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Brasil compra milhares de toneladas de óleo diesel russo para evitar desabastecimento e preços altos

Consumo interno de óleo diesel supera a produção da Petrobras endash; que não é suficiente para atender demanda interna e, para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento, Brasil compra mais de 30 mil toneladas de diesel russo. As importações do petróleo da Rússia intermediadas em julho, pelo Governo brasileiro, ocorrem devido a retomada da economia e alta na produção agrícola brasileira na safra de 2021/2022. Além disso, importar o combustível dos russos, veio como alternativa aos Estados Unidos endash; tradicional fornecedor aos brasileiros, mas que agora enfrentam concorrência de europeus em meio aos impactos da guerra na Ucrânia. Petrobras deverá alcançar marca histórica na venda do produto no segundo semestre de 2022 Apesar de o Brasil comprar diesel russo, como informou Bolsonaro, o país deverá alcançar marca histórica na venda do produto no segundo semestre de 2022, segundo levantamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De acordo com a projeção, a venda do produto em 2022 será 0,8% maior do que no ano passado e deve atingir 62,6 bilhões de litros, ante 62,1 bilhões em 2021. Para o ano que vem, a projeção é ainda maior e chega a 63,5 bilhões de litros, o que representaria uma nova marca emdash; aumento de 1,4% em relação a este ano. Em nota, a Petrobras confirmou a tendência e afirmou que o mercado interno deve superar o resultado de consumo de óleo diesel do ano passado. 35 milhões de litros de diesel russo chegou ao porto de Santos, em julho Segundo informação do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, ao final de setembro, uma carga de cerca de 35 milhões de litros de diesel russo chegou ao porto de Santos, provenientes do Porto de São Petersburgo, na Rússia. Segundo o maior terminal portuário do país, trata-se do navio NS Pride, de bandeira liberiana; o ministro também projetou novas cargas chegando nesse mês de outubro. Segundo relatórios da ANP, desde agosto, com o início do período de maior demanda de diesel no Brasil, a Agencia deferiu 20 licenças de importação para um total de 61,8 mil toneladas do combustível de origem russa para duas importadoras para evitar o risco de desabastecimento e preços altos no país.

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'Brevemente devemos sentir a queda do preço do diesel', diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o preço do diesel deve ter uma queda em breve no mercado nacional. Segundo ele, dois navios vindos da Rússia com o combustível chegaram ao Brasil, o que deve contribuir na redução do valore ao consumidor. "Reconheço que está alto mesmo zerando os impostos federais do diesel. Já chegaram dois navios russos, não sei o preço em que chegou esse diesel aqui porque não é da Petrobras, são importadores privados, e eles não comprariam da Rússia se não fosse um preço mais compensador", disse. "Nós pavimentamos esse terreno para que esse diesel chegasse aqui. Eu espero que comece a chegar com mais frequência e, brevemente, devemos sentir também a queda do preço do diesel. Caindo o diesel, a tendência da inflação é se manter lá embaixoerdquo;, acrescentou o presidente", acrescentou. A declaração foi concedida na manhã desta segunda-feira (10) em Ceilândia, região distante cerca de 35 km da região central de Brasília (DF). Ele se deslocou para o local para gravar vídeos para a campanha à reeleição. O mandatário irá disputar o segundo turno com o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em 30 de outubro.

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Petrobras reduz preços com maior frequência em relação a aumentos, aponta levantamento

A Petrobras demorou mais a ajustar preços nas refinarias neste ano nos períodos em que os valores estavam em alta no mercado externo na comparação com intervalos em que os combustíveis recuavam, apontou levantamento da Reuters, com base em dados da petroleira estatal e do setor. O histórico é mais um sinalizador de que a companhia poderá demorar a repassar o recente avanço de preços no exterior, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados como a Rússia, conhecidos como Opep+, realizou na semana passada o maior corte da produção de petróleo desde 2020. Analistas já haviam afirmado à Reuters que um reajuste interno emdash;sempre impopularemdash;, neste momento, era visto como improvável, considerando o cenário político, em que o presidente Jair Bolsonaro concorre à reeleição, com a votação de segundo turno marcadas para o fim do mês. Em meio ao segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, na qual o presidente Jair Bolsonaro concorre à reeleição, a companhia poderá ter mudanças em sua diretoria que podem afetar áreas da petroleira que definem os preços dos combustíveis. No primeiro semestre, quando os preços de combustíveis no exterior estavam em alta em meio à eclosão da guerra na Ucrânia, os intervalos entre os aumentos de preços nas refinarias da petroleira estatal variaram de 38 a 59 dias para o diesel e de 57 a 98 dias para a gasolina. Quando o movimento de queda da commodity teve início, em julho deste ano, em meio a temores de recessão no exterior, dentre outras questões, o período entre as reduções ficou entre 6 e 38 dias para o diesel e entre 9 e 17 dias para a gasolina. A política de preços da Petrobras prevê seguir indicadores internacionais, mas evita repassar volatilidades para o mercado interno. Dessa forma, os ajustes dos preços praticados em suas refinarias às distribuidoras não acompanha imediatamente movimentos externos. Os preços do petróleo fecharam na sexta-feira (7) em uma máxima de cinco semanas, com impulso do movimento da Opep+. Nesta segunda-feira, o petróleo Brent operava em queda de cerca de 1% por volta das 12h40. (Reuters)

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Corte da Opep+ deve deixar petróleo volátil na prática, avalia Fitch

A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de cortar a produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia (bpd) deverá ter um impacto discreto no mercado de fornecimento de petróleo, é o que indica novo relatório da Fitch Ratings. Segundo a agência, diversos países, como a Nigéria, possuem uma margem nas cotas para na verdade conseguir aumentar a produção, de forma que ainda conseguirão ampliar sua oferta. Os aumentos recentes nos estoques globais de petróleo sugerem que o mercado está em superávit. E, apesar dos Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita ainda terem que fazer cortes na produção, a perspectiva de recessão econômica deverá levar a uma menor demanda pelo petróleo. De acordo com o documento, a expectativa é que a volatilidade dos preços permaneça alta no curto prazo, e que a Opep+ almeje um equilíbrio no mercado de petróleo, eldquo;alterando as cotas de produção e a oferta de petróleo disponívelerdquo;.

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Petrobras fica sob pressão após aumento de gasolina e diesel pela refinaria da Acelen

A Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen e única de grande porte privatizada no Brasil, elevou o preço do diesel e da gasolina diante da alta do petróleo no mercado internacional após o corte da produção anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na semana passada. Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) mostram que os dois produtos estão com preços defasados em relação ao praticados no exterior. A diferença soma 13% no diesel e 11% na gasolina. O aumento da defasagem joga pressão na Petrobras às vésperas do resultado das eleições presidenciais. A Acelen, empresa do fundo de investimento árabe Mubadala, elevou o diesel entre 10,7% e 11,5%, enquanto a gasolina subiu de 9,3% e 15,7%, dependendo do mercado atendido pela refinaria. O aumento do preço dos combustíveis segue a trajetória de alta global do petróleo após a decisão da Opep. Na última quarta, a Opep cortou a produção em 2 milhões de barris por dia. De acordo com o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) Adriano Pires, até o teto de US$ 95 o barril, a estatal não tem com o que se preocupar, pois a diferença é pequena em relação ao mercado internacional. Mas, se ultrapassar os US$ 100, será difícil justificar a manutenção dos preços. A mudança de rota acontece em um momento sensível principalmente para o mercado de diesel, cuja projeção de déficit no mercado brasileiro aumentou de 33 milhões para 115 milhões de litros no mês de outubro, segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP). A entidade avalia, no entanto, que o mercado será abastecido com os estoques feitos pelas distribuidoras e produtoras brasileiras, incluindo a Petrobras, que aumentaram seus estoques após o alerta para um possível racionamento no País em pleno período eleitoral. Preços no Brasil devem seguir internacionais No Brasil, desde 2016 a Petrobras pratica a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que alinha os preços internos da gasolina e do diesel aos praticados no Golfo do México, como se a empresa estivesse importando todo o combustível vendido no País. No caso do diesel, a necessidade de importação gira em torno dos 30% do total da demanda do País, e na gasolina, apenas 3%. Segundo fontes, a Petrobras tem sido pressionada pelo governo federal para manter seus preços congelados até o fim do segundo turno das eleições presidenciais, favorecendo assim o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Analistas avaliam que não está havendo isonomia nos reajustes nos preços da estatal, que foram reduzidos rapidamente em setembro, logo que o petróleo cedeu no mercado internacional, e que agora a empresa está segurando os aumentos. Ao todo foram quatro quedas sucessivas no preço da gasolina e três no preço do diesel desde que o atual presidente da Petrobras, petr, tomou posse, no final de junho. eldquo;Destacamos que tanto a Abicom como o CBIE apontam no momento a existência de uma defasagem perante o preço da gasolina transacionada no País diante dos preços do Golfo (do México)erdquo;, disse a corretora Ativa Investimentos em nota na semana passada. Com a valorização do insumo no mercado internacional, a Petrobras para equiparar aos preços do mercado externo deveria aumentar o diesel em R$ 0,75 e a gasolina em R$ 0,36 por litro.

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Petróleo fecha em baixa, com realização de lucros após fortes altas

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira (10), com algumas realização de lucros após os fortes ganhos da última semana, quando subiram acima de 15%. As preocupações com a demanda também seguem no radar, especialmente com a desaceleração da China. No entanto, a decisão da Opep+ de reduzir suas cotas de produção em 2 milhões de barris por dia ainda repercute, e analistas esperam que o movimento siga levando volatilidade aos mercados. O contrato do petróleo WTI para novembro fechou em baixa de 1,63% (US$ 1,51), a US$ 91,13 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro caiu 1,77% (US$ 1,73), a US$ 96,19 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Dados fracos da China reavivaram preocupações sobre a demanda da segunda maior economia do mundo pela commodity. Pesquisa da SeP Global mostrou no fim de semana que o índice de gerentes de compras (PMI) de serviços da China sofreu um tombo entre agosto e setembro, de 55 a 49,3, entrando em território de contração. Em relatório, a Fitch avalia que a Opep+ deve almejar um amplo equilíbrio no mercado de petróleo, alterando as cotas de produção e a oferta disponível, embora possa se tornar cada vez mais difícil alcançar um consenso entre os membros devido às incertezas da demanda e à recessão em grandes mercados desenvolvidos. eldquo;No entanto, esperamos que a volatilidade dos preços permaneça alta no curto prazo, pois fatores geopolíticos, como novas sanções que levam a uma redução nas exportações russas ou uma possível conclusão do acordo nuclear com o Irã, podem alterar significativamente a oferta padrões e causar grandes flutuações nos preçoserdquo;, avalia. No médio e longo prazo, eldquo;esperamos que os preços moderem, já que as tensões geopolíticas devem eventualmente diminuir, com os preços se aproximando dos custos de ciclo completoerdquo;, afirma a Fitch. No campo das tensões, Rússia lançou hoje uma série de ataques aéreos contra cidades por toda a Ucrânia, incluindo áreas distantes das frentes de batalha, como Kiev. Os ataques são os mais amplos desde o início do conflito, dois dias depois de uma explosão derrubar um trecho da ponte estratégica que liga a Península da Crimeia ao território continental russo. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou os ataques. O democrata responsabilizou o presidente Vladimir Putin pelas agressões e indicou que seguirá impondo sanções ao país.

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