse que o mercado tem se tornado mais dinâmico e competitivo, especialmente considerando a transformação das tecnologias tradicionais para novas formas de propulsão. "Para dar conta da velocidade de transformação desta indústria e do aumento da pressão dos custos, é necessário focar ainda mais no core business da Companhia", concentrando esforços no que é "realmente necessário e demandado pelo mercado". Dessa forma, a companhia quer focar na fabricação de caminhões e chassis de ônibus e no desenvolvimento de tecnologias e serviços do futuro. "Vamos deixar de produzir internamente alguns componentes e deixar de exercer atividades que podem ser realizadas por outras empresas parceiras, tais como: logística, manutenção, fabricação e montagem de eixos dianteiro e transmissão média, ferramentaria e laboratórios, até então realizadas na fábrica de São Bernardo do Campo (SP) e que passarão a ser exercidas por empresas contratadas endash; de preferência na região do Grande ABC, em compromisso com a nossa comunidade local. Com todas essas medidas imprescindíveis, vamos nos tornar mais ágeis, eficientes e competitivos para as entregas aos nossos clientes e, sobretudo, estamos garantindo a sustentabilidade dos negócios da Mercedes-Benz Caminhões e Ônibus a longo prazo no Brasil", comunicou a empresa. O sindicato irá se reunir com os trabalhadores na próxima quinta-feira, às 14 horas, no pátio da fábrica para discutir propostas.

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Dividendos da Petrobras (PETR4) vão parar na Justiça; Entenda

A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) e parlamentares ingressaram nesta nesta quinta-feira (5), com Ação Popular na Justiça Federal do Rio de Janeiro contra a distribuição de dividendos de forma antecipada pela empresa. Na ação, a Anapetro e a autodenominada Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás, liderada pelo Senador Jean Paul Prates, pedem que a distribuição de dividendos fique limitada ao mínimo legal de 25% do lucro líquido, em linha com o artigo 8 do estatuto da empresa. As partes pedem essa limitação eldquo;até a conclusão da verificação do impacto desta distribuição à saúde financeira da Petrobrás e à viabilidade de outras formas de investimento conectadas ao interesse públicoerdquo;. Somente no segundo trimestre deste ano, os dividendos aos acionistas atingiram recorde de R$ 87,8 bilhões, superando os R$ 48,5 bilhões que a empresa distribuiu no trimestre anterior. Mais do que isso, os valores somados alcançaram a marca de R$ 136,3 bilhões, acima dos R$ 101,4 bilhões pagos aos acionistas no ano passado, destaca a Anapetro. eldquo;Enquanto montantes bilionários de dividendos são distribuídos, a Petrobrás abre mão de seu interesse público e em outras áreas de investimento, como fertilizantes e biocombustíveis, tão necessários ao processo de transição energética limpaerdquo;, destacam os advogados da Advocacia Garcez, que assessora a Anapetro e parlamentares. Em nota, o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, afirma que a Petrobras eldquo;privilegia a distribuição bilionária de dividendos a seus acionistas minoritários em detrimento da responsabilidade com o futuro sustentável da empresa, abrindo mão da possibilidade de investimentos necessários e fundamentais à essa sustentabilidade.

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Petróleo fecha nos menores níveis desde fevereiro

Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda nesta quarta-feira, 7, nos menores níveis registrados desde o início do ano, apesar da perspectiva de oferta mais apertada. As cotações foram influenciadas por dados que reforçaram temores de desaceleração da economia global. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para outubro caiu 5,69%, ou US$ 4,94, para US$ 81,94, valor mais baixo desde 11 de janeiro. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para novembro fechou com queda de 5,20%, ou US$ 4,83, para US$ 88,00, abaixo da marca de US$ 90 pela primeira vez desde fevereiro. A Administração Geral de Alfândegas da China informou nesta quarta que as exportações do país cresceram 7,1% em agosto, na comparação anual, bem abaixo da alta de 18% de julho e também do avanço de 12,5% esperado por economistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Na Alemanha, a produção industrial caiu 0,3% em julho ante o mês anterior, após ajustes sazonais, segundo dados publicados nesta quarta pelo escritório nacional de estatísticas do país, Destatis. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam recuo maior, de 0,5%. Na comparação anual, a produção da indústria alemã recuou 1,1% em julho. eldquo;A pressão de queda [no petróleo] é explicada pelo crescente temor de recessãoerdquo;, disse o Swissquote. A perspectiva de novas altas de juros nos Estados Unidos foi outro fator que pesou sobre os contratos do óleo. Nesta quarta, a vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Lael Brainard, afirmou que os juros eldquo;terão de subir maiserdquo;, sem especificar níveis, em discurso durante conferência em Nova York. Ela ressaltou que o quadro econômico é eldquo;altamente incertoerdquo; e que suas decisões dependerão dos indicadores do país. Brainard reforçou o compromisso do Fed em levar a inflação de volta à meta de 2%. Além disso, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta que o país está pronto para prolongar o racionamento das exportações de gás natural e cortar o fornecimento de petróleo e derivados se o Ocidente seguir em frente com o plano de estabelecer um teto de preço para o petróleo russo.

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