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"É a nossa única bala de prata", diz Simone Tebet sobre a reforma tributária

A ministra do planejamento, Simone Tebet (MDB), disse que a reforma tributária é a única eldquo;bala de prataerdquo; e uma espécie de eldquo;vacina econômicaerdquo; do governo Lula para a estabilidade econômica. Tebet também afirmou que trabalha em parceria com os outros ministérios da área econômica para entregar, até abril, um novo arcabouço fiscal substituto do antigo teto de gastos para estabilizar a dívida pública e um plano plurianual participativo. A ministra participou remotamente da divulgação do levantamento feito pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil, o eldquo;Plano de Voo Amcham 2023erdquo;, nesta segunda-feira (13). Segundo a pesquisa, a maioria dos empresários brasileiros querem o aumento da capacidade de produção e de investimentos na agenda ambiental. Eles avaliam, em maioria, que a prioridade do governo Lula deve ser a reforma tributária, porém veem uma chance baixa de aprovação. Para Abrão Neto, CEO da Amcham, há a eldquo;importância de uma liderança do governo à frente dessa reforma e de um engajamento muito ativo do setor empresarial. Via de regra, o primeiro ano dos governos é o momento de fazer reformas estruturantes, como é o caso da reforma tributária. Entendemos que esse é o momentoerdquo;. Tebet entende que, nos próximos anos, o Brasil precisa de um planejamento plurianual participativo e com projetos de médio e longo prazo. Disse ainda que o orçamento público tem que ser transparente, revisto quando necessário e focado na qualidade de gastos. No evento, a ministra criticou a falta de participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e do Ministério da Economia, então comandado por Paulo Guedes, na aprovação da reforma tributária. Para ela, a discussão das mudanças no Congresso Nacional estava madura e havia consenso entre os secretários de Fazenda dos estados sobre o andamento das mudanças. Sem a reforma, Tebet disse que o déficit fiscal é eldquo;insustentávelerdquo; e está em R$230 bilhões de reais. Além da reforma, ela explicou que somente parcerias com setor privado poderão ajudar no orçamento e oferecimento de serviços públicos de qualidade para o contribuinte, principalmente na área social, pois há apenas R$170 bilhões disponíveis para gastos em despesas discricionárias, aquelas em que o Executivo determina para onde vai o dinheiro público.

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ETANOL/CEPEA: Demanda por etanol hidratado se aquece

A proximidade do recesso de carnaval aqueceu o mercado paulista de etanol hidratado na semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, alguns compradores atuaram de forma mais ativa, sobretudo no meio da semana, com aumento também no volume negociado. Na sexta-feira, 10, contudo, o ritmo de comercialização já estava bem menor. Dados do Cepea mostram que o total comercializado de etanol hidratado no mercado spot do estado de São Paulo na semana passada esteve quase quatro vezes maior que o do período anterior. Apesar disso, o valor médio semanal do hidratado caiu, o que se deve aos negócios realizados no início do período a preços menores. Agentes do setor sucoenergético consultados pelo Cepea estão na expectativa de qual será o comportamento do preço do etanol hidratado nas próximas semanas, diante da possível mudança no preço da gasolina A e da volta dos impostos sobre os combustíveis.

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Volkswagen vai suspender produção em fábricas no Brasil

A Volkswagen vai conceder férias coletivas e suspender a produção em 3 de suas 4 fábricas no Brasil. As unidades de São Bernardo do Campo (SP), São José dos Pinhais (PR) e São Carlos (SP) vão parar de funcionar por cerca de dez dias a partir da próxima semana, e apenas a fábrica de Taubaté continuará produzindo normalmente durante o mês de fevereiro. A montadora concederá férias coletivas da fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, de 22 de fevereiro a 3 de março de 2023. O intervalo na produção já estava planejado desde o ano passado e faz parte da estratégia da Volkswagen de flexibilizar os processos produtivos devido à escassez de peças que vem afetando o setor automotivo nos últimos anos. A distribuição de chips condutores, componente da fabricação de veículos, sofreu um gargalo durante a pandemia de Covid-19, dificultando a produção de montadoras em todo o mundo. A crescente demanda de semicondutores em empresas de eletrônicos de consumo também agravou a escassez das peças. A Volkswagen afirma que acelerou a produção nos últimos dias para abastecer a rede com alguns produtos durante o período de intervalo. No ano passado, a montadora deu férias coletivas duas vezes em menos de um mês e chegou a reduzir a jornada e o salário dos funcionários na fábrica de São Bernardo do Campo por causa da falta de semicondutores.

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Apesar de pressão, presidente do BC rejeita mudança para aumentar meta de inflação

Na primeira entrevista após ter se tornado alvo do governo do presidenteLuizInácioLula da Silva por causa do patamar dos juros, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que uma mudança da meta de inflação teria como eldquo;efeito prático a perda de flexibilidadeerdquo;. Entrevistado do programa Roda Viva, da TV Cultura, Campos Neto defendeu um eldquo;aperfeiçoamentoerdquo; no sistema de metas, mas descartou um aumento. A meta deste ano é de 3,25%. O governo pressiona para que ela seja de 3,5%, o que poderia abrir caminho para uma queda dos juros mais rápida. A meta é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado, além de Campos Neto, pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento). Ontem, em uma reunião do PT que aprovou resolução para convocar Campos Neto ao Congresso a fim de explicar a política monetária, Haddad disse que os juros estão eldquo;fora do propósitoerdquo;. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse ontem que uma mudança da meta de inflação teria como eldquo;efeito prático a perda de flexibilidadeerdquo;, em resposta às críticas que tem recebido do governo Lula por conta do atual nível de juros. Em entrevista ao programa Roda Viva, a primeira desde que está sob fogo cruzado do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de ministros e do PT, Campos Neto defendeu eldquo;aperfeiçoamentoerdquo; no sistema de metas, mas disse que em nenhum momento isso significa revisar o patamar deste e do próximo ano para o controle da inflação. eldquo;A gente acredita que, se faz uma mudança de meta no sentido de ganhar mais flexibilidade, o efeito prático vai ser perder flexibilidadeerdquo;, afirmou ele sobre a trajetória da Selic. Neste ano, a meta é de 3,25%, enquanto que para 2024 é de 3%. O patamar é definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que, além de Campos Neto, é formado por Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento). A mudança no porcentual defendida pelo governo permitiria uma inflação maior e abriria, em tese, caminho para uma queda mais rápida dos juros. O presidente do BC disse discordar do grupo de economistas que considera a meta atual muito difícil de ser atingida por ter sido fixada num momento de inflação mundial baixa, em razão dos efeitos da pandemia da covid-19 na economia. Ele afirmou que se encaixa em outra corrente, para quem uma mudança neste momento, eldquo;sem ter um ambiente de tranquilidade, vai gerar um efeito contrário ao desejadoerdquo;. HARMONIA. Chamado por Lula de eldquo;esse cidadãoerdquo;, Campos Neto disse no Roda Viva que só esteve com Lula uma vez, no dia 30 de dezembro endash; portanto, antes da posse endash; e que fará eldquo;o que estiver ao seu alcance para aproximar o Banco Central do governoerdquo;. Disse ainda que o resultado das eleições foi legítimo e que nunca fez campanha, mas que desenvolveu eldquo;proximidadeerdquo; com integrantes do governo Bolsonaro ao justificar participar de um grupo de WhatsApp formado por ex-ministros. eldquo;Eu tive uma reunião com ele (Lula) no dia 30, e gostaria de ter outras reuniões para explicar o que a gente está fazendo, qual é a razão pela qual nós temos juros altos, a parte social. Tem muita coisa que a gente ainda pode desenvolver. O Banco Central precisa trabalhar com o governo. O ambiente colaborativo é o melhor para a sociedade e para o Brasilerdquo;, disse. Ele também afirmou que procurou ministros para conversar e disse que está disposto a ir ao Congresso para explicar as decisões do banco. Ele defendeu a autonomia da instituição como eldquo;instrumento de governançaerdquo; e afirmou que, apesar dos ataques pessoais, não renunciará ao seu mandato, que vai até dezembro de 2024. Campos Neto justificou que a política monetária é uma decisão colegiada e que, se ele cair, nada irá mudar na trajetória dos juros. PLANO HADDAD. Apesar das divergências, Campos Neto reconheceu que a aprovação do chamado Plano Haddad pelo Congresso antes da próxima reunião do Copom, em 21 e 22 de março, encurtaria o período de juros no atual patamar, de 13,75% ao ano, considerados ontem por Haddad como eldquo;fora de propósitoerdquo;. Para o presidente do BC, o fiscal é um dos eldquo;problemas crônicoserdquo; do País que justificam esse patamar. Entre as medidas do pacote, está a mudança no voto de Minerva do Carf, que permite ao governo reforçar a arrecadação, já que o desempate em disputas tributárias com o Fisco seria da Fazenda. ebull;

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Lula e Prates definem nomes para conselho de administração da Petrobras

O presidente Lula discutiu com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, os nomes que vão compor o conselho de administração da estatal, em reunião nesta segunda-feira no Palácio do Planalto. De acordo com integrantes do governo, Lula bateu o martelo sobre os nomes que serão indicados. A intenção do governo é indicar nove dos 11 nomes do conselho. Hoje, o governo tem oficialmente seis cadeiras, mas quer ampliar esse controle emdash; que foi reduzido no ano passado, durante a gestão Jair Bolsonaro. A lista de indicados está passando por checagem da Casa Civil da Presidência da República e, por isso, ainda não foi divulgada. Entre os nomes discutidos pelo governo nos últimos dias, estão o economista Eduardo Moreira, a professora da UFRJ Suzana Khan e o presidente da Fiesp, Josué Gomes. Após indicar os nomes, eles precisam ser aprovados na assembleia geral de acionistas para serem empossados. O governo é o acionista majoritário da empresa. Com maioria no Conselho, o governo Lula pretende iniciar as mudanças que pretende fazer na empresa, como rever a política de preços da estatal (que hoje atrela todo o combustível interno aos valores do dólar e do barril de petróleo) e murar a diretoria (que depende de aval dos conselheiros. O governo também avalia mudar a política de distribuição de dividendos para aumentar os investimentos na companhia.

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Haddad diz que projetos do Desenrola e Imposto de Renda estão prontos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os projetos do Desenrola (programa de renegociação de dívidas), da correção da tabela do Imposto de Renda e que prevê uma política de reajuste para o salário mínimo já estão prontos e serão submetidos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Haddad falou sobre o tema na abertura da reunião do diretório do PT, na manhã desta segunda-feira, em Brasília, em evento fechado à imprensa. De acordo com pessoas presentes na reunião, ele não deu detalhes sobre as propostas. Os três temas foram abordados durante a campanha do petista à presidência. Lula prometeu que aumentaria a faixa de isenção do IR para pessoas físicas até R$ 5 mil, mas a medida afeta a arrecadação do governo e estava sendo calibrada pela equipe econômica. Já o Desenrola é o programa de crédito que permitirá a renegociação de dívidas de famílias e pequenas empresas. A ação também deve abranger os beneficiários do Bolsa Família que fizeram empréstimo consignado. O reajuste do salário mínimo acima da inflação também é uma promessa de campanha do petista. Além desses dois temas, Haddad também fez uma explanação sobre as políticas fiscal e monetária. O ministro defende que as duas ações caminhem juntas e reitera isso recorrentemente em seus discursos. Em janeiro, o governo anunciou um pacote que prevê uma série de medidas econômica para melhorar as contas públicas. Além disso, vai enviar para o Congresso o novo arcabouço fiscal até abril. Ao mesmo tempo, o presidente Lula e aliados vêm aumentando o tom nas críticas à atuação do Banco Central (BC), responsável pela condução da política monetária. O alto patamar de juros e a inflação, que permanece elevada, são as principais críticas à atuação do BC autônomo. A expectativa é de que a meta de inflação seja revista em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que é formado por Haddad, a ministra Simone Tebet (Planejamento) e o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Há uma reunião do CMN prevista para esta semana, mas não se sabe ainda se o tema entrará na pauta.

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