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Morre, aos 99 anos, o ex-ministro da Fazenda Ernane Galvêas

O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central (BC) Ernane Galvêas morreu nesta quinta-feira, aos 99 anos, no Rio de Janeiro. Nos últimos anos, ele trabalhava como assessor econômico da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Capixaba, nascido em Cachoeiro de Itapemirim em 1º de outubro de 1922, Galvêas graduou-se em Ciências Contábeis, Economia e Direito. Galvêas foi presidente do BC por dois períodos (1968-1974 e 1979-1980) e ministro da Fazenda de janeiro de 1980 a março de 1985. Nesse período, Delfim Netto era ministro do Planejamento e comandava a economia brasileira. Galvêas ocupou o cargo num dos períodos mais turbulentos da história da economia brasileira. Em 1982, o Brasil quebrou, deixando de pagar a dívida externa. emdash; O fato é que vivemos, de 1979 (segundo choque do petróleo) até 1984, o período mais difícil da história econômica no Brasil. Eu não fazia outra coisa a não ser viajar atrás deles (produtores do Oriente Médio) e dos banqueiros em Nova York, procurando resolver a dívida. Tivemos que tomar novos empréstimos, ir ao FMI e fazer uma comissão para negociar com os bancos emdash; lembrou Galvêas em entrevista ao GLOBO publicada em 2013. Como ministro da Fazenda, ele foi representante do Brasil junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), ao Banco Mundial, ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ao Fundo Africano de Desenvolvimento e ao Fundo para o Desenvolvimento da Bacia do Prata. Em várias oportunidades, dedicou-se ao ensino superior, como professor da Faculdade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro, da Faculdade de Ciências Econômicas do antigo Estado da Guanabara e do Curso de Pós-Graduação do Conselho Nacional de Economia. Nos últimos anos, atuou como consultor econômico da Presidência da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. eldquo;O país perde uma referência não apenas na área econômica, mas um humanista de primeira grandeza, de uma estatura intelectual admirávelerdquo;, lamentou o presidente da CNC, José Roberto Tadros. eldquo;Com seu conhecimento, sua experiência e sabedoria, ajudou a CNC e o Brasil a serem maiores. Pessoalmente, perco um grande amigo, cuja convivência sempre foi marcada pelo afeto, respeito e admiração. Em nome da Confederação e de todo o Sistema Comércio, manifesto meu agradecimento por tudo o que Ernane Galvêas representou para nós e me solidarizo com a família neste momento de dorerdquo;, afirmou em nota.

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Petróleo recua com investidores preocupados com taxas de juro e demanda

Os preços do petróleo caíram quase US$ 2 o barril nesta quinta-feira (23), após outra rodada de comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, alimentar preocupações de que o aumento da taxa de juros dos Estados Unidos pode desacelerar o crescimento econômico. O petróleo Brent fechou a US$ 110,05 o barril, recuando US$ 1,69, ou 1,5%. O petróleo dos EUA (WTI) fechou a US$ 104,27 o barril, queda de US$ 1,92, ou 1,8%. Powell disse que o foco do Fed em conter a inflação é "incondicional" e que o mercado de trabalho está insustentavelmente forte, comentários que alimentaram temores de mais aumentos de juros. Além disso, os altos preços da gasolina podem estar começando a diminuir a demanda, disse Robert Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho em Nova York. "Isso definitivamente entrou na conversa", disse Yawger, acrescentando que acredita que a gasolina ainda tem espaço para subir. Os preços de varejo dos EUA estão atualmente em média de US$ 4,94 por galão, cerca de US$ 0,10 baixo do pico, de acordo com o clube de automobilistas AAA. A Opep e países produtores aliados, incluindo a Rússia, provavelmente seguirão um plano de aumentos acelerados da produção em agosto, na esperança de diminuir os preços do petróleo e a inflação, já que o presidente dos EUA, Joe Biden, planeja visitar a Arábia Saudita, disseram fontes.

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Governo defende aumento de benefícios ao zerar ICMS dos combustíveis nos estados

O líder do governo no Senado, senador Carlos Portinho (PL/RJ), afirmou que o governo quer usar o aporte de R$ 30 bilhões em solução para redução dos preços dos combustíveis, em aumento do valor do Auxílio Brasil, do vale-gás e criação do voucher para caminhoneiros. A proposta deve estar no texto da Proposta de Emenda à Constituição 16/2022, conhecida como PEC dos Combustíveis. O anúncio foi feito em meio a tentativa de negociação com os estados para zerar o ICMS sobre os combustíveis recebendo esse valor como compensação. Contudo, o governo propõe agora que para o benefício chegar diretamente à população seja feito o acréscimo de R$ 200 no Auxílio Brasil, chegando a R$ 600 para famílias de baixa renda, e o voucher para todos os transportadores autônomos de R$ 1.000, o qual o acesso será regulamentado pelo Ministério da Economia. "Então há uma convergência de que, possivelmente alterar, substituir essa compensação para os governos por medidas mais efetivas, que a gente tenha certeza que vão chegar na ponta com relação aos auxílios, né? Tanto o aumento do auxílio Brasil, o voucher caminhoneiro, o auxílio gás, que são políticas sociais e muitas delas já em curso no país, sejam mais eficazes," afirmou Portinho em coletiva de imprensa. Portinho afirmou ainda que não foi descartada a ideia de zerar o ICMS, mas que no momento devido à posição "insensível" dos governadores, foi necessário apresentar medidas diferentes para a PEC dos Combustíveis. "Não foi abandonada a ideia, se tiver um compromisso dos estados é a melhor proposta, zerar o ICMS é a proposta original, a proposta do Governo é a melhor, mas o mínimo receio pelos atos que os governadores vêm adotando, insensíveis ao momento e a população, nos fazem levar a essas outras alternativas, porque quer o Governo, principalmente o Senado, é que chegue na ponta pra quem paga o preço do combustível", completou. Ainda de acordo com Carlos Portinho, independentemente de ser ano eleitoral, não há impedimento na legislação e será possível criar o voucher para caminhoneiros devido ao estado de emergencial internacional, pela guerra da Rússia contra Ucrânia, que houve impacto nos combustíveis. "Aqueles programas que estão em vigor como auxílio Brasil e o vale-gás podem, sem nenhuma discussão, serem aumentados e o voucher caminhoneiro sim porque é o momento de emergência internacional que tá pressionando e que tenha um impacto sobre as contas dos brasileiros, sobre o valor do frete, sobre o valor do produto na gôndola de supermercados (...) uma guerra, da qual não fazemos parte, mas sofremos as consequências e, por isso, é emergencial", disse. O líder do governo informou ainda que, é possível que o relator da proposta, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB/PE), conclua os cálculos com o Ministério da Economia nesta semana e a votação aconteça na próxima terça ou quarta.

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Petrobras: comitê se reúne nesta sexta para analisar indicação de Caio Paes de Andrade

Está prevista para a tarde desta sexta-feira (24), no Rio, a reunião do Comitê de Elegibilidade da Petrobras que vai analisar a indicação de Caio Paes de Andrade para a presidência da estatal. Atual secretário de desburocratização do governo federal, Andrade vai substituir José Mauro Ferreira Coelho, que pediu demissão na segunda-feira (20) depois de ser pressionado pelo governo Jair Bolsonaro por causa do alta dos preços dos combustíveis. Cabe ao Comitê de Elegibilidade analisar a indicação de Andrade com base nas regras de governança da companhia e na legislação aplicável. Os relatórios necessários para a análise foram entregues à estatal na terça-feira (21). De acordo com a Petrobras, o Comitê de Elegibilidade é presidido por Francisco Petros, membro do Conselho de Administração da empresa. Também integram o comitê Luiz Henrique Caroli, que é membro do Comitê de Pessoas, além de Ana Silvia Matte e Tales Bronzato, ambos externos ao quadro de pessoal da empresa. "Além disso, conforme previsto no Regimento Interno do COPE (Comitê de Pessoas), o Conselheiro de Administração Marcelo Mesquita, eleito pelos acionistas minoritários detentores de ações preferenciais, foi convidado para a respectiva pauta de indicação", destacou a Petrobras. Esta será a terceira troca no comando da Petrobras no atual governo. De olho na reeleição, o presidente Jair Bolsonaro, sempre crítico aos reajustes de preços dos combustíveis realizados pela estatal, aumentou o tom dos ataques. Bolsonaro chegou a chamar de "estupro" o lucro da estatal. Até a conclusão da análise da indicação de Paes de Andrade, a Petrobras será presidida interinamente pelo atual diretor de Exploração e Produção da companhia, Fernando Borges. Próximos passos da troca de comando A análise da indicação de Caio Paes de Andrade pelo Comitê de Elegibilidade é um dos primeiros passos até a conclusão do processo de troca de comando na Petrobras. Com base no trâmite legal, pode ser que o governo precise esperar até a segunda quinzena de julho para dar posse ao seu indicado. Confira o passo a passo para a troca de comando na Petrobras: Background check de integridade: nome do indicado pelo governo é submetido a um processo de checagem de informações para avaliar se ele atende às exigências legais para assumir o cargo. Aprovação pelo Comitê de Elegibilidade: concluída a checagem de informações, o nome do indicado precisa ser aprovado pela equipe ligada ao Comitê de Pessoas da empresa. Assembleia Geral Extraordinária: o atual Conselho de Administração precisa convocar, com no mínimo 30 dias de antecedência, uma AGE para eleger o novo colegiado. Eleição do novo Conselho de Administração: na AGE serão eleitos oito membros para compor o novo colegiado. O indicado pelo governo para presidir a estatal precisa, antes, ser tornar um dos oito conselheiros. Reunião do novo Conselho de Administração: logo após a eleição na AGE, o novo colegiado já pode se reunir para confirmar o nome do indicado pelo governo como novo presidente da estatal. Cerimônia de posse: a conclusão do processo de troca do comando da companhia acontece durante cerimônia pública na qual o escolhido irá assinar o termo de posse. Nomes indicados para o conselho O Ministério de Minas e Energia retificou também nesta terça-feira a lista de indicados da União para compor o conselho de administração da Petrobras. A pasta retirou da relação os nomes dos candidatos indicados por acionistas minoritários, José João Abdalla Filho e Marcelo Gasparino da Silva, que constavam na primeira versão da lista. Permanecem as demais indicações propostas anteriormente pelo governo, acionista controlador da estatal, com Gileno Gurjão Barreto apontado como chairman e Caio Mario Paes de Andrade como CEO da companhia. Na sexta-feira passada, a Petrobras havia divulgado a indicação de Abdalla e Gasparino pelos acionistas minoritários e anunciado que os minoritários solicitaram a adoção do sistema do voto múltiplo na eleição dos conselheiros na assembleia-geral extraordinária que será convocada. Histórico de demissões José Mauro Ferreira Coelho foi o terceiro presidente da Petrobras no governo Bolsonaro. O primeiro a assumir o comando da estatal durante o governo do presidente Jair Bolsonaro foi o economista Roberto Castello Branco, indicado logo após as eleições de 2018. Castello Branco foi nomeado para cargo em janeiro de 2019 e demitido em fevereiro do ano passado pelo presidente Bolsonaro, que alegou estar insatisfeito com os reajustes nos preços de combustíveis durante a gestão do economista. O nome indicado para substituir Castello Branco foi o do general Joaquim Silva e Luna. O militar tomou posse do cargo em abril de 2021 e permaneceu no posto até março deste ano. O general permaneceu 343 dias no cargo e foi demitido em abril deste ano por ter seguido a lógica de mercado para definição dos preços. Após a saída de Silva e Luna, o governo chegou a indicar os nomes do economista Adriano Pires e do empresário Rodolfo Landim para assumir o comando da estatal. No entanto, ambos informaram que não poderiam assumir os postos. Em abril, o governo indicou José Mauro Coelho para assumir o comando da estatal. O executivo assumiu a presidência da Petrobras no dia 14 do mês passado e pediu demissão na segunda-feira (20). O substituto interino definido pelo Conselho de Administração da empresa é Fernando Borges.

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Preço médio do litro da gasolina e do etanol tem primeira queda simultânea

Segundo dados do último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), referentes à primeira quinzena de junho, o litro da gasolina comercializado nos postos de abastecimento do País fechou o período a R$ 7,52, valor 0,35% mais barato se comparado ao fechamento de maio. Já o preço do litro do etanol recuou 1,58% e fechou a quinzena a R$ 6,02. "Os combustíveis tiveram a primeira queda simultânea no preço depois de altas consecutivas que vêm sendo registradas desde fevereiro deste ano, segundo o último levantamento da Ticket Log. Mesmo assim, vale ressaltar que estamos quase no final do primeiro semestre, com a gasolina em alta de mais de 9%, se comparado a janeiro, e o etanol com 4,6% de aumento, em relação ao mesmo período", destaca Douglas Pina, Diretor-Geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil. Com exceção do Nordeste, que registrou um acréscimo de 0,01% no preço da gasolina, em relação ao mês anterior, e fechou o período com o litro mais caro do País (RS 7,65), todas as demais regiões apresentaram redução no preço: Sudeste (-0,92%), Sul (-0,60%), Norte (-0,40%) e Centro-Oeste (0,34%). A menor média para a gasolina foi comercializada na Região Sul, com o litro vendido à média de R$ 7,15. Além do recuo na média nacional, o litro do etanol ficou mais barato nos postos de todas as regiões brasileiras: Sudeste (-4,85%), Centro-Oeste (-3,25%), Sul (-2,67%), Norte (-0,37%) e Nordeste (-0,11%). O menor preço médio para o combustível foi registrado nas bombas do Centro-Oeste, a R$ 5,48. Já a média mais cara deixou de ser comercializada no Sul, como no mês passado, e foi registrada no Norte do País, a R$ 6,26. Na análise por Estado, o Nordeste se destacou com as maiores médias e altas mais expressivas para o preço da gasolina. Na Bahia o combustível fechou o período com alta de 2,38%, e passou de R$ 7,78 para R$ 7,97. Já o maior preço médio foi encontrado nos postos de abastecimento do Piauí, a R$ 8,08, com alta de 1,07%. Em contrapartida, o Ceará apresentou a maior redução do País no valor médio da gasolina (-1,68%), que passou de R$ 7,80 para R$ 7,67. O litro mais barato foi registrado em São Paulo, a R$ 6,97. Além de apresentar o menor preço para a gasolina, São Paulo também foi o Estado que registrou o menor preço médio para o etanol e o maior recuo no valor do litro do combustível em todo o País (-7,04%), que passou de R$ 5,10 para R$ 4,74. Novamente nos destaques das altas mais expressivas de todo o território nacional, na Bahia o etanol ficou 2,25% mais caro e passou de R$ 6,12 para R$ 6,26. A média mais alta para o litro foi comercializada nos postos de abastecimento do Pará, a R$ 6,82. "Mesmo com o maior recuo na média nacional em relação à gasolina, o etanol é a opção mais vantajosa para abastecimento apenas para os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, reflexo também das reduções mais expressivas para o combustível identificados no Sudeste e no Centro-Oeste, de acordo com o IPTL", conclui Pina. O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

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Produção nacional de biodiesel volta a superar barreira dos 500 mil m³ em maio

Maio foi o melhor mês para a indústria nacional de biodiesel em muito tempo. Segundo os dados mais recentes do mercado que foram divulgados nessa quarta-feira (22) pela ANP, os fabricantes informaram a produção de praticamente 539,5 mil m³ de biodiesel no mês passado. Trata-se da maior marca para a produção do biocombustível em sete meses -- desde que a mistura obrigatória voltou ao B10 em novembro passado. Apesar dessa recuperação na atividade das usinas, o mercado continua operando no negativo. Já são cinco meses seguidos no vermelho embora a sangria tenha ficado bem menor. Na comparação entre maio de 2021 e maio de 2022, contração foi de 0,4%. Esse resultado chega a ser um alento depois de dois meses nos quais as contrações ficaram acima dos 20% em virtude da comparação entre meses nos quais a mistura obrigatória estava em 13% com outros nos quais a mistura foi reduzida para 10%. Só o corte na mistura justifica um pouco mais 23% na diferença entre a produção das usinas.

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