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Diesel cai 2,4% nos postos do Brasil em abril, aponta Ticket Log

O preço médio do diesel comum nos postos do Brasil caiu 2,40% entre 1º a 26 de abril ante março, a 6,15 reais por litro, apontou o Índice de Preços Ticket Log (IPTL) nesta terça-feira. Já o tipo S-10 fechou a 6,25 reais, configurando uma queda de 2,20% na mesma comparação. Com isso, o combustível manteve a tendência nacional de redução dos preços em 2023, marcando a quarta queda consecutiva, apesar de aumentos registrados em três Estados no último mês. "No início de abril, apenas Alagoas e Roraima haviam registrado acréscimo no preço médio do diesel. Nesse fechamento de mês, ainda que pequeno, o Pará também registrou um aumento de 0,10% no valor do tipo comum", apontou Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, em nota. Todas as regiões registraram recuo no preço do diesel e os mais expressivos foram no Sul, onde o tipo comum baixou 2,73% e fechou a 5,62 reais em abril. Já as médias mais altas para os dois tipos de diesel foram identificadas nos postos do Norte, com o comum a 6,71 reais e o S-10, a 6,86 reais. O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil.

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IBGE: Gasolina sobe 3,47% e responde por quase 30% da inflação em abril

O preço da gasolina subiu 3,47% em abril, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do governo, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Com isso, teve impacto de 0,17 ponto percentual (p.p.) na taxa de 0,57% do IPCA-15, ou quase 30% (2 A partir de 1º de março, o governo federal retomou a cobrança dos impostos federais para combustíveis e outros itens, como energia elétrica, que tinha suspensa em junho de 2022. E isso impactou os preços no IPCA-15, cuja coleta ocorreu entre os dias 16 de março e 13 de abril de 2023.Além disso, também houve alta nos preços do etanol (1,10%), que já tinham subido 1,96% em março. Por outro lado, óleo diesel (-2,73%) e gás veicular (-2,17%) recuaram. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Estados perdem R$ 16 bilhões de ICMS no 1º trimestre de 2023

As desonerações promovidas pelo governo federal e pelo Congresso no ano passado contribuíram para derrubar a arrecadação dos estados no primeiro trimestre de 2023. Houve recuo de 3,25% nas receitas em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com o Boletim de Arrecadação de Tributos Estaduais do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). Isso representa uma perda de R$ 7 bilhões. Os dados não consideram o impacto da inflação, o que ampliaria ainda mais a perda. As receitas com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), principal tributo estadual, caíram 9,4% na mesma comparação, uma perda de R$ 16 bilhões. Com isso, a participação desse imposto na arrecadação total passou de 80% para 75%. A arrecadação com outros tributos emdash;como IPVA, ITCD e taxasemdash; cresceu no mesmo período. Diversos estados aumentaram a alíquota geral do ICMS para cobrir o rombo na arrecadação deixado pela redução do imposto aprovada em 2022. A maior parte dos aumentos começou a vigorar em março deste ano. As maiores quedas estão no ICMS de segmentos afetados pela desoneração realizada às vésperas das eleições presidenciais. O valor arrecadado caiu 50% nas contas de energia elétrica, 39% nos serviços de comunicação e 28% em relação aos combustíveis. Nesse último segmento, houve perda de quase R$ 10 bilhões. Houve aumento nas receitas com o mesmo tributo em relação ao comércio atacadista (+4%), varejista (+9%) e sobre serviços de transporte (+16%). Em São Paulo, por exemplo, a arrecadação desse imposto caiu 12,4% no trimestre em termos reais (com dados atualizados pela inflação). Por outro lado, houve aumento de 25% na receita do IPVA, 8,5% no ITCMD e 12% em taxas, segundo dados da Secretaria da Fazenda e Planejamento do estado. A receita tributária total encolheu 13,4%. "O conjunto de indicadores da arrecadação de março reflete um desempenho geral negativo, tanto em relação aos índices de curto prazo quanto aos indicadores de tendência", diz a Sefaz-SP. No Rio Grande do Sul, a arrecadação de ICMS caiu 17,6% em termos reais. "O resultado foi fortemente influenciado pela redução das alíquotas das chamadas elsquo;blue chipsersquo;, que compreendem os segmentos de combustíveis, energia elétrica e telecomunicações", afirma a Secretaria de Fazenda do estado. Essas alíquotas foram reduzidas por decreto estadual de 30% para 25%. Posteriormente, por lei federal, passou de 25% para 17%. Parte dos recursos do ICMS é repartida com os municípios, e uma parcela da arrecadação é destinada obrigatoriamente para educação e saúde.

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Produtor aproveita gás gerado por dejetos de porcos para abastecer trator a biometano

Em 2018, o produtor rural Fábio Pimentel de Barros caminhava pelas ruas da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), em Ribeirão Preto, em busca de uma forma de utilizar o biogás produzido na sua empresa, a SF Agropecuária, em Brasilândia (MS). A proposta era dar uma destinação econômica e sustentável aos dejetos de cerca de 80 mil suínos da propriedade. Depois de discutir o tema com duas empresas, sem sucesso, ele encontrou uma montadora que desenvolvia a tecnologia necessária. Assim se tornou o primeiro comprador no país de um trator movido a biometano. Fabricado na Inglaterra pela New Holland, que já tem outras dez propostas em andamento no país, o modelo T6 Methane Power, de 180 cv, utiliza o gás gerado a partir da decomposição de resíduos orgânicos como combustível. A SF, que além dos suínos possui 33 mil bovinos e 2.600 hectares em produção de soja e sorgo em três fazendas, abate cerca de 180 mil animais por ano. O custo elevado do combustível de origem fóssil e a evolução de equipamentos como o trator a biogás têm incentivado ações para reduzir as emissões de dióxido de carbono no campo. A máquina custa 40% mais que a movida a diesel, mas se paga com a economia diária, conforme o produtor. "A ideia do início do projeto foi ter um processo de maior sustentabilidade, e o segundo ponto foi totalmente econômico", disse Barros. "O terceiro ponto foi a estratégia de mercado, já que estamos passando por uma guerra e houve importação de diesel no Brasil." Enquanto os tratores convencionais existentes na empresa queimam, em média, 18 litros de diesel por hora de trabalho, o modelo movido 100% a biometano consome 10 m³ de gás por hora, a um custo de R$ 1 por metro cúbico, conforme o produtor rural. "Tenho de levar em conta que o gás é meu, eu já produzo. Tenho de colocar ainda o preço de produção da minha bomba, que é muito baixo. Há uma economia muito grande de diesel e abre outras possibilidades, inclusive com projeto de caminhões a biometano, não podemos ficar só em tratores", afirmou Barros. Além do preço, outras vantagens são as reduções na emissão de dióxido de carbono e outros gases e o menor custo operacional, segundo Flávio Mazetto, diretor de marketing de produto da New Holland para a América Latina. Ele afirmou que 99% do material particulado é eliminado no biometano, e que o motor movido pelo gás reduz em 90% as emissões de CO2 em relação aos motores diesel vendidos no país. "O biometano, do ponto de vista global, está na pauta de todas as descarbonizações das matrizes energéticas, principalmente da térmica, que envolve combustíveis. O Brasil importa em média 25% do consumo interno de diesel, ou seja, não é autossuficiente", disse o consultor Antonello Moscatelli, especialista em biogás e biometano. "Reduzir as emissões de metano na atmosfera em 30% até 2030 é um compromisso assumido pelo Brasil em 2020, na COP-26." Ter um trator desses, porém, não é para todos os tipos de produtores. Além de custar mais emdash;o preço varia conforme o estado, mas em média R$ 1 milhão, ante R$ 700 mil do modelo convencionalemdash;, é preciso que a propriedade receba uma série de investimentos para permitir a geração do biometano. O custo chega a R$ 2 milhões, incluindo a instalação de biodigestores, gasoduto, sistema para purificar o biogás e um posto para abastecimento. A SF Agropecuária investiu R$ 1,7 milhão, pois já tinha os biodigestores, segundo Barros, e seu ecossistema envolveu também as empresas FPT Industrial (Iveco), Sebigás Cótica e Air Liquide. Há um gasoduto subterrâneo de seis quilômetros interligando as granjas da propriedade. Moscatelli afirma que, com 5.000 suínos para gerar dejetos, é possível investir num sistema desse tipo. "Esse investimento tem um payback [prazo para o lucro cobrir o investimento] rápido, dependendo da forma como o produtor utiliza a substituição do diesel pelo biometano. A partir do momento em que passa a usar mais, consegue retorno mais rápido, o que varia de dois a quatro anos", disse Cláudio Calaça, diretor de Mercado Brasil da New Holland. A descarbonização atinge outros setores ligados ao agro. Após o governo elevar, em março, o percentual de biodiesel no diesel de 10% para 12%, a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleo Vegetal) afirmou que a medida colocava o Brasil "definitivamente no caminho da liderança mundial da descarbonização da matriz ciclo diesel". Outra iniciativa do gênero é o Renovabio, programa criado para aumentar a participação dos biocombustíveis na matriz energética.

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Governo altera prazo para comprovação de metas de CBios; será anual a partir de 2024

O Ministério de Minas e Energia publicou nesta quarta-feira decreto que estabelece que, a partir de 2024, o prazo para comprovação de metas de compras de Créditos de Descarbonização (CBios) pelas distribuidoras de combustíveis voltará a ser anual e até 31 de dezembro. O movimento foi saudado por produtores de biocombustíveis, que são os emissores dos CBios, após o governo anterior ter alongado prazos em meio a uma disparada de preços dos créditos. Com o alongamento do período em meados do ano passado, os valores dos papéis recuaram após máximas em 2022. Com o novo decreto, mantém-se, excepcionalmente, a comprovação de atendimento à meta individual referente ao ano de 2022 até 30 de setembro de 2023. E mantém-se o prazo até 31 de março de 2024 para a meta de 2023, segundo nota do ministério. Contudo, a comprovação para os anos subsequentes voltará a ser até o dia 31 de dezembro de cada ano, e não mais 31 de março. Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, "a alteração a partir de 2024 concede previsibilidade aos distribuidores que são a parte obrigada do Programa RenovaBio e respeita a segurança jurídica". O ministério disse ainda que, com essa alteração, o mercado do CBios ficará novamente sincronizado em termos de emissão, oferta e cumprimento da meta dentro do mesmo ano civil, "conferindo a previsibilidade e fortalecendo a estabilidade de regras ao fixar os prazos originais para comprovação das metas da política". A meta do programa para 2023 é evitar as emissões de 37,47 milhões de toneladas de carbono na atmosfera endash;cada CBio adquirido por distribuidora equivale a uma tonelada. O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Evandro Gussi, disse que, com a mudança, o governo corrige "um absurdo feito no ano passado pela então gestão do MME". "As metas que a lei prevê eram anuais e foram transformadas em metas de 21 meses no ano passado. O decreto agora publicado restaura o compromisso com a sustentabilidade e o combate à mudança do clima, trazendo o prazo, a partir do próximo ano, como era estabelecido na Lei do RenovaBio", disse Gussi. O decreto ainda incluiu a reestruturação do Comitê RenovaBio, adequando-o à nova composição do governo federal, com todos os ministérios que têm interface com a política. Este movimento fortalece e dá credibilidade para o Brasil no cenário internacional, de acordo com o presidente do Conselho da Copersucar, Luís Roberto Pogetti. "Além de contribuir com o compromisso do país em reduzir pela metade as suas emissões de carbono, a decisão de manter a meta e o prazo de doze meses para comprovação foi acertada, uma vez que isso dá a segurança e previsibilidade necessária ao Programa e aos seus participantes", afirmou. Não foi possível obter imediatamente uma posição sobre o assunto de representantes de distribuidores de combustíveis. (Reuters)

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Mercado mundial de carros elétricos registra forte crescimento, diz AIE

A venda de veículos elétricos manteve o "crescimento explosivo" este ano e deve alcançar a marca de quase um em cada cinco carros comercializados no mundo, informou a AIE (Agência Internacional de Energia). A agência destacou que a rápida eletrificação do transporte terrestre terá grandes consequências para a indústria de energia porque eliminará a necessidade de cinco milhões de barris diários de petróleo até o final da década. O consumo mundial de petróleo é de pouco mais de cem milhões de barris por dia atualmente. "Os veículos elétricos são um dos motores da emergente economia energética mundial e estão provocando uma transformação histórica na indústria automobilística mundial", afirmou em um comunicado Fatih Birol, diretor executivo da AIE. A agência destacou em seu relatório anual sobre carros elétricos que as vendas destes veículos devem subir 35% este ano, com a marca de 14 milhões de unidades. O número representará uma participação de mercado de 18%, contra de 4% em 2020. De acordo com a AIE, as vendas de carros elétricos se concentram principalmente em três mercados: China, Europa e Estados Unidos. A China está na liderança, com 60% das vendas mundiais de carros elétricos em 2022, informou a AIE. A agência também aponta que medidas como a Lei de Redução da Inflação nos Estados Unidos, que oferece subsídios para que os consumidores troquem seus carros para veículos elétricos, aumentarão as vendas nos próximos anos. A AIE projeta que a participação média dos carros elétricos nos mercados da China, União Europeia e Estados Unidos deve subir para 60% até 2030. (AFP)

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