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Economistas destacam expectativa da inflação abaixo de 5% em 2023

O mercado financeiro passou a esperar a inflação abaixo de 5% em 2023 pela primeira vez desde junho. O IPCA, índice oficial de preços, teve queda nas previsões pela 16ª semana consecutiva nesta segunda-feira (17), de acordo com o Boletim Focus. eldquo;Com a aproximação do fim do ano, o intervalo das expectativas vai se reduzindo, mas a mínima ainda se encontra abaixo de 5%, ou seja, dentro da meta. Com a Selic mais restritiva, juros reais acima de 8%, era de se esperar uma redução maior na inflação à frente, acompanhando a tendência vista para o dado de 2022erdquo;, declarou Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter. Para Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, o número é uma novidade importante no levantamento semanal do Banco Central (BC), e o movimento pode estar ligado a uma desaceleração mais forte da economia. eldquo;O Focus continua mostrando queda de inflação, um cenário bastante positivo em relação às expectativas. Uma novidade importante é que a inflação para o ano que vem caiu abaixo de 5%, atualmente em 4,97%, o que pode significar que os dados ruins de atividade podem estar começando a surtir efeito sobre a alta dos preçoserdquo;, destacou. Na visão de Marco Caruso, economista-chefe do Banco Original, há indícios de que a deflação registrada nos meses anteriores já não parte mais de grupos voláteis, como combustíveis e energia, embora a queda nos preços devido à redução de impostos e um cenário internacional favorável ao petróleo tenham ajudado a reduzir a inflação. eldquo;Ao abrir os números já observados de 2022, a inflação vai além das desonerações de impostos e do corte de combustíveis, apesar de ter começado assim. Hoje, vários grupos e subgrupos do IPCA já começam a desacelerar em 12 meses, o que leva os economistas a revisarem as projeçõeserdquo;, afirmou o economista. eldquo;A postura do Banco Central está bem clara, uma autoridade monetária batendo na tecla que não vai diminuir os juros até que tenha segurança de que o processo de desinflação rumo à meta vai continuarerdquo;, completou. O eldquo;efeito Selicerdquo;, que está em 13,75% ao ano, é um dos pontos levantados pelos economistas que explicam as novas previsões. Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Órama lembrou que os efeitos de uma alta dos juros não são imediatos e ocorrem logo após o anúncio do Banco Central (BC), mas levam alguns meses para serem sentidos na economia. eldquo;Eu acho que a política monetária está começando a fazer efeito, pois ela tem um delay. Estamos começando a colher os frutos agora de uma subida da Selic que não vem de hojeerdquo;, pontuou. Para o economista, tanto a política monetária quanto a política fiscal brasileira são alvos de observação dos investidores, que aguardam a definição do pleito deste ano, que será encerrado em 30 de outubro, para que comece a haver indícios da economia do país a partir de 2023. eldquo;O ano que vem vai depender muito do que a gente fizer em relação ao fiscal. O grande drama do Brasil é o fato de a gente não conseguir ter consistência na política fiscal. A política monetária está ancorando a inflação, esfriando a economia para frear os preços, mas há uma espécie de interrogação no mercado atualmente, pois ainda não sabemos as intenções no próximo governo sobre a política fiscalerdquo;, acrescentou Espírito Santo. Por fim, Tatiana Nogueira, economista da XP, salientou que o movimento das revisões para baixo ocorre em meio a um ambiente externo melhor do que aquele visto no começo do ano. De forma geral, temos uma dinâmica inflacionária mais benigna já este ano, pela queda dos preços de commodities, normalização da cadeia de suprimento e especialmente pela expectativa que os bancos centrais de países desenvolvidos no exterior continuem subindo juros, porque a inflação por lá bastante altas.

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Inmetro propõe alteração dos prazos para substituição de cilindros de GNV

Inmetro publicou na sexta-feira (14/10) duas portarias que tratam do regulamento técnico e dos requisitos de avaliação da conformidade para gás natural veicular (GNV). A Portaria nº 353, de 7 de outubro de 2022, suspende três artigos relacionados com o regulamento técnico da qualidade (RTQ) e dos requisitos de avaliação da conformidade (AC) para a requalificação dos cilindros destinados ao armazenamento de GNV, aprovados pela Portaria nº 133, de 23 de março deste ano. Já a consulta pública nº 7, que fica disponível por 60 dias, propõe novo texto e diz respeito aos prazos para substituição dos cilindros, em alinhamento às normas técnicas atuais, específicas e destinadas ao projeto de cilindros somente para armazenamento de GNV, e às legislações dos regulamentadores internacionais sobre o tema. Além disso, o novo texto facilita o acompanhamento pelos prestadores de serviço e usuários. Na consulta pública, o Inmetro também propõe que as empresas instaladoras de sistemas de gás natural veicular possam executar o serviço de destruição de cilindros cujos prazos de vida útil tenham expirado. Até o momento, somente as requalificadoras estão autorizadas. Essa proposta visa a atender a grande quantidade de cilindros que serão descartados nos próximos anos. Vale ressaltar que esta substituição dos cilindros tem como foco central a manutenção da segurança dos usuários. Prazos Basicamente, a Portaria nº 353 suspende as determinações constantes nos artigos 9,10 e 11 da Portaria nº 133/2022, que tratam dos diferentes prazos de transição entre a data de fabricação e a época de requalificação dos cilindros para armazenamento de GNV. O novo texto suspende estes prazos. .Na redação atual, a portaria estabelece que os cilindros fabricados a partir de 2001, segundo a norma ISO 4705 (norma técnica antiga, genérica e destinada a cilindros para armazenamento de gases diversos), podem permanecer em serviço por até 23 anos da data de fabricação ou até 2025, o que ocorrer primeiro, independentemente do prazo estabelecido para a próxima requalificação. A data de expiração da validade do cilindro ocorre na data da inspeção de segurança veicular do ano correspondente. Já os cilindros fabricados no ano 2000 poderão ser usados até a data de inspeção de segurança veicular de 2024, independentemente do prazo estabelecido para a próxima requalificação. Por sua vez, aqueles que possuem 23 anos ou mais na data de vigência da Portaria nº 133 poderão permanecer em serviço até a data da inspeção de segurança veicular de 2023, independentemente do prazo estabelecido para a próxima requalificação. A consulta pública nº 7 propõe novos ajustes para estes prazos e permitirá uma ampla discussão com a sociedade e com o setor regulado sobre o tema de forma transparente e colaborativa.

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ANP: preço médio do diesel S10 nas bombas cai 0,2% e gás de cozinha sobe 0,3%

O preço médio do diesel S10 nas bombas caiu 0,2%, de R$ 6,67 para R$ 6,65 entre 9 e 15 de outubro, informou nesta segunda-feira, 17, a Agência Nacional de Petróleo Biocombustíveis e Gás Natural (ANP). A leve queda garantiu a 16ª semana seguida de queda no preço do diesel, mas, sem reduções da Petrobras nas últimas semanas, a trajetória de baixa ao consumidor perdeu força nas últimas semanas e os preços agora se aproximam da estabilidade. Com o mercado internacional de diesel pressionado e as cotações em alta, a Petrobras voltou a praticar preços abaixo da paridade de importação. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o diesel da Petrobras está 12% mais barato que o preço internacional e deveria ser aumentado em R$ 0,70 por litro para entrar na paridade. Essa conjuntura, dizem especialistas ouvidos pelo Broadcast/Estadão, não tem permitido novas reduções por parte da estatal e os preços nas bombas, portanto, tendem à estabilidade ou aumentos leves nas próximas semanas. No mesmo período, o preço médio da gasolina subiu 1,4% nos postos do País, revertendo o movimento baixista das últimas 15 semanas. Desde o rebaixamento do teto de 17% no ICMS sobre combustíveis, em 24 de junho, o diesel S10 foi reajustado para baixo nas refinarias da Petrobras em três ocasiões. Em três meses e meio, o insumo acumula queda de 13,4% no preço médio do litro, que variou de R$ 7,68 no início do ciclo para os atuais R$ 6,65. Gás de cozinha Já o botijão de 13 quilos de gás de cozinha (GLP), produto amplamente consumido pelas faixas mais pobres da população, foi vendido a R$ 110,99 esta semana, aumento de 0,3% ante o preço da semana passada, de R$ 110,62. O preço do botijão vinha em alta no varejo até o fim de setembro, mas caiu como consequência das duas reduções realizadas pela Petrobras nas refinarias, em 13 e 22 de setembro. A leve alta desta semana, movimento próximo à estabilidade, denota, igualmente, o fim da influência desses descontos da Petrobras no preço final do GLP ao consumidor. (Estadão Conteúdo)

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Raízen compra empresa Payly por R$ 78 mi e cria unidade de serviços financeiros

A Raízen anunciou nesta segunda-feira, 17, a criação da Unidade de Serviços Financeiros Raízen, por meio da aquisição da Payly Holding e da Payly Instituição de Pagamentos, empresas controladas pela Cosan, por R$ 78 milhões. Segundo a Raízen, a aquisição da Payly representa o primeiro passo no desenvolvimento desta unidade de pagamentos, considerando que já provê tecnologia em serviços financeiros, sendo parte relevante na cadeia de valor do aplicativo para celular Shell Box, usado para pagar combustível em postos da marca. A tecnologia já opera regularmente como instituição de pagamento, de acordo com a regulamentação do Banco Central do Brasil. A nova unidade será uma forma de oferecer conveniência e fidelizar o cliente e os parceiros, por meio dos canais e plataformas comerciais, inteligência de dados e captação de recursos de terceiros. elsquo;O ecossistema da companhia consiste atualmente em um potencial de volume de vendas (GMV) de mais de R$ 200 bilhões considerando o faturamento total da companhia, atendendo mais de 8 mil postos revendedores, 5 mil clientes B2B [corporativos], 50 milhões de clientes finais, 17 mil clientes no segmento de energia elétrica, 1,5 mil estabelecimentos de proximidade e conveniência, fornecedores e parceiros de negócios no setor sucroalcooleiroerdquo;, informa a empresa, em nota. A aquisição da Payly está sujeita à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além de outras condições precedentes comuns a este tipo de operação.

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Petrobras: Plataforma P-71 deixa estaleiro rumo ao pré-sal da Bacia de Santos

O navio-plataforma P-71 saiu neste sábado, 15, do estaleiro Jurong Aracruz, no Espírito Santo, rumo ao campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, informou nesta segunda-feira, 17, a Petrobras. A unidade produzirá diariamente até 150 mil barris de óleo e até 6 milhões de metros cúbicos de gás. A capacidade de armazenamento da P-71 é de 1,6 milhão de barris de óleo. A P-71 é uma plataforma do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo) e navegará até a Bacia de Santos para cumprir a próxima etapa do projeto, a sua ancoragem no campo, seguida da interligação aos dutos de produção da unidade (risers). Segundo a estatal, a P-71 entrará em operação em dezembro de 2022 e deve atingir o seu pico de produção até o final de 2023. A unidade será a última da série de Replicantes, também composta por P-66, P-67, P-68, P-69 e P-70. Essas unidades apresentam alta capacidade de produção, tecnologias avançadas de operação e redução de emissões, com o mesmo projeto de engenharia replicado.

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Petróleo fecha em baixa modesta, com China no radar

Os contratos futuros de petróleo mostraram ganhos em boa parte desta segunda-feira, 17, ajudados pelo recuo do dólar e pelo ambiente de maior propensão ao risco nos mercados internacionais em geral. A commodity, porém, acabou invertendo o sinal, bem perto da estabilidade, com foco em sinais da economia da China no radar de investidores. O petróleo WTI para novembro fechou em queda de 0,18% (US$ 0,15), em US$ 85,46 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro recuou 0,01% (US$ 0,01), a US$ 91,62 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). A Capital Economics já afirmava, em relatório a clientes, que a China estaria em foco nesta semana no mercado da commodity. A consultoria acreditava que qualquer notícia do Congresso do Partido Comunista seria insuficiente para reduzir os temores sobre a demanda por commodities, e já esperava que as autoridades não revertessem a política de almejar zero casos de covid-19. De fato, o presidente chinês, Xi Jinping, definiu como um sucesso a estratégia de seu governo na pandemia, sem sinalizar mudanças. Para o Julius Baer, Xi deixou claro que não haverá alterações na política de covid zero, mas o banco tampouco esperava grande reação do mercado diante disso, por considerar que os investidores já estavam preparados para esse desfecho. Também esteve no radar o fato de que a China atrasou a divulgação de indicadores, entre eles o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, sem dar motivos. O TD Securities, por sua vez, diz que um crescimento recente nos casos de covid-19 em algumas áreas da China continua a pesar sobre os preços, eldquo;apesar de um aumento continuado nos riscos à ofertaerdquo;. O banco afirma ver vulnerabilidades que podem resultar em risco de baixa para os preços, mas também acredita que a demanda pelo óleo seguirá elevada.

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