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Petróleo fecha em alta robusta, após dados dos EUA e dólar fraco

Os contratos mais líquidos do petróleo saltaram nesta quarta-feira (26). A commodity foi favorecida pela desvalorização do dólar e por dados mistos dos estoques dos Estados Unidos. O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 3,04% (US$ 2,59), a US$ 87,91 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro de 2023 subiu 2,23% (US$ 2,05), a US$ 93,79 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). De acordo com o Departamento de Energia (DoE), os estoques de petróleo nos Estados Unidos avançaram 2,588 milhões de barris, quando analistas previam crescimento menor, de 600 mil barris. Já os de gasolina caíram 1,478 milhão de barris ante expectativa de recuo de 900 mil barris, enquanto os de destilados avançaram 170 mil barris, quando a previsão era de recuo de 1,1 milhão de barris. A taxa de utilização das refinarias, por sua vez, registrou baixa, de 89,5% na semana anterior a 88,9% na mais recente, ante previsão de manutenção em 89,5% dos analistas. eldquo;Os estoques de gasolina mais baixos implicam que talvez a economia e a direção não sejam tão fracas quanto o esperadoerdquo;, disse Michael Lynch, presidente da Strategic Energy e Economic Research. O economista Edward Moya da Oanda comenta ainda que os preços do petróleo aumentaram os ganhos depois que o relatório de estoque mostrou que eldquo;as exportações subiram para um recorde e a demanda por gasolina se recuperouerdquo;. Além disso, ele comenta que o petróleo está reunindo um bom rali, eldquo;à medida que os comerciantes de energia tentam precificar uma recuperação da China que se desenrolará nos próximos meseserdquo;. Hoje, o país asiático publicou 15 diretrizes para facilitar a entrada de investimentos externos no país, com foco no setor manufatureiro.

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Preços ao produtor no Brasil voltam a cair em setembro por refino de petróleo

Os preços ao produtor no Brasil registraram em setembro a segunda maior queda da série histórica, de 1,96%, sob forte influência da indústria de refino de petróleo e biocombustíveis, informou Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (26) Em agosto, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia caído 3,04%, o que marcou o recorde da série iniciada em 2014. O resultado de setembro levou o índice acumulado em 12 meses a uma alta de 9,76%. De acordo com Felipe Câmara, analista da pesquisa, a última vez em que houve uma sequência de dois meses de deflação foi há mais de três anos. "Estamos diante de um movimento continuado. Em termos de perspectiva histórica, a última vez em que houve dois meses consecutivos de retração do IPP foi em junho/julho de 2019", disse ele. Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que o destaque foi o recuo de 6,79% registrado pela indústria de refino de petróleo e biocombustíveis, exercendo a maior influência no índice do mês. Entre as grandes categorias econômicas, os custos de bens intermediários caíram 2,42% e os de bens de consumo tiveram queda de 1,66%. Por outro lado os bens de capital aumentaram 0,48%. O IPP mede a variação dos preços de produtos na "porta da fábrica", isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. (Reuters)

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Vendas de etanol das usinas do Centro-Sul subiram 15% na 1ª quinzena de outubro

As usinas do Centro-Sul aumentaram as vendas de etanol hidratado (usado diretamente nos tanques dos veículos) e anidro (misturado à gasolina) na primeira quinzena de outubro, no mercado interno e para exportação. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Hidrogênio será o combustível da próxima década, diz presidente da Eletrobras

eldquo;O combustível da próxima década muito provavelmente será o hidrogênio. E o hidrogênio que mais será valorizado no mundo é o verdeerdquo;, declarou nesta terça (25/10) Wilson Ferreira Júnior, presidente da Eletrobras. Durante um evento sobre fretes verdes nesta manhã, o executivo disse que a matriz elétrica predominantemente renovável do Brasil coloca o país em posição de vantagem para produção do combustível a partir da eletrólise. O hidrogênio verde é produzido a partir de um processo que usa água e eletricidade renovável para separar a molécula de H2. A matriz elétrica brasileira hoje tem cerca de 186 GW, dos quais 155,6 GW, ou 83%, vem de fontes renováveis endash; hidrelétrica, eólica, solar e biomassa. O potencial, no entanto, é muito maior. Segundo Ferreira Júnior, só na eólica onshore, o potencial de geração chega a 400 GW. eldquo;Na solar, não é possível nem calcularerdquo;, diz. eldquo;Temos reservatórios, temos as linhas de transmissão instaladas e vamos aproveitar uma parte desse reservatório para colocar solar flutuante e criar as usinas do futuro, que são as usinas híbridaserdquo;, conta. eldquo;Essa geração solar pode alimentar os processos de eletrólise e nós teremos o hidrogênio verde mais barato do mundoerdquo;, completa. Atração de investimentos eldquo;Boa parte da solução dos nossos problemas está ligada à capacidade de atrair investimentoserdquo;. Ferreira Júnior afirma que a privatização e restruturação da Eletrobras fez o valor da empresa saltar de R$ 9 bilhões em 2016 para R$ 105 bilhões hoje, e a capacidade de investimento está em mais de R$ 12 bi. eldquo;Nós criamos uma corporação que vai ser, em cinco anos ou menos, a maior empresa de energia renovável do mundoerdquo;. Hidrogênio no Amazonas Subsidiária de Eletrobras, a Eletronorte anunciou no final de setembro a seleção de cinco propostas para o programa que vai destinar R$ 12 milhões ao financiamento de pesquisas de desenvolvimento na Usina Hidrelétrica de Balbina, localizada no estado do Amazonas. Com apoio do Senai, os projetos de inovação industrial irão explorar o potencial amazonense na produção de hidrogênio verde, com foco na aplicação de energia solar. Os selecionados irão aproveitar placas solares e recursos naturais da região para a produção do H2V, complementando o fornecimento hídrico da usina. Inaugurada em 1989, a hidrelétrica de Balbina é uma das menos eficientes do Brasil em termos de área inundada para cada megawatt gerado emdash; a barragem tem capacidade instalada de 250 megawatts e inunda uma área de 2.360 quilômetros quadrados. A hidrelétrica já foi responsável por 80% da energia gerada para Manaus e hoje cobre 17%.

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Pressionada pelo governo, Petrobras segura reajuste no preço dos combustíveis antes do 2º turno

Por pressão do governo Jair Bolsonaro (PL), a Petrobras tem segurado os reajustes nos preços dos combustíveis às vésperas da eleição, mesmo com os valores nacionais abaixo do mercado internacional. Por conta dessa defasagem, há uma pressão interna dentro da empresa para aumentar os preços, o que só deve ocorrer após as eleições. A estatal já vende gasolina nas refinarias abaixo do Preço de Paridade de Importação (PPI) há seis semanas e o diesel há quatro, de acordo com dados do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). O PPI é a política de preços da Petrobras, que aplica no mercado interno o preço do barril de petróleo e do dólar. De acordo com relatório de terça-feira do CBIE, a gasolina da estatal estava 12,27% ou R$ 0,46 por litro mais barata que os preços internacionais. O diesel segue 14,13% ou R$ 0,80 por litro abaixo do PPI. Na média da semana passada, a defasagem da gasolina ficou em 8,03% e, a do diesel, 13,55%. Diante desses números, técnicos da estatal e parte da diretoria afirmam que já seria necessário reajustar os preços. O governo, porém, tem pressionado para evitar um aumento de preços antes do segundo turno das eleições, marcado para domingo. O Conselho de Administração da empresa se reúne nesta quarta-feira, mas não deve haver nenhuma deliberação sobre o assunto nesta semana. Os conselheiros vão receber uma espécie de prestação de contas sobre a situação no mercado de derivados de petróleo, que segue marcado pela defasagem nos preços do diesel e da gasolina em relação às cotações no exterior. Petróleo acima de US$ 90 o barril A pressão dentro da Petrobras para um reajuste aumentou desde que o petróleo voltou a subir no mercado externo. O governo tem atuado para barrar essa alta. Este mês os preços do barril no mercado externo ultrapassaram US$ 95 em 7 de outubro, depois de terem atingido US$ 82 em setembro. Nesta terça, o barril encerrou o dia cotado a US$ 92,61. Sob a presidência de Caio Paes de Andrade, foram quatro reduções seguidas na gasolina e três no diesel até o início de setembro, quando os preços internacionais dos derivados mudaram. Andrade assumiu a Petrobras em junho, após a queda de três presidentes por conta do preço dos combustíveis emdash; o executivo foi nomeado justamente com a eldquo;missãoerdquo; de segurar os reajustes e reduzir os preços. Entre julho e setembro, houve uma queda no preço do barril do petróleo, o que permitiu à estatal acelerar às reduções nos preços dos combustíveis, às vésperas do período eleitoral. Essa velocidade não é vista agora, quando o barril está custando mais. O último corte da companhia no diesel ocorreu em 19 de setembro, quando o combustível passou a ser vendido a R$ 4,89 o litro, em média, nas refinarias. A gasolina está desde 1º de setembro sem alterações nos preços e, desde então, vem sendo vendida a R$ 3,28 o litro na refinaria. Neste mês, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges, afirmou que a atuação da estatal está dentro dos limites da sua política de preços, e reconheceu que a companhia reduziu preços em velocidade maior do que considera para elevar preço. Como o GLOBO mostrou neste mês, a diretoria da Petrobras costumava citar o prazo de 15 dias como uma referência para incorporar, nos preços praticados no país, a volatilidade das cotações no exterior. O argumento era de que variações diárias nem sempre seriam repassadas para os preços do Brasil, mas só depois que a cotação do petróleo se sustentasse num patamar superior emdash; e o prazo para essa análise seria de duas semanas. Procurada, a Petrobras não se manifestou.

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Uso de combustíveis fósseis dificulta futuro saudável do planeta

A dependência de combustíveis fósseis, os maiores produtores de gases de efeito estufa, que impulsionam as mudanças climáticas, está agravando os impactos à saúde em todo o mundo, segundo um relatório publicado na revista The Lancet. "Nosso relatório deste ano revela que estamos em um momento crítico. Vemos como as mudanças climáticas estão causando graves impactos à saúde em todo o mundo, enquanto a persistente dependência global de combustíveis fósseis agrava esses danos em meio a várias crises globais, mantendo as famílias vulneráveis a mercados voláteis de combustíveis fósseis, expostos à pobreza energética e níveis perigosos de ar poluição", disse, em comunicado, Marina Romanello, diretora executiva da Lancet Countdown, iniciativa de monitoramento da Universidad College London. O sétimo relatório do grupo traz contribuições de 99 especialistas de 51 instituições, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM). O trabalho apresenta 43 indicadores que incluem métricas novas e aprimoradas sobre o impacto da temperatura extrema na insegurança alimentar, na poluição do ar doméstico e no alinhamento da indústria de combustíveis fósseis com um futuro saudável. "Com o mundo em turbulência, governos e empresas têm a oportunidade de colocar a saúde no centro de uma resposta alinhada a essas crises simultâneas e proporcionar um futuro saudável e seguro para todos", disse Romanello. Os dados do relatório de 2022 sugerem que, em curto prazo, as mudanças climáticas estão afetando todos os pilares da segurança alimentar. O aumento das temperaturas e eventos climáticos extremos ameaçam o rendimento das culturas, reduzindo diretamente o tempo de cultivo de alimentos como milho (9,3 dias), trigo (seis dias) e arroz (1,7). "O calor extremo foi associado a mais 98 milhões de pessoas relatando insegurança alimentar moderada a grave em 103 países em 2020, comparado a 2010. Em média, 29% a mais da área terrestre global foi afetada por seca extrema anualmente entre 2012 e 2021, do que entre 1951 e 1960, colocando as pessoas em risco de insegurança hídrica e alimentar", diz o artigo. Além disso, a exposição ao calor extremo afeta diretamente a saúde, piorando condições como doenças cardiovasculares e respiratórias e provocando insolação, interferências adversas na gestação, piora dos padrões de sono, saúde mental precária e aumento da mortalidade relacionada a lesões. Também impacta indiretamente, limitando a capacidade das pessoas de trabalhar e se exercitar, lembram os autores. Em comparação com o período de 1986 a 2005, crianças menores de 1 ano vivenciaram, coletivamente, 600 milhões de dias a mais de ondas de calor (4,4 dias a mais por criança) entre 2012 e 2021. As mortes relacionadas às altas temperaturas aumentaram 68% entre 2017 e 2021, em comparação com 2000 a 2004. Já a exposição humana a dias com risco muito alto de incêndio elevou em 61% dos países de 2001-2004 a 2018-2021.

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