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Produção de açúcar sobe 5,77% na 2ª parte de agosto, diz Unica; etanol tem queda

A produção de açúcar do centro-sul do Brasil avançou 5,77% na 2ª quinzena de agosto na comparação anual, com 3,13 milhões de toneladas, segundo relatório quinzenal da União da Indústria de Cana-de-Açúcar divulgado nesta terça-feira. A moagem de cana na principal região produtora de cana do país cresceu 1,79% na segunda quinzena do mês, para 44,02 milhões de toneladas, com destaque para São Paulo, com aumento de 2,61%, enquanto o setor tem ampliado a quantidade de cana para a produção de açúcar, mais rentável. A proporção de cana para açúcar somou 48,45% versus 46,47% no mesmo período do ano passado. Como resultado, houve menos cana para a produção de etanol, cuja produção caiu 1,23%, para 2,25 bilhões de litros. Houve um recuo um pouco maior na fabricação do etanol hidratado (-1,52%), a 1,30 bilhão de litros. A produção do anidro (adicionado à gasolina pura na proporção de 27%) caiu 0,83%, registrando 947,29 milhões de litros. A despeito disso, as vendas de etanol por usinas do Brasil cresceram 7,5% em agosto ante igual mês de 2021, atingindo 2,69 bilhões de litros vendidos. O resultado foi impulsionado pelo anidro, cuja comercialização doméstica cresceu 20,50% no período, a 1,08 bilhão de litros, na esteira das reduções dos preços na gasolina pela Petrobras. eldquo;As saídas fortes no mês de agosto se concretizam graças a uma maior demanda do etanol utilizado como aditivo na gasolinaerdquo;, comentou o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, no relatório. As vendas do etanol hidratado, por outro lado, caminharam em sentido oposto, com queda de 6,22% em agosto na comparação anual, a 1,38 bilhão de litros. Ao contrário do que foi observado na primeira quinzena, o clima mais seco possibilitou o avanço da colheita que, somada à maior produtividade agrícola, aumentou a matéria-prima processada no período, destacou Padua. No acumulado da safra, a moagem registra um recuo de 6,9%, para 366,3 milhões de toneladas.

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Preço médio do GNV está apenas R$ 0,27 mais barato do que o litro da gasolina no Brasil

Antes de julho deste ano, o preço do litro da gasolina só subia no Brasil e quase bateu os R$ 7,60. Com isso, muitos motoristas optaram por instalar o chamado kit GNV em seus carros e passaram a abastecer apenas com gás natural veicular. No entanto, um levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) apontou que o combustível já teve um aumento de 11,2% nos primeiros oito meses do ano. Em janeiro de 2022, o preço médio do GNV nos postos de gasolina era de R$ 4,61. Sete meses depois, em agosto, o valor nacional chegou a R$ 5,13, ou R$ 0,52 a mais. Na região Sudeste, os aumentos foram ainda maiores que os da média brasileira. Em Minas Gerais, o preço médio do GNV passou de R$ 4,42 em janeiro para R$ 5,53 em agosto, um acréscimo de 25%. Em São Paulo, o valor de R$ 4,56 passou para R$ 5,47, alta de 20%. No Espírito Santo, o preço do combustível fechou agosto a R$ 5,26, o que representa uma alta de 15%. Já no Rio de Janeiro, o gás natural veicular fechou o mês a R$ 5,05, acréscimo de 14% em relação a janeiro. E os outros combustíveis? Em comparação com a gasolina , o GNV era R$ 2,02 mais barato, uma diferença significativa de 30,47%. Agora, com o litro da gasolina custando, em média, R$ 5,40, e com o GNV a R$ 5,13, a diferença passa a ser de apenas R$ 0,27 entre os dois, ou 5%. Por outro lado, se comparado com o preço médio de R$ 4,48 do etanol em agosto, o GNV está R$ 0,65 mais caro. No primeiro mês do ano, a diferença era contrária. O litro do etanol custava R$ 4,91 e o gás natural veicular tinha preço de R$ 4,61, R$ 0,30 mais barato. Desde meados de 2020, quando a gasolina começou a receber constantes aumentos, a procura por GNV cresceu. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, entre janeiro e setembro de 2021, houve aumento de 88,5% nas conversões automotivas para GNV na comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, com o aumento, a utilização do gás natural veicular já não está mais sendo tão vantajosa para os motoristas.

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Brasil segue negociação com a Rússia por diesel, diz Bolsonaro

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira que continuam as conversas com a Rússia para o fornecimento de óleo diesel russo ao Brasil, como parte dos esforços do governo para reduzir o preço dos combustíveis no país. Em julho, o presidente havia afirmado que um acordo sobre o tema estava "quase certo" e, na ocasião, manifestou a expectativa de que as primeiras cargas chegassem ao Brasil em dois meses -- o que acabou não acontecendo. Antes disso, ele já havia mencionado a possibilidade no final de junho após telefonema com o presidente russo, Vladimir Putin. "Estamos negociando com Putin o fornecimento de diesel mais barato", disse Bolsonaro nesta terça-feira em entrevista ao Programa do Ratinho, do SBT. Bolsonaro acrescentou que as negociações ganharam corpo a partir das trocas no comando da Petrobras e do Ministério das Minas e Energia. O presidente também disse que a iniciativa, se concretizada, poderá resultar na redução dos preços de gêneros alimentícios pela redução do custo do frete. A Rússia está sob sanções internacionais desde a invasão a Ucrânia, especialmente dos Estados Unidos e da União Europeia --o bloco costumava ser o principal consumidor de gás e petróleo do país, mas cortou boa parte das compras. Ao contrário dos europeus e norte-americanos, e mesmo com a pressão desses países, o governo brasileiro continua negociando com os russos. O governo já acertou a garantia de fornecimento de fertilizantes vindos da Rússia apesar da guerra. Questionado na entrevista, Bolsonaro também afirmou que ainda há possibilidade de o Congresso Nacional votar uma reforma tributária ainda neste ano. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia afirmado no mês passado que, caso Bolsonaro vença as eleições de outubro, é possível que o Congresso aprove as reformas tributária e administrativa ainda neste ano.

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Eletrificação cresce no mercado automotivo com vantagem para os híbridos flex a etanol

Cresce a venda de carros elétricos no Brasil. Dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) apontam que em julho deste ano, o emplacamento de elétricos superou a marca de cem mil veículos. Números colhidos até o dia 27, indicam a venda de 100.292 elétricos, sendo 3.136 somente no mês de julho. Segundo o presidente da ABVE, Adalberto Maluf, o mercado de eletrificados leves segue em crescimento em 2022, em nítido contraste com a evolução do mercado doméstico total de veículos leves no mesmo período, mantendo uma tendência que se consolidou nos últimos três anos Enquanto os elétricos e híbridos avançam, o mesmo não acontece com as vendas do mercado doméstico de automóveis e comerciais leves em geral, cujo volume caiu 13% na comparação entre janeiro e julho de 2022 e 2021. No acumulado de janeiro a julho deste ano foram 23.563 veículos elétricos, contra 17.524 de 2021, uma variação de mais de 34,5% sobre o mesmo período do ano passado. Enquanto o mercado de veículos doméstico, de janeiro a julho deste ano vendeu 1.020.511 contra 1.168.997 do mesmo período do ano passado, uma retração de -13%. Além dos veículos leves, a venda de caminhões e ônibus elétricos também começam a ganhar corpo, ainda que de forma tímida, nas estatísticas. No primeiro semestre deste ano, já se somam 422 caminhões emplacados no país. Empresas como Marcopolo e Volvo já apresentaram para comercialização, uma nova frota de ônibus eletrificados, que devem ganhar as ruas a partir de 2023.

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Com normalização de atividades, prestação de serviços sobe 1,1%

Impulsionada pela normalização do funcionamento da maioria dos negócios (após o período mais agudo da pandemia) e por segmentos como tecnologia da informação (TI) e transporte de cargas, a prestação de serviços subiu 1,1% em julho ante junho, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade já cresceu 8,9% desde fevereiro de 2020 endash; um mês antes do início da pandemia de covid-19 endash; e está apenas 1,8% abaixo da registrada em novembro de 2014, o ponto mais alto da série histórica. O avanço em julho foi puxado por três das cinco atividades investigadas, com destaque para transportes (2,3%), informação e comunicação (1,1%) e serviços prestados às famílias (0,6%). Na outra direção, houve queda em outros serviços (-4,2%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%). O resultado de julho veio acima do consenso de analistas de mercado, que esperavam crescimento de 0,7%, conforme pesquisa do Projeções Broadcast. O estrategista da gestora RB Investimentos, Gustavo Cruz, diz que o desempenho dos serviços em julho sugere que as sucessivas surpresas positivas com o crescimento econômico, verificadas no primeiro e no segundo trimestres, poderão se repetir agora no terceiro. A tendência, segundo o especialista, é que as projeções para o crescimento do ano continuem sendo revisadas para cima, algo entre 2,5% e 3,0% ante 2021. Após a divulgação dos números pelo IBGE, a XP Investimentos informou que sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, o valor de tudo o que é gerado na economia) no terceiro trimestre avançou de 0,5% para 0,6%. Outras instituições, como o Banco Mizuho e a gestora AZ Quest, mantiveram as projeções de expansão da atividade no terceiro trimestre endash; de 0,3% sobre o segundo trimestre, em ambos os casos endash;, mas reconheceram um viés de alta. Para o estrategista-chefe do Mizuho, Luciano Rostagno, o desempenho acima do esperado dos serviços sugere que o setor pode eldquo;amortecererdquo; o freio previsto para a economia no segundo semestre. A freada está em praticamente todos os cenários traçados por analistas, mas vem sendo postergada desde o início do ano. eldquo;A tendência de desaceleração da atividade, a meu ver, permanece. Mas a surpresa do setor de serviços sugere que essa desaceleração pode acontecer de forma mais gradualerdquo;, afirmou Rostagno. FÉRIAS. Em julho, as férias escolares podem ter contribuído para o crescimento dos serviços prestados às famílias (0,6%) e dos transportes aéreos (6,8%). Além disso, atividades ligadas à sociabilização (bares, restaurantes, hotéis, salões de beleza, lazer e entretenimento) também mostraram recuperação e tendência de normalização. ebull;

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Preço menor da gasolina faz usinas evitarem etanol

A decisão do presidente Jair Bolsonaro de cortar drasticamente os impostos sobre combustíveis, principalmente a gasolina, para aumentar suas chances de reeleição apertou as margens de lucro do etanol e deve levar as usinas a evitar o biocombustível e se concentrar fortemente no açúcar. Especialistas em açúcar e etanol disseram que os lucros com as vendas de etanol de cana caíram tanto em comparação com os do açúcar que as usinas brasileiras, que têm flexibilidade para produzir mais de um ou outro, vão mudar o máximo possível para a produção de açúcar à medida que a safra entrar na segunda etapa. "As usinas já estão tendo prejuízo com a venda de etanol, por que continuariam a produzi-lo?" disse o analista Julio Maria Borges da JOB Economia. drasticamente a produção de etanol, aumentando a oferta global de açúcar. O governo brasileiro cancelou temporariamente os impostos federais sobre combustíveis. Como a gasolina costumava ser mais taxada que o etanol, a eliminação dos impostos diminuiu a vantagem de preço do etanol nas bombas. Os produtores brasileiros de açúcar e etanol verificam constantemente a chamada paridade do etanol, ou o retorno financeiro do biocombustível equivalente aos preços do açúcar bruto na ICE, para decidir a estratégia de produção. "A paridade do etanol já está em 13,70 (centavos por libra), que outros danos podem ser causados?", disse Michael McDougall, diretor administrativo da corretora Paragon Global Markets, LLC, com sede em Nova York. A título de comparação, os futuros de açúcar na ICE fecharam a 18,35 centavos de dólar por libra-peso na segunda-feira (12), quase 35% acima do valor do etanol no Brasil. Há, no entanto, limitações momentâneas para se transferir muita produção para o açúcar devido ao período de pico da colheita, afirmou Claudiu Covrig, da CovrigAnalytics. Para lidar com os altos volumes de moagem de cana atualmente, as usinas ainda precisam usar parte de suas instalações de etanol. A Covrig acredita que a mudança para o açúcar acontecerá gradualmente à medida que os volumes de moagem se tornarem menores no caminho para os meses finais da temporada. Segundo dados do grupo industrial Unica, a maior destinação de cana para açúcar foi de 49,7% em 2006, e a menor, de 34,3% em 2019. Em meados de agosto, o mix de açúcar estava em 44,7%.

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