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Doze estados aumentam alíquotas do ICMS e preço dos combustíveis pode subir

As alíquotas gerais do ICMS foram reajustadas em 12 estados desde o fim de 2022 e passaram de uma média de 17% a 18% para até 22%, segundo levantamento feito pela smart tech IOB. Desde o fim de junho de 2023, quando foi aprovado o "teto do ICMS", a alíquota geral de cada estado também é o imposto máximo que pode ser cobrado sobre combustíveis, energia elétrica, transporte público e comunicações, que passaram a ser considerados bens e serviços essenciais. Até então a tributação da gasolina era próxima de 30% em vários estados, e chegava a 34% no Rio de Janeiro. Portanto, com os reajustes nas alíquotas gerais aprovados pelos legislativos estaduais desde o fim do ano passado, que variam de 1 a 4 pontos porcentuais, também pode subir a tributação dos bens e serviços definidos como essenciais, entre eles os combustíveis. Além, é claro, de todos os demais produtos e serviços sujeitos às alíquotas gerais. Um novo aumento na carga pode vir mais adiante. Embora um acordo entre estados e a União tenha preservado o teto para combustíveis como diesel, gás natural e gás de cozinha, ficou definido que a gasolina será objeto de novas discussões. Há pressão de governadores para que ela deixe de ser considerada essencial endash; o que acabaria com o teto do ICMS para esse combustível. A redução do ICMS e a compensação do governo federal pelas perdas que os estados tiveram foram os dois principais temas discutidos na reunião que os governadores tiveram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada. Eles alegam que a imposição de um teto de cobrança provocou uma queda de R$ 38 bilhões na arrecadação do imposto, afetando estados que estão em recuperação fiscal, como o Rio de Janeiro. Durante a tramitação das leis que limitaram o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, transporte e comunicações, os congressistas incluíram no projeto a compensação por parte do governo federal. O dispositivo, no entanto, foi vetado pelo então presidente Bolsonaro. Ao fim da reunião ficou decida a criação de uma comissão no Ministério da Fazenda para se discutir uma melhor alternativa para a questão do ICMS. Fim da desoneração de PIS e Cofins pode encarecer mais os combustíveis Além do aumento das alíquotas gerais do ICMS, o fim da desoneração de impostos como PIS e Cofins também vai pesar sobre o preço dos combustíveis a partir de março. A redução das alíquotas foi estabelecida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e prorrogada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até o final de fevereiro, para se discutir uma nova política de preços que não seja tão sensível às variações internacionais do preço do petróleo. Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo afirmam que uma nova prorrogação da desoneração destes impostos pode ser tomada pelo presidente Lula ao final de fevereiro, até para se evitar um reajuste abrupto do preço dos combustíveis e, consequentemente, da inflação. É possível ainda, dizem, que o governo tente fazer avançar no Congresso um projeto de lei que cria uma espécie de fundo de estabilização dos preços dos combustíveis, discutido desde 2021 e que não caminhou no ano passado. O tema pode voltar à discussão com a retomada dos trabalhos no Congresso nesta quarta (1).

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Petróleo fecha em alta, com queda na produção dos EUA

O petróleo fechou em alta nesta terça-feira (31), ganhando fôlego após dados indicarem queda na produção nos Estados Unidos em novembro do ano passado. Investidores operaram em compasso de espera pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e reunião da Opep+, ambos amanhã. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em alta de 1,24% (US$ 0,97), a US$ 78,87 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,14% (US$ 1,90), a US$ 84,50 o barril. Na variação mensal, o WTI registrou perdas em torno de 2% e o Brent baixa marginal em torno de 0,1%. Após terem operado em baixa no início do dia, as cotações do petróleo passaram a subir no final da manhã, após relatório do Departamento de Energia (DoE) dos EUA anunciar que a produção da commodity no país na comparação mensal de novembro. Analista da Oanda, Edward Moya aponta que o guidance da Exxon também suportou a alta do preço devido à projeção de que a oferta deve ficar apertada a medida que produtores recuam. Nesta semana, o mercado também deve manter no radar a decisão monetária do Fed e reunião da Opep+, ambos os eventos previstos para acontecer amanhã, 1º. eldquo;A produção de petróleo dos EUA parece que não aumentará muito mais, então o quadro de oferta do mercado de petróleo dependerá do que a Opep fizer. Nesta semana, a expectativa é de que a Opep mantenha a produção estável enquanto avalia a força da recuperação econômica da Chinaerdquo;, analisa Moya. Até mesmo dados do índice de gerentes de compras (PMI, em inglês) da China, que subiram em janeiro, foram incapazes de influenciar positivamente o petróleo, na visão do Commerzbank. eldquo;Isso acontece pelo sentimento negativo em geral do mercado frente a diversas reuniões de bancos centrais e exportações russas persistentemente altaserdquo;, afirma o banco. o Commerzbank observou que as exportações da Rússia cresceram em janeiro e parecem estar lidando eldquo;magnificamente bemerdquo; com as sanções ocidentais, substituindo por outros parceiros comerciais que não assinaram teto de preços ou embargos, como a Índia. Em relatório divulgado hoje, a Rystad Energy projetou que o mercado global de petróleo e gás deve crescer até US$ 1 trilhão em 2025, apesar de riscos de queda após esse período. A Rystad indica que produtores destes serviços criem um balanço, devido as quedas, e ampliem oferta em outras áreas do setor de energia, procurando eldquo;oportunidades óbviaserdquo; como energia geotérmica, hidrogênio, eólica e captação de carbono.

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Desoneração dos combustíveis está com os dias contados; veja o impacto nos preços

No começo do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por alongar a desoneração dos combustíveis por mais 60 dias. O prazo termina no dia 1º de março e o governo já se preparar para retomar os impostos da gasolina e etanol. No sábado (28), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou não haver discussões sobre estender novamente a desoneração. Agora, o Ministério da Fazenda parece também sinalizar a volta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os discursos são desconexos. eldquo;Fernando Haddad indica que desoneração sobre combustíveis elsquo;está se consolidandoersquo; o que denota que o ministro da Fazenda está a par das tratativaserdquo;, afirma Guilherme Sousa, economista da Ativa Investimentos. No entanto, o ministro disse hoje, após reunião na Febraban, que não ouviu novidades de Lula sobre o tema e que não fala sobre combustíveis desde 1º de janeiro. Já o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, confirmou poucos minutos antes em entrevista para à CNN, que a desoneração de combustíveis será avaliada em breve. Embora as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontem para um acumulado de 5,74% em 2023 endash; conforme aponta o Relatório Focus endash;, a mudança pode pressionar a inflação. eldquo;Com a desoneração e a elevação dos preços, o impacto sobre o IPCA pode ser algo entre 0,55 e 0,7 ponto percentual. Esse fator deve pressionar os preços e dificultar o trabalho da autoridade monetária no anoerdquo; afirma Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research. Desoneração dos combustíveis No ano passado, o governo de Jair Bolsonaro anunciou a redução do ICMS para combustíveis como uma forma de controlar o preço dos produtos, reduzir a inflação e usar como uma cartada nas eleições. A medida limitou a cobrança feita pelos estados, o que levou à redução dos caixas estaduais. Tanto que na reunião realizada por Lula com os 27 governadores na semana passada, a desoneração foi um tema discutido. Essa redução estava prevista para acabar no dia 1º de janeiro, mas Lula manteve a isenção até o fim de fevereiro para a gasolina e o álcool, e até o final do ano para o diesel, biodiesel, gás natural e de cozinha. eldquo;Essa prorrogação foi decidida após embate entre membros do PT e equipe econômica. Na ocasião, Lula optou por manter os impostos zerados. A equipe econômica foi contrária à decisão, já que representaria renunciar a um grande volume de impostoserdquo;, destaca Rafael Passos, analista da Ajax Capital. A projeção é de que essa extensão da desoneração tem um impacto de, aproximadamente, R$ 25 bilhões aos cofres públicos. Há duas semanas, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que caso o governo prorrogasse a desoneração de combustíveis, o Ministério da Fazenda precisaria buscar fontes para compensar essa perda de arrecadação.

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Com impasse em Minas e Energia, setor do biodiesel tenta ponte com Alckmin

Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) editada após a eleição, fixou o percentual obrigatório de adição em 10% até março deste ano A indefinição sobre o segundo escalão do Ministério de Minas e Energia tem empurrado para o ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, conversas relacionadas à política nacional do biodiesel. A principal delas é a retomada do cronograma da mistura desse combustível, assunto de uma reunião pleiteada por integrantes do setor com o ministro, na próxima sexta-feira (3). O cronograma original, previsto em lei, determinava que o percentual obrigatório de adição de biodiesel no óleo diesel tipo A fosse de 14% a partir de janeiro deste ano, saltando para 15% em março. Entretanto, resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) editada após a eleição, fixou o percentual obrigatório de adição em 10% até março deste ano. Também deve entrar na conversa da sexta a revisão das regras de importação do biodiesel endash; representantes do setor querem normas mais rígidas para preservar a produção nacional endash; e a adoção do selo do biocombustível social. (O Antagonista)

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Comgás busca novas fontes para obter gás natural

Distribuidora Comgás, busca gás natural visando repor contratos com a Petrobras que tem estimativa de vencimento até o final do ano de 2023. Os contratos com a estatal geram cerca de 12,8 milhões de m³/dia para a empresa. A distribuidora Comgás está lançando uma chamada pública para comprar gás natural. Controlada pela Compass, do grupo Cosan, a empresa tem contratas que vencem no final do ano com a Petrobras. Os volumes são grandes, mas a expectativa é de que pelo menos uma parte dos volumes seja contrata novamente pela estatal. A distribuidora Comgás fornece gás para milhões de brasileiros de várias regiões localizadas no estado de São Paulo, com segurança, eficiência e responsabilidade. Por meio do processo realizados anteriormente, os fornecedores podem apresentar suas propostas para o mercado livre. As propostas comerciais devem ser efetuadas até o dia 10 de março pelos participantes. Está previsto que até o dia 31 de julho, todos os contratos negociados sejam enviados para aprovação da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo, a Arsesp. Considerada a maior distribuidora brasileira de gás canalizado, a Comgás fornece gás para cerca de 2,3 milhões de pessoas. A área de concessão da distribuidora inclui a Região Metropolitana de São Paulo, Região Administrativa de Campinas, Vale do Paraíba e a Baixada Santista. Os regimes diferenciados de fornecimento do insumo realizado pela Comgás, possibilitam um planejamento mais eficiente do aumento do mercado de gás natural no estado de São Paulo. Além disso, por meio desses regimes é possível garantir ainda mais segurança do abastecimento desse tipo de matéria. Atualmente, os contratos da companhia de gás estão firmados com dois diferentes fornecedores, a Petrobras e a Compass. A distribuidora conta com dois contratos firmados com a Petrobras, ambos somam compromissos de aquisição de aproximadamente 12,8 milhões de m³/dia. Os contratos têm estimativa de vencimento até o dia 31 de dezembro de 2023. Já o contrato de fornecimento do gás pela Compass, terá início no mês de julho de 2023. O transporte será feito por meio do Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP), localizado no Porto de Santos. Este terminal conta com uma capacidade de regaseificação licenciada de aproximadamente 14 milhões de m³/dia. Na modalidade firme, o volume contratado é de 3,125 milhões de m³/dia. Por sua vez, a Compass obteve acordo para compra de GNL da TotalEnergies, empresa francesa que busca integrar a malha de gasodutos, atendendo a área de concessão da Comgás. Em sua chamada pública, a Comgás inclui quatro diferentes produtos, veja detalhes: Firme/Flexível com opção de compra pela Comgás, com compromisso de retirada firme (take or pay) de 70% a 90%; Firme, com take or pay de 70% a 90%; Flexível com opção de compra; com take or pay de 100%; E, por último: produto customizado, segundo o qual os proponentes podem apresentar os detalhes de suas ofertas.

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Indicador semanal do etanol hidratado sobe 5,08% nas usinas de SP e anidro 1,84%, aponta Cepea

O indicador do etanol hidratado nas usinas paulistas subiu 5,08% na semana entre 23 a 27 de janeiro, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), a R$ 2,6898 o litro, sem frete, ICMS e PIS/Cofins. O tipo anidro, que é misturado à gasolina nos postos do Brasil, teve salto de 1,84% no período, valendo R$ 2,9910. Segundo pesquisadores do Cepea, havia a expectativa para os próximos dias de que a demanda se fortaleça nos próximos dias, uma vez que os preços mais baixos nas usinas têm sido repassados aos valores nos postos. O retorno das aulas em fevereiro, o fluxo de automóveis nas cidades tende a aumentar. O Cepea levanta seu indicador do etanol, sem frete e sem impostos, com valores coletados que se referem aos negócios efetivados na modalidade spot entre usinas e distribuidoras com produto originado do estado de São Paulo, independentemente da destinação. Os preços do etanol subiram aos consumidores do Brasil na última semana, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio do biocombustível no Brasil atingiu R$ 3,78 o litro, com baixa semanal de 1,8%. A paridade com a gasolina ficou em 76,06% em todo o Brasil.

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