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Petróleo fecha em alta com temores sobre a oferta

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta, recebendo impulso dos temores sobre a oferta da commodity, depois que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a mobilização das forças de reserva do país na Ucrânia, alimentando os temores de uma escalada das tensões na região. O contrato do petróleo Brent para dezembro - a referência global da commodity - fechou em alta de 0,82%, a US$ 89,53 por barril, enquanto o do WTI americano para novembro subiu 0,66%, a US$ 83,49 por barril. Ambas as referências seguem em vias de fechar a semana no vermelho, no entanto. "Os riscos de escassez de oferta e as condições apertadas do mercado devem dar ao petróleo algum suporte acima do nível dos US$ 80, mas uma queda mais rápida em direção a uma recessão global deve manter os preços sob pressão", diz Edward Moya, analista sênior de mercados da Oanda, em nota. "Os preços do petróleo permanecem voláteis, conforme os investidores no mercado de energia tentam se adaptar a uma piora nas perspectivas de demanda, que ainda está vulnerável". Em relatório semanal sobre o petróleo, o banco JPMorgan disse, por outro lado, que, apesar dos temores sobre a força da economia global ameaçar a alta dos preços da commodity, a expectativa é que os superávits de barris observados no verão, no hemisfério norte, se transformarão em déficits a partir de outubro. O banco projeta que preço do barril deve ficar em US$ 100 no último trimestre deste ano. Entre os motivos, o JPMorgan afirma que a liberação de barris das reservas estratégicas dos EUA deve terminar em outubro, o que deve afetar o mercado. O banco também diz não enxergar um acordo nuclear com o Irã e que as restrições contra a Rússia continuarão afetando a oferta da commodity. eldquo;Também estimamos que o dólar provavelmente foi responsável por metade da queda do preço do petróleo em agosto. Se o dólar se estabilizar, isso não apenas aumentaria a demanda por petróleo em países dependentes de importações de petróleo, mas também os preços.

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Petrobras reduz preço do gás de cozinha a partir desta sexta

A Petrobras anunciou na tarde desta quinta-feira, 22, uma nova redução nos preços de venda do gás de cozinha. O combustível ficará mais barato nas refinarias a partir desta sexta-feira, 23. O preço médio de venda para as distribuidoras do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, passará de R$ 4,0265/kg para R$ 3,7842/kg, o equivalente a R$ 49,19 por 13 kg, uma redução média de R$ 3,15 por 13 kg. eldquo;Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbioerdquo;, justificou a petroleira, em nota.

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Descontinuidade dos óleos diesel S500 e S1800 trará melhoria ambiental

Na busca incessante por combustíveis que agridem cada vez menos o meio-ambiente, principalmente no Brasil, onde a eletrificação ainda barra em uma série de desafios, os biocombustíveis levam a vantagem, considerando a vasta área de exploração de matéria-prima de produtos agrícolas ou vegetais, como milho, cana-de-açúcar, mamona, entre outros. Nesse cenário, a grande batalha é a discussão da melhor alternativa na redução da emissão de poluentes dos veículos e máquinas com motor de combustão interna , pois a qualidade do óleo diesel se apresenta como um obstáculo importante à sua modernização tecnológica. eldquo;Além de dificultar ou mesmo inviabilizar os possíveis ganhos ambientais, isso coloca o Brasil em situação comercial desfavorável , isolando-o frente ao mercado internacionalerdquo;, afirma Gabriel Murgel Branco, consultor técnico da Afeevas (Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissões Veiculares da América do Sul). De olho nisso, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) submeteu a Minuta de Resolução 2120631 - SEI/ANP à audiência pública CP 11/2022, em julho no qual propõe a definição de um plano e cronograma de descontinuidade dos óleos diesel S500 para uso rodoviário e S1800 para uso não rodoviário no prazo de até quatro anos , em conjunto com produtores de óleo diesel eldquo;Aerdquo; (sem adição de biodiesel) e importadores. "Para que a eletrificação produza os efeitos ambientais almejados, é fundamental também que se estimule a atualização tecnológica dos motores dessas usinas para o controle de emissões de última geração erdquo;, analisa Elcio Luiz Farah, Diretor Adjunto da Afeevas. Com isso, os especialistas defendem que a existência de um programa de emissões para equipamentos não rodoviários, em consonância com o novo plano da ANP , permitirá que o Brasil acompanhe os melhores níveis tecnológicos do mercado das máquinas movidas por motores a diesel. No caso do transporte rodoviário, com vida útil superior a 30 anos, as locomotivas são algumas das máquinas que não possuem leis de controle de emissões no Brasil. Em 2017, a EnvironMentality fez um estudo de impacto ambiental para implantar o trecho do Ferroanel que interliga os ramais que vêm de Jundiaí (SP), do Rio de Janeiro (RJ) e de Santos (SP), com longos trechos em túneis por baixo da Serra da Cantareira. O local citado é uma reserva ambiental que não pode receber altos índices de gases poluentes . Gabriel explica que o estudo verificou que trens que estão trabalhando no Brasil têm um alto nível de emissão de óxidos de nitrogênio (NOx) e de material particulado. eldquo;Por conta disso, o projeto recomendou o emprego de locomotivas com o padrão de emissões eldquo;Tier 4erdquo; norte americano para poder ser aprovado e implantadoerdquo;, conta. O especialista indica que, globalmente, existem quatro níveis de controles de emissões. Nos Estados Unidos, eles são chamados de Tier 1, Tier 2, Tier 3 e Tier 4. Para que fosse possível o trecho Ferroanel sair do papel, a melhor solução ambiental seria eletrificar o trecho .

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Distribuidora Mar Azul vai à Justiça contra cálculo de CBios

A distribuidora de combustíveis Mar Azul, de pequeno porte, questiona na Justiça a forma de cálculo das metas de descarbonização que as empresas do segmento têm de cumprir no programa RenovaBio. A companhia conseguiu uma decisão liminar que a permitiu fazer um depósito em juízo para evitar ser punida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de um valor que ela entende ser o correto para cumprir com sua obrigação de descarbonização. A demanda ainda não foi julgada no mérito. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Conselho da Vibra corre em busca de novo CEO

O conselho de administração da Vibra Energia (ex- BR Distribuidora) pretende anunciar o novo presidente da companhia até o fim do ano, apurou o Valor. Um dos nomes cotados para assumir o posto deixado por Wilson Ferreira Jr., Carlos Piani, que é membro do conselho da distribuidora de combustíveis, não estaria mais participando do processo, afirmaram três fontes. O conselho de administração da companhia destacou três membros do colegiado para definir com Sérgio Rial, chairman da Vibra, o nome do novo presidente da distribuidora de combustíveis. Fazem parte desse comitê de pessoas Ana Toni, Nildemar Secches e Pedro Ripper. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Selic fica em 13,75% e BC encerra maior ciclo de alta em 23 anos

Apesar de as expectativas de inflação continuarem altas, o Copom manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano e, após 12 elevações consecutivas, encerrou o mais longo ciclo de alta dos juros básicos desde 1999. A decisão era esperada. Nos EUA, o Fed subiu os juros em 0,75 ponto pela terceira vez consecutiva. Mesmo com as expectativas de inflação ainda num patamar elevado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve ontem a taxa Selic em 13,75% ao ano, encerrando o mais longo ciclo de alta dos juros básicos de sua história. A decisão era esperada pelo mercado financeiro. A taxa, ainda assim, é a maior desde janeiro de 2017. Foram 12 altas consecutivas nesse processo de aperto monetário, com um aumento acumulado de 11,75 pontos porcentuais no período endash; a maior alta porcentual desde 1999. O ciclo foi iniciado em março de 2021, quando os juros básicos estavam na mínima histórica de 2% ao ano. A decisão do Copom não foi unânime. Segundo o comunicado divulgado pelo Banco Central, sete dos nove integrantes do comitê votaram pela manutenção de 13,75%, enquanto os outros dois votaram por uma eldquo;elevação residualerdquo; de 0,25 ponto porcentual endash; o que jogaria a Selic para 14% ao ano. Tratase da primeira decisão sem unanimidade dos membros do Copom em mais de seis anos. A última decisão dividida foi em março de 2016. O colegiado ainda deixou a porta aberta para voltar a subir a taxa. eldquo;O comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperadoerdquo;, diz o comunicado. O economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, ressalta que o Copom não apenas sinalizou que vai manter os juros em níveis elevados por período prolongado, como também alertou que não vai hesitar em retomar o ciclo de alta caso não ocorra um processo de desinflação da economia. eldquo;Os próprios votos dissidentes devem ser vistos como sinalização do compromisso do BC de entregar a inflação na metaerdquo;, afirma. Chefe da área de estratégia da Renascença DTVM, Sérgio Goldenstein avalia que o Copom trouxe uma mensagem dura no comunicado, para evitar que o mercado embarque em apostas de cortes imediatos da taxa de juros. eldquo;O BC não quer que o mercado entenda o fim do ciclo de alta como início dos cortes no curto prazoerdquo;, afirmou. O aumento de juros é considerado uma medida impopular. A última vez que ocorreu um aumento da Selic durante uma campanha ao Palácio do Planalto foi em 2002, ano da primeira vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O então candidato do governo, José Serra (PSDB), perdeu aquela eleição. Mesmo com a estabilidade da taxa Selic, o Brasil continua a ter a maior taxa de juro real (descontada a inflação) do mundo, em uma lista com 40 economias. Cálculos do site Moneyou e da Infinity Asset Management indicam que o juro real brasileiro está agora em 8,22% ao ano. Em segundo lugar na lista que considera economias mais relevantes, aparece o México (5,13%), seguido da Colômbia (3,86%). A média dos 40 países avaliados é de -1,69%. O aumento do juro básico da economia se reflete em taxas bancárias mais elevadas, embora haja uma defasagem de seis a nove meses entre a decisão do BC e o encarecimento do crédito. A elevação da taxa de juros também influencia negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos. Por outro lado, aplicações em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures (títulos de empresas), passam a render mais. COMBATE À INFLAÇÃO. O BC se baseia no sistema de metas de inflação para calibrar os juros básicos. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o BC a reduz. A disparada dos preços esteve intimamente ligada à disparada da inflação em 2021 e 2022. Para 2022, a meta central de inflação é de 3,5%, e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%. Para 2023, a meta de inflação foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. As estimativas de inflação para este e o próximo ano continuam muito acima do teto da meta, mesmo com a desaceleração dos preços. O BC já indicou que só prevê voltar à meta em 2024. ebull;

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