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Preço do etanol cai em 21 estados e no DF, diz ANP

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 21 estados e no Distrito Federal, subiram em outros três estados (Amazona, Paraíba e Pernambuco) e ficaram estáveis em dois estados (Acre e Amapá) na semana entre 21 e 27 de maio. O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol caiu 3,76% na semana em relação à anterior, de R$ 3,99 para R$ 3,84 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 3,63% na semana, de R$ 3,86 para R$ 3,72. A maior alta porcentual na semana ocorreu em Pernambuco, onde o litro do etanol, que custava em média R$ 4,20, passou a custar R$ 4,28 (+1,90%). A maior queda porcentual ocorreu em Goiás, de 5,41%, de R$ 4,07 para R$ 3,85 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,99 o litro, em São Paulo. O maior preço estadual, de R$ 6,29, foi registrado no Rio Grande do Sul. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,59, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Amapá, com R$ 5,34 o litro. Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no país caiu 3,52%, de R$ 3,98 para R$ 3,84 o litro. O estado com maior alta porcentual no período foi o Acre, com 8,66% de aumento no período, de R$ 4,39 para R$ 4,77 o litro. Já o estado com maior queda porcentual no mês foi o Amazonas, com -6,12%, de R$ 4,90 para R$ 4,60 o litro. Competitividade O etanol ficou competitivo em relação à gasolina apenas em Mato Grosso na semana entre 21 e 27 de maio. No restante dos estados e no Distrito Federal, continuava mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. Conforme o levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas, no período, na média dos postos pesquisados no país, o etanol está com paridade de 73,00% ante a gasolina, portanto desfavorável em comparação com o derivado do petróleo. Em Mato Grosso, a paridade estava em 68,51. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

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Entenda como o acordo sobre a dívida dos EUA mexeu com o preço do petróleo

Os contratos futuros de petróleo oscilaram perto da estabilidade, nesta segunda-feira. A notícia de que houve acordo entre governo e oposição para elevar o teto da dívida nos Estados Unidos deu algum apoio aos negócios, mas o impulso não se sustentou, em dia com menos negociações, por causa de feriados nos Estados Unidos e no Reino Unido. Além disso, havia expectativa pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), no início de junho. O Brent para agosto fechou em alta de 0,16% (US$ 0,12), em US$ 77,10 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Por volta das 14h (de Brasília), o contrato do WTI para julho subia 0,40%, a US$ 72,96 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O acordo entre o governo do presidente Joe Biden, do Partido Democrata, e a oposição do Partido Republicano, que controla a Câmara dos Representantes, retirou incerteza dos mercados. A reação, porém, foi afetada pelo fato de que havia feriado nos EUA, com bolsas fechadas também em Londres por feriado local. Nesse contexto, o petróleo chegou a subir no início do dia, mas o fôlego não se sustentou, com a commodity operando perto da estabilidade. Havia expectativa pela reunião da Opep+, com dúvidas sobre se o grupo poderá cortar mais a oferta para apoiar os preços. O ANZ comentou, em relatório, que o sentimento entre as commodities poderia ser sustentado pelo acordo no teto da dívida nos EUA, e também disse que a eldquo;retórica bullisherdquo; antes da reunião da Opep+ poderia funcionar como um apoio aos preços.

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Petrobras teria que cortar preço da gasolina em 14% para compensar volta de impostos federais

A entrada em vigor da nova política de preços da Petrobras vai coincidir, nas próximas semanas, com uma mudança no valor do ICMS sobre combustíveis e com o fim da desoneração de tributos federais. Com isso, o consumidor poderá lidar com uma gangorra nos preços. Segundo cálculos de Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Rena, a Petrobras precisará reduzir o valor do litro da gasolina em 14% até julho para evitar que a alta de impostos pressione o preço final nas bombas. Atualmente, as alíquotas do ICMS são definidas por cada estado e variam de 17% a 20%, segundo números do Comitê dos Secretários de Fazenda dos Estados e do DF (Consefaz). A partir de quinta-feira, 1º de junho, o imposto estadual cobrado será de R$1,22 por litro de gasolina ou etanol anidro em todo o território nacional. Na prática, o imposto vai subir, visto que o valor médio do ICMS está em R$ 1,08 por litro, considerando o preço atual da gasolina e as alíquotas dos estados. A redução de 12,6% da gasolina nas refinarias, anunciada pela Petrobras e que passou a valer no último dia 17, pode mais do que compensar o custo do imposto estadual a partir de junho no preço de revenda do combustível ao consumidor. Mas não dará fim à gangorra dos preços: se a tendência é de leve redução em junho, a perspectiva é de aumento no mês seguinte, o que vai em direção contrária à estratégia do Palácio do Planalto de controlar a inflação e agradar à classe média. No dia 1º de julho está prevista a volta integral da cobrança de impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre a gasolina e o etanol, que foi zerada no período eleitoral pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mantida parcialmente pelo governo Lula, até o dia 30 de junho, via medida provisória. Aumento seria de 5,64% Andréa estima que o preço da gasolina nas bombas terá uma queda média de 2% em função da redução de 12,6% nas refinarias até o fim deste mês. Já em junho, quando passa a valer a cobrança única do ICMS, e o consumidor deveria sentir um peso maior no bolso para encher o tanque, ela prevê que haverá mais uma queda de 1,5%, ainda efeito da redução da Petrobras, pois alguns postos levam algumas semanas para repassar a diferença de preço ao consumidor. emdash; Se não tivesse ocorrido a redução pela Petrobras, o preço da gasolina teria uma alta de 2,35% em junho emdash; calcula a economista. Já a reoneração total dos tributos federais Cide e PIS/Cofins, prevista para julho, deve levar o preço da gasolina a uma alta de 5,64%, segundo Andréa. Mas ela avalia que, em função da mudança em sua política de preços emdash; que passa a não depender exclusivamente das cotações do câmbio e do petróleo no mercado internacional emdash;, a Petrobras deve anunciar nova queda para conter o impacto no bolso do consumidor. Para isso, calcula ela, a estatal precisa anunciar uma redução de 14% no preço nas refinarias. emdash; No cenário atual da inflação e das expectativas do mercado, analistas acreditam que vem alguma coisa para amortecer esse efeito da alta emdash; diz a economista. emdash; Pode ser que, na fórmula nova, a Petrobras encontre espaço (para queda). Em entrevistas recentes, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, tem dito que vai analisar a possibilidade de absorver a reoneração dos combustíveis em julho. emdash; Não sei, vamos ver até lá... Tudo será feito com muita parcimônia, análise, não é chute emdash; disse Prates à Globonews O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também afirmou, em audiência pública na Câmara, em meados deste mês, que a Petrobras ainda teria espaço para reduzir mais os preços dos combustíveis e que há perspectiva de a estatal anunciar uma nova queda no início de julho, utilizando essa eldquo;gorduraerdquo;. emdash; O aumento de preço previsto para primeiro de julho (com a volta integral dos impostos federais) vai ser absorvido pela queda do preço (dos combustíveis), que foi deixada para esse dia. Nós não baixamos tudo que podíamos, justamente esperando o 1º de julho emdash; afirmou Haddad na época. Para Pedro Rodrigues, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), é difícil dizer para onde vai o preço de venda da Petrobras em meio a uma nova política de preços cuja fórmula contém variáveis eldquo;obscuras e nada previsíveiserdquo;. emdash; Uma nova redução vai depender de como a companhia vai operacionalizar essa nova política de preços. Se a política de preços ainda fosse a do PPI (paridade de importação), com a volta de Cide e Pis/Cofins, eu não vejo um cenário para redução. Mas temos que ver como a nova política vai funcionar emdash; diz. Melhora na arrecadação Levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostrou que na semana passada os preços da gasolina e do diesel tiveram nova queda nas bombas. Segundo a ANP, o valor médio do litro da gasolina nos postos caiu pela terceira semana seguida, de R$ 5,46 para R$ 5,26, um recuo de 3,66%. É o menor patamar desde fevereiro deste ano. Enquanto isso, o preço médio do litro do diesel nos postos caiu pela 16ª semana seguida, passando de R$ 5,39 para R$ 5,17. Foi uma queda de 4,08%, levando o preço ao menor patamar desde o fim de 2021. A aplicação de um valor único de ICMS é vista por especialistas como positiva para os estados, mas há ressalvas quanto ao impacto para o consumidor. Na avaliação de Rodrigues, do CBIE, é positivo porque o estado eldquo;deixa de ser um sócio da volatilidade do barrilerdquo;, ao passo em que simplifica e melhora a arrecadação. Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal, concorda que a medida trará maior previsibilidade arrecadatória e transparência, além de mitigar possíveis situações de sonegação. Já Gabriel Quintanilha, advogado e professor da Fundação Getulio Vargas, sinaliza os riscos que podem vir a reboque da redução de preços: emdash; O consumidor vai enfrentar um aumento no combustível (com a reoneração), a não ser que a Petrobras segure o preço de forma artificial. Se ela reduzir, vai ser ruim para a empresa e para o governo. A Petrobras, que distribuiu dividendo no ano passado, vai ter que torrar o seu lucro segurando o preço do combustível para que não haja impacto ao consumidor.

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Produção de petróleo terá pico em 2029 e entrará em declínio

Ao defender a exploração de petróleo na Margem Equatorial, região que é considerada a nova fronteira petrolífera no Brasil e que foi eleita pela Petrobras como uma de suas prioridades, o Ministério de Minas e Energia afirma que o Brasil precisa repor suas reservas de óleo e gás pois o país atingirá seu pico de produção dentro de seis anos. Essa região se estende por uma área de mais de 2.200 quilômetros do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte, próxima à Linha do Equador. A área em que se estima haver mais petróleo é na bacia da chamada foz do Rio Amazonas, alvo de divergências entre as áreas ambiental e energética do governo. Pelos cálculos da área de planejamento energético do governo, a produção de petróleo no Brasil atingirá 5,4 milhões de barris por dia em 2029, quando será seu pico, e entrará em declínio. Hoje, o país é autossuficiente e produz entre 3 milhões e 4 milhões de barris por dia, volume suficiente para que o país seja exportador líquido de petróleo. Novas frentes A previsão, contudo, é que o declínio das reservas faça o país voltar a ser importador de petróleo em dez anos. O diagnóstico também é que o pré-sal emdash; que já foi classificado como eldquo;bilhete premiadoerdquo; pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no seu segundo mandato emdash; enfrenta eldquo;claros sinais de esgotamento exploratórioerdquo;. Principal área de exploração de óleo e gás do Brasil hoje, o pré-sal teve a última declaração de comercialidade relevante emdash; quando uma empresa vê condições comerciais de tocar um bloco de petróleo emdash; notificada em 2019. Dos 11 blocos do pré-sal ofertados pelo governo em dezembro do ano passado, apenas quatro foram arrematados. Além disso, dois blocos foram devolvidos pelas empresas. Por fim, algumas reservas de produção da Petrobras já estão caindo e, se quiser manter o mesmo nível de produção, a empresa terá que abrir novas frentes de trabalho. É esse cenário que faz os setores de energia do governo defenderem a ampliação da produção nacional, tendo a Margem Equatorial como maior aposta. A região da bacia da Foz do Amazonas é considerada a mais promissora, porque ali perto, em Guiana e Suriname, há descoberta de bilhões de barris de petróleo. Na fronteira brasileira, estimativas do Ministério de Minas e Energia (MME) apontam que há cerca de 10 bilhões em barris de petróleo recuperáveis. Para se ter uma ideia do que isso significa, o Brasil tem hoje 14,856 bilhões de barris de petróleo de reservas provadas. O MME calcula que a área pode gerar US$ 56 bilhões em investimentos, além de arrecadação da ordem de US$ 200 bilhões. Transição energética Ambientalistas não veem sentido na preocupação com o declínio na exploração de petróleo, porque essa fonte de energia deve perder força no processo de transição energética. Na área de energia, porém, o argumento é que só a partir de 2040 se vê uma redução mais forte da demanda por petróleo, segundo dados da Agência Internacional de Energia. Mesmo assim, ainda serão consumidos cerca de 60 milhões de barris diariamente, no cenário mais otimista, com aplicação de fontes renováveis de energia emdash; hoje é algo próximo de cem milhões de barris. A Petrobras apresentou recurso na semana passada para que o Ibama reveja a decisão que não liberou licença para a estatal perfurar o bloco da bacia da Foz do Amazonas, localizado a 175 quilômetros de Oiapoque (no extremo norte do Amapá). O órgão ambiental disse que vai analisar novamente a proposta e discutir tecnicamente as alterações apresentadas no novo pedido. Um dos pontos reclamados pelo Ibama é que a base de socorro a animais em caso de desastre fica em Belém. A empresa vai ampliar a base em Oiapoque, além de propor mais embarcações de contenção de vazamento.

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Morre no Rio o ex-presidente da Petrobras Armando Guedes Coelho

O empresário Armando Guedes Coelho, ex-presidente da Petrobras e ex-presidente do Conselho Empresarial de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), morreu no Rio. Goiano, Armando se formou em Engenharia Química e Química Industrial na Escola Nacional de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1964, por meio de concurso público, iniciou carreira na Petrobras, onde exerceu diversas atividades. Entre 1981 e 1982, por exemplo, negociou a associação com a Akzo Chemie, na Holanda, e a Oxiteno para a construção da primeira fábrica no Brasil de catalisadores para unidade de craqueamento fluído. Em 1985, presidiu a Petrobras Comercio Internacional S.A (Interbras) e, no ano seguinte, a Petrobras Distribuidora (BR). Em 1987, no governo José Sarney, assumiu a presidência da Petrobras, sendo o primeiro funcionário de carreira a ocupar o posto. Nesta oportunidade, defendeu o Programa do Álcool. Após pedir demissão da Petrobras, iniciou carreira na iniciativa privada, presidindo a Fábrica Carioca de Catalisadores, e posteriormente assumiu a direção da divisão de petroquímica da Companhia Suzano de Papel e Celulose. Na Firjan, por anos, presidiu o Conselho Empresarial de Energia da federação. Também foi presidente do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Firjan e foi eleito conselheiro emérito da federação. Em 2012, recebeu a medalha de Mérito Industrial da Firjan. "Armando prestou inestimáveis serviços a esse país. Era um negociador de habilidade e criatividade admiráveis. Se o Brasil evitou um racionamento de combustível na década de 70 deve muito a ele e sua atuação como funcionário de carreira da Petrobras. Sacrificou sua vida pessoal cruzando o mundo em aviões para não deixar o país pararerdquo;, lembrou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, em nota. O velório será neste domingo (28), das 9h às 12h, no Cemitério da Penitência, no Caju, seguido de cremação.

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Para o comércio, Pix é rota de fuga dos juros altos, dizem especialistas

Com a estratégia de estimular o Pix, varejistas têm registrado um salto expressivo na utilização desse meio de pagamento. Nas vendas online do Magazine Luiza, por exemplo, o uso já aumentou 11 pontos porcentuais no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2022. Já a Via não detalha o avanço do Pix, mas informa que o pagamento à vista cresceu 4,2 pontos no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2022 e acrescenta que o avanço foi especialmente devido ao Pix. Conforme a companhia, já antes da Black Friday do ano passado (no final de novembro), a rede começou a dar desconto nessa forma de pagamento. Em visita a uma loja da Americanas na última semana, a reportagem recebeu a sugestão do operador de caixa para pagar com Pix a compra, em troca de eldquo;algum descontoerdquo;. O funcionário contou que tem meta diária de vendas por meio do Pix. Havia na loja caixas sinalizados para atender só clientes que quisessem usar esse meio. Procurada, a Americanas disse que incentiva o tipo de pagamento, mas sem desconto. No McDonaldersquo;s, a situação se repetiu. Em uma lanchonete visitada, o atendente ofereceu a possibilidade de pagamento com Pix vinculado ao aplicativo para obter desconto e relatou que tinha meta diária a cumprir de venda no Pix. A empresa, porém, informou que não tem nenhuma campanha de incentivo ao meio de pagamento. eldquo;O Pix está virando uma grande avenida para os varejistas neste momento de juros muito altos e de falta de liquidez no mercadoerdquo;, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra. O diretor de Operações do Magazine Luiza, Felipe Gomes Cohen, diz que a crise de crédito não foi o principal alavancador do Pix. eldquo;Estamos com uma posição de caixa supersólida e robusta.erdquo; Mas o diretor admite que eldquo;qualquer dinheiro em caixaerdquo; sempre ajuda. CAPITAL DE GIRO. Terra observa que o principal motivo para uma varejista ir ao banco não é o investimento em abertura de loja, mas a busca por capital de giro, hoje caro e escasso. Segundo ele, pelas experiências relatadas em conselhos de varejistas dos quais participa, só o fato de o operador de caixa oferecer a possibilidade de pagar com Pix pode dobrar a participação desse meio de pagamento no faturamento. Com isso, é possível ganhar muito dinheiro, entre 3% e 6% da venda, que é a economia de custos de operação que o Pix proporciona em relação a outros meios, de acordo com os cálculos do consultor. Para Carlos Netto, uma das mentes por trás da criação do Pix e presidente da empresa de pagamentos Matera, a transferência instantânea ajuda a aumentar a margem de lucro. eldquo;Para o lojista, o pagamento por Pix é muito mais barato. Quem amadureceu mais com o Pix recebe muitos pagamentos por esse tipo de transferência. Hoje, o banco ganha zero real quando o cliente paga por Pix. No cartão de crédito, ganha 0,5%erdquo;, diz. Segundo a SBVC, o Pix responde ainda por uma pequena fatia do varejo. Nas lojas físicas, é de 4%; e no comércio online, de 18%. Mesmo assim, segundo o Banco Central, 128 milhões de brasileiros usam hoje o Pix, e as transações entre pessoas e empresas saltaram 163% em abril ante o mesmo mês de 2022: de 268 milhões para 705 milhões. USO DO CARTÃO. As empresas de cartão crédito ainda respondem pela maior fatia das vendas nas lojas físicas e online. A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) diz que há espaço no mercado para os diferentes meios de pagamento. Em comunicado, a entidade diz que eldquo;os cartões continuam crescendo por apresentar características específicas que agregam valor ao cliente e ao comércio, como a possibilidade de contestar despesas, a segurança e a fluidez do pagamento em compras pela internet, aplicativos e também por aproximaçãoerdquo;. De acordo com a Abecs, nos últimos três anos, os pagamentos com cartão por aproximação tiveram crescimento exponencial, de mais de 9.000%. Em março de 2023, já representavam 44% do total de pagamentos com cartões realizados presencialmente. A Abecs informa ainda que os cartões de crédito, débito e pré-pagos representam cerca de 60% do consumo das famílias e continuam crescendo de maneira importante. No primeiro trimestre, movimentaram R$ 840 bilhões em compras, alta de 10,7% ante o mesmo período de 2022. ebull;

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