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Petróleo fecha em queda superior a 2% com temores de recessão nos EUA

O otimismo com a retomada da demanda chinesa se arrefeceu entre os investidores e os contratos de petróleo encerraram o dia em queda firme. O sentimento positivo foi apagado pelas preocupações sobre o cenário econômico global, após a divulgação de dados fracos dos Estados Unidos. O contrato futuro do petróleo Brent (referência global) para o mês de março fechou o dia em queda de 2,34%, negociado a US$ 86,13 o barril na ICE, em Londres. Ao mesmo tempo, a referência norte-americana do West Texas Intermediate (WTI) para março caiu 1,8%, negociado a US$ 80,13 o barril na Nymex. "Os preços do petróleo caíram após uma dose constante de más notícias da economia: os setores de manufatura e serviços permaneceram em território de contração e com muitos ganhos pessimistas", disse Edward Moya, analista-sênior de mercado da Oanda. Mais cedo, foram divulgados dois dados relevantes da economia americana, entre eles o índice de atividade industrial medido pelo Federal Reserve (Fed) de Richmond, que recuou de 1 em dezembro a -11 em janeiro. O resultado veio bem abaixo da queda estimada por analistas consultados pela "The Wall Street Journal", a -3. Já o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto, que reúne dados do setor industrial e também de serviços, avançou para 46,6 na leitura preliminar do mês de janeiro, de 45,0 em dezembro. Quando o indicador fica acima de 50 pontos indica que há expansão na atividade, caso contrário, retração. "A preocupação é que, não só a pesquisa indicou uma desaceleração da atividade econômica no início do ano, mas a taxa de inflação de custo de insumos acelerou no ano novo, ligadas em parte a pressões salariais ascendentes, o que poderia encorajar um aperto mais agressivo do Fed [Federal Reserve, banco central norte-americano] apesar dos crescentes riscos de recessão, apontou Cris Williamson, Economista-chefe da SeP Global Market Intelligence, comentando o PMI.

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Diesel da Petrobras também deve ter reajuste, diz Ativa Investimentos

A Petrobras deve precisar aumentar os preços do diesel em breve, depois do anúncio desta terça-feira (24) de reajuste na gasolina, segundo o analista da Ativa Investimentos Ilan Arbetman. Segundo o analista, os preços internacionais do diesel tendem a permanecer elevados, tendo em vista a retomada da economia chinesa com o relaxamento de restrições para combater a pandemia, somado ao começo das sanções europeias aos derivados da Rússia em fevereiro, por causa da invasão à Ucrânia. eldquo;A Europa pode ter problemas de fornecimento uma vez que os países asiáticos podem se mostrar incapazes de fornecer o que o velho continente precisaerdquo;, diz. A Petrobras anunciou que a partir de amanhã (25) vai passar a vender o litro da gasolina nas refinarias a R$ R$ 3,31 em média, um aumento de R$ 0,23. O reajuste corresponde a uma alta de 7,47%. Ainda não houve reajuste para o diesel, que é vendido a R$ 4,49 por litro desde 7 de dezembro. Arbetman lembra que a estatal ainda é administrada por executivos apontados no governo anterior. eldquo;A companhia hoje é formada pelos mesmos membros de 2022; ou seja: não foi a nova gestão que tomou esta decisãoerdquo;, diz. O atual governo é crítico à política de paridade dos preços de combustíveis da Petrobras com o mercado internacional. O indicado à presidência da estatal, Jean Paul Prates, ainda não tomou posse, pois estão em curso os trâmites internos de aprovação da companhia. Segundo Arbetman, é provável que a nova gestão busque criar um mecanismo para atenuar a alta dos preços internacionais dos combustíveis no mercado interno. eldquo;Continuamos achando que a nova gestão, em conjunto com a ANP, formatará uma nova política de preços de derivados e, possivelmente, a Petrobras e seu acionista majoritário se aprofundarão nos estudos para criação de um fundo de estabilização para momentos onde a volatilidade do barril for elevada. A grande dúvida atual do mercado é quanto à origem dos recursos para este fundo, dado o estágio do quadro fiscal brasileiroerdquo;, diz.

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Oferta total de etanol alcançará 47 bilhões de litros no Brasil em 2032, projeta EPE

A oferta brasileira de etanol atingirá 47 bilhões de litros em 2032, com uma taxa de crescimento de 4,1% ao ano, considerando adição obrigatória de etanol anidro na gasolina, na proporção de 27%, e a diferenciação tributária entre os combustíveis, mostra o Plano Decenal de Expansão de Energia 2032 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Segundo as projeções, a produtividade total do biocombustível avançará cerca de 1,4% anualmente, atingindo 81 milhões de toneladas de capacidade até o fim do decênio 2022-2032. As estimativas consideram ganhos significativos de produtividade por hectare, com a possível ampliação de 8,2 milhões para 9,2 milhões de hectares nas áreas de plantação. A colheita da cana-de-açúcar compreenderá 751 milhões de toneladas da geração total, sendo destinada tanto para o etanol quanto para o açúcar. A expectativa é que 56% seja reservado para a fabricação de etanol, 1% a mais em relação a 2022 (55%). A taxa integral de produção da matéria-prima deve aumentar de 35% para 45%. O percentual equivale a 2,5% de crescimento por ano. Sendo assim, o etanol de cana-de-açúcar deve manter a participação majoritária na oferta total do combustível, somando 36,1 bilhões de litros até 2032 emdash; em 2021, a oferta foi de 26,6 bilhões em 2021. A produção de etanol de milho também deve alavancar nos próximos anos, saindo de 3,3 bilhões de litros em 2021 para 9,1 bilhões de litros em 2032. Para o etanol lignocelulósico, derivado de biomassa, são projetados 560 milhões de litros em 2032. Por se tratar de um biocombustível de segunda geração, utiliza uma parcela do bagaço e da palha produzidos. Já a demanda total de etanol terá o alcance de 43 bilhões de litros, o que representa um aumento de 4,2% ao ano durante o decênio. A empresa prevê maior competitividade do hidratado frente à gasolina, com eldquo;sinais positivos vindos do RenovaBio e melhorias na produtividade com recentes investimentos do setor. Para o período, a projeção é de crescimento da fração do carburante no Ciclo Otto emdash; cerca de 55% em 2032 emdash; com o market share do hidratado nos veículos flex fuel chegando a 48% emdash; em comparação a 32% de participação em 2022. Etanol 2G e bioeletricidade Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), no Brasil, 80% da bioeletricidade é proveniente dos resíduos da cana-de-açúcar. São substratos que compõem os combustíveis de segunda geração. Pelo planejamento da EPE, é esperada uma expansão da incorporação dos combustíveis de segunda geração para os próximos anos, a qual garantirá aporte financeiro às indústrias do setor associadas à bioeletricidade, em contraposição à sazonalidade da produção canavieira. Hoje, cerca de 236 unidades sucroenergéticas comercializam energia através de leilões; o número representa aproximadamente 40% do total. Até outubro de 2022, foram realizados 64 certames, com a venda de energia das usinas sucroenergéticas em 32 deles. Em setembro de 2022, a capacidade produtiva da biomassa de cana atingiu 12,2 GW, simbolizando um aumento superior a 30%, em relação a 2016. Demanda de países da África e Ásia avança A EPE estima que o Brasil exportará até 2,3 bilhões de litros de etanol e 45 milhões de toneladas de açúcar em 2032. Um dos fatores impulsionadores é o crescimento da demanda dos países importadores, como a África e Ásia, por exemplo. eldquo;O Brasil mantém a sua posição de destaque no mercado externo, sendo responsável por mais de 40% do fluxo da commodity do comércio internacionalerdquo;, afirma o relatório. Quanto ao potencial técnico de exportação de energia por meio da biomassa, a variação vai de 6,6 GW médios até 10,5 GW médios ao fim do período decenal. Entre as tendências de mercado para os próximos anos, está a aposta na ampliação do volume de etanol comercializado em relação aos combustíveis fósseis. De acordo com os estudos, com o avanço das políticas de incentivo à eficiência energética e promoção de fontes de energia, os biocombustíveis fomentarão a segurança emdash; com a redução das emissões de CO2 emdash; e a diversificação na matriz. Assim, crescerá também a competitividade do hidratado frente à gasolina, motivando mais investimentos em unidades greenfields e existentes. Setor tenta reverter desoneração da gasolina Apesar das projeções de crescimento do mercado de etanol, o atual cenário brasileiro está desfavorável para aquisição do biocombustível. Em 2022, a redução do ICMS contribuiu para o aumento de preços do etanol e resultou em queda de 15,7% nas vendas em relação a 2021, favorecendo o consumo da gasolina. A StoneX estimou um consumo total de hidratado de 15,13 bilhões de litros, em 2022, representando queda de 0,7%. A diminuição dos tributos acabou beneficiando o mercado de gasolina e com isso, o preço do etanol enfrentou queda de 13%, fazendo com que a paridade entre os produtos, em julho do ano passado, ficasse na média em 68,9%. O retorno do ICMS já no início de 2023 era uma expectativa das distribuidoras do setor sucroenergético, que, com os estoques abastecidos, cobram do governo a derrubada da MP 1157, medida que mantém a desoneração dos combustíveis.

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Preço do etanol cai em 17 estados, aponta ANP

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 17 estados na semana passada, encerrada no último sábado (21). Já em outros 7 estados e no Distrito Federal os preços subiram. No Amapá não houve apuração na semana anterior (até dia 14) para efeito de comparação; e na Paraíba os preços ficaram inalterados no período (R$ 3,74 o litro). O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol caiu 2,28% na semana em relação à anterior, de R$ 3,94 para R$ 3,85 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 2,34% na semana, de R$ 3,85 para R$ 3,76. O Paraná registrou a maior queda porcentual de preços na semana, de 4,22%, de R$ 427 para R$ 4,09. Mato Grosso do Sul foi o estado com o maior avanço de preços na semana, de 1,30%, de R$ 3,84 para R$ 3,89 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,15 o litro, em São Paulo, e o maior preço estadual, de R$ 6,57, foi registrado no Rio Grande do Sul. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,50, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Amapá, com R$ 5,32 o litro. Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no país subiu 0,79%. O estado com maior alta porcentual no período foi Sergipe, com 13,93% de aumento no período, de R$ 3,59 para R$ 4,09 o litro. A maior baixa percentual ocorreu em Mato Grosso (-4,11%), de R$ 3,65 para R$ 3,50. Vantagem na hora de abastecer O etanol não era competitivo em relação à gasolina em nenhum dos 26 Estados ou no Distrito Federal, na semana passada, encerrada no sábado (21). Conforme levantamento da ANP na média dos postos pesquisados no país, o etanol estava com paridade de 77,31% ante a gasolina, portanto desfavorável em comparação com o derivado do petróleo. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

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Indicador semanal do etanol hidratado cai 1,15% nas usinas de SP e anidro 4,73%, aponta Cepea

O indicador do etanol hidratado nas usinas paulistas caiu 1,15% na semana entre 16 a 20 de janeiro, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), a R$ 2,5597 o litro, sem frete, ICMS e PIS/Cofins. O tipo anidro, que é misturado à gasolina nos postos do Brasil, teve queda de 4,73% no período, valendo R$ 2,9370. Segundo pesquisadores do Cepea, a perda de competitividade do etanol frente à gasolina na ponta varejista segue gerando pouco interesse de compradores em adquirirem novos volumes do biocombustível no mercado spot. Além disso, há a expectativa de que os impostos federais sobre o combustível voltassem a ser considerados no começo de janeiro (o que não ocorreu) fez com que algumas distribuidoras intensificassem as compras no final de dezembro. O Cepea levanta seu indicador do etanol, sem frete e sem impostos, com valores coletados que se referem aos negócios efetivados na modalidade spot entre usinas e distribuidoras com produto originado do estado de São Paulo, independentemente da destinação. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) reporta nesta segunda-feira (23) os preços de combustíveis aos consumidores do país referente ao período de 15/01/2023 a 21/01/2023.

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Etanol dá sinais de que não se beneficiará do primeiro aumento da gasolina no ano

Com duas subidas seguidas do preço do etanol hidratado nas distribuidoras paulistas, mais a desta terça (24) que deverá vir embutida ao anúncio do reajuste da gasolina nas refinarias, o biocombustível corre o risco de ver anulada a alta que o combustível concorrente deverá ter a partir de amanhã. Os postos vão devolver às bombas essas remarcações, mas a gasolina ainda conta com vantagem de ser mais competitiva sem os impostos federais. Ante o petróleo avançando para a média de US$ 86 o barril na semana passada endash; e os US$ 88 da segunda -, depois do piso de US$ 78 do início do mês, a Petrobras (PETR4) promove o primeiro aumento na refinaria do governo Lula, em R$ 0,23/litro (R$ 3,31), cerca de 7,46%. Na semana passada, em dados da ANP, a gasolina recuou nos postos. O hidratado também, mas sob uma redução expressiva nas usinas que já vinha da semana anterior, de 7,82% (R$ 2,55), segundo o Cepea, o reajuste negativo nos postos de serviço foi maior (2,3%) e proporcionou vendas melhores. Daí que as distribuidoras perceberam o movimento de necessidade de haver reposição, já na sexta voltaram a cobrar mais caro nas vendas. Soma-se a esse cenário, o preço mais alto que as distribuidoras agora pagarão pela gasolina, e a redução do etanol na usina, no acumulado de 16 a 20, de 1,15%, provavelmente não chegará mais o consumidor.

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