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Produtores de etanol dos EUA esperam que Trump permita mistura de 15% o ano todo

Os fabricantes de etanol dos Estados Unidos, muito ligados aos produtores rurais, esperam que o presidente eleito Donald Trump permita o consumo da gasolina com 15% de etanol (E15) o ano todo em todo o país, como ele já fez no mandato anterior. Atualmente, o consumo de E15 é proibido na maior parte do país nos meses de verão pelo fato da mistura não atender ao requisito da legislação americana de poluição ambiental, de 1990, o que faz com que a maior parte da gasolina no país seja consumida com 10% de mistura (E10). Nos EUA, o etanol é feito a partir do milho. Durante seu primeiro mandato, em meio à escalada da guerra comercial com a China e dos consequentes prejuízos aos produtores rurais americanos, Trump chegou a permitir o uso de E15 o ano todo, como lembraram a Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês) e a associação Growth Energy em manifestações divulgadas nesta quarta-feira (6/11). A adoção do E15 viabiliza o aumento da demanda interna por milho. Porém, sua efetividade depende da garantia de infraestrutura de bombas que ofereçam a gasolina com 15% de etanol, o que não está disponível em todo o país. eldquo;Nós o apoiamos que ele permita uma solução permanente que garanta uma economia contínua nas bombas para todos os americanos, todos os meses, por todos os 50 Estadoserdquo;, afirmou Emily Skor, CEO da Growth Energy, em nota. Um dos argumentos do lobby do etanol americano é o de que o aumento da mistura do renovável pode contribuir para reduzir o custo do combustível aos consumidores, que subiu durante o governo Joe Biden. Segundo a Growth Energy, a economia com o aumento do uso do etanol gira em torno de US$ 0,10 a US$ 0,30 o galão. Nos últimos dois anos, a renda dos produtores rurais nos EUA registrou queda, lembrou a Associação de Combustíveis Renováveis de Iowa (IRFA, na sigla em inglês) emdash; Estado onde Trump ganhou com 55,9% dos votos e levou seis delegados e um dos maiores produtores de etanol dos EUA. Essa perda de renda ocorreu em meio à desvalorização dos grãos no mercado internacional. Mas o setor agrícola americano já tinha problemas antes. O censo agrícola de 2022 indicou que, em um período de cinco anos, o país perdeu 140 mil fazendas, conforme lembrou a American Farm Bureau Federation, que representa os produtores rurais do país. eldquo;A melhor forma de impulsionar a renda agrícola e o crescimento dos EUA rural é impulsionar a demanda por biocombustíveis americanoserdquo;, defendeu Monte Shaw, diretor executivo da IRFA, em nota. Ele indicou que espera uma autorização do consumo de E15 logo no começo do novo governo. eldquo;Há muito que o presidente Trump pode fazer em seus primeiros 100 dias para ajudar os agricultores e produtores de biocombustíveis, incluindo [autorização para] o E15 o ano todo nacionalmente e dando clareza e incentivos de energia para os produtores de biodieselerdquo;, sustentou. Segundo a Growth Energy, o uso contínuo de E15 aumentaria o PIB americano em US$ 66,3 bilhões, e faria os consumidores americanos economizarem US$ 36,3 bilhões ao ano. Os produtores representados pela Growth Energy defendem que a autorização para o consumo o ano todo de E15 seja garantido por lei no Congresso.

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Fecombustíveis e sindicatos filiados conquistam vitória em prêmiação da CNC

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) obteve o primeiro lugar do Prêmio Atena em Ação, promovido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), na categoria Melhor Prática em Desenvolvimento de Negócios, com o case da ExpoPostos eamp; Conveniência. Ao longo de mais de duas décadas, a ExpoPostos se consolidou como o principal evento da América Latina no setor de dowstream, com feira de exposições, que apresenta as tendências dp mercado para os postos de combustíveis e lojas de conveniência. Além do Fórum Internacional, que promove debates e amplia o conhecimento dos participantes. Também foram premiados no Atena em Ação, o Sindiposto-GO em segundo lugar na categoria Melhor Prática em Relações Sindicais, com o case Sindiposto Itinerante; e o Sulpetro conquistou o terceiro lugar na categoria Melhor Prática em Representação, com o trabalho desenvolvido em apoio à revenda com as enchentes do Rio Grande do Sul, em maio deste ano.

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Endividamento cai e inadimplência sobe com juro alto e restrição de crédito, diz CNC

O porcentual de famílias endividadas recuou, enquanto o de inadimplentes avançou em outubro, mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Entre as famílias de menor renda, a inadimplência alcançou 37,7%, refletindo, conforme os responsáveis pela pesquisa, o impacto dos juros elevados e das condições de crédito mais restritivas sobre o orçamento dos mais vulneráveis. eldquo;O aumento da inadimplência, apesar da queda do endividamento, evidencia as dificuldades enfrentadas pelas famílias de menor renda para manter suas contas em dia, em um contexto de juros elevadoserdquo;, avaliou em nota o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares. Segundo ele, a taxa Selic em níveis altos restringe o acesso ao crédito e dificulta a recuperação financeira, especialmente para os consumidores mais vulneráveis. Projeções da CNC indicam que o endividamento pode voltar a crescer no último trimestre de 2024, impulsionado pelas compras de fim de ano. eldquo;O crédito tem um papel fundamental no consumo, mas os juros elevados impõem restriçõeserdquo;, disse Tavares. De acordo com a pesquisa, esse aumento de inadimplência ocorreu apesar de uma redução geral do endividamento, que recuou para 76,9%, semelhante ao nível registrado em outubro do ano passado, indicando maior cautela das famílias com o uso de crédito. De maneira geral, a inadimplência em outubro atingiu 29,3%, a maior taxa desde outubro de 2023. Além disso, a parcela de famílias que afirmam não ter condições de quitar suas dívidas em atraso aumentou para 12,6%, o maior índice desde outubro do ano anterior, refletindo um cenário de dificuldade generalizada para os consumidores. eldquo;A dependência de crédito em um cenário de juros elevados torna a quitação de dívidas um desafio ainda maior para as famílias mais pobreserdquo;, explicou em nota o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros. eldquo;Acreditamos que, com medidas voltadas para a redução de gastos públicos, é possível abrir espaço para uma possível queda dos juros, o que traria um alívio significativo para os consumidores e para a economia como um todoerdquo;, acrescentou. Uso do crédito As famílias com renda acima de 10 salários mínimos conseguiram reduzir o endividamento, para 67,1%, e registraram também um dos menores índices de dívidas em atraso, com 14,3%, refletindo uma postura mais conservadora em relação ao uso do crédito. Por outro lado, o endividamento dos mais pobres foi contra a tendência e aumentou de 78,7% em outubro de 2023 para 80,8% em outubro de 2024. No mês, o aumento foi de 0,4 ponto porcentual. O cartão de crédito continuou liderando o ranking, com 83,5% das famílias endividadas utilizando essa forma de pagamento em outubro, embora tenha apresentado uma queda em relação aos 87% no mesmo mês do ano passado. Por outro lado, o crédito pessoal registrou aumento, passando de 9,4% em outubro de 2023 para 12% em outubro de 2024, atingindo o maior nível do ano. Segundo a CNC, esse aumento reflete uma preferência dos consumidores por modalidades de crédito com taxas mais competitivas em um cenário de juros elevados. Em contraste, o uso de cheque especial caiu para 3,6%, o menor índice desde o início deste ano. O tempo médio de pagamento em atraso entre as famílias inadimplentes subiu para 66 dias em agosto, o maior valor do ano, refletindo a dificuldade das famílias em regularizar suas contas. A parcela média da renda comprometida com dívidas também aumentou, atingindo 29,9% no mês passado, próximo dos maiores níveis registrados ao longo do ano, o que mostra a pressão das dívidas sobre o orçamento familiar, concluiu a pesquisa. CNDL apontou que busca por crédito caiu 3,66% em setembro O indicador de demanda por créditos da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) apontou que em setembro a busca por crédito reduziu 3,66%. As consultas também apresentaram queda, de 5,88%. Segundo o presidente da CNDL, José César da Costa, um dos motivos para a queda foi o endividamento familiar e a permanência dos juros altos. eldquo;Com a taxa Selic em torno de 10,75%, o crédito fica caro, desestimulando as compras parceladas, financiamentos e a busca por novos empréstimoserdquo;, disse. No momento da consulta realizada pelo indicador, 30,62% dos consumidores de serviços de crédito, como empréstimos e financiamentos, possuíam restrições ativas. eldquo;A taxa de inadimplência alta impõe uma limitação na capacidade de endividamento, forçando as instituições financeiras a serem mais criteriosas na concessão de crédito.

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Selic deve subir hoje a 11,25%, e mercado já conta com novas altas

É praticamente unânime no mercado a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai anunciar hoje um aumento de 0,5 ponto porcentual para a Selic, para 11,25%, conforme pesquisa do Projeções Broadcast. Mas, em meio ao aumento das desconfianças em relação ao risco fiscal endash; que fez, por exemplo, o dólar disparar nas últimas semanas endash;, há muitas dúvidas sobre os próximos passos da política monetária. Analistas têm falado em juros cada vez mais altos para que o BC consiga trazer a inflação para a meta. Enquanto o mercado espera por um pacote de cortes de gastos (mais informações na pág. B3), o temor fiscal levou a uma piora nas variáveis observadas pelo Copom desde a última reunião, em setembro. O dólar, por exemplo, saltou de R$ 5,60 para a casa de R$ 5,80. No relatório Focus, uma compilação do BC das principais previsões do mercado financeiro, a mediana para a taxa Selic no fim do ciclo de alta passou de 11,5%, em 13 de setembro, para 12,5% no boletim divulgado na última segunda-feira. Mesmo assim, a projeção para a inflação acumulada em quatro trimestres até o segundo trimestre de 2026 continua em trajetória ascendente: de 3,81% para 3,86% endash; distante do centro da meta de inflação, de 3%. eldquo;A grande questão nesta reunião (do Copom) é entender até onde o BC vaierdquo;, diz o ex-diretor de Política Monetária do BC Luiz Fernando Figueiredo, hoje chairman da Jive Investments. eldquo;Antes, se imaginava que ele iria até 12% ou 12,5% (para a Selic). Mas, com esse cenário de desemprego muito baixo, crescimento forte e dólar alto, parece que talvez a gente tenha de ir para 13% ou 13,5%. Ele (BC) provavelmente vai deixar claro, no comunicado, que vai ter de ir mais longe do que se pensava inicialmente.erdquo; A explicação para esse ciclo mais longo, segundo Figueiredo, é a política fiscal expansionista e a incerteza sobre quando o crescimento dos gastos públicos vai desacelerar. Nas últimas semanas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e outros membros do Copom deixaram claro em eventos públicos que o ceticismo do mercado quanto ao futuro das contas públicas tem adicionado prêmios nas expectativas e nos preços de ativos, e que será necessário um eldquo;choque fiscal positivoerdquo; para reverter esse movimento. eldquo;O BC só reage. O BC não é protagonista, ele é passageiroerdquo;, diz Figueiredo. COMUNICADO. O estrategistachefe da Warren Investimentos, Sergio Goldenstein, espera que o BC suba o tom dos seus comentários sobre a importância da política fiscal no comunicado de hoje. Ele explica que, desde que o Copom começou a aumentar a Selic, o movimento tem sido o oposto do que se espera em um ciclo de aperto: inclinação da curva de juros no mercado futuro, desvalorização do real e aumento das inflações implícitas (a expectativa de inflação futura embutida nos juros dos títulos vendidos no mercado). Sem o auxílio da política fiscal, a política monetária fica impotente para reverter essa situação. eldquo;Se vier um pacote (de corte de gastos) muito bom, ao longo do tempo isso levaria a um ciclo muito menor do que o precificado pela curva (de juros futuros)erdquo;, diz o analista, lembrando que os juros futuros indicam hoje um aumento da Selic para patamar entre 13,75% e 14% no fim do ciclo de alta. A Warren espera uma taxa de 12,5% no fim do ciclo, contando com uma desaceleração da economia e redução dos prêmios de risco ao longo do ano que vem. Já o economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani, diz que toda a evolução do cenário nos últimos 45 dias aponta para aceleração do ritmo de aperto monetário a 0,5 ponto hoje. Ele espera um ciclo total de 2 pontos porcentuais de alta, o que levaria a Selic a 12,5%. Mas também defende que o BC evite sinalizar um teto para a taxa, em meio às incertezas no cenário. ebull; eldquo;A grande questão nesta reunião é entender até onde o BC vai. Antes, se imaginava que ele iria até 12% ou 12,5%. Mas, com esse cenário de desemprego muito baixo, crescimento forte e dólar alto, parece que talvez a gente tenha de ir para 13% ou 13,5%erdquo; Luiz Fernando Figueiredo, Ex-diretor de Política Monetária do BC e chairman da Jive Investments Ex-diretora do Banco Central, Fernanda é chefe de pesquisa macroeconômica para América Latina do BNP Paribas eldquo;Não vemos notícias positivas para o Banco Central até o final do ano, com a grande exceção do possível anúncio do pacote de contenção de gastoserdquo; Ex-diretora do Banco Central e hoje chefe de pesquisa macroeconômica para América Latina do BNP Paribas, Fernanda Guardado calcula que a taxa básica de juros terá de ir a 12,75% ao ano para que o BC consiga levar a inflação à meta de 3% eldquo;em meados de 2026erdquo;. Na revisão de cenário divulgada na semana passada, o banco passou a prever quatro altas seguidas de 0,50 ponto porcentual para a Selic. Hoje, a taxa está em 10,75% ao ano. Em seu último encontro, o Comitê de Política Monetária (Copom) promoveu uma alta de 0,25 ponto porcentual endash; no primeiro aumento do terceiro mandato do governo Lula. A seguir, os principais trechos da entrevista: Como a sra. analisa a economia brasileira no atual momento? O crescimento surpreende, mas os ativos estão bastante deteriorados. A economia tem apresentado um dinamismo surpreendente. Começamos 2024 com uma projeção de crescimento de 2%, e revisamos para 3%. Esse é o quarto ano consecutivo em que não apenas nós, mas a maior parte dos analistas econômicos endash; e até o próprio BC endash;, estamos revisando para cima as projeções. Os indicadores mais recentes que temos recebido mostram que esse dinamismo persiste. É uma notícia muito positiva ver o Brasil crescendo dessa maneira, mas há um lado preocupante, porque é um crescimento que se dá acima do potencial de crescimento da economia. E isso tem o potencial de manter acesos os riscos inflacionários. E a preocupação com a questão fiscal e a expectativa pelas medidas de corte de gastos? De fato, os riscos em relação ao cumprimento das metas fiscais, principalmente para 2025 e 2026, têm impactado negativamente os preços de ativos. Não são apenas as dúvidas em relação ao atingimento da meta, mas as diversas notícias e iniciativas que foram observadas nas últimas semanas que trabalhavam no sentido de maiores gastos, em um ambiente em que as metas fiscais são vistas como bastante desafiadoras e a trajetória da dívida/PIB também é muito desafiadora. Todas as notícias que traziam novas propostas de gastos endash; meritórias ou não endash; acabavam tendo esse impacto muito negativo na precificação dos ativos e na própria curva de juros do mercado, por conta desse questionamento sobre se haveria ou não alguma consolidação fiscal no horizonte. E o governo consegue cumprir a meta fiscal deste ano? Em 2024, o governo se aproxima da banda inferior. Ainda temos dúvidas se eles atingirão a banda inferior da meta fiscal, mas, para o ano que vem, nós vemos um cenário bastante desafiador. Por quê? Nós acreditamos que a arrecadação será mais baixa do que aquela que foi enviada no Orçamento. Além disso, não está claro se a meta de poupança do governo com a contenção de fraudes vai de fato se verificar naquele tamanho. Por isso, essa notícia de um anúncio de um ajuste fiscal (o governo estuda limitar as principais despesas do Orçamento a um crescimento real de 2,5% ao ano) vai ser muito bem-vinda. Se o governo, de fato, anunciar um pacote nesse sentido, acho que tem o potencial para diminuir um pouco essa desconfiança em relação ao futuro da política fiscal. É importante ver iniciativas nesse sentido, da contenção do crescimento dos gastos, principalmente quando se observa que algumas linhas do Orçamento, como a de gastos obrigatórios, têm crescido bastante acima da inflação. Mas há algum tipo de exagero na reação do mercado? Vimos, por exemplo, os juros futuros subindo a patamares muito elevados. É sempre difícil fazer essa avaliação sobre se os prêmios estão excessivos ou não. Os prêmios vão refletir a aversão maior ou menor ao risco que as pessoas que financiam a dívida pública estão dispostas a correr. Então, diante desse cenário em que ocorreram diversas propostas e iniciativas de maiores gastos, já num ambiente de percepção de que a dívida pública vai crescer de forma muito forte, é de se esperar que haja um aumento do prêmio pedido para horizontes mais longos na dívida pública. É o que é. O mercado é o que é. E como fica o BC nessa história? Quais serão os próximos passos? Já há bastante tempo, projetamos que o BC, nessa reunião de novembro (hoje), vai acelerar o ritmo (de alta) para 0,50 ponto porcentual. Acreditamos que eles vão fazer isso em novembro e em dezembro para garantir, com esse ritmo um pouco mais forte, que a política monetária aja no tempo hábil para trazer a inflação de volta para a meta em meados de 2026. Nós víamos que o ciclo continuaria até março. E nós ainda vemos. Mas agora esperamos que esse ritmo de 0,50 se repita também em janeiro e em março. Portanto, nós estamos revisando para cima a nossa Selic final para 12,75%. Isso é suficiente para trazer a inflação para a meta em meados de 2026? Isso, no terceiro trimestre de 2026. No modelo, é suficiente. Mas, agora, sempre há condicionantes importantes por trás dessa projeção. Uma das condicionantes é que se parte do nível atual de câmbio, sem depreciações adicionais, além do que é o usual para esse tipo de exercício. Não vemos notícias positivas para o Banco Central até o final do ano, com a grande exceção do possível anúncio do pacote de contenção de gastos. ebull;

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Vamos chegar perto da autossuficiência em diesel, diz Chambriard ao CNN Money

Magda Chambriard fala com orgulho dos recordes no uso da capacidade instalada das refinarias brasileiras. Enquanto várias instalações têm batido recorde na produção, a presidente da maior empresa brasileira mira para projetos que aumentam a capacidade das atuais refinarias. O investimento, diz, vai permitir que o Brasil chegue perto da autossuficiência em diesel. eldquo;A primeira coisa que nós nos orgulhamos muito é da plena otimização das instalações. Para uma indústria, não pode ter nada pior do que ter uma instalação que não funciona a plena carga. Então, maximizar o retorno das nossas instalações é o que mais pretendemoserdquo;, disse. eldquo;Quando o FUT (fator de uso das refinarias) atinge 96%, ficamos muito alegres porque temos a certeza de que estamos maximizando o retorno dessas instalaçõeserdquo;. Questionada se o Brasil precisaria de uma nova refinaria, Chambriard desconversa e cita os projetos de expansão da capacidade de instalações já existentes, como em Abreu e Lima, em Pernambuco, ou Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Nas instalações do Rio, por exemplo, a ideia é aumentar a capacidade em 50% no médio prazo com o complexo Boaventura. eldquo;Isso é bastante coisa, mas nós não vamos parar por aí. Também estamos ajustando a capacidade e fazendo pequenos investimentos nas refinarias como um todo para aumentar um pouco a produção de todas. Então, assim, vamos aumentar a produção e reduzir a dependência de derivados, principalmente a dependência de dieselerdquo;, disse. Atualmente, o Brasil importa cerca de 20% do diesel consumido no país. Sobre se os novos investimentos seriam suficientes para dar a autossuficiência ao Brasil no combustível, Chambriard diz que eldquo;vai chegar pertoerdquo;.

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São Paulo tem gasolina mais barata do país, enquanto Roraima a mais cara

Os paulistas têm acesso à gasolina mais barata do país, segundo o levantamento da ValeCard, com média de preço por litro de R$ 6,07.Na outra ponta, quem está em Roraima paga mais caro por litro de combustível no Brasil, com preço médio de R$ 7,21, mais de R$ 1 de diferença. Mato Grosso tem o menor preço médio por litro de Etanol a R$ 3,91; Amazonas é o estado mais caro do Brasil para abastecer, com média de R$ 4,94 por litro. Na sequência da lista de estados com menores preços médios de etanol aparecem São Paulo (R$ 3,976) e Goiás (R$ 4,178). Amazonas, por sua vez, tem o etanol mais caro do Brasil, com preço médio de R$ 4,944 em outubro. Maranhão (R$ 4,797) e Tocantins (R$ 4,694) vêm logo a seguir.

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