Ano:
Mês:
article

Imposto sindical volta? A resposta é não, diz ministro do Trabalho

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse nesta quarta-feira (18) que não prevê a volta da obrigatoriedade da cobrança do imposto sindical pelo governo. eldquo;O imposto sindical volta? A resposta é nãoerdquo;, disse a jornalistas logo após discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a centrais sindicais. Segundo Marinho, um grupo de trabalho vai discutir como será a política de reajuste daqui em diante. eldquo;O grupo vai levar em consideração toda a situação econômica do paíserdquo; Lula assinou um despacho nesta quarta determinando que os ministérios enviem em 45 dias (prorrogáveis por mais 45) sugestões para a política do piso nacional.

article

Petróleo: AIE prevê demanda recorde este ano com fim de lockdowns na China

A rápida reabertura da China, após anos de lockdowns motivados pela pandemia de covid-19, deverá ajudar a demanda global por petróleo a atingir nível recorde este ano, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Em relatório mensal publicado nesta quarta-feira, 18, a AIE elevou sua projeção para a alta no consumo mundial de petróleo em 2023 em quase 200 mil barris por dia (bpd), para 1,9 milhão de bpd. A demanda extra significa que a agência agora espera que a demanda total por petróleo atinja este ano uma média inédita de 101,7 milhões de bpd, bem acima dos níveis pré-pandemia. A abrupta reversão da política de eldquo;covid zeroerdquo; na China pegou os mercados de surpresa e alimentou esperanças de que a reabertura leve a demanda do gigante asiático por petróleo a mostrar forte recuperação. A melhora de perspectiva econômica da Europa e dos EUA também impulsiona expectativas para o consumo de petróleo, destacou a AIE. Espera-se que a Europa tenha este ano desempenho econômico melhor do que se pensava inicialmente, à medida que o inverno mais ameno aliviou a crise de energia deflagrada pela guerra da Rússia na Ucrânia. Ao mesmo tempo, esforços do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para combater a inflação vêm dando sinais de resultado. A AIE elevou sua previsão para o consumo chinês de petróleo este ano em 100 mil bpd, para 15,9 milhões de bpd. Já para 2022, a agência cortou sua estimativa para a alta na demanda global por petróleo em 100 mil bpd, para 2,2 milhões de bpd, o que deixaria o consumo total em 99,9 milhões de bpd. Em relação à oferta mundial da commodity, a AIE ajustou para cima sua estimativa para 2022 em 100 mil bpd, para 100,1 milhões de bpd, e também a projeção para 2023, em 300 mil bpd, a 101,1 milhões de bpd.

article

Gasolina tem alta de 1,89% na quinzena de janeiro; etanol sobe 2,93%

O preço do litro da gasolina nos postos no Brasil apresentou na primeira quinzena de janeiro de 2023 aumento de 1,89% em comparação com dezembro de 2022, com valor médio de R$ 5,264. As informações constam do levantamento exclusivo feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas, com base em transações realizadas entre os dias 1º e 15 de janeiro em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os estados do Brasil. eldquo;Após aumento registrado nos primeiros dias de 2023, devido às incertezas sobre uma nova política de preços da Petrobras e sobre os impostos federais que incidem sobre os combustíveis, na segunda semana do ano já observamos uma reacomodação dos preços, refletindo a queda nos preços internacional do petróleo e também do etanol anidro, que é usado na composição da gasolina vendida nos postoserdquo;, diz Brendon Rodrigues, Head de inovação e responsável pela área de mobilidade na ValeCard. A alta dos preços da gasolina nos primeiros quinze dias do ano foi registrada após uma queda de 1,60% ocorrida em dezembro, por sua vez precedida de aumento em novembro e redução nos quatro meses anteriores. Entre junho e setembro de 2022 a Petrobras reduziu quatro vezes seguidas o valor da gasolina para as distribuidoras. Além disso, o ciclo de queda dos preços dos combustíveis foi alimentado pela limitação do ICMS sobre esses produtos nos estados, instituída pela Lei Complementar 194/22, de 24 de junho. Ceará lidera alta e seis estados apresentaram queda nos preços Os dados da primeira quinzena de janeiro de 2023 mostram que os estados brasileiros que registraram maior alta do preço da gasolina foram Ceará (6,75%), Bahia (6,41%) e Amapá (5,99%). Por outro lado, seis estados apresentaram queda de preços: Acre (-4,18%), Rondônia (-1,37%), Pernambuco (-1,00%), Maranhão (-0,98%), Paraná (-0,67%) e Paraíba (-0,20%). Considerados os preços médios praticados nos estados, o maior valor foi registrado em Roraima, a R$ 6,181; já o menor valor médio foi de R$ 4,987, na Paraíba. Campo Grande tem o menor preços entre as capitais Entre as capitais, o valor médio do combustível nos primeiros quinze dias de 2023 foi de R$ 5,184, o que representa um aumento de 1,85% em relação a dezembro de 2022. Campo Grande (R$ 4,850), João Pessoa (R$ 4,933) e Cuiabá (R$ 4,949) foram as capitais com preços mais baixos na quinzena. Já os maiores valores médios foram encontrados em Fortaleza (R$ 5,837), Belém (R$ 5,667) e Boa Vista (R$ 6,196). Etanol sobe 2,93% e só é vantajoso em Mato Grosso Na primeira quinzena de janeiro de 2023, o preço médio do etanol no País foi de R$ 4,017, o que representa um aumento de 2,93% em relação ao mês anterior, quando o valor médio era de R$ 3,090. Segundo a ValeCard, para que o uso de etanol compense financeiramente em relação ao uso da gasolina, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, o valor do litro do combustível renovável deve ser igual ou inferior a 70% do preço do litro do combustível fóssil. Considerando essa metodologia, na primeira quinzena de janeiro valeu a pena abastecer com etanol apenas em Mato Grosso, no qual o valor do etanol equivaleu a 70% do preço da gasolina.

article

Material nanoestruturado melhora o desempenho de células a combustível

Cientistas do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e colaboradores de instituições da Europa desenvolveram uma nova estratégia para aprimorar as células a combustível de óxidos sólidos. Esses dispositivos, conhecidos pela sigla em inglês eldquo;SOFCerdquo;, de solid oxide fuel cell, são capazes de gerar eletricidade a partir de hidrogênio ou de outros combustíveis com nula ou baixa emissão de carbono. eldquo;Esta pesquisa dá mais um passo na direção da comercialização das SOFCserdquo;, diz Fabio Fonseca, pesquisador do Ipen e um dos autores principais do trabalho. eldquo;Nossa contribuição colabora no sentido de aumentar a durabilidade e o desempenho da célula a combustível.erdquo; O estudo foi feito no Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído por FAPESP e Shell na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo os autores, as SOFCs podem se tornar cada vez mais relevantes no contexto da transição energética. A tecnologia já é usada, por exemplo, no carro elétrico a etanol, cujo protótipo foi lançado pela Nissan em 2016, e pode se tornar cada vez mais solicitada pela necessidade de reduzir as emissões de carbono endash; o principal agente das mudanças climáticas. Essas células a combustível são formadas por camadas sólidas de vários materiais, geralmente por óxidos. Cada camada cumpre uma função específica dentro do objetivo final de promover as reações eletroquímicas que produzem a desejada corrente elétrica. Em grandes linhas, o cátodo gera íons de oxigênio, que viajam pelo eletrólito, normalmente formado por material cerâmico, até o ânodo, onde reagem com hidrogênio gerando eletricidade. As células podem ser abastecidas diretamente com hidrogênio ou com moléculas que contêm hidrogênio na composição do etanol. Apesar de sua alta eficiência na conversão da energia química do hidrogênio em energia elétrica, as SOFCs ainda apresentam algumas limitações, principalmente em relação à estabilidade, que depende em grande parte de fenômenos que ocorrem nas interfaces entre as camadas. Particularmente, na interface entre o cátodo e o eletrólito, a troca de determinados íons promove a formação de compostos químicos indesejados que promovem o envelhecimento das SOFCs, afetando o desempenho ao longo do tempo e reduzindo a vida útil. Para resolver o problema, os autores do trabalho, reportado no Journal of Materials Chemistry A, desenvolveram cuidadosamente uma nova camada capaz de gerar no cátodo as reações eletroquímicas necessárias e, ao mesmo tempo, impedir trocas indesejadas com o eletrólito. Formada por dois filmes de materiais óxidos, de 200 nanômetros de espessura cada, a camada foi adicionada durante a montagem da célula a combustível usando a técnica de laser pulsado. eldquo;Essa técnica avançada é possivelmente a que permite um controle mais eficaz da construção de camadas de óxidos complexoserdquo;, diz Fonseca. eldquo;Com ela fizemos uma obra de engenharia de materiais, na qual conseguimos controlar com precisão o arranjo dos átomos nos filmeserdquo;, completa. A introdução da nova camada na SOFC resultou em um aumento da densidade de potência de 35% com relação às células desse tipo encontradas na literatura científica. eldquo;O aumento de potência faz com que possamos atingir um determinado desempenho para a mesma área da célula. Portanto, conseguimos diminuir as dimensões da célula a combustível e diminuir o consumo de combustível, o hidrogênio, obtendo a mesma corrente elétricaerdquo;, explica o pesquisador. O artigo Functional thin films as cathode/electrolyte interlayers: a strategy to enhance the performance and durability of solid oxide fuel cells pode ser lido em: https://pubs.rsc.org/en/content/articlelanding/2022/TA/D2TA03641J.

article

Preço do frete rodoviário sobe quase 40% em 2022 com alta do diesel, diz Repom

O preço médio do frete por quilômetro rodado aumentou 38,91% no consolidado de 2022, em relação ao ano anterior, ao fechar em 7,14 reais, de acordo com Índice de Frete Repom (IFR) divulgado nesta quarta-feira, impulsionado principalmente pela alta no valor do diesel. Para 2023, no entanto, a expectativa da Repom, marca da linha de negócios de frota e mobilidade da Edenred Brasil, é de alguma retração nos valores do frete rodoviário. "Há um cenário de queda no preço médio do frete para esse ano, impactado por fatores internacionais e internos, como a prorrogação da isenção de impostos federais sobre o diesel por mais um ano e novas reduções na tabela do piso mínimo do frete da ANTT", disse em nota o diretor da Repom, Vinicios Fernandes. Apesar da queda comparada ao ano passado, o valor médio do frete ainda tende a permanecer elevado em relação ao histórico de anos anteriores a 2022. Durante o ano passado, o preço do frete chegou a atingir o pico em julho, com média de 8,04 reais, destacou a Repom. "Na retomada sucessiva dos negócios, um dos reflexos do fim da fase mais dura da pandemia tem sido a dificuldade que as empresas enfrentam para encontrar caminhoneiros para a realização do transporte de cargas. Por questões relacionadas à oferta e demanda, esse fator também encarece o preço do frete e deve ser um dos desafios para o setor em 2023", acrescentou o diretor. O IFR é um índice de preço médio do frete e sua composição, mensurado com base nas 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Repom. (Reuters)

article

Produção de biocombustíveis acelera, mas ainda não é suficiente para a demanda em alta

Enquanto as petroleiras buscam alternativas energéticas menos nocivas ao meio ambiente, algumas já estão no mercado. Do etanol, que já está em sua segunda geração tecnológica, ao biometano extraído de aterros sanitários, os chamados biocombustíveis têm ainda participação tímida na matriz energética global. Isso mais pela falta de escala para atender toda a demanda do que por inviabilidade técnica. A Gás Verde, uma das grandes produtoras de biometano no Brasil com três operações no Rio, tira de 11 mil toneladas de lixo 130 mil metros cúbicos de gás por dia. Entre seus principais clientes estão indústrias que substituem combustíveis de origem fóssil por biocombustíveis no abastecimento de veículos e outras aplicações. emdash; Hoje, a demanda industrial é muito maior do que somos capazes de produzir emdash; diz Marcel Jorand, CEO da Gás Verde, sócio e diretor executivo do Grupo Urca Energia. Alto potencial Ele estima que o potencial de produção de biogás no país é de 30 milhões de metros cúbicos por dia até 2030, e que este mercado representa hoje apenas 4% do que será em dez anos. Por isso, a companhia está acelerando os investimentos. Ao longo do ano, vai aplicar R$ 1 bilhão. A usina de Seropédica (RJ) vai passar dos atuais 120 mil metros cúbicos de biometano por dia para 200 mil. As duas térmicas, a biogás em Nova Iguaçu e São Gonçalo, também no Grande Rio, serão transformadas em plantas de biometano até 2023. A meta é produzir 1 milhão de metros cúbicos por dia até 2026. Na Orizon Valorização de Resíduos, que administra 13 ecoparques emdash; como chama os aterros sanitários emdash; em São Paulo, Rio, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Minas e Mato Grosso, está em negociação para administrar mais três. emdash; Saímos de 20 MW, em 2015 e 2016, para 97 MW em 2020, só em geração de energia a partir do biogás emdash; afirma o diretor de engenharia e implantação da Orizon, Jorge Rogério Elias. Maior distribuidora de combustíveis do país, a Vibra (ex-BR Distribuidora), quer ser a maior plataforma multienergia do país. Hoje, de acordo com o diretor de gás, energia e novos negócios da Vibra, Alexandre Tavares, a companhia já tem 170 postos com fontes alternativas e uma operação de 600 megawatts em energia eólica e solar: emdash; Nossa meta é chegar a 1,8 gigawatts, até 2025.

Como posso te ajudar?