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Reservas de petróleo e gás natural da Petrobras chegam a 10,5 milhões em 2022

A expansão da exploração das Bacias de Campos e de Santos garantiu grandes resultados à estatal em 2022. A Petrobras anunciou um aumento nas reservas de petróleo e gás natural, que chegaram à marca de 10,5 bilhões de barris no fim do ano. Seguindo os critérios da SEC (US Securities and Exchange Commission), a Petrobras anunciou nesta quinta-feira, (26/01), um forte aumento nas suas reservas de petróleo e gás natural. Os números chegaram à marca de 10,5 bilhões de barris no dia 31 de dezembro de 2022. Os projetos de exploração no Campo de Búzios, bem como os demais empreendimentos nas Bacias de Campos e Santos, foram essenciais para os granes resultados. Petrobras avança na exploração nacional e expande suas reservas de petróleo e gás natural para 10,5 bilhões de barris. A companhia estatal Petrobras continua expandindo a sua presença no cenário nacional de petróleo e gás natural, marcando seu território como líder neste início de 2023. Ela anunciou que, seguindo os critérios da SEC, chegou a marca de 10,5 bilhões de barris e óleo e condensado e gás nas suas reservas no território nacional. Deste total, 85% são de óleo e condensado e 15% de gás natural. No ano passado, a companhia conseguiu a maior adição de volume de reservas da sua história. Foram adicionados mais de 2 milhões de barris de petróleo e gás natural, com as novas campanhas de exploração da estatal no Brasil. O aumento nos números da companhia se deu, principalmente, em razão dos grandes resultados nas campanhas de exploração e nos projetos do Campo de Búzios. Além disso, a empresa expandiu sua atuação nos empreendimentos nas Bacias de Campos e Santos ao longo do ano de 2022. Ocorreram reduções decorrentes da cessão de 5% de nossa participação no Excedente da Cessão Onerosa em Búzios e do efeito dos acordos de coparticipação do Excedente da Cessão Onerosa de Atapu e Sépia, além de ações de cessão de direitos em campos maduros. Dessa forma, a reposição orgânica das reservas da companhia resultou em 239% da produção desse ano. Para o cálculo, a estatal não considera líquidos de gás natural; volumes de gás injetado; produção de testes de longa duração em blocos exploratórios e produção na Bolívia. Resultados de aumento das reservas de óleo e gás natural da Petrobras são reflexos dos esforços da companhia nas campanhas de exploração. A Petrobras investiu pesado nas campanhas de exploração das Bacias de Campos e Santos ao longo do ano de 2022. Dessa forma, a adição recorde de barris de petróleo e gás natural foi uma consequência dos esforços da empresa nos últimos 12 meses. Além disso, a relação entre as reservas provadas e a produção (indicador R/P) aumentou para 12,2 anos. A Petrobrás diz que historicamente submete à certificação pelo menos 90% de suas reservas provadas segundo o critério SEC. Atualmente, a empresa certificadora é a DeGolyer and MacNaughton (DeM). A companhia ainda afirmou que estima reservas seguindo os critérios da ANP/SPE (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis / Society of Petroleum Engineers). No dia 31 de dezembro de 2022, seguindo esses critérios, as reservas de petróleo e gás natural chegaram à marca de 10,7 bilhões de barris. As diferenças entre as reservas estimadas pelos critérios ANP/SPE e SEC estão associadas, principalmente, à utilização de diferentes premissas econômicas. Em quaisquer critérios adotados para as estimativas, a Petrobras ainda conseguiu grandes resultados de exploração e expansão das suas reservas de petróleo e gás natural no último ano.

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ANP vai atualizar regras para autorização de usinas de biocombustíveis

Os fabricantes de biocombustíveis terão que seguir novas regras para conseguir suas autorizações de operação. A diretoria colegiada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou na tarde dessa quinta-feira, 26, a abertura de um processo de consulta pública para reformular a Resolução 734/2018, que fixou o atual regramento para o setor. Em vigor desde meados de 2018, a resolução que será revista unificou sob o mesmo marco as regras para que os fabricantes de biocombustíveis endash; independentemente de seu tipo endash; possam instalar, ampliar e operar suas unidades produtivas. Antes dessa mudança, as regras estavam pulverizadas em oito resoluções distintas. Segundo o diretor da ANP, Claudio Jorge endash; que relatou a matéria durante a reunião endash;, a revisão é necessária porque a Superintendência de Produção de Combustíveis (SPC) identificou um problema regulatório eldquo;relativo às condições mínimas de segurança operacional das instalações produtoraserdquo;. eldquo;O objetivo regulatório é mitigar os riscos identificados tendo como vetores a vida humana e o meio ambienteerdquo;, explicou. Ainda segundo ele, o novo marco vai passar a exigir: estudo de gestão de mudanças para alterações na instalação produtora; Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) para produtores de etanol; e tancagem mínima equivalente a três dias de produção para os produtores de biocombustíveis líquidos. Além disso, também serão definidos critérios para a revogação da autorização de operação caso uma planta fique mais de dois anos inativa. (BiodieselBR.com)

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Petrobras vende, não entrega e reestatiza refinaria no Ceará

Com o argumento de que condições precedentes para a finalização da transação não foram cumpridas, a Petrobras anunciou a eldquo;reestatizaçãoerdquo; da Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor). A refinaria, em Fortaleza, foi vendida em 2022 à cearense Grepar por US$ 34 milhões (R$ 167,3 milhões). Inicialmente, a transferência da Lubnor para a Grepar estava prevista para 1.º de agosto. A data foi postergada para 1.º de setembro e, depois, para 1.º de outubro. Por contrato, o ativo teria de ser transferido até 25 de novembro, ou o negócio seria desfeito, e o primeiro pagamento, devolvido. A Grepar diz que cobrará indenização judicialmente. Em nota, a Petrobras afirmou que a desistência se deu por falta de eldquo;cumprimento de condições precedenteserdquo;. Desde que tomou posse, em janeiro, o governo demonstra ser contrário à venda de ativos públicos. Estatal diz que contrato fechado no ano passado não foi cumprido e cancela negócio de US$ 34 milhões com o grupo cearense Grepar; comprador vai cobrar perdas na Justiça Depois de adiar por duas vezes a transferência de sua refinaria no Ceará, vendida no ano passado por US$ 34 milhões (R$ 167,3 milhões) à empresa cearense Grepar, a Petrobras decidiu recuar e rescindir o contrato. Com o argumento de que não foi resolvida pendência jurídica envolvendo parte do terreno que abriga a unidade, a estatal anunciou na segunda-feira a eldquo;reestatizaçãoerdquo; daLubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor). Conforme o Estadão antecipou, inicialmente a transferência da Lubnor para a Grepar estava prevista para ocorrer em 1.º de agosto. A data foi postergada para 1.º de setembro e, em seguida, para 1.º de outubro. Por contrato, o ativo teria de ser transferido até 25 de novembro, ou o negócio seria desfeito, e o primeiro pagamento endash; já realizado endash;, devolvido à Grepar. A empresa já avisou que irá à Justiça para cobrar indenização por prejuízos causados pelo cancelamento da transação. Ao Estadão, o seu controlador, o empresário Clovis Fernando Greca, disse que vai eldquo;pegar os recursos e tirar do Brasilerdquo; (mais informações nesta página e na página ao lado). Em nota, a Petrobras disse que a desistência se deu eldquo;em razão da ausência de cumprimento de condições precedentes estabelecidas até o prazo final definido em tal contrato (25/11/2023), em que pesem os melhores esforços empreendidos pela Petrobras para conclusão da transaçãoerdquo;. Procurada pela reportagem, respondeu que não iria se pronunciar além da nota. SEM PRIVATIZAÇÕES. Desde que assumiu em janeiro, o atual governo demonstrou repetidamente ser contrário à venda de ativos públicos. No dia 2 de janeiro, logo após assumir o cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a revogação dos processos de privatização de oito empresas, que haviam sido indicadas pelo ex-presidenteJair Bolsonaro. Em 11 de maio, durante um evento, ele ainda declarou: eldquo;Não vamos vender mais nada da Petrobras, os Correios não serão vendidos. Vamos tentar fazer com que a Petrobras possa ter a gasolina e óleo diesel mais baratoserdquo;. A Lubnor é a menor unidade de refino da lista de oito refinarias da estatal que foram colocadas à venda pelo governo Bolsonaro, mas é estratégica por ser uma das maiores produtoras de asfalto do País e a principal fornecedora para todo o Nordeste. Em junho, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda da Lubnor para a Grepar. Em seguida, a empresa pagou a primeira parcela, depositando 10% dos US$ 34 milhões acordados pela compra. A Grepar também disse que investiu previamente cerca de US$ 10 milhões, incluindo quatro anos de estudos de negócios, consultoria e preparação para operar a refinaria. Também planejou, a partir de setembro, a contratação de 50 trabalhadores e estima que o investimento total na operação atingiria US$ 100 milhões. O impasse alegado para a entrega da refinaria aconteceu devido a questões fundiárias, às quais a Petrobras atribuía o atraso da conclusão do negócio. A Lubnor está localizada em terreno com partes em posse da União e da prefeitura de Fortaleza. A maior parte foi dada em outorga gratuita à estatal pela Secretaria de Patrimônio da União. Já algumas ruas, que compreendem cerca de 15% do terreno, pertencem à capital cearense. Em dezembro, ainda com a Petrobras sob comando da gestão anterior, a estatal fez proposta para compra das áreas da prefeitura, que a considerou baixa. Os valores se aproximaram nos meses seguintes, mas a gestão do prefeito Sarto Nogueira (PDT) alegou que a venda dos seus terrenos só seria feita após a aprovação do negócio pelo Cade. A Grepar se dispôs a fazer a compra por conta própria, mas não conseguiu avançar na proposta. A empresa se disse eldquo;surpreendidaerdquo; pela decisão da Petrobras de rescindir a venda eldquo;sem fundamento contratualerdquo;. O alegado impedimento do negócio em face das condições fundiárias, segundo ela, eldquo;não procedeerdquo;. ebull;

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Venda da Lubnor pode parar na justiça

A decisão da Petrobras de rescindir o contrato de venda da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), em Fortaleza (CE), pode terminar na Justiça. A Grepar Participações, com quem a Petrobras mantinha entendimentos envolvendo a unidade de asfalto, disse ao Valor que irá tomar as medidas jurídicas necessárias nos próximos dias. O objetivo da empresa é ser indenizada pelas perdas e danos do processo de compra e venda da Lubnor, que começou há quatro anos. eldquo;Após vencermos o processo competitivo, estávamos na fase de transferência dos ativoserdquo;, diz Clóvis Greca, sócio da Grepar. Ele disse que foi eldquo;surpreendidoerdquo; pelo comunicado da Petrobras cancelando o negócio. O empresário adiantou que, embora vá brigar pela indenização, não irá insistir na compra. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Atraso em indicações posterga decisão sobre biodiesel

Maior empresário do ramo do biodiesel no país, Erasmo Carlos Battistella espera que o governo componha logo sua equipe técnica, principalmente no Ministério de Minas e Energia (MME), para apresentar a demanda para que ocorra o aumento da mistura de biodiesel no diesel dos atuais 10% (B10) para 15% (B15) já a partir de março. A decisão do governo Bolsonaro que estabeleceu o B10 é válida até o fim de fevereiro, e até lá o governo Lula terá que decidir para qual patamar irá a mistura. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Prates assume Petrobras já sob pressão por mudança na política de preços

Jean Paul Prates assume o comando interino da Petrobras já sob pressão da União, acionista controladora, por uma mudança nos rumos da política de preços de combustíveis, mas uma alteração significativa no curto prazo não é esperada por especialistas do mercado. Além de limitações previstas em estatuto para que a Petrobras contribua com políticas públicas, uma ruptura brusca na trajetória de preços de diesel e gasolina atualmente poderia desequilibrar o mercado e causar riscos de desabastecimento, uma vez que o país é muito dependente das importações desses produtos. "Com a mudança para o novo CEO, a gente não vê um impacto relevante de preços no curto prazo, não só pelas questões estatutárias. Ele mesmo [Prates] já deixou claro que não vai deixar que a política de preços não siga um comportamento internacional", disse o sócio-diretor da Raion Consultoria, Eduardo Oliveira de Melo. As ações da Petrobras estiveram entre as maiores quedas da Bolsa nesta quinta, na direção oposta do preço do petróleo, que operou em alta. Os papéis ordinários da empresa (PETR3) caíam 2,79%, a R$ 29,57. Já as ações preferenciais (PETR4) recuaram 2,74%, a R$ 26,20. Leandro De Checchi, analista de Investimentos da Clear, diz que o mercado parece não ter gostado do já esperado anúncio de Jean Paul Prates como novo CEO. "Os investidores devem seguir atentos às diretrizes estratégicas da atual gestão", diz. A Petrobras elevou na véspera o valor da gasolina nas refinarias em 7,5%, mas analistas ainda veem espaço para novos reajustes. Os preços do diesel da Petrobras considerando a média nos principais polos de venda às distribuidoras no fechamento de quarta-feira está 2% abaixo da paridade de importação, enquanto a gasolina está 4% abaixo, segundo cálculos da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Mas a pressão do governo federal vem também em momento em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem estudado meios para voltar a cobrar tributos federais sobre diesel e gasolina emdash;este último previsto para ser retomado no fim deste mêsemdash; sem onerar o bolso dos consumidores. Em declarações recentes, Haddad tem dito que aguarda a posse do novo CEO para encontrar uma solução junto à estatal. Prates, por sua vez, tem defendido o fim da aplicação da paridade de importação para a formação dos preços da petroleira, mas diz que a empresa ainda assim seguirá indicadores internacionais. Historicamente a Petrobras, que tem ações negociadas em Bolsa, tem de lidar com tentativas de interferências políticas em suas estratégias e, desde 2016, conseguiu certa autonomia para adotar uma política de preços que segue indicadores internacionais, contribuindo com resultados financeiros positivos e uma abertura do mercado para outros investidores. Grandes distribuidoras de combustíveis como Vibra, Raízen e Ipiranga investiram alto em infraestrutura de importação nos últimos anos, e hoje buscam parte de seu suprimento no exterior, tirando da Petrobras a responsabilidade de ser a única a abastecer o mercado. A Petrobras também realizou a privatização da refinaria Rlam, na Bahia, que representa 14% da capacidade total de processamento de petróleo do país, em outro movimento que reduziu sua relevância no suprimento nacional. A unidade, rebatizada de Mataripe, pertence hoje à Acelen, do grupo Mubadala Capital, que tem uma política de preços de combustíveis com atualizações mais frequentes do que a Petrobras. Mas isso tudo não aconteceu sem percalços. Toda vez que os preços internacionais disparam, a petroleira tem sido atacada por segmentos políticos e da sociedade, como responsável por prejudicar a inflação. O PT defende que a petroleira contribua com uma estabilidade maior de preços. Após grandes prejuízos por subsidiar preços de combustíveis a mando do governo no passado, o estatuto da Petrobras passou nos últimos anos a prever condições para que a companhia possa ter suas atividades orientadas pela União. Dentre as exigências, o estatuto prevê que a companhia deverá ser compensada pelo governo, quando for chamada a realizar atividades de modo a contribuir para o interesse público. "O desafio que ele [Prates] enfrenta é tentar conciliar uma visão de uma Petrobras moderna, gerando retorno para acionistas, com uma visão mais intervencionista do novo governo", disse Paulo Valois, sócio do Schmidt Valois Advogados. Valois pontuou que o governo precisa encontrar uma solução para evitar volatilidades de preços para consumidores por meio de política governamental. "Essa situação passa pela Petrobras, mas é muito mais governamental do que simplesmente usar a Petrobras. O governo que tem que agir, o Congresso. Isso é política governamental. Ela [a Petrobras] não pode simplesmente chegar e limitar preço. Tem responsabilidades, governança, acionistas, Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), tem todo um mecanismo de governança que não permite." O diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) Adriano Pires também se posicionou contra uma possível intervenção estatal na Petrobras, defendendo que 2022 talvez tenha sido o melhor ano da história da companhia. "Pagou impostos, royalties e participações especiais recordes. Além dos dividendos recordes para os seus acionistas. Bateu metas de produção ficando acima do centro da meta... Esses resultados mostram que a política de dar uma maior autonomia para a administração da empresa, sem um intervencionismo direto do governo, é o melhor caminho", afirmou. Para Pires, a indicação de Prates é boa, pois ele conhece o setor de óleo e gás e tem ainda um bom trânsito no Congresso. "Não dá para falar agora. Vamos esperar ele chegar. Mas eu acho que ele reúne todas as condições de fazer uma boa gestão", concluiu. (Reuters)

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