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Com lucro maior, Petrobras aumenta pagamento de dividendos

Com um salto no lucro nos últimos anos, a Petrobras tem constituído aumento nos repasses de dividendos aos acionistas da companhia. A empresa realizou o pagamento da segunda parcela de dividendos aos acionistas, aprovada pelo Conselho de Administração da companhia em maio, nesta quarta-feira (20). Ao todo, serão distribuídos cerca de R$ 48,5 bilhões. O aumento do lucro da Petrobras entre 2020 e 2021 foi de mais de 1.000%. O repasse ao grupo de controle, formado pela União e outros entes federais, como o BNDES, saltou de R$ 2,5 bilhões para R$ 27,1 bilhões. Para este ano, a parcial até julho é de R$ 32 bilhões. O governo é o principal acionista da companhia, com a União federal obtendo 28,7% do capital da Petrobras. Além disso, o BNDES, junto com o braço de participações do banco (BNDESPar), detém outros 7,9%. O repasse de dividendos da Petrobras foi de R$ 6,65 bilhões em 2020. Para este ano, a previsão é ainda maior, por volta de R$ 86 bilhões. Com aumento no lucro da empresa, ela consegue maximizar o retorno dos acionistas, de acordo com os especialistas ouvidos pelo CNN Brasil Business. eldquo;O crescimento do dividendo da Petrobras em 2021 e 2022 está em linha com a política de distribuição da empresaerdquo;, afirmou Rafaela Vitoria, economista-chefe do Inter. eldquo;Como o fluxo de caixa cresceu de maneira significativa a partir de 2021, devido à alta de cerca de 100% na cotação do barril [de petróleo] em reais, o dividendo mais elevado foi uma consequência desse resultadoerdquo;, explicou a economista. Rafaela Vitória também afirma que a Petrobras passou por uma mudança de mentalidade na administração, vendendo ativos do elo produtivo do petróleo e criando mais caixa para manter a sustentabilidade. eldquo;A empresa passou por um processo de desinvestimento, com a venda de subsidiárias e também redução da dívida, o que contribuiu para a melhora na sua estrutura de custos e redução das despesas ligadas ao endividamentoerdquo;, disse. Ambiente externo Para Flávio Conde, head de renda variável da Levante, a mudança de mentalidade na administração da companhia a levou a pensar como uma empresa privada, que além de reduzir dívidas e custos internos, contou com o ambiente externo favorável. eldquo;A Petrobras foi entregue para o governo Temer endividada, com cerca de US$ 100 bilhões de dívidas, além de contar com muitos investimentos em refinarias e elsquo;mega-projetosersquo;, mais do que gerava caixa. Isso tudo com um lucro baixíssimoerdquo;, afirmou o especialista. Conde ressaltou que, por causa de escolhas administrativas internas e em um cenário em que o barril do petróleo custava US$ 65, a Petrobras não tinha fôlego para pagar dividendos mínimos aos investidores. eldquo;Quando começaram a vender ativos e passou a investir apenas em exploração e produção, que é o que dá mais dinheiro a curto prazo, e assim foi reduzindo a dívida. Ao mesmo tempo, o petróleo superou US$ 100 que, com a introdução da Política de Paridade Internacional (PPI), fez com que a empresa tivesse um lucro líquido muito altoerdquo;, destacou. Com dividendos maiores, a cotação das ações da Petrobras deveria subir na mesma medida, o que não aconteceu por causa de um fator na visão do especialista: o risco político. Conde afirmou que tentativas de mudanças no PPI e na margem de lucro da empresa criam instabilidade para os investidores, que também não sabem ao certo as intenções da atual administração federal, caso permaneça no poder, ou de um eventual próximo governo.

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Petróleo fecha em queda com China e alta do dólar no exterior

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, interrompendo uma sequência de três sessões consecutivas de ganhos, prejudicadas pela valorização do dólar hoje, que abriu espaço para um movimento de ajuste de posições após as altas recentes. O contrato do petróleo Brent para setembro - a referência global da commodity - fechou em queda de 0,40%, a US$ 106,92 por barril, enquanto o do WTI americano para o mesmo mês recuou 0,85%, a US$ 99,88 por barril, perdendo mais uma vez o nível dos US$ 100. O dólar voltou a subir frente às principais moedas globais hoje, depois de anotar perdas nas últimas quatro sessões, pressionando os preços das commodities, que normalmente são indexadas em dólar e se tornam mais caras para investidores em outras moedas quando a divisa americana se fortalece. Além da pressão exercida pelo dólar, com o petróleo tendo anotado fortes ganhos nos últimos dias, o movimento dos preços nesta quarta-feira "parece uma consolidação normal e comum dos ganhos recentes", disse Colin Cieszynski, estrategista-chefe de mercados da SIA Wealth Management, à "Dow Jones Newswires". Os temores em relação à demanda da China - que é o maior importador líquido de petróleo no mundo - também seguem pressionando os preços da commodity, em meio a uma nova série de lockdowns para conter a covid no país. Já os dados de estoques americanos de petróleo indicaram uma redução de 445 mil barris na semana passada, para 426,60 milhões de unidades, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Energia dos EUA, contrariando a expectativa dos analistas consultados pelo "The Wall Street Journal", de alta de 600 mil barris no período.

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Vendas de gasolina no Brasil crescem 10,8% no 1º semestre, diz ANP; etanol cai 13,9%

As vendas de gasolina no Brasil pelas distribuidoras totalizaram 19,7 bilhões de litros no primeiro semestre deste ano, representando uma alta de 10,8% em relação ao mesmo período de 2021, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (20) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já as vendas de etanol hidratado recuaram 13,9% no semestre, em relação a janeiro a junho de 2021, totalizando 7,9 bilhões de litros no mercado interno. O diesel endash; considerando-se a soma do S10 e do S500 endash; registrou alta de 2,74% nas vendas, com 30,5 bilhões de litros. Considerando todos os combustíveis, as vendas de distribuidoras somaram 59 bilhões de litros no Brasil durante o primeiro semestre, o que representou um aumento de 1,77% na comparação com o mesmo período do ano passado.

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Não há margem para queda de preço do diesel, diz Leggio Consultoria

Não há espaço para redução no preço do diesel vendido pela Petrobras às distribuidoras nas refinarias, na visão do sócio da Leggio Consultoria, Marcus Dersquo;Elia. A estimativa leva em consideração que a expectativa de que o preço do barril de petróleo no mercado internacional deve se manter na faixa dos US$ 100 nos próximos meses. Para Dersquo;Elia, há possibilidade de que o barril caia para cerca de US$ 92 caso haja uma redução do crescimento mundial, mas é improvável que os preços se reduzam para além desse valor. Segundo o consultor, isso ocorre pois as petroleiras já demonstraram não estar interessadas em aumentar a produção. eldquo;No diesel, vem ocorrendo um descolamento do preço do derivado em relação ao do barril de petróleo, causado pela demanda crescente pelo combustível neste semestre. Por isso, neste cenário de queda do barril de petróleo, a margem para a redução do diesel seria menor que 5%erdquo;, diz. Ontem, a Petrobras anunciou a diminuição dos preços da gasolina nas refinarias de R$ 4,06 para R$ 3,86. Não houve alteração no preço do diesel, que teve o último reajuste em 16 de junho, quando a companhia anunciou um aumento no preço médio do litro de R$ 4,91 para R$ 5,61. Nas estimativas da Leggio, a redução da gasolina anunciada ontem está em linha com o preço de paridade de importação. A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) também acredita que a gasolina esteja na paridade, considerando a cotação da manhã de hoje. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Adiamento de meta ambiental pode reduzir valor de diesel e gasolina, dizem especialistas

A possibilidade de adiar o cumprimento de metas ambientais pelas distribuidoras de combustíveis, após uma recomendação do governo federal, pode provocar uma redução no preço do diesel e da gasolina. É isso que afirmam fontes do setor ouvidas pela CNN. Segundo essas fontes, sem a necessidade imediata de pagar por créditos de carbono neste momento, as empresas têm menos custos de operação e devem repassar isso ao consumidor. Assim, em cerca de duas semanas, os brasileiros podem começar a sentir uma queda de R$ 0,07 nos dois combustíveis. O Comitê RenovaBio, formado por membros de diversos ministérios e da Agência Nacional do Petróleo, orientou a prorrogação do prazo para que distribuidoras de combustíveis possam atingir a meta de Créditos de Descarbonização (CBIOs). O limite, que hoje é anual, seria levado para o fim de 2023, ou seja, 24 meses. Cada CBIO equivale a uma tonelada de gás carbônico. O Crédito de Descarbonização é uma medida adotada pela Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), criada para cumprir os compromissos assumidos pelo Brasil na COP 21, a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima. Questionado sobre como essa recomendação será avaliada e incorporada, o Ministério de Minas e Energia disse que eldquo;a forma de implementação da medida será verificada em momento oportuno.erdquo; A expectativa é que a decisão seja referendada pelo Conselho Nacional de Política Energética, (CNPE), presidido pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida. Emissores de CBIO devem questionar recomendação no CNPE Se a medida anima as empresas distribuidoras de combustíveis, ela incomoda os emissores de CBIOs. O presidente da Associação Brasileira da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), principal entidade que reúne os certificadores, Evandro Gussi, afirmou que deve se manifestar contrariamente à prorrogação no CNPE. Para Gussi, a medida precisa passar por consulta pública. eldquo;A gente não vê sustentação legal, amparo legal. Para nós, fica claro que o cumprimento dessas metas deve ser feito anualmente. E nós estamos falando de metas ambientais. Postergar isso não me parece adequadoerdquo;, declarou. A alta no preço dos CBIOs fez o Ministério de Minas e Energia solicitar uma investigação ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre eldquo;possível infração à ordem econômica praticada nas negociações do ativoerdquo;. O presidente da Única afirma que não vê irregularidades e que o preço segue o movimento de mercado, com flutuações diante da liberdade de negociação dos CBIOs. eldquo;Quando o CBIO estava em R$ 29, nós não fizemos reclamação de que estava muito baixo, mesmo diante dos nossos custos. O preço é um mecanismo de mercado, a gente tem hoje um governo liberal, que gosta do processo econômico ortodoxo, ou seja, que respeita a livre organização do mercadoerdquo;, colocou.

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Consumidor pode levar até 6 dias para sentir redução na gasolina

As distribuidoras de combustíveis começaram a repassar, em negociações com os postos, a redução no preço da gasolina anunciada esta semana pela Petrobras, mas os efeitos ainda podem levar alguns dias para chegar às bombas. Isso porque distribuidoras e postos têm estoques de produtos com as cotações antigas e, até que os volumes sejam substituídos, os preços seguirão refletindo a média mais alta das negociações anteriores. Segundo fontes, pode levar de cinco a seis dias para que os consumidores sintam uma redução efetiva da gasolina nas bombas. Ontem, a Petrobras começou a vender gasolina nas refinarias às distribuidoras por R$ 3,86 o litro, em média, queda de R$ 0,20 em relação ao preço praticado desde 17 de junho. De acordo com uma fonte do setor, normalmente as distribuidoras realizam compras nas refinarias a cada dois dias. Com isso, nessa parte da cadeia, levaria cerca de dois a três dias para uma substituição total dos estoques pelos preços novos, explica essa fonte. Os postos, no entanto, costumam realizar compras com as distribuidoras de forma semanal. Em regiões de maior movimento, as compras dos revendedores podem ser diárias. O comportamento do consumidor também pode influenciar na redução dos preços, já que quanto mais rápido forem substituídos os estoques anteriores, mais cedo os novos preços da gasolina chegarão às bombas. eldquo;A questão é que às vezes quando a Petrobras abaixa preços nas refinarias, as vendas nos postos caem, pois os clientes esperam para comprar com o novo preço. Isso faz com que os estoques girem menos e a queda dos preços nas bombas demore mais. Quando os preços sobem, ocorre o contrário e o cliente corre para tentar comprar aos preços antigoserdquo;, diz uma fonte. A Vibra Energia, distribuidora que tem uma rede de cerca de 8 mil postos, afirmou que já iniciou os repasses da redução para a rede de revenda, além dos outros clientes, e diz que continuará a fazê-lo eldquo;na medida em que os estoques forem renovadoserdquo;. A companhia lembrou, entretanto, que os preços praticados na bomba são livres, decididos por cada revendedor. Segundo especialistas do setor, os preços da gasolina no Brasil estão em linha com as cotações internacionais depois da redução anunciada pela Petrobras. Nas estimativas da Leggio Consultoria, a gasolina está alinhada ao preço de paridade de importação. A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) também acredita que a gasolina esteja na paridade, considerando a cotação da manhã de ontem. O cenário é diferente para o diesel, que teve o último reajuste em 17 de junho, quando a Petrobras anunciou um aumento no preço médio do litro de R$ 4,91 para R$ 5,61. A Abicom estimava ontem pela manhã que os preços praticados pela Petrobras estavam 3% acima da paridade e que, por isso, haveria espaço para uma queda R$ 0,14 no litro, em média. O sócio da Leggio Consultoria, Marcus Dersquo;Elia, no entanto, diz que não vê espaço para queda no diesel, principalmente se o preço do barril de petróleo no mercado internacional seguir na faixa dos US$ 100 nos próximos meses. Para Dersquo;Elia, há possibilidade de que o barril caia para cerca de US$ 92 caso haja uma redução do crescimento mundial, mas é improvável que os preços se reduzam para além desse valor. Segundo o consultor, isso ocorre pois as petroleiras já demonstraram não estar interessados em aumentar a produção. Para ler esta notícia, clique aqui.

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